Em um mundo tão pasteurizado e homogeinizado, onde os padrões são perseguidos insanamente (geralmente como forma de se destaca da massa (?)), criam-se máscaras e maquiagens para escondermos o que julgamos ser nossas imperfeições.
Em um mundo onde ninguém é perfeito, temos mais de 6 bilhões de pessoas mascaradas e maquiadas, morrendo de medo da opinião negativa das demais pessoas.
Porém, estas mais de 6 bilhões de pessoas querem se unir. Somos seres sociais e, justamente por este motivo, mentimos e precisamos nos revelar. Porque só a existência de outras pessoas (e o subsequente medo da opinião alheia) gera a mentira, mas a mentira, geralmente, serve para nos tornar o que achamos atrativos aos demais.
O Irônico (e, para falar a verdade, imbecil) nessa história toda, é que camuflamos nossas imperfeições da opinião de pessoas imperfeitas, também. E, quanto mais conhecemos e precisamos da companhia de determinadas pessoas, mais e mais temos medo das opiniões delas e, por simples lógica, mais precisamos mostrar quem realmente somos.
Então, tendo isto subentendido como normal do ser humano, precisamos estabelecer uma regra social mais refinada para lidar com este novo fenômeno. Temos que aprender a lidar com as mentiras mais tolas, saber que somente ao cair a máscara, somente de manhã, com a cara lavada de qualquer maquiagem, encontraremos a pessoa que realmente está do nosso lado.
Esse processo é sofrido, pois temos a necessidade da continuidade: as pessoas têm que sustentar o que dizem, ter palavra. Assim, alterar o paradigma para um em que estejamos preparados para pequenos deslizes das outras pessoas, ao compreender que, assim como nós, as demais pessoas nutrem temores infantis e, por isso, escondem o que acham ser suas imperfeições.
Posso citar um exemplo prático na minha própria pessoa: Quando adolescente, deixei meu cabelo crescer. Como meu cabelo possui muito volume, nos primeiros 6 meses fico parecendo ostentar um verdadeiro "BlackPower". E não há banhos de hidratação que adiantem para deixar o cabelo mais liso, com menos volume. Quem se lembra de mim na adolescencia trás, consigo, na memória, os bonés que sempre utilizava, justamente para esconder o que achava ser minha imperfeição: Meu cabelo extremamente volumoso.
Depois de algum tempo, um colega veio me contar que sempre quis ter um cabelo igual ao meu e, por não conseguir ter um cabelo tão volumoso, sempre escondia o seu com... um boné...
É complicado, realmente, ter, sempre, a dimensão exata das coisas que ocorrem a nossa volta. Somos, todos, peritos em criar tempestades em copos d'agua.
Como tudo o mais nessa vida, creio que a resposta seja ir pra frente...
sexta-feira, 23 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Sem Cadarços
Depois de alguns anos me deleitando com calçados sem cadarços, comprei um tênis com cadarço novamente, a alguns meses.
Que praga!
Não sei se estou desacostumado ou se tenho razão no que falo, mas amarrar e desamarrar cadarços é um tempo precioso de vida que perdemos. Hoje, pela manhã, me dei o trabalho de contar o tempo que levo para calçar os tênis. 36 segundos. Mais de meio minuto por dia para calçar a porcaria dos tênis, por causa dos cadarços! Em um ano, como uso tênis cerca de 5 vezes por semama, acabo por passar cerca de 10 horas somente amarrando/desamarrando cadarços! (Isso sem falar, é claro, nas inúmeras vezes que os cadarços desamarram inesperadamente.)
E a estética que me perdoe, mas os cadarços são horríveis. E, quando feitos de materiais escorregadios, são ineficientes.
Meu maior medo hoje, honestamente, é que não hajam mais tênis sem cadarço à venda.
Que praga!
Não sei se estou desacostumado ou se tenho razão no que falo, mas amarrar e desamarrar cadarços é um tempo precioso de vida que perdemos. Hoje, pela manhã, me dei o trabalho de contar o tempo que levo para calçar os tênis. 36 segundos. Mais de meio minuto por dia para calçar a porcaria dos tênis, por causa dos cadarços! Em um ano, como uso tênis cerca de 5 vezes por semama, acabo por passar cerca de 10 horas somente amarrando/desamarrando cadarços! (Isso sem falar, é claro, nas inúmeras vezes que os cadarços desamarram inesperadamente.)
E a estética que me perdoe, mas os cadarços são horríveis. E, quando feitos de materiais escorregadios, são ineficientes.
Meu maior medo hoje, honestamente, é que não hajam mais tênis sem cadarço à venda.
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