segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Comércio : Preços : Lucro

Hoje eu quero jogar luz a uma estupidez que eu canso de ver todos os dias: Empresas abrindo e, pouco tempo depois, falindo.

Você sabe porque isso acontece? Sabe o porquê das empresas não funcionarem?
Bem, eu posso copiar e colar um texto cheio de termos técnicos e passos mirabolantes de livros de auto-ajuda empresariais. Mas não vou. Vou explicar direitinho, em termos leigos, todos os porquês:

1 - Não ter diferencial de mercado:
Isso mesmo! Diferencial de mercado! Que termo bonitooooo ^^!
Toda vez que você ler "diferencial de mercado", substitua por "porque alguém vai comprar na tua empresa e não na concorrente". Melhor, né?
Vou exemplificar falando de um Shoping que fui. Não vou citar nome ou cidade, propositadamente. Nesse Shopping, haviam dezenas de pequenas lojas de vestuário. Todas elas vendendo, praticamente, as mesmas roupas. Camisas, calças, casacos, roupas íntimas, trajes de banho, chapéus... Uma ou outra traziam roupas em couro, a grande maioria, jeans, algodão, polyester... Os preços eram todos praticamente iguais. Variações de 5 a 10 reais entre uma loja ou outra. A qualidade, praticamente a mesma...
Qual é o diferencial de cada loja?
Localização? Não... todas estavam uma ao lado da outra...
Preço? Não... os preços não variavam significativamente...
Qualidade? Não... muitas lojas exibiam roupas das mesmas marcas, inclusive...
Atendimento? Não... todas as atendentes eram meninas "com segundo grau completo"...

Então, porque dezenas de lojas ali? Porque não derrubar as paredes e fazer uma única empresa com dezenas de donos? Tenho certeza que incidiria menos imposto até, hehe...

Há algumas técnicas para diferenciação, que vou indicar em outros tópicos. Mas o importante, inicialmente, é colocar em mente essa pergunta: "Porque alguém vai entrar na minha loja e levar o meu produto?" Sem essa resposta, seu negócio vai falir.

2 - Não saber fazer preço:
"Áh! Comprei por R$10,00, vendo por R$20,00... tenho 100% de lucro!"
QUANTA IGNORÂNCIA!

Vamos continuar no exemplo da lojinha que vende roupas...
Você comprou um lote de 50 camisas, por R$10,00, cada. Maravilha! Vamos vendê-lo! Mas, qual o Preço certo?
Primeiramente, vamos deixar claro que, para manter um negócio você tem custos.
Matéria-Prima(camisas, nesse caso), Conta de Luz, Água, Telefone, Aluguel, Impostos, Salários, Material de Expediente, Embalagens, Marketing, Desperdício, Inadimplência... isso é o que o eu lembro agora, de cabeça. Mas a lista é, com certeza, muito maior.
Para facilitar o trabalho, vamos dividir os custos em dois grupos:
Fixos: São os custos que tu tem periódicamente e que tu não pode fugir deles, senão a empresa não pode funcionar. Se não for pago o aluguel, a emrpesa é despejada; Se não comprar Estoque, não há o que vender.
Variáveis: São os custos que ocorrem esporádicamente. campanhas de Marketing, todo ou qualquer imposto ou custo que seja em porcentagem, LUCRO, etc...


O lote de 50 camisas que compramos devem pagar todas essas despesas. Mas, como poderemos saber se todas as 50 camisas serão vendidas? Em quanto tempo?
O ideal, em caso de vendas a varejo, é cronometrar a quantidade de vendas de cada vendedor para, então, montar uma média de vendas, que pode ser instituída como meta. Digamos que a meta de venda desta loja, baseada no histórico de vendas da empresa, é de 40 camisas por mês. Se os custos fixos somaram R$1500,00 e os custos variáveis foram de mais R$1000,00 (já contando com o lucro esperado), temos:

(1500 + 1000) / 40 = R$62,50

R$62,50 reais pela camisa? Beleza! vamos colocar a etiquetinha e vender!

Caaaaaaalmaaaaaaaa!
Nesse exemplo, nossa loja de roupas tem só 50 camisas para vender, esperando vender só 40 nese mês. Essas 40 camisas é que devem pagar TODOS  os custos da empresa. Mas, na vida real, não é assim que acontece. Há 40 camisas, mas há, também, calças, blusões, casacos, etc... para serem vendidos.
Então, para fazer o preço corretamente, temos que separar o preço de compra da Matéria Prima e dividir a soma dos custos fixo e variável pela quantidade de produtos oferecidos. Digamos que nossa loja tenha 10 produtos oferecidos:

(custo Matéria-Prima + ((custo fixo + custo variável) / quantidade de produtos oferecidos)) / média projetada de venda das camisas
(R$500,00 + ((R$1000,00 + R$1000,00) / 10)) / 40 = R$17,50

Pronto! Nesse caso em específico, se tivéssemos colocado 100% em cima do custo da Matéria-Prima, estaríamos fazendo um preço mais caro do que o necessário para vender o produto.

3 - Aumentar o Lucro:
Toda empresa quer aumentar o lucro. Logo, fazem a maior bobagem possível: Aumentam o preço!
Claro que esse aumento é indiscriminado; não há um estudo para fazer o reajuste. Simplesmente o dono nota que há mais dinheiro disponível no mercado e o quer; assim, aumenta o preço. Esse é o início da inflação, que assolou nossa nação por décadas no século passado. Sim, o dono do mercadinho da esquina é o culpado, por não estudar seus reajustes.
Como vimos antes, o preço final é uma equação. E cada item tem seu valor pré-determinado, o dono da empresa não pode inventar nenhum dado. Sequer o Lucro. Isso porque, se todos os concorrentes praticam 10% de lucro, o dono da empresa não pode praticar 20%; seu preço será maior e ele não irá vender.
Para aumentar os lucros, deve-se manter a mesma porcentagem, mas diminuir os custos OU aumentar a média de vendas.

3.1 - Diminuindo custos:
Bem, há várias maneiras de diminuir os custos. "O importante não é o quanto se ganha, mas, sim, quanto se gasta", diz o ditado. Segundo essa filosofia, temos que nos bastar com o que recebemos e evitar gastar mais do que essa cota.
Eu abomino essa opinião. Isso porque eu tenho uma consciência da felicidade individual e do meio econômico. Não gastar significa não consumir, não comprar. Se eu me privar de certa compra, estarei retendo dinheiro em um banco ou debaixo do colchão, além de não satisfazer a minha vontade. Esse dinheiro retido não irá circular. Assim, a loja onde eu iria comprar, não venderá mais aquele produto. Com menos vendas, essa empresa não precisará de tantos funcionários, e demitirá alguns. Essas demissões só diminuem custos, tirando mais e mais dinheiro da rua. Esse dinheiro que não está na rua, fatalmente, não irá entrar no meu negócio futuramente, me deixando mais pobre ainda.
Não que devamos esbanjar os recursos, comprar em excesso e gastar à toa.
Se um custo não é necessário na empresa, este deve ser, sim, cortado. Como o Marketing sem sentido, por exemplo.

2 - Aumentar a média de vendas:
Hummmmmmmmmmm... minha opção predileta. Há várias formas de aumentar a média de vendas, mas, incrivelmente, parece que os donos de negócios não conseguem vê-las.
Aumentar qualidade: Se você aumenta qualidade do seu produto, ele venderá mais. Normalmente, o aumento de qualidade vem com aumento dos valores. Nesse ponto é que temos que cuidar. Se o valor aumentar muito, mudamos a classe das pessoas que compram na nossa loja, acabando por ter que mudar estratégias de contratação de funcionários, atendimento, marketing, decoração, etc... O ideal é conseguir aumentar a qualidade sem mexer muito no preço. Isso pode ser feito através de treinamentos dos funcionários, mudança de fornecedores e revisão nos processos internos da empresa, de forma periódica.
Aumentar a quantidade: Se o produto da empresa não é o melhor, pode, ao menos, render mais. Por exemplo, se com R$17,50 eu compro uma camisa boa na loja que calculamos acima, uma loja com uma camisa não tão boa pode vender duas por R$17,50. Mais camisas, por menos ou igual preço. Simples.
Ironicamente, no Brasil, fazem, a muito tempo, o contrário disso. E, na minha opinião, isso deveria ser crime!
Antigamente, por exemplo, vendiam Achocolatado em Pó em embalagens de 500 gramas. Diminuiram o pote e, hoje, vendem com 400 gramas. Mas o preço? O preço continua o mesmo! Até um pouco maior, em proporção. Outros exemplos: Papel Higiênico: Lembro, claramente, de pacotes com 60, 80 e 100 metros por rolo. Hoje, damos sorte quando encontramos 40 metros por rolo... Claro que o preço deste pacote com 40 metros cada rolo ainda é o mesmo de quando os rolos tinham 80 metros... Bolacha recheada: Quando eu era piá, lembro dos pacotinhos de bolacha com 300 gramas, variando de R$0,30 a R$1,20. Hoje, encontramos pacotes de 150 a 195 gramas por preços de R$0,60 a R$3,50.
Complicado fazer isso...  Pra mim, continua devendo virar crime!
Promoções: Promoções buscam novos consumidores e fidelizam mais os antigos. O objetivo da promoção é claro: "venham ganhar alguma coisa"; mas, no processo, as pessoas ficam conhecendo a loja, os produtos e, para as empresas que confiam no seu talento, estes acabam se tornando fregueses habituais da loja, pagando por produtos fora da promoção, futuramente.
Marketing: Marca forte é marca que vende. Aliás, marca que vende se vende por sí só. A Pepsi ganha todos os testes cegos de paladar contra a Coca. Mas, em um bar, restaurante ou lanchonete, todos pedem a Coca. Porquê? Porque a marca se vende. E a Coca é muito boa nisso. Compra, inclusive, as marcas regionais mais famosas, envasa o seu correspondente com a marca adquirida e todos adoram. Aconteceu com o Guaraná "Charrua" no Rio Grande do Sul, com o Guaraná Cor-de-Rosa "Jesus" no Maranhão e, recentemente, com os sucos "Del Valle", que foram fundidos à marca "Minute Maid", que já era da Coca. Na sua empresa tem que acontecer o mesmo. Após algum tempo de preços bons, promoções oportunas e qualidade alta, sua marca fica conhecida. Espalha de boca em boca e todos passam a utilizá-la porque aceitam como sendo a melhor do mercado.
Baixar a margem de lucro: Pronto. O Arthur endoidou de vez. Lá em cima ele disse que haviam estratégias para aumentar o lucro... descrevendo elas ele chega no ponto de afirmar que uma é... baixar a margem de lucro? Como pode?
Bem, pra você que leu todo esse texto, essa é a idéia motivadora, revolucionária. Digamos que, após um certo tempo, o dono da empresa conseguiu uma margem de recursos que lhe permite manter a empresa tranquilamente por uns 6 meses. Então, esse é o momento. Se a margem de lucro é igual a de todos os concorrentes - digamos, 10% - é a hora de baixar essa margem. Veja bem que baixar a margem de lucro não vai influenciar em nada nos custos fixos, somente em um item dos custos variáveis. Assim sendo, a empresa está segura; lucrando pouco mas com todas as suas contas devidamente pagas.
Então diminuimos o lucro para 1%. Os primeiros meses serão perturbadores. Com o lucro baixo, o dinheiro vai parecer "não dar pra nada". Na verdade, o dinheiro que é da empresa vai estar assegurado, mas o dinheiro que os donos poderão retirar é que vai estar menor. Em contrapartida, os produtos sofrerão 9% menos custo variável. pode não parecer tanto, mas, certamente, irá influenciar em alguns reais o preço final. Com o tempo, as pessoas irão notar que sua loja é mais barata, passando a indicar e comprar mais. Com mais vendas, a média de vendas cresce. Essa equação é bem-sucedida exatamente no momento em que, mesmo com 9% a menos de margem de lucro, as vendas são tantas que o lucro líquido ultrapassa o valor obtido antes da diminuição da margem.
Isso é fantástico porque movimenta a roda da economia. Mais vendas refletem em mais funcionários, que reflete em mais salários, mais dinheiro sendo gasto em outras empresas e, assim, mais dinheiro circulando para voltar para a sua própria empresa. No processo, todas as pessoas obtem os artigos de que precisam. Todo mundo sai ganhando.

Portanto, há maneiras de melhorar tudo em uma jogada apenas. Infelizmente, essa jogada deve ser feita pelas empresas que possuem capacidade para tanto. Essas empresas preferem anunciar seus grandes lucros nos jornais do que abdicar deles para girar a economia. Ficamos, enfim, reféns desse sistema "roda travada" econômico, esperando que a solução caia dos céus... em um cartão do Bolsa Família.

Ps - O Governo é uma empresa. Os impostos, quando pagos (sempre compulsóriamente), tornam-se sua receita. Os serviços são seus produtos (Saúde, Educação, Segurança, Transportes, Infraestrutura, Cultura, etc...). Temos baixa qualificação no comando, preços caros, pouca qualidade e menor quantidade, muito marketing desorientador e nenhuma preocupação com a Marca.

sábado, 21 de agosto de 2010

Mecânica Quântica

Vi uma reportagem sobre um estudo que me deixou bem pensativo.

As partículas sub-atômicas são esquizofrênicas: enquanto não são observadas, elas se comportam como onda; informação pura, em forma de energia. Uma vez observadas, as ondas se transformam em partículas.

Esse segundo em que uma onda é observada e transformada em partícula chama-se momentum.

Cada momentum é adquirido segundo o que os especialistas chamam de Função de Onda.

Bem... o Estudo desse professor de Tel-Aviv corrige o seguinte problema:

O princípio da incerteza, que diz que nada é consolidado até que seja observado gera perturbações óbvias na mecânica quântica. Erros e auto-reparos são comuns. Isso porque pode-se provar qualquer coisa com a função de onda saindo do passado para o presente.
Porém, o momentum não é decidido apenas com o que ocorre no passado, pois, a partir do momentum de observação, haverá uma conseqüência no futuro, gerada por uma nova função de onda.
Essa segunda função de onda retroativa do futuro é, portanto, uma maneira de confirmar se a função de onda que veio do passado está plenamente correta.

Nada disso está provado.
Mas, mesmo assim, me fez pensar, filosóficamente, no seguinte:
Então, a partir do que queremos que ocorra, algo pode ocorrer. Basta que queiramos observar o resultado para que ele ocorra. Porém, a única forma que temos de confirmar previamente o resultado é retroagindo de um futuro onde o que queremos já ocorreu. O pensamento positivo, portanto, acabou de ganhar ares de confirmação científica, aos meus olhos.

Escolher bons pensamentos e boas palavras para guiar o futuro que queremos deixa de ser algo opcional e passa a ser algo fundamental para que possamos observar os eventos que nos deixarão perenemente felizes.


Vamu, vamu Inter!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Liderança

Deixe-me falar de liderança. Quero dar o devido enfoque sobre esse tema, relacionando-o com conhecimento (experiência/estudo acadêmico/estudo independente), com a religião, com a evolução, com as leis, com política, com capitalismo e com a habilidade inerente do ser humano em liderar.
Primeiramente, tem-se de dizer que há a necessidade plena da habilidade de liderança em nossa espécie.
Sendo seres sociais, temos acabamos por formar grupos. Como já dizia (muito bem por sinal) o filme "Homens de Preto": "Uma pessoa é inteligente, o povo é burro"

Muito bem, então as pessoas se unem naturalmente, pois, no mundo natural (ao qual eu chamo de "real") somos seres fracos, dependendo do coletivo para nos mantermos a salvo dos predadores. Essa união, porém, apesar de espontânea, não pode ser mantida de forma anárquica. Sim, isso é um insulto à adolescencia mundial, mas o anarquismo não consegue garantir a melhor forma de estabelecer a segurança individual. Quando o primeiro macaco/hominídeo deu a primeira ordem acatada, o primeiro líder nasceu.

Essa liderança inicial provavelmente apareceu com uma demonstração de força. Mas não serei absoluto nesta opinião. Vendo nossos instintos, o primeiro líder pode muito bem ter sido aclamado pela quantidade de fêmeas que admiravam um determinado indivíduo, ou pela simples necessidade de um patriarca ou de uma matriarca tentar manter o controle sobre a prole muito extensa.

Portanto, mesmo não tendo um porquê exato para determinar a escolha do primeiro líder, é certa a sua atribuição: determinar e organizar as ações dos indivíduos em prol do bem maior coletivo.

Bem, ai "fudeu tudo".

Digo isso com termos fortes justamente para marcar que "escolher qualquer um" para "determinar o que é o melhor para todos" é uma utopia digna de escritores da Grécia antiga ou de militantes de esquerda.

É bem bonito afirmar que "o mais popular", "o mais forte", "o mais querido", "gentil", "amável", "inteligente", "poderoso", etc... seja o líder. Mas nenhuma das características inerentes ao ser humano pode substituir a capacidade de liderar. Não importa se você é completo em todos os sentidos. Se você não sabe ter voz de comando sobre os seus liderados, não há como você liderar.
E há várias maneiras de ver alguém despreparado para o comando:
A primeira delas é o chefe absoluto. Aquele que sabe de tudo, que não abre nada e que toma a todos de surpresa com as decisões e comentários. Esse chefe, geralmente, é aquele que todos temem. Ninguém sabe de nada sobre o que se passa em sua cabeça. E, quando o sabem, geralmente, é por um comando curto e grosso. Esse tipo de chefe se dá muito bem quando está certo... e extremamente mal quando está errado. Por ganhar tudo no grito e na dominação, não é difícil presumir que chegou na posição de líder gritando, trapaceando, com mentiras, desrespeito, menosprezo aos demais e muita, muita força bruta.
Depois do absoluto, temos a outra ponta da característica, o chefe "hãããããããã" ou "o que tu acha". "Chefinho de merda". Perde facilmente o controle depois da primeira frase desferida. Esse chefinho quer ser meigo, amável, quer a participação dos seus comandados. Na verdade, ele não quer é compromisso com o que é decidido (mesmo que tudo caia no colo dele depois). Geralmente chega a liderança porquê possui pistolão, simpatia, até mesmo comprovação de mais conhecimento ou inteligência, apesar de não conseguir mandar um cachorro parar de latir. Esse chefe precisa sentir-se aceito pelos liderados (mesmo já estando em uma posição de aceitação Ò.õ) e tem que sentir que seus liderados gostam do que foi decidido! Então, esse chefinho fica perguntando várias vezes: "o que tu acha?", "vamos fazer assim?", "olha, temos opções...". Caramba... Esse chefe não se liga que está ali para mandar. Para decidir o que fazer.

Bem, então, temos os dois extremos da má liderança: os que querem mandar por prazer e os que "caem de para-quédas" no poder. Importante frisar que, por mais que pareça que ambos estão por acidente, eles, como todos nós, almejam o poder de fazer as coisas acontecerem. Só não estão preparados para tanto.

O líder ideal está exatamente no meio termo entre os dois extremos.
Primeiramente, o líder ideal sabe, exatamente, qual é a sua área de atuação. O líder Ideal não manda a menos, nem a mais do que lhe é cabido.
O líder ideal sabe escutar os liderados, mas a decisão final é sua. Ou seja, o líder ideal tem que saber vislumbrar os números, as informações, os relatos dos subordinados, tem que ter base na maior parte de dados que puder para, então, disferir as ações a serem tomadas. (Importante: "escutar os liderados" não é só ouvir o que eles dizem... geralmente as pessoas mentem, ainda mais em público.)
O líder ideal sabe a hora certa. Não há pressa nem morosidade infundadas. Se é hora de correr, o líder corre, se é hora de esperar, o líder espera. Qualquer ação deslocada do tempo ideal custa à toda a estrutura. Um sentinela que dorme no posto e que não é trocado, pode custar a aproximação exagerada de um grande felino, o que iria custar vidas ao bando... por exemplo. Os dados estão prontos. O tratamento dos dados transforma-se em informação. E esta informação é base para que o líder tome as atitudes no tempo certo.
O líder ideal transforma seus comandados. Ações acertadas consecutivas elevam a moral do grupo. Os indivíduos passam a se acostumar com o bom julgamento do líder, o que faz com que, nas próximas ordens, seja, necessárias menos explicações. Assim, as ordens se fazem cumprir mais rapidamente, com mais sucesso. Exemplifico com treinadores de Futebol. Quando chega um "Felipão" da vida em um clube, mesmo com um grupo de jogadores medíocre, se esperam bons resultados. Pois o retrospecto dos bons treinadores mostra que eles conseguem ler as capacidades dos jogadores e, assim, conseguem ajustar o time para defender as características ruins e maximizar as boas características. Depois de algumas vitórias, os próprios jogadores passam a notar que são melhores do que até imaginavam. Importante frisar, aqui, que o líder administra, inclusive, os conflitos internos. Aliás, isso é uma das responsabilidades inerentes à liderança. O líder não pode deixar, nunca, o seu grupo se desunir. Cada ação do grupo é reflexo imediato às suas decisões.
O líder ideal se cerca das pessoas corretas. Há "líderes" que não possuem nenhuma outra característica de líder que não seja essa. Então, contrata líderes mais completos para exercer o comando. Aliás, isso é comum na política e em grandes empresas: as pessoas que possuem predominância (dinheiro, influencia, contatos, etc...) apoiam ou são apoiados por líderes naturais, a fim de ganhar mais liderados.
Por fim, o líder ideal não se deslumbra com isso tudo. O líder ideal sabe qual é o seu trabalho e sabe que está na posição mais complicada de todas: a de administrar recursos humanos... pessoas... a fim de combater problemas externos. O líder ideal não deve deixar vitórias e sucessos subirem à sua cabeça, tão pouco deve esmaecer em momentos ruins. Sabe que todo o rumo e resultado da organização que lidera é efeito direto do seu trabalho. Por isso , cabe somente a ele tomar as ações corretas para que tudo continue andando nos trilhos corretamente.

Como chego a estas conclusões?

Bah, um dos maiores erros da minha vida foi, aos 14 anos de idade, me candidatar à presidência do grupo de jovens que eu fazia parte. Acabei ganhando (tsc, tsc...). Imaturo, ingênuo e totalmente despreparado, achava que o grupo "andava sozinho", rs... que bastava alguém para definir as coisas que cada um tinha que fazer... aushausahsuhasuhaushaushausuah
Até que não fiz tão feio assim... Só depois de muito refletir eu vi que o grupo, apesar de ser de jovens, estava velho. De um ano para outro, dois terços de membros saíram do grupo por terem mais de 24 anos... Muitos casaram, foram para o movimento de adultos, mudaram de cidade para trabalhar, etc... E eu acabei ficando com os mais jovens. Não fizemos tão feio, mas não fomos sequer sombra do grupo anterior. Paciencia.

Após isso, acabei por me avaliar como líder e passei a estudar o que fazia das outras pessoas líderes. Acabei por ver que sei administrar adversidades muito bem, apesar de novo. Sei lidar com as pessoas e com o moral delas.
Além disso, tive alguns líderes muito bons, como o Otávio e o Alex, outros muito ruins, como o Ângelo e o Rogério.

Nas empresas por onde passei, acho interessante frizar que, ao que me parece, nenhum dono sabe, realmente, para onde está indo. Acabam tão imersos ou em devaneios de grandeza ou em problemas do dia-a-dia que, no final, esquecem (ou, como parece, sequer aprenderam) as teorias para montar e liderar equipes...

Basicamente, toda equipe deve ter 4 níveis:

Estratégico - Esse é o lugar do dono. Note que usei "dono", não "líder". Isso porque só esse nível permite-se sonhar. Imaginar onde quer estar e dar a ordem insenssata, infundada muitas vezes.
Tático - Esse é o Gerente, o lugar do "líder". O líder pega a meta instituída pelo estratégico e define o plano de ação para que a organização a atinja.
Técnico - Posição que dá apoio aos demais níveis. Esse nível oportuniza os meios técnicos para que o Estratégico possa definir as metas (sem maquinário não há como crescer, por exemplo), para que o nível tático faça o plano de ação (quantas máquinas estão/estarão disponíveis) e para que o operacional possa funcionar (sem máquina funcionando = sem produção).
Operacional - Massa de liderados, os operadores, agentes do plano de ação.

Já vi donos querendo ser líderes (sem ter a menor capacidade para tanto), assim como já vi donos operando sistema. Já vi operadores com mais capacidade de liderança que qualquer outro na empresa. Já vi Técnicos mandando e desmandando, criando metas... Enquanto os "Táticos" tomavam café a tarde toda, em reuniões infindáveis, improdutivas e insanas...

O que se faz ridículo no Brasil, é a capacidade de subjulgamento dos liderados e da capacidade dos líderes inflarem seus egos indefinidamente. Faz parecer que os líderes são Deuses em forma humana, prontos para desferir pragas sobres as equipes... ou totalmente o contrário. Somadas à nossa história de escravagismo, nossa "revolução trabalhista" e nossa cultura por "criar emprego" (ao invés de estimular a criação de negócios) faz com que os liderados temam e se distanciem dos líderes, procurando a senzala afoitamente para obter abrigo.
Então, desse distanciamento, chegamos ao campo da política devidamente, onde - tenho certeza - 50% das pessoas sequer sabe para que serve um Senador...

Grandes empresas com interesses gigantescos patrocinam candidatos - que deveriam ser líderes - para que estes se tomem o poder. Capacidade em mãos quase sempre despreparadas, como podemos ver pelas últimas administrações Norte-Americanas, por exemplo. Bush e Obama são meros bonecos, prontos para serem manipulados pelos interesses de quem os colocou lá em cima.
Nesse ambiente de corrupção é que vivemos, crescemos e esperamos prosperar e morrer "felizes"...

No fim, fez certo Jesus mesmo, que deixou-se martirizar, deixou vários exemplos para que os seus "relações públicas" divulgassem e, até, hoje, exerce a sua liderança sobre os demais.

Faltam-nos bons líderes, assim como falta-nos bons liderados, cada um devidamente colocado na sua posição.

sábado, 14 de agosto de 2010

It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)

R.E.M. 

Composição: Bill Berry / Peter Buck / Mike Mills / Michael Stipe

That's great, it starts with an earthquake.
Birds and snakes, an aeroplane and Lenny Bruce is not afraid.
Eye of a hurricane, listen to yourself churn.
World serves its own needs, dummy serve your own needs.
Feed it off an aux speak, grunt, no, strength, no,
Ladder start to clatter with fear fight down height.
Fire in a wire, representing seven games.
A government for hire and a combat site.
Left of west and coming in a hurry,
With the furies breathing down your neck.
Team by team reporters baffled, trumped, tethered cropped.
Look at that low playing! Fine, then.
Uh oh, overflow, population, common food, but it'll do.
Save yourself, serve yourself, world serves its own needs.
Listen to your heart bleed dummy with the rapture.
And the revered and the right, right.
You vitriolic, patriotic, slam, fight,
Bright light, feeling pretty psyched.

It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it
But I feel fine.

Six o'clock - TV hour, don't get caught in foreign towers.
Slash and burn, return, listen to yourself churn.
Locking in, uniforming, book burning, blood letting.
Every motive escalate. Automotive incinerate.
Light a candle, light a votive. Step down, step down.
Watch your heel crush, crushed, uh oh, this means no fear cavalier.
Renegade steer clear! A tournament, a tournament, a tournament of lies.
Offer me solutions, offer me alternatives, I decline.

It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
I feel fine.
I feel fine.

The other night I dreamt of knives, continental drift divide.
Mountains sit in a line, Leonard Bernstein.
Leonid Brezhnev, Lenny Bruce and Lester Bangs.
Birthday party, cheesecake, jelly bean, boom!
You symbiotic, patriotic, slam book neck, right? Right.

It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
I feel fine.

It's time, I spent some time alone.
It's time, I spent some time alone.
It's time, I spent some time alone.

It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it
I feel fine.

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Excelente música. Fala muito para quem quer entender.
Basicamente, "tragam-me as suas soluções e sugestões". Eu continuo com os meus sonhos. Sinceramente? "É o fim do mundo" à nossa volta e não nos resta muito o que fazer... "salve-se a sí mesmo, pois o mundo só serve aos seus próprios propósitos"...
Mas com moral, ética e elevados padrões de pensamento... Eu me sinto bem! 

Segue o link. Baixem, escutem e, se gostarem, COMPREM O DISCO!
(Coisinha de "brasileiro de merda" essa de querer se dar bem em cima de tudo ¬¬)
http://www.4shared.com/audio/OvOhQInP/REM_-__Its_the_End_of_the_Worl.htm

sábado, 7 de agosto de 2010

Ó a minha "idéia original" ai:

Segue reportagem a respeito da experiencia de inteligencia artificial.
Vale lembrar que idealisei ainda no terceiro semestre da faculdade justamente essa idéia, mesmo sem ter conhecimento de outros profissionais que tinham a mesma idéia...

Seres virtuais que evoluem sozinhos desenvolvem memória

Durante gerações, os avidianos se clonaram dentro de uma pequena caixa. Ao longo desse processo, mutações ocorreram, muitas delas imperceptíveis, mas agora esses seres deram um passo gigantesco e desenvolveram uma capacidade necessária à inteligência: a memória. Mas, quem são os avidianos? As informações são do site da revista New Scientist.
Eles não são micróbios ou uma forma de vida extraterrestre - os acadianos são "seres vivos" criados em computador. O mundo digital em que "vivem" é chamado de Avida e, em vez de DNA, eles se multiplicam utilizando sequências de instruções de código de computador.
Apesar disso, os avidianos são parecidos com seres vivos reais de diversas maneiras, eles competem entre si por recursos, se multiplicam, sofrem mutações e evoluem. Eles, ou coisas como eles, podem eventualmente evoluir para um dia se transformar em formas de vida artificial inteligente.
Esses seres artificiais tem curtas gerações e podem evoluir características que os ajudem na competição com os rivais, assim como micróbios. Mas eles se diferenciam pelo fato de o pesquisador poder parar essa evolução a qualquer momento, voltar, repetir e sequenciar precisamente as mutações que levaram à nova característica.
O filósofo e cientista Robert Pennock, da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, vai apresentar na 12ª conferência internacional da vida artificial, a ser realizada neste mês em Odense, na Dinamarca, os resultados dos experimentos que levaram os avidianos a desenvolverem memória.
"A grande pergunta: como nós chegamos aqui? Nossa inteligência não evolui de uma só vez", diz Pennock à reportagem. "Você precisa de certos ingredientes. Memória é um deles".
Os experimentos com o Avida começam com os organismos mais simples, aqueles que só conseguem clonar a si mesmo. Para causar evolução, os pesquisadores criam um ambiente competitivo no qual o prêmio é um pouco de "comida" (tempo de processamento) que, por sua vez, permite ao organismo produzir mais clones.
A pesquisa
Nos primeiros experimentos sobre o desenvolvimento de memória, a pesquisadora Laura Grabowski, agora na Universidade do Texas/Pan-americana, desenvolveu um um ambiente digital em formato de grade de células e que cada célula tinha mais "comida" que a outra, em uma escala ascendente. A primeira geração de avidianos foi colocada no ponto menor da rampa, ou seja, a célula com menos "comida". Logo à frente, havia outra célula com mais "comida".
Passaram cerca de 100 gerações que "viviam" e "morriam" naquela célula, até que um espécime evoluiu com a capacidade de se mover para a frente. Quando ele chegou numa célula com mais "comida", ele se reproduziu mais rapidamente. Milhares de gerações depois, seus descentes continuaram a se mover para a frente, enquanto chegavam a células cada vez mais ricas em "comida".
Segundo a reportagem, os avidianos não paravam em apenas uma célula, mas faziam um caminha em zigzag, conforme "sentiam" a comida. Eles desenvolveram então a habilidade de comparar a comida no seu local atual e por onde passaram. "Fazer isso requer uma inteligência rudimentar", diz Pennock. "Você tem que ser capaz de avaliar sua situação, perceber que você não está indo na direção correta, se reorientar, e então reavaliar", diz à reportagem.
Em outro momento, Laura enviou novos avidianos (não evoluídos) para uma caça ao tesouro. Dessa vez, as células continham um código numérico, o qual indicava a direção que os organismos deveriam tomar para encontrar mais comida. Muitas células ainda continham a instrução "repita o que você fez da última vez". Os avidianos novamente evoluíram para formas que conseguiam interpretar e executar a instrução. "O ambiente configura pressões seletivas, então os organismos são forçados a aparecer com algum tipo de memória - o que em fato foi o que fizeram", diz Laura à reportagem.
As descobertas feitas nos computadores da universidade americana não diferem muito dos seres vivos reais e atraíram a atenção de biólogos. "O trabalho de Laura sugere que a evolução de uma habilidade de resolver simples problemas de navegação depende de uma primeira evolução de um memória simples de curto prazo - e isso que esses organismos digitais não apresentaram algo que você pode chamar de aprendizado", diz Fred Dyer, um zoólogo da univerde Michigan que aconselhou a pesquisadora. Ele afirma ainda que esse tipo de conhecimento pode ser impossível de ser obtido pelo estudo de sistemas biológicos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Falling Donw




Um Dia de Fúria
(Falling Down, 1993) • Direção: Joel Schumacher
• Roteiro: Ebbe Roe Smith
• Gênero: Drama/Policial/Suspense
• Origem: Estados Unidos/França
• Duração: 113 minutos

Acabei de ver - mais uma vez - Um dia de Fúria.

Esse é, sem dúvida, um ótimo filme para colocar na sessão "filmes a serem vistos".

É verão e faz um calor insuportável. E aniversário de sua pequena filha - que vive com a sua ex-mulher - e Bill está em um engarrafamento.
Então, em um acesso de fúria, ele larga o carro e vai a pé para a festinha.
No caminho, ele se revolta contra todo o tipo de injustiças sociais, morais e éticas.
Porém, nesse mesmo trajeto, vamos descobrindo - com o desenrolar da investigação do policial Pendragon - que Bill, na verdade, é um ser humano em colapso.
Sem emprego, vivendo com a mãe, separado de sua família, Bill é a típica pessoa que peca por fazer tudo certo o tempo todo, por seguir ao pé-da-letra toda a cartilha do "bom cidadão". Com isso, acabou por ser demitido por falta de garra para se manter atualizado, competitivo e, possivelmente, bem com os colegas. Perdeu sua família por conta da incapacidade em lidar com a gangorra sentimental que é o mundo moderno. Embora viva com a sua mãe, ele a aterroriza, com opiniões, modo de viver e insensibilidade.

Sempre é bom ver o que o mundo moderno pode fazer com você. Sempre é bom colocar a cabeça no lugar e ver que, se você quer competir, tem que estar pronto para vencer, ou se conformar com a derrota.

Excelente Filme. Final fantástico.

"Vá se foder comandante, vá se foder!" - Quem disse que o policial não dizia palavrões???