segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

domingo, 11 de dezembro de 2016

Internacional Rebaixado

Em 2008 eu fiz um texto para o Ponto Final! falando sobre o Vitório Pífero. 

Desde aquela época eu tinha prevenções contra o presidente do Inter. 

Não fui contundente naquele texto porque, veja bem, era só a minha intuição contra os resultados do Pífero. Seria LOUCURA eu dizer em 2008 que o Pífero era ruim e não merecia ser o presidente do Inter. Contentei-me em apenas fazer um trocadilho bobo entre o sobrenome "Pífero" e a palavra "Pífia", a qual eu já usava como adjetivo para o futebol e as vitórias apresentadas naquele ano. 

O Inter teve uma curva de futebol grande entre 2004 e 2011. Aonde saiu de um quase rebaixamento, reestruturação, campeão do Brasileirão 2005, campeão da Libertadores e do Mundial 2006, campeão da Sul-Americana 2008 e campeão da Libertadores 2010. Em 2011 o Inter se encolhe, os resultados deixam de aparecer e, desde então, a ladeira parece não ter fim. 

O modelo de negócio, a gestão da diretoria, a filosofia da comissão técnica, o futebol apresentado em campo e a apatia de todos envolvidos mostram o quão "Pífio" nosso clube se tornou.

Nossa direção não precisa nem ser explicada. Mas mesmo assim eu vou falar.
Vitório Pífero sempre foi prepotente. Tipo do cara que aposta todas as fichas na sua teimosia e depende do resultado positivo para não se dar mal. Mas, quando começa a ver que as coisas vão mal, corre chamar o Fernando Carvalho para ajudar.
Não me entenda mal, eu gosto do Fernando Carvalho, acho que foi o melhor dirigente que já vi atuando, lá entre 2004 e 2007. Mas ele chegou ao seu ápice. Tanto sabia disso que "se aposentou" do comando do Inter logo em seguida, passando o bastão para o Pífero.


Fernando Carvalho foi extremamente infeliz na resposta que deu à repórter da Band, citando a Chapecoense, sim. Resposta amadora. De quem não pensa no que fala.

Mas o mundo só viu o texto plano da resposta do Fernando. Ninguém escutou a pergunta que o induziu ao erro, tão pouco o pedido de desculpas.
Hoje, houve quem dissesse que "todos os que torcem pro inter não cair são canalhas por causa da resposta do Fernando Carvalho". Desculpe, amigo, "canalhas" são vocês que chafurdaram no factoide. Deixe a torcida - que nada tem a ver com a declaração infeliz do dirigente - fora disso.

Mas voltando ao Pífero...

Suas decisões administrativas sempre foram um fiasco.
Quem aqui lembra das "obras pra Copa do Mundo", aonde ele destruiu metade do anel inferior de arquibancadas sem previsões de receitas para a reforma?
O clube passou quase um ano jogando em meio a escombros!
Foi preciso que o Luigi assumisse o clube para conseguir recursos para conseguirmos reconstruir o estádio.
Não apenas isso, o Luigi pegou o clube em um momento aonde havia perdido o Mundial para o Mazembe de modo ridículo. Jogadores sem tática, sem técnica, sem comprometimento, tal qual o Inter de 2017. Luigi conseguiu encontrar os líderes dentro do time e montou uma equipe em volta deles. Estava começando a reconstruir a grandeza do clube. Só não foi campeão da Libertadores por detalhes, mas estava sempre frequentando a competição.

Entregou uma equipe montada, participando da Libertadores, com Nilmar, Aranguíz, D'Alessandro e Abel Braga. Sem contar um número interessante de jogadores vindos da base, algo que não acontecia desde 2004 na safra que revelou Sóbis, Nilmar e outros.

Mas mesmo assim os sócios colorados elegeram o Pífero, novamente.

2015 já foi um ano a ser esquecido. Todos os jogadores remanescentes da gestão Luigi só ficaram no clube para a Libertadores. No Brasileirão, apesar da boa campanha, o Inter acabou em quinto e não classificou novamente para a Libertadores.

Então ocorreu O DESMANCHE.

Eu não sei o que o Pífero tinha em mente. Ele trouxe Argel Fucks para comandar o Inter.
Deixou TODOS os bons jogadores irem embora e deu carta branca para o Argel montar um elenco HORROROSO para disputarmos 2015.

Entenda: ele deixou D'Alessandro sair da equipe, indo por empréstimo para o River.
Trouxe Alex e Anderson para serem "os comandantes" do time.

Eu simplesmente não entendo. Apoiou o time em dois ex-jogadores, que em suas carreiras no máximo compuseram elenco... e rodeou esses dois medalhões com guris da base ainda carentes de experiência.
Qual o resultado que isso poderia ter?

Assistir ao último jogo do Inter foi um misto de decepção e frustração.
O time precisava de CINCO gols para se manter na primeira divisão. E o único que você via dando o sangue dentro de campo era o goleiro Danilo Fernandes. Talvez o único acerto do Pífero nos últimos dois anos. (E, mesmo assim, porque vendeu o Alisson, atual goleiro da Seleção Brasileira...)

E, agora, no final da sua gestão pífia, Pífero entrega um Inter sem time, sem escalação, sem sistema de jogo, sem plantel, sem estrutura... e na Série B.

Eu quero dizer que estou triste.
Não cair para a Série B era um patrimônio do Internacional, sim.
Nós, torcedores vindos da década de 80 e 90, nos orgulhávamos de nunca termos caído.
Era uma honra, fazia do nosso clube um time especial. Nos sentíamos "do povo" e "da elite", ao mesmo tempo. Agora, o Inter passa a ser um time comum. "Só mais um".
Caímos por conta das nossas decisões. Por conta de elegermos um presidente pífio. Com ideias pífias. Com pensamentos pífios. Com atos e gestão pífios.

E quer saber o que é pior?
O Inter continua na justiça pelo caso Victor Ramos.
O Vitória usou um jogador de modo irregular no ano inteiro, sim.
E, se houver alguma forma de justiça, o Vitória será punido. E o Inter ficará na primeira divisão no ano de 2017. Lugar que, dentro de campo, não é o seu.

E eu acho que nunca saberei dizer se é melhor disputar uma Série B por merecimento ou ficar na Série A por irregularidades extra-campo.

Eu só espero que o Inter de 2017 tenha vergonha na cara.
Todo Colorado que eu conheço troca uma vitória apática por uma derrota com os jogadores dando a vida dentro de campo. E é isso que nós queremos. Jogadores que corram, dividam a bola, empurrem o adversário no campo deles, não se entreguem até o último segundo.

Bem, o Inter tem um grande desafio para 2017.
Agora, estamos jogando um campeonato aonde não fomos campeões. O Inter PRECISA do título da Série B para poder continuar usando "Campeão de Tudo".

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

E se ícones nerds fossem livros infantis?

O artista gráfico Joey Spiotto transformou ícones do mundo pop e geek em capas de livros de histórias para crianças.

O resultado? Fantástico!

Você pode ver mais do trabalho do artista aqui -> https://www.etsy.com/shop/joebot





segunda-feira, 14 de novembro de 2016

E se o Pikachu evoluísse como o Eeve?

Sandra Charlet imaginou como ficaria o Pikachu caso ele evoluísse como o Eeve, podendo assumir qualquer tipo de pokemon.

Para ver mais do trabalho da artista, você pode clicar aqui -> http://sandracharlet.com/,


Normal



domingo, 13 de novembro de 2016

Reforma Eleitoral

Você que me acompanha nesse blog deve ter notado que, com o passar dos anos, eu migrei de uma situação política "social democrata" para uma posição política "liberal".

Antigamente eu entendia que, como os recursos são limitados, é necessário um administrador centra - o Estado - para maximizar o que poderia ser feito com a riqueza de um país. Atender a necessidades básicas que muitas vezes o indivíduo negligencia em detrimento de conforto transitório e até mesmo banal. Racionalizar o investimento do dinheiro em algo útil para a população de agora e a futura.

MAS...

Assim como tantas outras utopias, essa exige uma perfeição que não existe: políticos perfeitos.

Para maximizar o dinheiro tomado da população através de impostos são necessários políticos completamente honestos, que tomarão decisões acertadas o tempo inteiro.
Entretanto, o que mais temos são políticos com propostas estapafúrdias, muito abaixo da linha da ignorância... e que aplicam esses projetos superfaturando, desviando e roubando nosso dinheiro.

Por isso eu, lentamente, migrei para o liberalismo. Se é pra fazer idiotice com o meu dinheiro, que faça eu. Pelo menos é mais divertido eu mesmo gastar de modo tolo do que ter o meu dinheiro roubado por impostos e ver cada centavo patrocinando idiotices... ou as contas em paraísos fiscais de políticos corruptos.

Bem. Eu já era um liberal nas ideias sociais. Contanto que você não interfira na minha vida, amigo, faça o que você quiser da sua. Tô nem aí. Gente feliz fica ocupada aproveitando a felicidade e não torra o meu saco.
Mas a partir do pensamento sobre o liberalismo econômico, eu mergulhei de cabeça na matemática econômica. E descobri uma coisa interessante: Quanto menos serviços públicos o Estado fornece, menos concorrência faz para os seus cidadãos e menos dinheiro tira dos mesmos. Se você deixar mais dinheiro no bolso e mais nichos no mercado para os cidadãos, mais empresas aparecem. É até uma conta meio simples, né? Se sobra uma grana legal no teu salário, porque não arriscar aquele sonho de ter o seu próprio negócio? Porque não ser o seu próprio patrão? Porque não abrir a loja de roupas, o salão de cabeleireiro, a creche, o colégio, o consultório médico, a empresa de fazer asfalto, etc...?

Isso é o máximo do micro-gerenciamento possível. E eu encontrei até uma contradição minha, nesse ponto. Eu sempre fui pela separação e autonomia dos estados (sim, sou gaúcho). Mas na contramão, eu era a favor do gerenciamento centralizado. Mas estudando o micro-gerenciamento e o efeito dos nichos de mercado em Estados liberais, eu notei que as pessoas notam os problemas do seu bairro, cidade e região muito mais rapidamente do que o processo político pode fazê-lo. Basta que as pessoas tenham dinheiro no bolso que elas próprias tratam de criar estruturas para atender às necessidades básicas do povo.

E isso traz um bônus que explodiu a minha cabeça quando eu descobri: cada população tem o valor que pode pagar pelo serviço. Pela iniciativa privada, se você cobra mais caro do que a população pode pagar, você vai à falência e abre o nicho para que outra pessoa traga novas soluções para deixar o valor acessível ao público. Pela iniciativa do Estado, pouco importa o valor que a população pode pagar; o Estado cobra o imposto de qualquer modo, tirando o dinheiro que ELE, O ESTADO, acha que precisa para manter o serviço. Assim sendo, o micro-gerenciamento se prova, em médio e longo prazo, mais efetivo para maximizar os parcos recursos que temos.

Ok, tá explicado porque sou liberal.

Isso foi importante porque a minha proposta de reforma eleitoral é baseada em dois pontos liberais.

1) Voto facultativo.
Voto é direito. E direito você exerce apenas se desejar.
Ao se tornar um dever, voto deixa de ser democracia. Deixa de ser liberdade. Deixa de ser algo pelo qual você precisa pensar para fazer. Você simplesmente tem um ou dois domingos a cada dois anos em que precisa sair de casa para apertar uns botões em uma máquina.

Não. Voto precisa ser algo de caso pensado.Voto precisa ser algo que você levanta decidido naquele domingo. Que caminha com o peito estufado, certo de que está fazendo algo correto pelo presente e futuro.
E se, por ventura, você achar que nenhuma das opções te representa ou por qualquer outro motivo, você pode decidir simplesmente ficar em casa.

2) Percentual mínimo de votos.
Mas existe um problema com o voto facultativo: em todos os lugares aonde ele foi implantado, a baixa participação é algo que realmente preocupa.
Nos Estados Unidos, a eleição presidencial de 2016 marcou apenas 53% de participação. Quase meio país decidiu não indicar seu futuro presidente.

Aqui no Brasil, muitos dizem que apenas as militâncias votariam.

E, para resolver esse problema, eu crio outro: O Percentual Mínimo de Votos.

Basicamente, criamos uma fórmula que calcule o percentual de militantes de todos os candidatos disponíveis. Não tenho essa fórmula na cabeça. Talvez alguém mais inteligente do que eu possa sentar 15 minutos e sair com algo 99% pronto. Mas acredito que esse número envolveria os filiados aos partidos, média histórica de votos, talvez algum quociente de candidatos proporcionais eleitos, dividido pelo total de eleitores.

Enfim. Cada eleição teria um percentual mágico. Se o total de votos válidos não alcançasse o percentual mínimo de votos da eleição, uma nova eleição deverá ser feita. Todos os candidatos que não conseguiram superar suas metas individuais deverão ser substituídos.

Isso é importante por um único motivo: é DEVER do candidato CONVENCER pessoas a votarem nele. Todo candidato precisa ter propostas factíveis, sensatas, mostrando conexão com a realidade das pessoas e seus problemas. Ir pras ruas beijar bebês e comer pastel é fácil. Agora, discutir como a cidade fará para levar esgoto para cada habitante é algo que apenas os bons candidatos fazem.

Essas duas são as minhas principais contribuições.
Mas é claro que eu tenho mais ideias.

Basicamente, passaria por dar autonomia de país para os Estados, apenas subordinados à coordenação e representação nacional. Brasília? Passaria a ser uma guardiã de uma constituição enxuta, uma corte jurídica para decidir casos em última instância, administradora das relações externas, com um parlamento pequeno, controlando um exército para defender todo o território e operando contingências e calamidade quando necessário.

Assim, cada governador poderia criar as melhores políticas sociais e econômicas para seu estado.
Porque, me desculpem os centralizadores, é MEGALOMANIA ou MALUQUICE achar que uma pessoa sentada no meio do país consegue operar políticas que atendam às nossas tão diferentes 5 regiões do Brasil.
Exemplos? Tenho toneladas!
MEC. Como conciliar currículo de regiões industrializadas, com comércio exterior, necessidade de matérias técnicas... com o interior do sertão ou em alguma comunidade da amazônia aonde só se chega de barco? Isso sem falar zonas rurais, zonas urbanas, zonas portuárias, zonas de extração... Cada um desses locais demanda currículos diferentes, para que as crianças se tornem adultos cuja mão de obra resolva problemas reais de sua região.
Quer outro? Bolsa Família! Nosso país não é igual na economia. Diferentes regiões experimentam diferentes realidades de preços. Em algumas regiões do país, o valor pago pelo Bolsa Família é irrisório... em outros lugares é literalmente "a salvação da colheita". 

E essa lista pode ser estendida para praticamente todos os setores da administração. Diferentes regiões enfrentam diferentes problemas na saúde, na segurança, na forma como a cultura enfrenta problemas de modo geral.

Essa autonomia ajudaria até mesmo a minimizar os problemas de representatividade.
Hoje, Centro Oeste e Norte quase não têm poder para decidir quem é o presidente. Sudeste, Nordeste e Sul têm as maiores populações. As culturas dessas regiões são mais fortes na hora de escolher o presidente. No contraponto, o sistema de 3 senadores fixos por estado faz o Sul ter apenas 9 representantes e o Sudeste possui apenas 12, enquanto o Nordeste conta com nada menos do que 27. A quantidade de projetos apresentados, articulados, votados e aprovados é muito maior para o Nordeste do que para o Sul e Sudeste juntos.
E se você pensa que a Câmara de Deputados ameniza esse problema, saiba que existe número mínimo e máximo de deputados por estado. Assim, não importa a população absoluta do lugar, os números são deturpados pela quantidade, independente do que se faça.

Outra ideia que me agrada é o fim do fundo partidário.

Política é coisa séria e precisa ser discutida por ideologia. Quando você financia partidos só porque eles existem, com dinheiro tomado de todos nós, estamos cometendo duas distorções.
1) Partidos nanicos, sem representatividade, obtém espaço. 
Aí continuamos vendo candidatos que aparecem todas as eleições, mesmo sem nunca terem uma votação decente. Continuamos vendo partidos colocando celebridades para fazerem muitos votos e "puxarem" políticos de carreira junto, pelo fator eleitoral. E, pior de tudo, vemos as malditas coligações aonde um partido representativo promete a alma para esses partidos nanicos darem dinheiro e tempo de TV para a coligação. Nada disso tem a ver com o povo. Só com as negociatas internas de corruptos.

2) Você está pagando por TODOS os partidos, mesmo os que não concorda.
Eu, um liberal, estou sendo assaltado em impostos. O dinheiro que eu suei para criar está indo para um fundo partidário. E pode acabar nas contas de algum partido autoritário, vertente que eu abomino e ojerizo. Quão justo é isso?
Tá. Pensa que o dinheiro do comunista tá indo pra conta do partido conservador.
Ou pensa que o dinheiro do conservador tá indo pra conta do partido comunista.

Ou, pior ainda, o dinheiro de todos nós está indo para um partido nanico de aluguel, qualquer. Que nenhum de nós concorda, vota ou sequer tem simpatia.

É ridículo que eu não possa pegar todo o meu dinheiro e ajudar o partido com o qual eu seja mais identificado. Assim como é ridículo que cada um de vocês não possa fazer o mesmo com o SEU dinheiro e com o SEU partido de identificação.

O fim do fundo partidário aliviaria um pouco dos impostos que pagamos. E nos deixaria um pouco mais de dinheiro na carteira. Dinheiro o qual você pode gastar em bala, em cerveja, em festas, no seu carro, no seu negócio... Ou pode doar para o partido que você se identifica. Isso é liberdade.

"Mas Arthur, o que vai acontecer com os partidos que não receberem doações?"
Eles vão à falência. Sumirão. E isso é o justo, não é? Se o partido é tão bosta que não consegue ter uma ideia diferenciada para atrair apoiadores, ele não é representativo. Se esse partido não é representativo nem o suficiente para ter doações que o mantenham, que essa porcaria morra no esquecimento.

Chega de Levy Fidelix prometendo Aerotrem a cada 4 anos, como se essa porra realmente fosse resolver algum problema.

Eu também acho importante ter o voto físico.
Meu ramo é TI. E, amigo, mesmo sendo uma porcaria de rede isolada, eu sei como é fácil burlar um sistema.
Toda máquina é reprogramável. Porque urnas eletrônicas não seriam?

Não me entenda mal: eu adoro a praticidade da informática e não nego que o processo tenha ficado excelente ao ser digitalizado. Só o fato da apuração demorar horas em vez de dias já é algo a ser comemorado.

MAS... (sempre tem o "mas", né?) Mesmo dentro da TI nós garantimos a redundância dos dados.
Há um dito na nossa área que diz "quem tem UM backup não tem NADA". E isso é verdade. Arquivos podem ser corrompidos dentro de mídias digitais feitas em linhas de produção e testadas por amostragem. Ter os dados em mais de uma mídia não é cautela: é necessidade.

Por isso eu defendo que as urnas eletrônicas tenham uma impressora, sim. Pode ser uma impressora térmica, com voto impresso em uma bobina, mesmo. Algo que garanta ao eleitor que o voto dele foi efetivado para os candidatos que ele escolheu. Que garanta ao sistema a lisura de poder conferir os votos, caso necessário.

Continua tudo do jeitinho que tá. Só me coloca uma impressora do lado de cada urna. Depois do último "confirma", imprime todos os votos juntos. O cidadão confere e coloca em uma urna física, BO-NI-TA.

Acabou a eleição, o mesário imprime o resultado da urna eletrônica e conta os votos da urna física. Na frente de fiscais dos partidos. Se os números baterem, o mesário passa o resultado à frente, como já faz hoje. Se não baterem, chama o juiz eleitoral pra apurar WHAT A FUCK aconteceu ali.

E, por fim, uma das coisas que eu acho mais importantes: o fim das coligações.

Política é ideologia. Você defende uma ideologia. Eu defendo algo 99.99999% igual a você. Nós dois nos juntamos em um partido.
Outro amiguinho defende o contrário de nós dois. Esse amiguinho tem coleguinhas. Eles se juntam. Formam outro partido.

Por mim, seguindo o Diagrama de Nolan, só deveriam existir 5 partidos. Conservador, Progressista, Liberal, Autoritário e Centrista.
Simples assim. Talvez... TALVEZ... pudessem existir mais 4:
Entre liberais e progressistas: Partido social-democrata.
Entre liberais e conservadores: Partido focado na renovação conservadora.
Entre autoritários e progressistas: Partidos comunistas.
Entre autoritários e conservadores: Partidos nacionalistas.

Mas porque eu não aceito coligações? Porque eu nem confio em partidos "meio termo"? Porque, por mais moderado que eu seja, eu não acredito em pessoas com pensamentos diferentes se unindo por uma causa. Nunca é por uma CAUSA. Sempre é por INTERESSE.
Coligações nascem a partir do pensamento "o que eu ganho me juntando a eles?".
No sentido clássico da coligação a resposta seria algo como "eu ganho algumas das minhas políticas sendo apoiadas e efetivadas no país!". Mas na prática, a resposta é "eu ganho cargos para acomodar todos os meus apoiadores".

Por isso, eu acredito que precisamos acabar com as coligações. ESPECIALMENTE as coligações que todo mundo vê que partidos nanicos estão dando dinheiro e tempo de TV para fortalecer um partido grande.

Isso é imoral. São os corruptos rindo da sua cara.

ALIÁS vou deixar uma dica para você, em TODAS as eleições: vote SEMPRE na chapa pura, se ela existir. Mesmo que não seja o partido com as ideias que você apoie. No nosso cenário de balcão de mercado político, isso é o de menos.
Ao votar em chapas puras, você tem a certeza que existe menos conchavos políticos. Que os políticos estarão mais comprometidos com o povo - contigo - do que com as alianças que forjaram e a alma que venderam para conquistar o poder.
Como eu disse: a chapa pura, sem coligações, pode até não ser a ideia que você defende. Mas, pelo menos, é um grupo de pessoas que não estão com o rabo preso com um mundo de partidos nanicos.

Não que essa chapa pura não vá roubar ou fazer bobagens no poder. Claro que vão. Afinal, são políticos corruptos saídos diretamente do nosso povo corrupto. E se "basta dar poder para uma pessoa para corrompê-la", se dermos poder para um corrupto você já imagina aonde chegaremos, né?

Mas, pelo menos, é alguém com menos obrigações de coligações.


Enfim.
Democracia é uma merda. Não funciona direito, tem distorções por todos os lados e nunca... NUNCA todos sairão satisfeitos no final de um processo democrático. Não importa o quanto nós o aperfeiçoemos.
Mas estamos aqui para tentarmos melhorá-lo ao máximo, não é?
Nossa função no mundo é justamente essa: lutar para deixar um mundo melhor para as pessoas do futuro.

E esse é o meu quinhão, hoje, sobre como melhorar as eleições.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Noites Estreladas!

Você que me acompanha desde o início já deve ter notado que eu adoro o quadro "Noite Estrelada" de Van Gogh. Sempre que encontro alguma versão bem feita desse quadro por aí, eu trago para vocês na hora!

Essas aqui são versões feitas por Aja Kusick.
Você pode ver mais do seu trabalho aqui -> http://www.sagittariusgallery.com/





sábado, 5 de novembro de 2016

Maori StormTrooper

Em 2010 o evento "Star Wars Celebration V" teve uma ideia legal: chamou celebridades e pediu que eles redesenhassem o capacete do StormTrooper para um leilão.
Entre as celebridades convidadas estava Peter Mayhew (Chewbacca) e Ray Parker (Darth Maul).

Ao todo, 50 capacetes foram feitos e leiloados, angariando pouco mais de 50 mil dólares, revertidos para a Make a Wish Foundation.

Esse capacete foi criado por Daniel Logan - ator neo-zelandês que interpretou o jovem Boba Fett. Daniel foi auxiliado na confecção da peça por alguns artistas que participaram da produção de Star Wars, entre eles Shawna Hogan-Moore, Michael Moore e Darcienne Sparber.

O capacete é feito em PVC, foi entalhado com motivos da cultura Maori e pintada para parecer madeira.

A peça foi arrematada por um funcionário da Lucas Films que não quis se identificar por US$3.500,00.

Você pode ver os outros capacetes criados clicando aqui.



E se os Transformers invadissem outros filmes?

Vamos lá!
Você consegue descobrir os nomes de todos os filmes só pelos carros?

Excelente trabalho de Darren Rawlings.
Você pode ver mais aqui -> http://darrenrawlings.deviantart.com/






quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Segundo Trailer: Mulher Maravilha

Eu estou hipnotizado com esse trailer.

Certamente será o grande filme da Warner/DC.
Muitos se questionavam se a Mulher Maravilha "funcionaria" direito nos cinemas.
Segundo trailer do filme dela e eu tenho certeza que será a melhor personagem da DC nos filmes!

Gal Gadot: inquestionável no papel de Diana.
Impressionante como ela "vestiu" bem o personagem!

Bônus 1: Referência à Mulher Maravilha "secretária" da Sociedade da Justiça!

Bônus 2: "Como uma mulher pode lutar nisso (vestido)?" Pronto. Feministas já têm a resposta sobre o uniforme da Diana.




quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Doutor Estranho

Caros amigos, acabei de sair da sessão do Doutor Estranho.

Você quer a resenha sem spoilers deste filme em uma frase? Ok. A resenha em uma frase é esta: Doutor Estranho é o filme que justifica você comprar uma TV 3D.

Sim. Esse filme. Sozinho. Só ele já justifica que você compre todos os aparelhos necessários para assistir filmes 3D em casa.

O filme segue a receita já clássica de "primeiro filme de apresentação do super-herói Marvel". Ou seja: é um filme muito acima da média.
Acontece que a Marvel já fez essa receita tantas vezes (Homem de Ferro, Hulk, Thor, Capitão América e Homem Formiga) que se tornou excelente em sua proposta. Doutor Estranho te entrega mais do mesmo que você já viu em outros filmes. Um personagem principal problemático que enfrenta uma situação de estresse. Em uma aula de esforço e superação pessoal esse personagem aprende lições valiosas para se tornar alguém melhor... e acaba recebendo super poderes para defender a humanidade, no processo.

O filme possui piadinhas salpicadas aqui e ali. Mas não vá assistir Doutor Estranho esperando ver uma enxurrada de piadas como em Guardiões da Galáxia. O personagem Doutor Estranho é mais sério, sim. Mas mesmo tendo um tom mais sóbrio, o filme não deixa nada a desejar para os demais.

Agora jogue toneladas de referências bem feitas ao mundo místico, efeitos especiais psicodélicos que deixam Inception parecendo brincadeira de criança, pelo menos quatro grandes referências ao Universo Cinematográfico Marvel, três grandes ganchos para o segundo filme do Doutor Estranho, dois ganchos para outros filmes Marvel e o cameo mais apagado do Stan Lee de todos... e voilá! Você tem 1:55hs de entretenimento em estado puro!


Se alguém me obrigar a falar alguma coisa ruim desse filme, diria que FOI POUCO TEMPO. Saí do cinema achando que faltaram 20 minutos de filme. Alguns personagens precisavam ser melhor apresentados e a cena da luta final poderia ser mais longa.
Mas de forma alguma esses 20 minutos que eu senti falta estragam o filme. Muito pelo contrário, talvez seja eu o nerd que lê gibis, fominha por histórias de heróis, que queria ver meus heróis mais tempo na telona. Talvez esses 20 minutos tornassem o filme menos dinâmico.

Doutor Estranho possui DUAS cenas pós-créditos. E acredite em mim: AMBAS são essenciais para a compreensão do filme e em como se encaixa o Mago Supremo no Universo Marvel. Fique até o final dos créditos.

Na minha opinião, ainda acho Deadpool o melhor filme desse ano. Doutor Estranho roubou a segunda colocação de Guerra Civil. Isso rebaixou  X-Man: Apocalipse para o quarto lugar, Batman Vs Superman se tornou o quinto e Esquadrão Suicida relegado à sexta colocação.

De agora em diante vou escrever spoilers do filme.

Se você não foi assistir o filme, pare agora e vá ao cinema.

Sério? Tá lendo ainda? Por sua conta e risco.

Não vá dizer que eu não avisei que tem spoilers a partir daqui!


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A Década Perdida

Dê uma boa olhada nesse gráfico.


Tá complicado entender?
Peraí, eu ajudo.

Esse gráfico nos mostra a renda média anual do brasileiro, desde 2002 até a projeção de 2020.
Vocês podem ver que desde 2003 a curva em vermelho subiu, subiu, subiu... A renda média anual pulou de cerca de R$23.000,00 para mais de R$30.000,00 em 2013.

O motivo?
Eu elenco dois:
1) Lula "fez o que deveria fazer, não o que todos esperavam que ele fizesse".
Mesmo com escândalos como o mensalão e o apoio às Empresas X do Eike, Lula manteve uma equipe econômica sólida. Essa equipe "rezou a cartilha" da austeridade. Conquistou a confiança dos investidores externos. O governo auxiliou empresas a fecharem negócios com a China.

2) O Brasil se beneficiou do "Efeito China". Nesse período, o governo chinês bancou obras por todo o país deles. Desde as necessárias (estradas, hospitais, etc...) até algumas malucas (eles construíram cidades INTEIRAS em regiões inabitadas! Cidades que estão até hoje sem população!). E essa onda de keynesianismo SUGOU as commodities do mundo. Ferro, plástico, comida, equipamentos, areia, cimento... A China comprou TUDO O QUE PÔDE! E como o Brasil sobrevive da venda desses produtos básicos, nós nos beneficiamos do aumento do preço desses produtos no mercado externo.
Não que tenhamos nos esbaldado. Ao meu ver, com políticas mais agressivas de flexibilização da CLT, cortes REAIS de impostos e privatizações, nossas empresas teriam sido mais competitivas e nós teríamos enfrentado um tsunami de dinheiro entrando no Brasil. Entretanto, as ações do governo garantiram que o Brasil pudesse "surfar" uma onda de dinheiro extra.

No gráfico dá pra ver, também, a crise imobiliária de 2008 refletindo no Brasil, em 2009.

E esse é um ponto importante a ser ressaltado.

Naquele momento o MUNDO estava redirecionando seu dinheiro para recuperar o sistema bancário. Com menos dinheiro, as pessoas compram menos produtos, inclusive os básicos. NAQUELE MOMENTO a curva já deveria ter começado a mudar para baixo.
Mas o governo interviu e passou a queimar nossas (poucas) reservas em projetos internos. Literalmente ENTUPIU construturas de dinheiro público para fazer os imóveis do Minha Casa Minha Vida e outras obras pelo Brasil inteiro e "nações amigas". (Projetos que hoje estamos vendo que foram superfaturados e objetos de corrupção ativa, através das investigações da Lava Jato...)

Ou seja: a curva até 2008 era próxima do "natural".
Em 2009 ela já sofreu alguma intervenção do governo.
E até 2013, essa curva é completamente artificial.

Ali estamos vendo subsídios nas contas elétricas, preço dos combustíveis congelado, IPI zerado apenas para empresas amigas, etc, etc, etc...

Então, em 2014, o dinheiro acaba. As reservas somem. O governo não consegue mais subsidiar preços. Anos de reajustes necessários são entregues ao povo de uma única vez.
Empresas que eram viáveis no momento de bonança artificial deixam de conseguir se manter e vão à falência. 
Milhões de desempregados.

Quer saber porque a Dilma sofreu impeachment?
Porque as políticas keynesianas são excelentes enquanto existe dinheiro para mantê-las. Enquanto o governo pode bancar, sobra dinheiro no bolso do povo e amamos o governo.
Mas quando o dinheiro acaba, o governo nos apresenta a "conta" dessa bonança. E nessa hora temos que pagar o acumulado de todos os anos de riqueza artificial.

Some a esse modo infantil de conduzir a economia todos os anos de corrupção e roubalheira descarados promovidos pelo PT e você começa a compreender porque foi necessário retirar o PT do poder.

A infantilidade e cara de pau eram tantas que o PT MAQUIOU as contas para não mostrar aquela reta entre 2014 e 2015. Quando nossa renda anual média passou de R$30.000,00 para R$28.000,00.

E sabe qual é o problema em MAQUIAR as contas? É que a matemática é evidente, exata. Se você souber olhar os números, você sabe o que está acontecendo. Mesmo que a outra pessoa minta pra você, você consegue ler o que está errado.

O mercado externo notou que as coisas estavam mal no Brasil.
E, por isso, os investidores tiraram o dinheiro daqui. O que só aumentou nossa crise interna.
De economia de investimento (aquela que o investidor deixa o dinheiro por anos na economia para tirar dividendos), passamos a economia de especulação (aquela que o investidor coloca o dinheiro pela manhã e tira durante a noite, só pra tentar tirar um lucro na flutuação do dia).

Eu ODEIO o PMDB e, por mim, terminava o partido inteiro hoje mesmo.
Não esquecendo de cassar os direitos políticos de todos os filiados.

Mas o Temer assumiu a presidência e - ainda provisoriamente - a primeira coisa que fez foi eliminar a maquiagem das contas públicas e RECONHECER A DÍVIDA BRASILEIRA. Primeiro passo para reconquistar a confiança do investidor externo. Assumindo que estamos devendo, podemos criar um plano para pagar a todos. E esse plano, para todos que sabem ler os números, nos custará pelo menos uma década de muito trabalho e muitos impostos.

Some à esta década de "trabalho para pagar a dívida que o PT nos deixou" mais dez anos de retrocesso, que podemos ver ao comparar a renda média anual prevista para 2020 e a renda média anual de 2010, ambas próximas de R$29.000,00.

Você gosta de fábulas?
Pois bem, austeridade Vs keynesianismo é igual à fábula da "Tartaruga e do Coelho" ou à fábula da "Formiga e da Cigarra".
Austeridade é o "devagar e sempre". O "Devagar se vai ao longe". É a tartaruga concentrada em dar um passo de cada vez no ritmo certo para chegar no final da corrida. A formiga concentrada em juntar comida no verão para enfrentar o inverno de barriga cheia. Você gosta de SUSTENTABILIDADE? Então, a austeridade te dá isso. Pode demorar para conquistar certo patamar. Mas quando você chega lá, não depende de nada para se manter naquele lugar. O que você conquista É SEU.
Keynesianismo é tão bonito no início. Você sai correndo na frente, você tem recursos de sobra para passar o dia cantando e brincando. Mas sempre chega a hora da auto-confiança excessiva. O inverno do "o dinheiro acabou" sempre chega. E nessa hora a realidade bate à porta. A tartaruga da austeridade passa pelo coelho do Keynes. A cigarra do Keynes precisa bater na porta da formiga da austeridade.

E aí, amigo?

Bem... Apenas no dicionário o Sucesso vem antes do Trabalho.

É nossa hora de baixar a cabeça, arregaçar as mangas e TRABALHAR.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A Internet Não Perdoa!

Casalzinho tirou uma foto bonita do beijo na praia... Mas o moleque atrás ficou exatamente no meio da foto.

O que eles fizeram? Pediram para a internet tirar o moleque da foto.

E a internet? Ah! A Internet NÃO PERDOA!

Aqui está a original:



E aqui está o maravilhoso trabalho da internet!


domingo, 16 de outubro de 2016

Feliz dia dos Professores?

Meu pai conta uma história. Pesada para os padrões de postagens que eu faço, mas a história é dele.

Conta o Sr Meu Pai que até a adolescência ele ficava maravilhado com a "aura" que as grávidas emanavam. Assim como toda a sociedade, Sr Meu Pai via as grávidas como pessoas abençoadas, quase mágicas. Cercadas de uma mística profunda, oriunda "dos mistérios da vida".
Então o Sr Meu Pai descobriu que, para engravidar, uma mulher precisa fazer sexo. E não qualquer sexo; existem mulheres que precisam tentar várias técnicas, trepam por meses a fio, até que conseguem "embuchar".
Sr Meu Pai diz que, desde esse momento, ele olha grávidas e só consegue pensar "ah safada!"

Pois bem. 

ANTES da minha opinião, que fique claro que eu tenho professoreS na minha família. Na minha casa. Não uma, não duas, mas VÁRIAS. E não são parentes longínquas, não. Minha avó, com quem morei por muitos anos, não só foi professora como seguiu carreira até chegar à secretaria da educação do RS. Tá pensando que é pouca merda?
Eu mesmo já pisei em sala de aula para passar conteúdo para outras pessoas.

Portanto, não pense que a opinião que eu vou expressar carece de fundamento. Eu sei muito bem aonde eu tô pisando.

Posto isso tudo... A sociedade insiste em criar uma "aura" de "amado mestre" para todo professor. Desde que eu me conheço por gente, "professor" é algo tido como sagrado. Alçado a "educador", essas pessoas que se prestam a repassar conteúdo são quase deuses.

Mas eu cresci. Passei a olhar o mundo com mais cuidado. A ler um pouco mais sobre outras culturas, a entender como se formam esses mitos.
E olha: essa "aura" de que "todo professor é especial e merece o máximo" é um MITO. Dos brabos. Dos fedidos. Daqueles que tu derruba com meio minuto de pensamento lógico.

EVIDENTE QUE, assim como todo desvio padrão, existem os prováveis e os possíveis outlines, criando professores-monstros do lado ruim do sino e professores-perfeitos nos desvios positivos.
Mas o sino em si? Pff... Moda, média e mediana estão (e sempre estiveram) muito abaixo da satisfação mínima.

Por muito tempo eu acreditei que esse fenômeno era causado pelos baixos salários e incentivos aos professores da rede pública. Se você é um excelente professor e pode ganhar "R$1000" para dar aulas ou "R$5000" para aplicar seu conhecimento em uma empresa, aonde você gastará seu tempo?
É, né? Eu também aplicaria meu tempo e conhecimento na empresa.

Com a vaga de professor desvalorizada, os melhores professores ficam longe das salas. E a vaga fica disponível para "professores nota 9". Se esses não assumem a vaga, a vaga fica com os "professores nota 8". "7". "6". "5". "4"...

Eu jurava que era isso que acontecia. Mas isso não é lá muito verdade, não.

No Brasil, segundo o governo do PT, se cada pessoa da sua casa tem sozinha para gastar R$1500/mês, sua família já é de classe alta. Uma casa com 3 pessoas (pai, mãe e filho) que tenha uma receita combinada de R$4500 já podem ser considerada de "uma família de classe alta".


No mesmo Brasil, segundo um levantamento junto aos governos estaduais, a média salarial de um professor que trabalha 40hs/semana fica entre R$3.802,09 (MT) e R$1.917,78 (SC).
Se esse "professor médio" mora sozinho, já pode ser considerado "classe alta". Se esse mesmo "professor médio" tem um "por fora" (quem não tem, hoje?) talvez possa ser um pai/mãe solteiro e, ainda assim, ter uma família considerada "classe alta". Se esse mesmo "professor médio" tem um cônjuge que recebe igual ou mais, provavelmente essa família pode estar dentro do grupo dos 10% mais ricos do Brasil.

Tão entendendo aonde eu quero chegar?
Realmente o mercado paga mais do que o valor médio pago para professores na rede pública. Mas o valor pago a estes funcionários públicos não é desprezível. Há vários mitos atrás da choradeira dos professores. "Salário de fome" não é bem assim. "Jornada castigante" também não é inteiramente verdade. "45 dias de férias não são tudo isso!" - mas são 15 dias a mais do que TODOS os CLT.

E eu vou contar que todos esses benefícios estariam plenamente justificáveis CASO o rendimento desses professores fosse alto.
Mas o RESULTADO MÉDIO do trabalho dos professores brasileiros é... constrangedor. (Sim, eu usei eufemismo.)

Em 2012, segundo uma famosa pesquisa da Universidade Católica de Brasília, 54% dos universitários das 800 maiores universidades do Brasil eram ANALFABETOS FUNCIONAIS.
Pessoas que leem, escrevem... mas são incapazes de interpretar o que está sendo dito. Para essas pessoas, esse textão inteiro não quer dizer absolutamente nada.

Bem... dê uma olhada na qualidade das letras da música pop brasileira desde o meio da década de 90 pra cá. Ali tu vai notar o resultado da educação no brasileiro. Em cada um. Tanto no infeliz que escreve o funk da moda... quanto na legião que escuta essas porcarias monossilábicas e acha o máximo.

Mas então aparece o ~argumento~ do sucateamento das escolas. Falta de material didático. Falta de incentivo e aprimoramento para os professores.
EU SÓ ACHO ENGRAÇADO QUE... na já tradicional greve anual dos professores, a reivindicação sempre é apenas por mais salário. Não vemos faixas de professores em greve exigindo laboratório de química, física e biologia. Não há piquetes protestando por falta de apoio e organização de olimpíadas de matemática, por verbas para atividades extra-curriculares de artes, esportes e disciplinas técnicas. NENHUM sindicalista usa o microfone para pedir por melhorias NAS instituições.

Não.

Muito pelo contrário, toda semana temos exemplos de professores usando seu tempo de aula para dar palestras sobre seus conteúdos preferidos, em vez de apresentar as matérias e deixar que os alunos pensem sobre elas.
Chega ao cúmulo de vermos casos de professores OBRIGANDO alunos a se juntarem às manifestações que defendem, sob pena de não ganharem nota e ficarem de recuperação.
Bem, tem uns três anos que eu discuti com um professor aqui no facebook. Eu dizendo que o papel do professor - nesse mundo moderno de conteúdo instantâneo no google - é instigar a curiosidade do aluno para que ele pesquise sobre o assunto... E o professor dizendo que não; o papel do professor é o de mostrar "o que é certo e o que é errado".
Ou seja: eu defendendo a disseminação da vontade de aprender... e o infeliz que tá em sala de aula com o seu filho, defendendo doutrinação.



Sim. Doutrinação.

Hoje mesmo eu vi uma hashtag aqui no Facebook. Docentes do IFSC dizendo com todas as letras que a PEC 241 vai destruir a educação no Brasil. Que estipular um teto para os gastos fará com que nenhum dinheiro vá para educação, deixando o povo burro.
Bem, mais burro do que essa ~informação~ ninguém pode ser. Então, talvez até mesmo esse futuro balizado em mentiras seja melhor do que a realidade de hoje.

Não, amigos. Eu consegui me libertar do mito da "aura do professor-mestre".
Não existe. Nunca existiu.

Agora eu olho para professores e apenas vejo pessoas falhas, como qualquer um de nós. São pessoas com agendas de ideais. Para os quais demos TEMPO e NOSSAS CRIANÇAS como platéia.
"Profissionais" que estudaram a vida inteira para sair da sala de aula e entrar na sala de aula. Geralmente sem O MENOR conhecimento do mundo real, do mercado e da mecânica sobre "como as coisas funcionam".

(Eu mesmo: era o melhor aluno em Engenharia de Software. Só tenho 10 naquela porra. Saí da faculdade enchendo a boca pra falar que eu era bom em engenharia de software. No PRIMEIRO caso concreto que eu precisei desenhar um "esquemograma", demorei horas, não saiu NADA de produtivo e eu precisei pedir ajuda pro cara mais velho da empresa...)

Parabéns para professor?
Posso dar parabéns, sim. Frio, distante, por mera formalidade.
Assim como damos parabéns para os profissionais de saúde no dia deles, para secretárias, para qualquer outro. "Parabéns aí por existir".

Mas esse parabéns em devoção que vocês prestam todos os anos?
Para esse povinho medíocre que está fazendo um trabalho risível e entregando um resultado prejudicial para o país?
Bem, seus professores podem não ter ensinado vocês a pensar e refletir sobre as coisas. Mas eu convido vocês a pesarem os prós e contras antes de sair falando qualquer asneira.

Ps: Sim, eu adoro muitos dos meus professores. Professora Madalena de Matemática, lá do Heriberto Hülse, por exemplo. Mas eu cresci, sabe? Agora eu sei separar o emocional do racional.

Mini-Heróis Marvel!

Para ver mais do trabalho do artista -> http://kuchumemories9.deviantart.com/









segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Furacão Matthew no Haiti

Vamos pensar só um pouquinho?

Olhe essa imagem e me diga o que tem de errado com ela.


A péssima construção gramatical das frases? Hum. Incomoda um pouco, mas não é isso.

A hipocrisia das pessoas? Talvez. Mas mesmo assim mal arranha o problema real.

Vai parecer maluco o que eu vou falar, mas... 

Experimentem TIRAR a "ajuda humanitária" permanente do Haiti. Só assim vocês verão gradualmente aquele lugar começa a andar nos eixos, novamente. 

Ficar mandando coisas "de graça" para qualquer país quebra a cadeia econômica do local. Acontece na África, na Ásia, no Haiti e em qualquer lugar aonde exista ajuda permanente: pra que as pessoas se esforçarão para trabalhar, ter dinheiro e comprar bens e serviços, se existe distribuição de alimentos/remédios e tropas do exterior provendo desde os serviços mais básicos até os que não são tão necessários? 

Na Etiópia, por exemplo, o milho europeu (que governos europeus subsidiam e compram o excesso de produção...) é distribuído para a "população carente". A população não precisa comprar milho em mercado. Sem compradores, os poucos fazendeiros etíopes vão à falência. Esses poucos fazendeiros acabam endividados, forçados a vender suas terras para pagar o que devem. No fim esses fazendeiros etíopes tornam-se, eles próprios, em necessitados que recebem milho, também. 

Eu sou muito a favor da ajuda em momento de calamidade. Eu sou mau, mas não tanto assim.
Poxa, aconteceu uma merda qualquer, é HUMANO que você leve o mínimo de conforto e dignidade para quem foi afetado pela má sorte.
Mas transformar o "apoio em momento difícil" em "ajuda permanente" mantém a população permanentemente na pobreza, dependendo da ajuda exterior. É o caso clássico de "morrer da cura". Literalmente estão "afogando a pessoa que estava morrendo de sede".

Fazer um plano para cortar doações é cruel em curto prazo, sim.
Mas fomentar o mercado interno é a única solução para tirar países da pobreza a longo prazo.

Ainda mais no Haiti, um país que se encontra no CARIBE, poxa vida. Com o mínimo de esforço o povo de lá pode transformar a metade da ilha deles em um paraíso turístico na Terra. Mas sabe como é... "ajuda humanitária" é uma indústria que movimenta milhões todos os anos... E essa indústria só consegue se manter funcionando se existirem miseráveis para "serem ajudados" às custas da exploração do sentimento de culpa de quem batalhou e conquistou um pouco de conforto para a sua vida.

E tem um jeito de você notar essa exploração.
Tão vendo que eles só estão falando dos mortos no Haiti?
Então. O Haiti DIVIDE uma ilha com a República Dominicana. República Dominicana que, inclusive, está na parte da ilha que ficou "mais próxima" ao olho do furacão Matthew. Ou seja: um lugar que TAMBÉM foi severamente atingido.

Pessoas também morreram na República Dominicana. Prédios foram destruídos, o mar avançou sobre cidades costeiras... O furacão assolou a República Dominicana assim como atingiu o Haiti.
Porque ninguém fala nada sobre a destruição na República Dominicana? 
Ah! Claro! Porque ali tem um mercado definido, exploração comercial do turismo, as pessoas têm renda, têm mais dinheiro, têm melhor infra-estrutura, as casas sendo melhores não desabaram sobre a cabeça das pessoas, menos gente morreu etc, etc, etc...
Mas, principalmente: porque a República Dominicana não possui a indústria da ajuda humanitária.

Assim, não há porquê jogar imagens da destruição das cidades dominicanas na nossa cara. Não há necessidade de criar comoção, mesmo porque não existe uma estrutura para receber e usar o possível dinheiro doado nesse país.

Sempre... Sempre que você ver uma imagem com pessoas necessitadas sendo ajudadas por algum grupo que te pede dinheiro... SEMPRE veja a pessoa que está "ajudando" como um duplo explorador. Essa pessoa está explorando a miséria alheia para te fazer sentir mal e explorar o teu sentimento de culpa para conseguir a tua doação. E esse dinheiro que você doar servirá para manter A ORGANIZAÇÃO que está prestando a ajuda humanitária, não AS PESSOAS QUE PRECISAM.

Caramba, desde que eu me conheço por gente tem ajuda humanitária na Etiópia e na Somália. São mais de 30 anos de organizações e países provendo toda sorte de "ajuda" para esses países. Que eu lembre, o Haiti recebe "ajuda humanitária" do Brasil desde meados dos anos 90. Lá se vão 20 anos que o Brasil está "ajudando" aquele país.
Você jamais se perguntou se uma ou duas gerações não são tempo suficiente para reconstruir um país? Já correu mais tempo do que o necessário para garantir alimentação de todo um grupo de crianças até que eles se formem em colégios e possam, eles próprios, prestarem os serviços e produzirem os produtos que o país deles necessita. Porque DEABOS esses países parecem MAIS POBRES agora do que quando os grupos de "ajuda humanitária" chegaram neles?

Novamente: eu acho importante doar no momento de calamidade. HOJE o povo do Haiti está precisando reconstruir o país deles e precisa de água, comida, etc... HOJE. Eu não vou deixar links aqui para você clicar e doar. Entre no Google, digite "doar para ajudar o Haiti" e faça sua doação para o grupo que você achar melhor. HOJE. Mas, por favor, não doe ingenuamente, achando que seus 10 pilas resolverão todos os problemas da metade daquela ilha. Pense na causa e na consequência dos seus atos. Pense a longo prazo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Gypsie Raleigh Cartoons!

Eu achei tão singelas as formas de passar conceitos tão acertados sobre o nosso dia-a-dia.
Se você olhar com cuidado, verá observações únicas sobre temas delicados.

Mais sobre o trabalho da artista?
Aqui tem o Instagram dela -> https://www.instagram.com/gypsieraleigh/
E aqui tem o site! -> http://www.sooliebeetch.com/



(Às vezes nós exigimos demais de quem nós nem notamos que já está fazendo tudo o que pode para nos apoiar...)




(Sobre esses relacionamentos modernos, com a obsolescência mais programada do que nossos celulares...)




(Sobre as pessoas que preferem o rápido ao trabalhoso.)




(Só eu vi "aborto" como o tema desses desenhos?)

Arte com Sombras!

Grande trabalho de Vicent Bal.
Você pode encontrar mais sobre o artista no seu perfil do Instagram: https://www.instagram.com/vincent_bal/