domingo, 30 de setembro de 2012

Homenagem ao início da Dieta!

Para todas vocês, meninas, que, amanhã, iniciarão a dieta para ficarem magrinhas para o verão!

Parabéns!


Dormir no sofá? Só com estilo!

Brigou com a nêga véia? Ela te mandou dormir no sofá?

Pior: Um amigo bateu à sua porta, porque foi mandado embora de casa?

Com esse sofá, você não tem problema nenhum!

(Eu fico com a cama de cima!)


sábado, 29 de setembro de 2012

Ciranda dos Sapatos!

Eu sei, meninas, todas vocês adoram seus sapatinhos.
Mas fazer cirandinha com eles?

Então tá, né?


Cartola FC! Rodada 27!


Saúde

Sim, só "saúde". Ia falar de "medo da saúde do Brasil". Desisti. Ia falar sobre "saúde no Brasil". Desisti, também. O tema é muito mais amplo do que só as péssimas condições da saúde brasileira. Muito mais amplo do que o próprio Brasil. A "Saúde", por si só, é o tema. Importante demais para ser fracionado.

Seguidamente expresso no twitter a minha preocupação com saúde.

Vamos ver se eu consigo estender o assunto, deixando a minha preocupação mais clara, aqui.

Eu não tenho uma crença em pós-vida. E, mesmo que tivesse, tenho um apreço todo especial pela minha vida. Pelo aqui, pelo agora. Aliás, eu gosto tanto, mas tanto, do meu “agora”, que eu quero que ele se prolongue pelo máximo tempo que eu consiga conquistar. Quanto ao meu “aqui”, eu gosto dele porque ele é o resultado direto de todas as minhas decisões, ações, conquistas e derrotas. O meu “aqui” é feito de todas as coisas e, principalmente, pessoas que eu atraí. E, embora eu viva lutando para estar em um “aqui” melhor, tem coisas e pessoas no meu “aqui” atual, que eu preciso que estejam no meu “aqui” futuro. Assim como eu trouxe coisas e pessoas do meu “aqui” passado, para o meu “aqui” presente.

Vamos deixar claro: embora tenhamos o conceito de passado e futuro em nossas mentes, estamos presos no agora. O agora é conseqüência do passado e causa do futuro.

E, na nossa linha de vida, o “agora” é tão relativo quanto tempo e espaço. Nascemos de células insignificantes em tamanho. Passamos cerca de 25 anos nos desenvolvendo, crescendo. Nossa saúde é quase como uma volta de montanha-russa, em nossos anos iniciais são como o carrinho sendo puxado até o topo da primeira montanha: a mais alta.

Do momento em que paramos de crescer em diante, a vida dá voltas, tem altos e baixos, momentos rápidos alternados com momentos lentos. Mas, no aspecto da saúde, seu corpo nunca mais será tão bom quanto no exato momento em que você estava no cume da primeira montanha, a mais alta. Depois que o carrinho aponta para baixo, amigo, seu corpo começa o processo lento da degeneração.

Parêntese: Claro que eu estou falando de uma vida padrão, normal. Evidente que existem milhões de anomalias, acidentes e fatalidades que podem e interferem nesse andamento natural, desde os primeiros segundos de vida. Contudo, quero me ater ao mediano e modal.

Retomando, creio que, assim como eu, todos nesse mundo querem que seu “agora” seja perpetuado pelo maior tempo possível. E queremos, também, que as pessoas que fazem parte do nosso “aqui” estejam disponíveis em todos os “agoras” das nossas vidas.

Creio que esse desejo seja intrínseco ao ser humano. Tanto que curandeiros sempre foram respeitados em todas as culturas. Tanto que religiões inteiras foram fundamentadas sobre “milagres” que envolviam curas. Tanto que criamos um ramo de ciência inteira, só para cuidar da saúde das pessoas. Um esforço gigantesco que, hoje, justifica o movimento de trilhões de dólares por ano.

Medicina é, talvez, a ciência mais séria que existe. Séria porque, sem ela, nossa expectativa de vida média seria de um terço ou um quarto da que temos hoje. Sem ela, pessoas morreriam antes de terem dado toda a sua contribuição para a humanidade. Sem a cura de doenças e males, sem tratamentos para acidentes e sem acompanhamento de casos crônicos, não somente nós teríamos nossa vida abreviada, como as pessoas que são caras para nós. Teríamos pessoas caras em nossas vidas surrupiadas do nosso convívio, deixando um vácuo impreenchível por qualquer outra.

Manter as pessoas vivas e saudáveis é tão importante que, hoje, prover saúde para qualquer cidadão é dever de qualquer Estado que queira ser considerado justo e sério. E isso é louvável.
O problema, a meu ver, é quando o capitalismo é incutido dentro da saúde. Quando administradores passam a analisar mais os números, do que as vidas. Quando a quantidade de lucro é posta à frente da qualidade de vida.

Na aflição e no desespero de um mal, ninguém quer ver equipamentos, recursos e esforços sendo poupados. Todos querem ver “tudo que pode ser feito” para que qualquer vida seja salva. Qualquer coisa feita que seja menos do que o máximo possível, gera indignação obvia. Se havia algo que pudesse ser feito, deveria ter sido tentado. Tudo para salvar uma vida.

Eu sei que erros acontecem. Pessoas são falíveis e erram em situações triviais. Imaginem em situações de stress, em meio a sangue, gritos, nervosismo e exigência de repetidas decisões acertadas em milésimos de segundo. E, talvez por saber disso, sinto raiva quando os erros médicos acontecem. Se já sabemos que um médico pode falhar, porque não existem dois disponíveis? Se já sabemos que dois podem falhar, porque não temos uma junta à disposição?

Não, amigos. Administradores não pensam dessa forma. Administradores que insistem em se meter nos assuntos de saúde geram médias insanas, contratam apenas os médicos para atender à demanda de seus cálculos, entregam meia dúzia de fichas para atendimento (como se a população ficasse doente de forma igual, conforme as estações passam), racionam medicamentos, materiais e equipamentos (como se os males obedecessem à alguma lógica) e ignoram o fator psicológico de todo o sistema.


Assim, o povo desconfia, tem medo e não acredita na saúde. Também pudera: desde atendentes, passando por enfermeiras até os médicos são mal pagos, obrigados a enfrentar rotinas extenuantes e a trabalharem – muitas vezes – sem as condições mínimas de atendimento.

Assim, acontecem erros de avaliação, muitas vezes por falta de exames de melhor qualidade. Acontecem os erros de execução, quase sempre por burocracia, estafa ou simples imperícia. Acontecem falhas em atendimento pós-atendimento, devido ao montante enorme de pessoas para serem atendidas em relação às pessoas presentes para atender.

E, é claro, cada erro desses custa. Custam novos procedimentos para reparar. Custa uma sequela  Custa uma vida arrasada. Quando fatalmente não cobra o custo máximo: a vida do paciente e as diversas vidas de seus próximos, arrasadas.
Isso, amigo, é o retrato que eu tiro, vendo a Saúde no Brasil. E não me refiro apenas à rede pública. Saímos do SUS, onde a má administração governamental mata pessoas, mas caímos nos planos de saúde, onde a iniciativa privada visa apenas o lucro. Quem tem o mínimo de condições paga por médicos particulares, mesmo.

Médicos como os de tempos passados, que te visitavam em casa. Aqueles que sabiam o seu nome, tomavam café na sua casa e te tratava como gente. Aqueles que sabiam de cor todo o histórico de cada paciente.

Porque de todo esse texto? Porque na última semana uma menina entrou em um hospital para uma cirurgia simples. E morreu. O Hospital sequer emitiu laudo, ainda.
Em contrapartida, uma mulher que teve o crânio separado da espinha - o que normalmente é morte instantânea - fora tratada e, hoje, já está em fase de fisioterapia, quase com uma vida normal.
De um lado, a prova que a medicina bem operada é capaz de milagres reais.
Do outro, o meu maior temor: a medicina mal aplicada que mata.

Resta saber quando as pessoas passarão a ser mais importantes que os números.

Links.


Medo:

Repercussão:

O que se deveria almejar:






sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Por um Happy Hour mais Cybernético!

Por favor, não esqueça da gorjeta!


E se Tim Burton Desenhasse Os Vingadores?

Talvez fosse assim:




Adivinhos!

Videntes fazem isso há milhares de anos.

Vídeo fantástico e obrigatório!
Dica do colega Jessé Rolim!


Secretaria da Mídia Social - NY


Existem várias camadas de indústrias, no mundo.

Existem as indústrias de base, ou commodities. Essa indústria é responsável pela água que você bebe, pela comida que te mantém vivo, pela extração de minerais para as mais diversas finalidades, pelo petróleo, lã, etc... Bens básicos, removidos diretamente da natureza, tão importantes que, sem eles, o nosso estilo de vida não poderia ser mantido.
As indústrias de transformação, que pegam estes produtos de base e transformam-no em produtos intermediários (que ainda sofrerão outras transformações) ou em produtos finais (prontos para o consumo). Refinarias, beneficiadores, metalúrgicos e indústrias em geral.
Existe a indústria do transporte. Basicamente, que leva os produtos do local onde foi produzido, até onde será consumido, ou que transportam as pessoas para os seus destinos.

Por muito tempo, essas três indústrias bastaram para dar emprego e sustento a todos os seres humanos do planeta. Aliás, éramos tão poucos seres humanos alguns séculos atrás, que nosso número sequer era suficiente para suprir a demanda por empregados nestas três indústrias. Não raro, casais tinham 10 filhos. Não era por "amor" ou "falta de TV". Era para terem mão-de-obra barata. Trabalho infantil escravo, sabe como é? Sim, por muito tempo isso era considerado moralmente normal.

Só que o tempo passou e, é claro, com os seguidos "baby booms", a população mundial cresceu demais. Hoje, somos sete bilhões. Não o bastante, somos sete bilhões que inventamos tecnologias cada vez mais criativas e efetivas, que nos permitem alimentar cada vez ais pessoas com cada vez menos área. Transformar mais produtos básicos em produtos acabados, de forma eficaz e eficiente. Transportar cada vez mais carga e pessoas, com menos energia e mais rapidamente.

Tanto que a humanidade enfrenta um problema grandioso: o de criação de empregos. Muita gente, muita demanda sendo atendida de forma mais eficiente, resultam em um cenário onde faltam trabalhos básicos.
Nisso, passamos a criar outras indústrias, para absorver a massa que precisa de trabalho.

Criamos a indústria da burocracia, para regularmos cada vez mais pessoas, cada vez de forma mais eficiente.
Criamos a indústria da ciência e tecnologia, onde diversos feitos notáveis são efetuados em nome de descobertas que, futuramente, serão utilizados em alguma etapa do processo produtivo.
Criamos a indústria da informação, tentando obter sempre mais um pouco de dados para dar base para decisões. A internet, o ícone máximo dessa indústria, modificou o mundo para sempre.
Criamos a indústria do entretenimento. Porque "a gente não quer só comida", não é? Bares, Boates, shows, museus, mostras, teatro, cinemas, vídeos-locadoras, esportes, turismo, além de tudo o mais que eu não consegui lembrar aqui, agora. 

Cada indústria querendo absorver um pouco mais dos jovens que estão ávidos por seu lugar ao sol.

Confesso que acho que nós criamos a "necessidade" de muitas dessas indústrias, somente por convenção. Porque é necessário. Porque tem muita coisa que fazemos que, convenhamos, não precisaríamos para viver. Mas enfim...
Na última semana saiu uma notícia deveras interessante. New York possui placas especiais para indicar os locais que estão sendo utilizados para filmagens. A foto ali ao lado mostra uma dessas plaquinhas cor-de-rosa.
Enquanto a maioria das pessoas já imaginou algo como "que legal, poderemos ver artistas famosos", eu fico imaginando um pouco além. É evidente que, se o mundo fosse um país único, Nova Iorque seria eleita facilmente como nossa capital. É, talvez, a cidade mais importante do mundo, economicamente e culturalmente. Nessa cidade negocia-se de tudo, misturam-se diversas culturas e, é claro, ela é conhecida mundialmente.

Mas é conhecida por quê? Não creio que seja, apenas, por causa dos negócios e pessoas que ali estão, mas, também, por causa da mídia feita sobre a cidade. Inúmeros filmes se passam na Big Apple. Bilhões de pessoas no mundo, que sequer saíram de suas cidades, reconhecem o Central Park, a silhueta das torres gêmeas (que já não existem há mais de dez anos!), a ponte de Brooklin, O Empire State Building, os táxis amarelos, entre tantas outras referências...

Referências, referências, referências. Nova Iorque pode cuidar muito bem de tudo, como sua água, cortar os super-copos de refrigerante de suas lanchonetes, metros, etc, etc... Mas o mais interessante é como a cidade cuida bem de sua imagem.
Filmes são rodados diariamente, utilizando a cidade como locação. E a cidade não só permite como apóia e até incentiva! 

Fico imaginando, por um minuto, se a cidade é famosa por causa dos filmes, ou se faz filmes porque é famosa. No fim, creio que só é mais um círculo virtuoso: a cada novo filme a cidade ganha mais importância e, sendo mais importante, novas histórias são contadas sobre a cidade. Quando essas novas histórias são contadas, a cidade ganha novamente mais importância...

E isso, amigos, é algo que pode ser feito em qualquer lugar do mundo, sabe? Cada país, região e cidade possuem sua própria mitologia. Suas lendas urbanas. Seu grupo próprio de histórias, que podem (e devem!) ser contadas, publicadas e disseminadas!

Eu me lembro do RPG de "Vampiro, a Máscara", em que TODO o cenário nos forçava a utilizar a cidade de Nova Iorque. Porém, ao contrário, criamos "Sombrio City". Um cenário próprio, para vivermos nossas aventuras de modo livre, explorando a nossa criatividade e imaginação.

Quem sabe, um dia, a sua cidade também não tenha que criar uma secretaria e cartazes próprios, para regulamentar e avisar as pessoas que mais uma superprodução está sendo feita em suas ruas?


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Call Me Maybe... 8!

Sim, a oitava postagem trazendo essa música insuportável fantástica!

Desta vez, fizeram um baita Mash-Up com todas as paródias já lançadas!

Completamente excelente!

Criciúma EC virou GIF!

Ê Criciúma... Ô meu goleiro, que eu vou contar lá em casa???


Portugueses não entendem, mesmo?

Você não sabe mas, pelo mundo a fora, é ponto comum que uma civilização faça chacota quanto à inteligência de outra civilização. Ainda mais quando os que chacotam já tenham sido explorados pelos alvos das piadas.

Aqui no Brasil, costumamos fazer "piadas de português", como se os amigos lusitanos fossem privados de inteligência. O que certamente é uma mentira tola.

Porém, na última semana, assisti por algum tempo a um canal português, onde a noticia repercutida era a de uma medida de austeridade para tentar melhorar a economia do país.

Se você não notou, a Europa inteira está com problemas, ainda, derivados da crise. Basicamente, depois do Euro perder o lastro do petróleo (tomado à guerra pelos EUA), o banco central da União Européia passou a calçar sua moeda em títulos de previdência norte-americanos. Os mesmos que iniciaram a crise de 2008. Um golpe duro para toda a União Européia. Agora, os países com a economia mais frágil estão a perigo. Grécia, Portugal, Itália, Espanha, entre outros, estão tendo que rever suas metas de produção, bases e tetos de pagamentos a pensionistas, aposentados e servidores públicos, valores de impostos, etc...

Nós, brasileiros, não notamos tais coisas porque nós já pagamos muitos impostos e recebemos muito pouco pelo nosso trabalho. O nosso padrão de vida é a austeridade. Para nós, as medidas que os europeus consideram ~abusivas~, são normais.


Mas os amigos lusitanos tomaram uma medida que, ao meu ver foi a mais brilhante, trabalhada e simples, para desenvolverem um pouco mais a economia e, assim, aumentar os empregos.
Para conter o rombo na seguridade social e, assim, garantir que todos os beneficiários fosse pagos, Portugal aumentou a contribuição de cada trabalhador de 11% para 18%. É, 7% tomados, assim, do salário, são significativos. Mas, convenhamos, é melhor do que uma grande parcela do país simplesmente parar de ter dinheiro e, assim, estagnar totalmente a economia.
Mas isso não foi tudo. 
Antes, esses 11% eram pagos na proporção de 23,75% para os empregadores e 76,25% pelos funcionários.  
Agora, os 18% serão pagos na proporção de 18% para os empregadores e 82% pelos empregados.
A população, como era presumível, está revoltada.
Mas, se fores notar a medida, notará que, realmente, o trabalhador é o mais prejudicado. Bem, alguém tem que trabalhar para que o país saia da crise. Alguém tem que pagar a conta que não está fechando.

E, aqui, está o porque eu não concordo com os partidos trabalhistas. Esses partidos querem estrangular as empresas. Exigem que as empresas paguem mais impostos, como se a origem do dinheiro de uma pessoa jurídica fosse inesgotável.
Só que parece que ninguém entende que, se você estrangular a empresa, ela irá morrer. Cedo ou tarde, não compensará para os seus donos mantê-la. A empresa é espremida por impostos até que a galinha dos ovos de ouro morra. E, quando a empresa morre, todos os funcionários ficam desempregados. E, então, menos dinheiros gira na região. Empregos secundários vão perdendo clientes, até que venha à falência, também. O ciclo se perpetua até que ninguém mais tenha dinheiro - e comodidades - para nada!

A solução portuguesa faz com que o trabalhador pague a conta. E não onera muito mais às empresa. As empresas, então, têm espaço para crescer. Para contratarem mais funcionários. E, com mais dinheiro garantido no mercado (por conta das pensões e aposentadores devidamente financiadas pelo aumento da contribuição E dos novos empregados) a economia tende a uma curva de ascensão.

Desculpem os imediatistas "defensores dos trabalhadores". Mas estamos falando, aqui, de uma medida de médio e longo prazo. De reconstrução da economia. De garantias para os direitos adquiridos.


E não pense que esse problema está lá do outro lado do oceano e nunca atingirá as terras tupiniquins. Desde 2002 Ciro Gomes já vem alertando que a previdência brasileira está em colapso. Lá no distante 2002, Ciro Gomes estipulou 2017 como o ano da quebra da nossa previdência. O ano em que a receita das contribuições mais o saldo do mês anterior seriam inferiores a todas as aposentadorias e pensões que o Brasil deve pagar.


Apesar do governo brasileiro tentar tomar alguma atitude para se prevenir do rombo na previdência (como o fundo para os servidores públicos, anunciado semana passada), caminhamos a passos largos para a desgraça. Mas, conhecendo bem o Brasil, o futuro governo em gestão (qualquer que seja) irá, somente, aumentar a margem de contribuição. Nossos trabalhadores irão chorar por uns dois meses, depois se acostumarão, irão se calar e voltar ao trabalho.

Quanto aos amigos portugueses, vejam com bons olhos as medidas que estão sendo tomadas para reconstruir a economia do seu país. Poderia ser pior, para vocês. Vocês poderiam estar aqui, no Brasil...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jesus é Humilde!

Poxa vida, galera. Que tal parar de atribuir tudo à Jesus? Ele é um cara humilde pra caramba!


Tradução:

Passageira:
"Finalmente pousamos em segurança! Obrigada Jesus :)"

Jesus H. Christ:
"Eu não estava pilotando esse maldito Avião! Agradeça ao seu piloto!"



Fanatismo Religioso

Porque alguns fãs já estão piores do que muitos extremistas...


Hardcore Mario

Imagine um Mario realmente sem limites!


Liberdade X Paternalismo



Eu gosto de pensar nas dualidades, sabe? Aliás, quem lê o Ponto Final assiduamente nota que cada texto meu é resultado direto do meu pensamento sobre alguma dualidade. Alguém berra “Azul”. Outro berra “Vermelho”. Entra o Arthur, lê, pesquisa, conversa com amigos, pensa sobre o assunto e, então, escreve a sua opinião aqui.

Dentre as dualidades interessantes do nosso tempo moderno, talvez a que eu mais pense e menos chegue à uma conclusão definitiva seja a da Liberdade X Paternalismo.

Às vezes eu penso ter chego a alguma conclusão. Corro e escrevo a respeito. Mas, no segundo seguinte, vejo um exemplo qualquer que, rapidamente, me fez repensar o que havia dito. Reescrever. Desdizer-me.

Essa dualidade basicamente se dá entre o "deixar os indivíduos livres para escolherem seu caminho" e o "a sociedade precisa ser guiada para chegar a algum lugar".

Eu gosto da ideia de Liberdade, sabe? Gosto porque, modéstia à parte, me considero uma das pessoas que consegue pensar sozinho e, por causa disso, seria beneficiado por um mundo mais liberal.
É, eu sou daquele tipo de pessoa que discerne o certo e o errado. Consigo agir de forma a não me prejudicar, não prejudicar terceiros e, via de regra, colaborar com o bem coletivo.

Exemplo? Acabei de colocar uma bala na boca e não há nenhum lixo por perto, na rua. Eu sou o cara que guarda o papel da bala no bolso. Esse papelzinho fica lá, até que eu revise o bolso, antes de lavar a calça. E o papel, então, vai para o lixo.

Aposto que você também é assim. Aposto que você abre a porta para as pessoas. Que você evita fazer barulho em horários impróprios. Que você dá a preferencial enquanto anda, corre ou dirige. Você deve ser uma das pessoas que cede o lugar no ônibus. Aquela pessoa que presta a atenção nas propagandas eleitorais, esmiúça o passado dos candidatos que te chamam a atenção e vota com a razão.

É, nós entendemos que não estamos sozinhos no mundo. Que temos responsabilidade de cuidar de cada centímetro da Terra. Você e eu, pessoas que querem que o mundo seja melhor. Gente que “sabe enxergar um pouquinho na frente”. Damos valor à educação, aos bons modos, às regras, às placas e até ao que é mera convenção da lógica.

Eu sei que você segura o elevador para os seus vizinhos, assim como eu faço.

Porém, muitas vezes, gente como nós simplesmente esquece que existe gente "do outro lado". Pessoas que não prestam a atenção nas mesmas coisas que nós. E sabe que eles nem fazem isso por mal? Quase todas as pessoas “do lado de lá” só têm cultura diferente da nossa. Eles dão mais valor para coisas que nós nem notamos, assim como nós damos valor para coisas que eles sequer notam!

É, algumas pessoas acham que escola, educação e bons modos são “perda de tempo”. Vai entender...

Para estas pessoas, não adianta muito adotarmos a visão da Liberdade. Certas pessoas simplesmente devem ser pegas no colo e levadas pela mão até o final de suas vidas, sob pena de se tornarem enormes estorvos para a sociedade.

E, convenhamos, o Brasil tem sido (e ainda é) excelente em gerar esse tipo de pessoa. Escolas de péssima qualidade, com professores desvalorizados, currículos “ante-pré-históricos” e materiais didáticos risíveis, somadas à mais de sessenta anos de cultura de consumismo insustentável, geraram uma população que venera carros, roupas, eletrônicos e qualquer outro símbolo idiota de consumo. Pior: sem sequer notar como ou porque esses símbolos são gerados.

Esse povo não tem capacidade de criar os próprios símbolos de status. Por isso, “comemos lixo industrial e comercial”, internacionais, há tanto tempo.

Se valorizássemos realmente a educação, dominaríamos as ciências e tecnologias. Nós próprios construiríamos os aparatos tecnológicos, para vendermos para o mundo. E, talvez, olhássemos para os bens industrializados de uma forma mais racional.

Talvez por isso tudo, a maior parte do Brasil olhe para tudo o que vem de fora maravilhado. Como se iPhones, TVs LED ou carros com motores potentes fossem concebidos por mágica. Bem, pelo preço que pagamos aqui por estes itens, creio que muita gente pense que é magia divina que concebe-os, mesmo.

E é essa ignorância sobre como e porquê cada coisa funciona que faz o mundo inteiro ver e tratar o Brasil como se fosse uma eterna criança.

No sábado estreou o filme "TED", no Brasil. Confesso que só irei assistir na próxima sexta.
TED é um filme da pior espécie: piadas toscas, de modo contínuo, com uma enxurrada de referências a diversas culturas e histórias, texto adulto e roupagem de fantasia de uma overdose. A pior espécie que gente com discernimento adora. Resumindo: a receita perfeita para um filme de comédia de alto sucesso.

Porém, é claro, esse tipo de filme precisa que você tenha capacidade de interpretar o que está sendo mostrado. E, devido ao conteúdo, não é recomendado para menores de 16 anos.

No mundo da informação, quem chega à frente de um guichê para comprar o ingresso de um filme já deve ter assistido a pelo menos uns 3 trailers sobre ele. Lido pelo menos um único comentário mais elaborado. Uma prévia que seja... Não bastasse isso, a propaganda dos cinemas é tão forte quanto a de qualquer outra indústria: cartazes, outdoors, comerciais na TV, página no facebook, perfil no twitter, viral nos blogs, vídeos no youtube, divulgação em rádio, revistas, jornais e afins...

Você pode saber de todos os filmes em cartaz com uma ou duas pesquisas no Google, agora...

Mas então, no final de semana, o deputado Protógenes Queirós entrou em um sala de cinema com seu filho de onze anos, para assistir a um filme para maiores de 16 anos. Ok, ele é uma pessoa ocupada e não deve ter notado a classificação. Protógenes diz que levou o filho de 11 anos para assistir ao “filme do ursinho”. E, obviamente para quem tem essa ideia inicial do filme, saiu de lá horrorizado.

O deputado, então, começou uma revolução no twitter contra o filme TED. Em seu relato, o ministro diz que o filme é uma afronta à sociedade, faz apologia às drogas e a vadiagem. Em seu extremismo, quer tirar o filme de cartaz, no país.


É exatamente esse tipo de exemplo que acontece no Brasil, que me faz pensar que, talvez, o Paternalismo não seja uma ideia tão errada. Algumas pessoas, como o excelentíssimo deputado, precisam serem levadas pela mão, durante a sua vida. Pessoas que não cumprem as leis (como levar seu filho de 11 anos para assistir a um filme com classificação de 16 anos), que não têm capacidade de interpretação (o filme é uma piada, não deve ser considerado um exemplo para nada) e, depois, ainda querem impor a censura em nome "do bem maior", não podem ter direito ao livre arbítrio, mesmo. 

Eu adoraria que todas as pessoas conseguissem compreender o mundo à sua volta. Mas isso não é a realidade, infelizmente. Muitas pessoas precisam que algo ou alguém lhes diga o que pensar, falar e fazer, a cada momento de suas vidas.



Piadinha infame:

Reza a lenda que o Protógenes Queirós chegou no guichê para comprar os ingressos com o seu filho.
O Atendente cumprimentou:
- Pois não?
Protógenes respondeu, com a carteira na mão:
- Duas entradas para o filme do Ursinho, por favor!
O atendente viu o deputado pegando uma nota de cinquenta reais e falou:
- Posso te dizer uma coisa?
O Protógenes respondeu:
- Claro!
- Paga com Visa, é melhor! - aconselhou o atendente, atônito pelo pai estar levando uma criança para ver o filme.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

World of Warcraft - Jesus of Pandária!

Cara, só pra ver quantos de vocês são nerds. Mas nerds MESMO!



Arte feita por Animais!


1 - Círculos dos Baiacus

Recentemente descobertos a oitenta metros abaixo do nível do mar, na costa do Japão, estes círculos são feitos - cuidadosamente - por baiacus machos, para atrair as baiacus fêmeas para acasalamento. Os círculos chegam a ter seis metros de raio e, depois dá cópula, ainda servem para protegerem os ovos.





2 - Casulos de Moscas D'Água

Normalmente, as larvas das moscas d'água constroem seus casulos com seda própria e sedimentos que encontram nos rios, como areia, folhas, gravetos, escamas e pedras. O artista francês Hubert Duprat, entretanto, dá a estas larvas flocos de ouro, pedras semi-preciosas e pedras preciosas, para que façam seus casulos. Depois que o inseto descarta o casulo, Duprat os apresenta como jóias em caráter de obras-de-arte.




3 - Árvores-Teia

Esse fenômeno pode acontecer em qualquer lugar do mundo. Quando as aranhas são forçadas a abandonarem o chão, seu local de caça predileto e acabam subindo as árvores, é comum que façam suas teias nas copas. Recentemente, após enchentes no Paquistão, em 2010 e na Austrália, em 2012, o lindo fenômeno pode ser melhor estudado.





4 - Sanduíche de Flores!

Não são todas as espécies de abelhas que constroem colmeias. Uma espécie na Turquia recolhe pétalas de flores, as unindo com lama, própolis, polem e mel, suficientes para abrigar e alimentar a um único ovo. A nova abelha tem toda a proteção e comida que precisa, até se tornar um indivíduo adulto e poder criar seus próprios ninhos!










5 - Ninhos de BowerBirds:

"BowerBirds" são passarinhos comuns na Oceania (principalmente Austrália e Nova Guiné). Quando o macho quer atrair uma fêmea, constrói um ninho no chão, com gravetos. O interessante, entretanto, é que as fêmeas parecem gostar de coisas coloridas e brilhantes. Por causa disso, os machos colocam, ao redor do ninho, objetos coloridos que conseguem encontrar. Comumente, roubam objetos dos humanos, para completarem sua tarefa. Quanto mais esteticamente bonita for a composição do ninho, maior a chance da fêmea se apaixonar!

6 - Cupinzeiros

Cupins urbanos fazem seus ninhos em madeira, por ser mais prático. Na natureza, entretanto, os cupins parecem gostar de construir castelos de areia - alguns impressionantemente gigantescos - como morada para a colônia. Na verdade, o formato dos cupinzeiros ajuda a manter a temperatura estável, como se fosse um ar-condicionado. Isso facilita as tarefas, como criar as larvas e cultivar os fungos que alimentam a colônia.



7 - Casulos de Mariposas Amicta

As larvas de Amicta constroem seus casulos com gravetos unidos por seda. Muitos deles são desleixados e apenas unem - aleatoriamente - quaisquer gravetos que encontrarem. A final de contas, o objetivo é só construir alguma proteção para poderem se transformarem em animais adultos. Porém, algumas das larvas não se satisfazem com qualquer tipo de proteção: escolhem minunciosamente os gravetos a serem utilizados, quebram-nos em tamanhos similares, gastam as aparas que forem muito grandes e chegam a construir casulos instigantemente simétricos.







Saindo de um Acidente Like a BOSS!

1 - Não façam isso nas ruas, por favor.
2 - Se fizerem, é assim que se sai de um acidente:


E assim começa Harry Potter...


Absurdos Religiosos: Revoltas Árabes!

Houve um tempo em que a humanidade era estúpida.

Sim, é difícil de acreditar, eu sei, mas já fomos piores do que somos, hoje em dia.

Houve um tempo em que não existia o método científico para provarmos uns para os outros nossas descobertas. Sim, um tempo onde a influência de uma pessoa bastava para que ela estivesse certa perante os demais.

Nessa época, quando alguém dizia que existia "um ser invisível nos céus" e que esse ser "pode ver tudo o que você está fazendo", as outras pessoas ficavam com medo. Sim, medo. Desde pequenos somos catequizados pelo método do terror puro. O medo de ser julgado pelos nossos atos e viver eternamente em um inferno. Longe das pessoas (boas) que amamos. Em agonia e sofrimento. Somos apavorados com histórias de espíritos. Uma ameaça invisível, contra a qual só teremos proteção vinda desse zeloso ser invisível nos céus, caso sejamos bons.

Notam que é o terror absoluto que é utilizado para manter as pessoas "na linha"? Lá no início da história humana, quando não tínhamos educação, leis e estrutura legal para mantermos a paz e a harmonia entre as pessoas, a religião tratava de "colocar o mundo no eixo". Se você fosse bom, estaria salvo do inferno.

Logo, outras convenções apareceram. Por exemplo: Pessoas notaram que o Porco, antigamente, era vetor de doenças. A tênia, ainda hoje, não só mata como, às vezes, se instala no cérebro, provocando desde a demência pura, até a morte. É claro que fazia sentido dizer que "Deus não quer que você coma a carne de porco!" Com isso, os influentes salvaram gerações e gerações de Judeus desse tipo horrível de morte. Simplesmente fazia sentido, mas não existia a ciência para comprovar para todos...

Embora eu ache que não é necessário, infelizmente tenho que continuar a história lembrando que o método científico prevaleceu. E foram várias vezes que isso aconteceu, inclusive. Na Grécia antiga. No Oriente Médio no tempo das cruzadas. Na Europa renascentista. E, é claro, em praticamente todo o mundo, desde a revolução industrial.

Hoje, graças a Deus, a maioria de nós não é mais tão supersticiosa, assim. Muitos de nós acreditamos em Deus "da boca pra fora". Utilizamos algumas expressões da igreja mais como gírias do que, propriamente, por acreditarmos no que estamos falando, graças a Deus!
Passamos, é claro, pelas milhões de beatas (e beatos) que sabem a bíblia - e a vida de todos os seus vizinhos - "de cabo à rabo". Pessoas que citam mais seus livros sagrados do que a si próprios enquanto falam e, mesmo assim, têm uma vida muito distante do que prega os escritos de sua religião.

Mas falemos um pouco a respeito das interpretações dos textos sagrados: para cada grande religião do mundo, existem milhões de interpretações de cada frase. E um numero maior ainda de interpretadores avulsos, propagando a sua própria versão de cada texto sagrado.

Aliás, o "sagrado" de cada livro é uma mera interpretação de algumas pessoas com muita influência...

Posto isso, eu peço desculpas por estar afirmando, categoricamente, que a sua crença é baseada, apenas, na repetição de interpretações de pessoas influentes. Desculpe. Mas eu sei bem como é. Quando criança, você tem medo do desconhecido. Muito tempo de sobra para imaginar as piores assombrações possíveis. Se a religião em que você foi iniciado der sorte, você mantém cada um desses temores em sua vida adulta, mantendo viva a chama da sua crença. E isso só piora quando você envelhece. O medo do desaparecimento total que a morte propõe, te faz delirar com um "pós vida", que a sua religião prontamente fantasia para você. Um pós-vida de sofrimento para as pessoas más. Um pós-vida de total paz e glória para as pessoas boas.

Quando essa relação de crença em religiões com o indivíduo adulto é muito forte, os indivíduos adultos passam a guiar a sua vida de acordo com os dogmas religiosos. Acabam fortalecendo a catequese dos mais novos e as convicções dos mais velhos: tudo é causa, responsabilidade e consequência de seu Deus. Logo, não é só a casa do indivíduo que é condicionada aos dogmas religiosos, mas estende-se à comunidade, bairro, cidade, região, Estado, país...

Isso é o que acontece no mundo Árabe. Eles levam tão a sério a sua religião, que o que está escrito no seu livro sagrado é a base para as leis de cada país muçulmano. Códigos velhos, cheios de homofobia, discriminação de raça, sexo, gênero e castas sociais, transformados em leis igualmente insanas, insensatas e estúpidas.

Por esse motivo, quando qualquer indivíduo, de qualquer outra das grandes religiões, vê uma piada com a sua religião, no máximo esboça um descontentamento leve para com o humorista. Quando não ri efusivamente da piada. De modo oposto, quando a sua religião é a base de todos os seus usos e costumes, amplamente arraigada em sua cultura, uma piada contra sua religião é uma piada feita diretamente contra você.

Assim, quando alguém faz um filme ou charge contra o mundo Árabe, dê graças ao Deus deles, pela subsequente onda de destruições e mortes que acontece.
Porque, na razão deles, uma piada contra o seu Deus é algo muito mais ofensivo do que a degola de um embaixador de outro país.

Mas você me conhece. Sabe que eu tenho que dar o meu pitaco. Só que, nesse caso, a solução não é algo fácil e que pode ser instalada do dia para a noite. Não há como dissociar rapidamente os Estados muçulmanos de sua religião. E, convenhamos, não há como ser um processo gradativo, também. Mesmo porque, em um Estado com religião oficial, só o fato de você não pertencer à religião já é um crime, muitas vezes punido com a morte. Também não podemos simplesmente "entrar e matar" a todos os crentes muçulmanos. Além desse tipo de genocídio ser extremamente contra todos os direitos humanos vigentes, sempre haverão sobreviventes. Sobreviventes que - certamente - somente ficarão mais revoltados contra os agressores. Imagine quão perigoso seria um super-Estado-muçulmano-indignado.

Epa, peraí! Não é necessário imaginar. É só ligar a televisão e assistir ao noticiário.

O certo é que esse é o problema. E é algo aparentemente insolúvel, mas que deve ser resolvido, para o bem da humanidade, de modo geral.

Já passou do tempo de todos nós deixarmos nossos amigos imaginários relegados ao baú da memória dos nossos dias de infância.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

E Se Stephen King Escrevesse Gibis?

Seria algo mais ou menos assim?




Primeiro Café depois das Férias!


11:30hs e eu ainda estou tentando lembrar da minha senha de rede...

Ciclovias

Estive lendo, escutando e assistindo muitas coisas sobre ciclovias.

Aliás, por muito tempo, eu sequer tinha uma opinião formada a respeito da utilização de bicicletas em meio urbano. Mas, depois dessa super-exposição de ideias, principalmente de políticos, nos últimos tempos, eu acabei pensando sobre o assunto.

Vamos lá, então.

Primeiramente, quero falar sobre os motivos para utilizarmos bicicletas e que nos levam a formarmos ciclovias.

Muitos pedem ciclovias para evitar a poluição urbana. Alegam que os veículos soltam muita fumaça e que as bicicletas resolveriam o problema da poluição.

Outros, dizem que as bicicletas seriam a solução para os engarrafamentos e toda a falta de mobilidade urbana que as grandes cidades sofrem.

Ainda tem os que acreditam que a maior utilização das bicicletas poderia - inclusive - acabar com os males que a ociosidade acarreta para a saúde. Argumentam que isso reduziria gastos com saúde, ao evitar acidentes automobilísticos, obesidade e doenças crônicas como o diabetes.

Muito bonito. Realmente, alguns desses argumentos são reais. Mas você notou que só são listados os benefícios da bicicleta? Nenhum ponto negativo é ressaltado?

É, bancarei o advogado do diabo, aqui, porque acredito que a "solução bicicleta" é só mais um paliativo.

Vamos às considerações.

Primeiramente, essa história toda de bicicleta parece-me um lobby. Estão buscando todos os motivos (muitos sem conexão entre si) para justificar a maior utilização das bicicletas. Está parecendo que alguém quer que as bicicletas sejam mais consumidas e, então, pediu à alguma equipe que realizasse um brainStorm. Todas as ideias boas sobre "porque utilizar bicicletas" foram reunidas e estão sendo publicadas. Tipo, não estão tentando dar uma solução definitiva para um problema mas, sim, listar os problemas que seriam resolvidos com a solução que eles querem implantar.

E você me conhece. Sabes que eu não aceito paliativos.

Essa é a diferença exata entre administrador e gestor, sabe? Administradores RESOLVEM os problemas, para voltarem para seu ponto de conforto, garantindo que o problema nunca mais se repita. Gestores "gesticulam" o dia todo, apontando o que cada um deve fazer, para que a máquina ande. Gestores são necessários, mas não devem administrar JAMAIS!

Querem utilizar as bicicletas, maravilha! Mas saibam que elas NÃO SÃO a solução definitiva para NENHUM dos problemas que foram listados.


1 - Poluição Urbana. realmente, com mais bicicletas, menos carros estariam nas ruas. Mas... Convenhamos... Os carros preservam mais a todos nós. Não andamos com o sol diretamente na nossa cabeça. Nossas roupas desbotam menos e nossos sapatos duram mais. Andar de bicicleta é um exercício que nos faz suar, andando em terreno plano. Imagine nas nossas cidades cheias de relevo! Ninguém quer chegar em uma reunião de terno e gravata, todo suado e fedido, não é? Empresas, escolas e instituições passariam a ter que oferecer vestiários para os funcionários ou alunos. O que demandaria mais água, energia elétrica, gás, sabonetes, shampoos, toalhas, tratamento de esgoto e afins. Isso, é claro, sem falar que a bicicleta é uma moto sem motor. Muitas das peças utilizadas pelas bicicletas são produzidas tal qual peças de motos, poluindo na mesma taxa, e com um aproveitamento bem menor! Imagine-se levando seus filhos para escola, em bicicletas! Malas, maletas, sacolas, mochilas, volumes, pacotes e afins?

Ganhamos com a redução na emissão de gases pelos escapamentos, mas perdemos na produção de mais energia elétrica, mais produtos (como roupas e sapatos), remédios, cosméticos, tratamentos de esgoto e na ineficiência do transporte por bicicleta...


2 - Engarrafamentos. Sim, você que atravessa a cidade de carro, tranquilo, em minutos, passaria a ter que pedalar esse trajeto inteiro. E há uma diferença ENORME entre estar dentro do seu carro, tendo períodos em que pode "descansar" da direção e estar todo o tempo concentrado no guidão da bicicleta.

Que o  brasileiro não sabe dirigir automóveis, você já sabe. Aliás, nem sabemos andar a pé nas ruas. Definitivamente, também não sabemos aplicar as leis de trânsito às bicicletas, também. Tirar carros da rua para colocar bicicletas só irá alterar o veículo que causará acidentes, engarrafamentos e estresse. Com a desvantagem da total falta de segurança que a bicicleta apresenta: se você bate, sua testa é o para-choque. E você já viu um acidente de bicicleta em uma competição? Quando o primeiro cai e TODOS que vêm logo atrás simplesmente não têm como desviar e caem, também? Imagine isso com executivos engravatados, indo para o trabalho! É, né?
Saem as filas intermináveis de carro e entra a bagunça generalizada de milhões de bicicletas, como acontece na Ásia. É somente trocar o veículo que irá gerar o congestionamento.

3 - Doenças. É, talvez a população fique mais magra, se exercite mais e passe a ter uma vida mais saudável, mesmo. Só que é importante lembrar que, para manter a boa forma, é necessário ficar atento para dois fatores: o quê/quanto se come e como se gasta essa energia. Não adianta nada pedalar 2.000Km por dia, ter um gasto de, sei lá, 10.000 calorias e, depois, chegar em casa e devorar 20.000 calorias. E, acredite em mim, isso é o que mais acontecerá. Pedalar vai abrir o apetite do povo, que irá comer mais bobagem "para suportar o tranco". Lógico que com alguns funcionará o exercício. Creio que os mesmos motoristas que são magros, hoje, continuarão magros usando bicicleta. Assim como os motoristas gordos continuarão obesos, usando a bicicleta.
Isso sem citar que em vez da diabetes, passaremos a ter mais lesões - decorrentes do exercício - para que os hospitais tratem. Luxações, estiramentos, contusões, artrites, artroses, bursites, problemas nas articulações, acidentes, etc...
Ou seja, dessa vez talvez nem seja trocar um problema por outro mas, somente, adicionar novos problemas aos que já existiam.

Ok, essa é a minha visão de como a bicicleta NÃO é a resposta para todos os problemas sociais. Mas a essa altura você, que já me conhece tão bem, já está esperando a solução do Arthur para esses problemas todos, não é?

Bem, para muitos problemas eu já dei solução.
A poluição do mundo pode diminuir se você não tiver filhos, consumir produtos de maneira racional, parar de comer alimentos como o arroz e frutos do mar, pintar o seu telhado de branco, usar seu carro mais racionalmente e parar de utilizar energia elétrica sem motivo.
Quanto a saúde, basta saber o que você come e se exercitar de acordo. Quer reduzir de peso, gaste mais calorias do que você consome. Quer manter o peso? Empate as calorias consumidas com as gastas. Quer ganhar peso? Coma mais do que se exercita.

Agora, quanto aos engarrafamentos...

Os engarrafamentos acontecem no mundo inteiro porque insistimos em utilizar carros em cidades que foram planejadas quando os veículos sequer existiam! Literalmente MULAS E CAVALOS criaram trilhas, que viraram vielas, que se tornaram ruas que, hoje, são avenidas. Nem sempre as avenidas são o caminho mais curto até o seu destino.
Piora: o péssimo planejamento das cidades geralmente faz com que TODOS os principais serviços estejam no centro do município. Assim, MILHÕES de pessoas se espremem para irem ao mesmo lugar! Inviável!
Piora mais: esses serviços vitais geralmente funcionam só em um determinado horário. Ao exemplo dos bancos, que funcionam só das 10hs às 16hs. RIDÍCULO! O MUNDO precisando girar e os bancos funcionam só 6hs por dia! E as outras 18hs? Porque os clientes não podem dispor do atendimento presencial? Mais turnos de funcionamento dos serviços geram, inclusive, mais empregos!
Piora mais ainda: Exitem serviços que podem ser virtualizados, mas insistimos em exigir a presença das pessoas. Coisas que poderíamos resolver pela internet mas que, ainda, precisam ser carimbadas, protocoladas, anexadas vias, dar vistas a terceiros, etc, etc, etc... Burocracia BURRA que exige o movimento das pessoas para todos os lados!

Quando planejamos melhor as cidades, vendo elas como um organismo vivo, vemos como o design de muitas das nossas metrópoles é insano!

E nem adianta muito querer arrumar agora. Muitos locais estão tão valorizados que é inviável desapropriar dezenas de quadras, para construirmos as estradas corretamente ou novas áreas de serviços vitais.

Não sei se serve de consolo, mas exstem locais no mundo que se preocupam mais com as pessoas do que com os lobbys. Eu não sei quanto a vocês, mas adoraria ir morar na Noruega: