sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nunca antes na história do futebol brasileiro...


Eu não gosto de falar de futebol. Você sabe bem disso. "Blá-blá-blá", "mal vejo os jogos do Inter", etcetera e tal...

Mas eu tenho que falar sobre algo que parece que só eu vejo. 

Futebol é um esporte. Mas, quando ele é bem jogado, é tão bonito e emocionante, que já houve quem repetisse que se assemelha com arte. Até já cunharam o termo "futebol-arte" para denominar jogadas e partidas de esplêndida técnica e beleza. E o substantivo torna-se adjetivo para os jogadores que expressam a mais alta categoria ao jogar futebol.

Os craques de bola são tão poucos, tão raros, que são contratados a preços inimagináveis... que fazem o preço do quilo do ouro parecer troco de mercado, daqueles que tu aceita receber em bala, de tão insignificante... Os jogos dessas estrelas são tão especiais que são televisionados para o mundo inteiro. Seus lances de maior destaque são referência histórica...

Bem, acredito que eu não precise falar para brasileiros sobre o valor direto e indireto da habilidade e do "futebol-arte". Nas terras tupiniquins, o moleque mal se reconhece como gente e já sonha em ser um astro do futebol. Todo menino cresce gastando horas dos seus dias treinando para a final da copa do mundo que sonha em jogar. Até algumas meninas têm esse sonho... Educação física, nos colégios, é jogar bola. A realização de vida de muito pai e mãe por aí, é ver o filho entrar na escolinha de futebol... Se consegue chegar nos juniores ou no profissional, então? Bem, aqui no Brasil é uma carreira bem promissora... Não acredito que um jogador de segunda divisão de campeonatos estaduais corra atrás de uma bola por menos que um salário mínimo... Levando em consideração o número de times em primeiras divisões de campeonatos estaduais... seus titulares, diversos reservas... Sem falar no mercado exterior de modo geral. Sempre existe um clube de Portugal, China ou leste europeu, prontos para pagarem alguns milhares de reais pela "habilidade brasileira".

Mas... Tem sempre o "mas", né?

Mesmo o "futebol-arte" sendo o produto mais procurado e valorizado, a incongruência já começa nos campos de várzea e quadras. Naquele momento em que o guri mais forte abre o braço, empurra o guri mais inteligente e habilidoso, toma a bola e, se reclamam, o brutamontes exclama: "Jogo de corpo!!!"... "Jogo de corpo" o Sr Meu Bráulio, utilizando monóculos garbosos, de ouro 24 quilates...
A insanidade continua nas peneiras, onde os ~brilhantes~ técnicos avaliam os guris por sua altura e força. Baixinhos franzinos têm que jogar MUITA bola para entrarem em alguma escolinha. Baixinhos e franzinos que já pensam e cadenciam o jogo, então? Nenhuma chance.
Já na escolinha, o "método de treinamento" dos rapazes selecionados é comparável com o "regime de engorda de gado": aumentam condicionamento físico e força muscular dos guris. Só isso. Não é a toa que nos campeonatos "sub-alguma-idade-qualquer" vemos uma enxurrada de passes errados, faltas medonhas, péssimo posicionamento e gols feitos sem querer... Afinal de contas, guri de categoria de base parece que aprende de tudo, menos como chutar uma bola de modo correto, para os colegas...
Se já está ruim agora, a próxima etapa é pior ainda: só os juniores extremamente bons (aqueles que os técnicos de categorias de base não conseguiram estragar) e os brucutus menos-piores, são promovidos para os profissionais. 

Aí, aparecem comentaristas se perguntando porque o futebol brasileiro não revela mais jogadores como o Ronaldo, Zico, Garrincha ou Pelé... O pensamento das categorias de base é o de formar zagueiros, volantes e centro-avantes fortes, altos e subservientes. Perfeitas nulidades que esperam pelo grito do técnico até para decidir o momento de chutar a bola em gol.
Vez que outra aparecem jogadores como Júlio Baptista, Fernandão, Rogério Ceni, etc... Que conseguem articular duas frases sem erros de português, com o mínimo de concordância e sem cair em clichês esportivos...
Menos vezes ainda aparecem jogadores como o Nilmar, Pato, Robinho, Ganso ou Neymar, que são baixinhos, franzinos, rápidos, ágeis, habilidosos e inteligentes, com a bola nos pés.

E, aí, entra o porquê dos técnicos de base só quererem jogadores altos e fortes em seus times: Os árbitros brasileiros punem o "futebol-arte".

Não sou "neymarzete". Mas concordo quando o Neymar reclama de carrinhos e entradas duras. Principalmente quando o árbitro não marca a falta. Principalmente quando não coíbe o ante-jogo. Ou, pior ainda, pune quem está querendo jogar bola, deixando o agressor livre.
Desculpe, mas, na qualidade de espectador de futebol, eu quero ver boas jogadas. Quero ver dribles, quero ver boas tramas de passes. Quero ver lançamentos. E, principalmente, quero ver gols bonitos. Eu espero isso do meu time. E quero que o meu time se defenda, mas dentro da regra. Porque, por mais chato que seja ver o meu time tomando um gol, se o gol foi bonito, mesmo assim ele vale o preço do ingresso. E da derrota do meu time. 

Ganhar na base da pancadaria? Não é mais fácil colocar dois caras para se espancarem em um ringue? Epa... Já tem isso.. É o UFC...

O mais irônico é olharmos para o melhor time do mundo e notarmos os seus melhores jogadores... Todos baixinhos em comparação com os nossos brucutus. Todos começaram franzinos. Todos escolhidos por sua habilidade e inteligência... 

Visivelmente o modelo de seleção de jogadores no Brasil é "escolher os mais fortes e colocar habilidade neles";
Enquanto o modelo de seleção dos melhores jogadores do mundo é "escolher os mais habilidosos e trabalhar o físico deles"...

Aí, olhamos o ranking da FIFA e vemos o Brasil - pela primeira vez na história - acima da décima colocação... Será só coincidência que não temos uma seleção competitiva há alguns anos?

Passou da hora de mudarmos a nossa cultura sobre futebol. Passou da hora de "largarmos a bola para os piás e seja o que Deus quiser". Futebol é algo sério. Um negócio de bilhões de dólares. Entretém a massa, movimenta a economia e, quando bem jogado, é realmente bonito de se ver.
Nossa "safra" de garotos está ruim, porque estamos procurando no lugar errado. Tem muito rapaz bom que está sendo reprovado em peneirões agora mesmo, porque não é alto ou forte. Como se tamanho fosse documento em uma partida de futebol...

"Quem vigia os vigilantes?"


Nesse final de semana, acontecerá a décima edição da prova unificada da Ordem dos Advogados do Brasil.

Essa prova tem sido muito atacada desde sua primeira edição unificada, porque o índice de aprovação de bacharéis de direito é baixíssimo. Algo em torno de um aprovado para cada cinco ou seis candidatos.
Essa prova é importante porque é ela quem define se o formado em direito poderá exercer ou não a sua função, plenamente.
Evidentemente, por se tratarem de bacharéis de direito, os alunos reprovados transbordam de argumentos. Citam desde estatutos e regras gerais, passando por códigos e a constituição, chegando até ao nível moral da questão.
E os que passam... bem... eles passaram, né? Não têm muito do que reclamar.

Mas o mais chato dessa questão é que, assim que saírem os gabaritos, uma multidão de bacharéis de direito reprovados começarão a reclamar da prova. Em todos os lugares. Aguarde por matérias, discussões e debates em rede nacional de TV...

Ao meu ver, o principal argumento dos bacharéis de direito é que rodar na prova impede que os bacharéis exerçam sua profissão. E trabalhar é um direito constitucional de todos os brasileiros.
Bem, esse argumento é facilmente quebrado lembrando que existem, sim, empregos para bacharéis de direito que não têm a carteira da OAB. São poucos, mas existem. Logo, não trabalha quem não é bom.

E, aqui, vem o pitaco do Arthur. Filho de pai e mãe advogados, que notou de perto o dia-a-dia de estudo de ambos.

Minha mãe passou no exame da ordem. O que, segundo ela, foi extremamente fácil.
Já o meu pai pena até hoje. Aliás, nem tenho certeza se ele fará o exame deste final de semana. Não falo com ele desde janeiro.

Qual a diferença que eu tenho notado?
A estratégia de estudo.

De um lado, minha mãe fez a faculdade inteira. Por problemas pessoais, ela deixou de lado a cadeira de medicina legal. Foi nas costas dos demais, só colocou nome nos trabalhos que os outros fizeram e passou nas provas como pôde, na base da teoria, apenas. Ela simplesmente não ia às aulas em que precisaria ver corpos, partes do corpos, fotos de corpos, etc...
Mas, tirando a parte de medicina legal, ela se aplicou em todas as demais áreas. Sendo generalista no conhecimento, passou sem problemas pela prova da OAB. Só depois disso ela se decidiu por atuar na área da família.

Do outro lado, meu pai também estudou todas as áreas. Fez todas as cadeiras. Todas as provas, todos os trabalhos. Mas, desde o início do curso, meu pai já estava completamente interessado na parte de direitos autorais. Sempre que podia, conversava sobre essa área. Aliás, seu trabalho de conclusão sobre o direito autoral é memorável. E qual é o problema do meu pai com a prova da OAB? Sua maior reclamação é que ele vai mal nas outras áreas. Quanto mais distante do direito autoral, pior ele vai.

Sabe a minha capacidade de notar padrões e processos? Então...

Tenho diversos amigos que cursaram, cursam ou são advogados. E todos os que passam dizem o mesmo que a minha mãe fez: estudaram a "ciência direito", não a "área do direito que eles mais gostavam". E os que eu noto que mais esperneiam reclamando que não passam no curso são justamente os que já quiseram se tornar especialistas dentro da faculdade mesmo.

Levando em consideração que as faculdades foram transformadas no novo ensino técnico (e até dissertações sobre "a cultura do funk e o feminismo" são aceitas e louvadas), não é de admirar que muitos cursos tenham o foco no mercado de trabalho, e não no aspecto científico que a faculdade deve ter. E dessa característica EU entendo, visto que o meu curso é de Sistemas de Informação. Se, na minha área, 90% dos alunos se interessam mais em aprender a usar as ferramentas (programar e a usar banco de dados) do que entender os fundamentos da ciência da tecnologia da informação e da engenharia de software (muito mais importantes do que "como usar as ferramentas"), não me surpreendo se me contarem que outras áreas têm 80% de alunos estudando com o foco completamente orientado para o mercado de trabalho.

Acredito que essa característica que eu comentei, aliada ao conhecido "blá-blá-blá" da linha de corte da mediocridade, alunos que "passam na maciota" e dos que mais frequentam os bares do que as bibliotecas, formam os quatro ou cinco alunos que não passam, para cada aluno que conquista sua carteirinha da OAB.

Só que o Brasil é o rei das soluções paliativas, né?

Vamos deixar bem claro: EU! Um cara que mal assiste a situação através das notícias pela TV, internet e jornal... Que fica preso no trabalho por 80% do meu tempo útil... Consegui encontrar esse padrão. Agora imagine quem está mergulhado nesse problema! É claro que os especialistas já sabem que o ensino superior precisa de uma reforma. Que os cursos precisam formar cientistas em suas áreas, e não mão-de-obra...
Agora, qual é a primeira ação que aparece? Cursinhos preparatórios para a OAB! E não me impressionaria nem um pouco, caso os donos desses cursos fossem justamente pessoas ligadas de alguma forma à OAB... O "jeitinho brasileiro" me faz levantar esta dúvida.

Particularmente, eu só tenho uma dúvida que corrobora com a causa dos alunos que não passam: quem deu tanto poder à OAB? Porque ela está estruturada como está? Existe, dentro da OAB, um lugar para um representante dos alunos/bacharéis que não passaram no exame? Podem ser criadas outras associações de advogados? Essas associações poderão emitir suas próprias licenças para a prática do direito? Quem regula a OAB para determinar que as provas estão com uma linha de corte aceitável?

E eu chego nesse ponto porque é nítido que, em média, a qualidade dos "advogados de carteirinha" que estão no mercado não é alta. Talvez por ter pais e colegas neste meio, já fiquei sabendo de casos de petições devolvidas por juízes, por estarem ininteligíveis. E não estou falando da utilização extrema de português arcaico e das palavras corretas para cada caso (não, não existe "linguagem jurídica"; advogados apenas utilizam português arcaico unido ao português extremamente culto, o que todos deveríamos usar...), estou falando de erros de ortografia, gramática, sintaxe e até de concordância!

E, em se tratando do emaranhado legal em que estão se tornando as leis brasileiras, com sub-leis e leis duplicadas para cada minoria que grita mais alto que os outros, podemos notar como a classe jurídica não está observando boas práticas científicas na construção e gestão das regras básicas do nosso país. A maior evidência disso talvez seja o problema que todos vemos do excesso de instâncias, recursos e apelos que podem ser solicitados. Brechas nas leis que, aliados com a clara demora para os julgamentos das causas, geram absurdos de prescrições de crimes antes que o julgamento final se dê...
E não venham com "são os deputados e senadores quem criam as leis", porque tudo deve passar pelo supremo tribunal federal para ter sua constitucionalidade avaliada. Então, sim, para cada lei ou regra que existe em nosso país, algum advogado a leu e aprovou.
E é tão complicado esperar um bom trabalho de bacharéis que estudam se preparando para o mercado de trabalho e não para a ciência do direito...

Chegamos ao ponto do que está acontecendo essa semana. O Brasil é governado por três poderes, iguais em poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Como somos um país presidencialista e não parlamentarista, é o representante máximo do executivo quem tem o poder de veto. Mas, como o PT já conquistou o Executivo, agora está querendo garantir o domínio do Legislativo, também. Depois de garantir a maioria da câmara e do senado, agora o PT quer que o Legislativo tenha poder de veto sobre o Legislativo. É mais rápido do que trocar todos os juízes para cupinchas PTistas, né?

Você não está notando, mas o tripé de poderes está a algumas canetadas de ser desfeito. A intenção, pelo visto, é isolar o Legislativo e, assim, garantir que o Executivo e o Legislativo possam fazer uma tabelinha no poder. O famoso "uma mão lava a outra". Se você não notou, é uma forma de ditadura...

E quem perde nisso tudo? Os advogados e a população brasileira...

Talvez seja só o processo máximo de desvalorização da educação: depois de tornarem o povo uma massa de "acéfalos-assistidores-de-novela", tornaram os advogas uma "categoria-de-operários-da-justiça". Essa massa sem poder crítico sequer nota que - já faz tempo - deveríamos estar nas ruas, para protestar contra as bobagens que essa politicalha não para de fazer em nosso país...

Mas, né? Os políticos são unidos. E eles fizeram muito bem as suas manobras de desunirem o povo. Colocarem os pobres, a classe média e os ricos uns contra os outros. Colocarem bancos, negros e índios uns contra os outros. Colocarem homens contra mulheres, heterossexuais contra homossexuais, violência contra a paz, trabalhadores contra desempregados.
E ainda por cima fizeram essa manipulação toda escondidos lá em Brasilia. Longe de todos. Onde ninguém que trabalhe em uma metrópole consiga ir protestar ao meio dia ou depois do trabalho ou aula...

No fim eu pergunto: Quem regula as pessoas que estão lá para regularem os demais???

Quiz de Conhecimento de Ciência e Tecnologia

Encontrei no blog Bite Que Eu Gosto.

O quiz pretende verificar os conhecimentos dos norte-americanos sobre ciências e tecnologia. São 13 perguntas. De acordo com a tua pontuação, você é disposto na curva do desvio padrão.

Claro que brasileiros se darão bem nesse quiz. Para respondê-lo e interpretar o resultado, você deve saber pelo menos inglês e estatística. E para querer fazê-lo, tem que ter o mínimo de interesse em ciências e tecnologia.

Mas é legal comparar-se ao público norte-americano.

Meu resultado? Esse aí:


Achei engraçado porque em um texto recente havia afirmado que me considerava uma pessoa "nota nove, quase nota dez". Fazer um quiz e ter essa mesma indicação é, no mínimo, uma coincidência curiosa...

Se você quiser fazer o quiz, basta clicar na imagem... ^^

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Problemas X Nós!


Só hoje eu percebi que estou sendo um verdadeiro e perfeito filho-da-puta com todos vocês.

Desculpem-me, por favor.

Venho publicamente retratar-me porque eu sigo permanentemente os pensamentos contidos em um livro que li lá no distante ano de 2005. As ideias contidas nesse livro, quando colocadas em prática como eu faço, mudam demais o modo de pensar da pessoa. E o modo de pensar da pessoa molda como ela vê o mundo. E, quando você vê o mundo de uma forma diferente da dos demais, o resultado são opiniões adversas, atitudes incomuns e, bem, um blog como esse aqui...

O livro em questão chama-se "Como chegar ao Sim".

O livro foi-me emprestado pelo meu então coordenador lá na CDL, o Djalma. Ele saiu da empresa repentinamente, enquanto eu ainda estava com o livro emprestado em casa. Depois disso, não tive oportunidade para devolver o livro... Enfim, Djalma, caso ainda queiras o seu livro, é só me dizer quando e onde devo entregá-lo. O livro está sendo cuidado como se um rebento meu fosse. Tem o seu lugar de honra na minha estante, não o empresto a ninguém e, embora alguns anos tenham se passado, ele está imune a manchas, mofo, orelhas e outros eventos que o danifiquem severamente.

Por seu título, o livro é muitas vezes confundido com auto-ajuda ou algum "manual de boas práticas de venda". Entretanto, nada poderia estar mais longe da verdade. Ao contrário da primeira impressão, esse é um livro que ensina a como podemos resolver conflitos. Porque toda a necessidade de um "Sim" nasce de um conflito. Você só precisa "chegar a um Sim" quando alguém te diz um "Não" que não te interessa ou satisfaz. Então, esse "Não" precisa ser revertido em um "Sim". Como fazer para atingir essa meta, então?

Por definição, um problema é algo que atrapalha alguém. Algo que não deveria existir. Problemas são barreiras nos processos estabelecidos na vida das pessoas ou nos ciclos do dia-a-dia, que interrompem o andamento normal de tudo. Os problemas são coisas ruins e que devemos solucionar o mais rapidamente possível, mesmo que não nos afetem diretamente. Mesmo porque, a vida é uma cadeia sem fim de eventos, como se fosse uma máquina gigantesca com milhões de pequenas peças, como um carro. Se uma das peças está com um problema, logo a disfunção dessa peça irá criar problemas para outras peças. E esse é um efeito cascata: para cada nova peça do todo que apresentar um problema, mais peças serão afetadas, gerando mais problemas. E esse efeito aumenta em progressão geométrica: uma peça com problemas gera problemas para duas, que geram para quatro, que geram para oito, que geram para dezesseis, trinta e duas, sessenta e quatro, cento e vinte e oito, duzentas e cinquenta e seis, quinhentas e doze... até que todas as peças do todo estejam com problemas acumulados... E, quando o todo tem problemas... bem... Algo deve ser feito, embora já seja difícil identificar o problema inicial ou o crucial para solucionar todos os demais...

A primeira coisa que o livro ensina é que o problema é uma entidade separada das partes envolvidas, e assim deve ser tratado.
Embora aumentar o preço dos produtos seja uma coisa boa para quem vende (porque têm a ilusão de ganhar mais), é um problema para quem compra (pela redução da capacidade de adquirir bens). Se a pessoa que vende der de ombros e disser que "não é problema meu", mais hora ou menos hora essa pessoa que vende terá que comprar alguma coisa. E notará os preços mais caros (efeito inflação). E, nesse momento, o problema que ela própria gerou cairá no seu colo: seu poder de compra será reduzido. Se essa pessoa continuar com a filosofia de que "cada um cuida dos seus problemas", como se o problema não fosse uma entidade independente das partes envolvidas, as "soluções" serão sempre individuais e paliativas. E como a "solução" de cada um não soluciona o "problema-entidade-independente-que-afeta-a-todos", as suas consequências acabam se tornando novos problemas para os demais.

Ou seja, por mais que pareça que o problema do outro não tem a ver com a sua vida, acredite: um dia isso vai te afetar.

Quer exemplo melhor do que o do problema da criminalidade?

Existem os doentes mentais e os excetuo desde já. Psicopatas e sociopatas cuja motivação para seus crimes somente pode ser creditada por sua maldade intrínseca não estão relacionados aqui. De qualquer forma, essas pessoas são minoria nas estatísticas de crimes.
Sabemos que a maioria esmagadora dos criminosos são compostos por pessoas em desespero. Pessoas que não têm perspectivas de uma vida decente e próspera dentro dos parâmetros estabelecidos como normais, dentro de suas sociedades. Não é a toa que lugares carentes demonstram, estatisticamente, maior geração de pessoas vivendo à margem das leis do Estado. O problema dessas pessoas (falta de dinheiro) faz com que elas tomem de assalto o dinheiro e as posses de outras pessoas, gerando problemas para os demais (violência). Ou seja, por mais que seja legal ter bastante dinheiro (solução para alguns), é importante que todos tenham como ganhar seu próprio dinheiro honestamente para que não haja violência (solução do "problema-entidade-independente").

Só que, somos humanos, né? Mais que isso, somos humanos E brasileiros... E, em qualquer discussão, vemos o problema como propriedade ou até característica do outro. E, quando atrelamos a outra parte ao problema, geramos soluções estúpidas, como a famosa "só matando, mesmo"...
Os bate-bocas sem produtividade acontecem e as partes acabam brigando entre si - gerando mais problemas ainda - ao invés de encontrarem a solução do "problema-entidade-independente".

Não surpreende que existam milhões de "militantes em causa própria", no Brasil... Cada um cuidando do seu próprio rabo, como se o problema que eles enfrentam fosse causado só por seu grupo rival e somente esses "militantes em causa própria" fossem vítimas do problema...
Que exemplo melhor do que a violência doméstica? Ou tu acha que só as mulheres apanham e sempre são elas as vítimas em brigas domésticas? Como se não houvessem crianças, jovens, idosos, homossexuais, heterossexuais, brancos, negros, pobres, ricos, homens e mulheres que apanham quase todos os dias, em casa... Criam "estatutos da mulher", criam "delegacia da mulher", criam milhares de paliativos e o problema persiste! Ninguém deixa de apanhar em casa... Porque será, né?

Esse primeiro ponto que o livro ensina é o mais difícil, porque você precisa SE abstrair do problema. Mesmo envolvido diretamente com o problema, sendo a vítima mais afetada dele e até com envolvimento emocional com o caso, você deve deixar isso tudo de lado e pensar RACIONALMENTE no problema.
Avaliar, pesar. Procurar padrões, pesquisar referências, buscar pistas, investigar causas e consequências e, principalmente, ir além do senso comum.

Mesmo porque, fazer o que todo mundo faz provavelmente culminou no problema que está sendo enfrentado. Ir além do senso comum ajuda a "pensar fora da casinha". E, quando você pensa diferente, você encontra fatos diferentes e acaba criando as soluções diferentes, que atuarão diretamente no "problema-entidade-independente".

Se fosse fácil abstrair e encontrar as soluções sozinho, qualquer um faria e o mundo já se encontraria perfeito, livre de problemas. Só que não é assim. Problemas antigos ainda inundam nossas vidas e parece que a fábrica de problemas novos está trabalhando a todo vapor. Temos que encontrar pessoas que estejam dispostas a enfrentar o problema.

E se já é complicado para nós enfrentarmos problemas que nos atingem, pela proximidade demasiada com o problema, é mais complicado ainda enfrentarmos problemas que não batem na nossa porta, porque nem sempre temos muitos elementos para pensarmos neles...
Então, a quem vamos pedir para juntar-se a nós, na nossa tentativa de solucionar definitivamente os problemas? Quem estará tão motivado quanto você, para solucionar o problema que te aflige?
É complicado sair por aí catando outras pessoas que estão na mesma situação, com a mesma opinião que você. Tá certo, a internet ajuda a juntar esses grupos... Mas, mesmo que tu junte diversas pessoas com a mesma opinião, você atacará só um lado do problema, né? Acabará militando só pela sua causa, novamente...
Mas, se notares bem, a pessoa que está ali, "brigando com você" chegou nesse ponto porque está tão motivado quanto você e tem um ponto de vista diferente do seu, sobre exatamente o mesmo "problema-entidade-independente"! 

E, aqui, tem a segunda coisa que o livro ensina: geralmente o teu maior aliado para solucionar permanentemente o "problema-entidade-independente" é exatamente a pessoa que está "do outro lado da mesa"!

Os problemas são fortes e difíceis de solucionar, justamente porque o ser humano tem a necessidade instintiva de dualidade: Criamos o "oito ou oitenta" em qualquer caso, escolhemos um lado e colocamos lá no outro ponto todos que não tem a mesma opinião que nós. E, assim como nossos bons primos macacos, ficamos brigando entre nós pela fruta que caiu, ao invés de acharmos um modo de colhermos todas as outras que ainda estão no pé... Ou até de plantarmos mais árvores dessa fruta... 
É mais fácil ceder aos nossos instintos primitivos e mergulharmos no ódio e rancor pela pessoa que nos dá um contraponto, do que lutarmos para utilizarmos nossa razão para avaliarmos o fato ou a opinião divergente da nossa...

E, no processo da briga, acabamos desviando a nossa mobilização do enfrentamento do problema, para o enfrentamento de quem consideramos "oponente". O mais ridículo é que o "oponente" também queria solucionar o problema, mas viu sua mobilização desviada da solução do problema para o enfrentamento conosco! RIDÍCULO!
Em um universo onde os problemas têm um corpo físico visível, veríamos o problema jogando uns contra os outros e saindo do local rindo de todos os babacas que brigam sem necessidade...

O desafio é, justamente, mobilizar pessoas em volta DO PROBLEMA, não DO SEU PROBLEMA. Porque O SEU PROBLEMA só acabará definitivamente na hora que O PROBLEMA não afetar a mais ninguém.

E aí o livro te mostra que "chegar ao Sim" nem sempre é "chegar ao que você queria".

Exemplo?

Eu adoro falar da crise do aço dos anos 2000, nos EUA. E, principalmente, na "solução" que o Governo Bush encontrou.
O problema da indústria do aço dos EUA era que o aço importado (maioria do Brasil) estava muito mais barato do que o deles próprios. Assim, a indústria do aço dos EUA esta perdendo muito dinheiro e estava quase falindo.
A "solução"? Sobretaxar as importações de aço, CLARO!

É como a piadinha do guerreiro de força 5 que achou um gênio da lâmpada e pediu para ser o mais forte do mundo. Então o gênio fez com que todos os outros guerreiros do mundo ficassem com a força 4...

Como o Governo Bush só viu uma parte do problema, solucionou só o problema da indústria do aço. E, com o aço mais caro no mercado, as indústrias que dependem da compra do aço acabaram por ter mais custos... e a repassar esses custos para os seus clientes! Assim, a indústria automotiva dos EUA acabou criando carros mais caros que o japoneses e europeus. E, com isso, perdeu mercado e criou uma crise nos EUA. Detroit e seus bairros-industriais-fantasmas que o diga...

Milhões de desempregados, economia desacelerando... Tudo porque o governo não notou que o "problema-entidade-independente" estava nos processos ultrapassados da indústria do aço norte-americano, não no preço baixo do aço internacional... Em vez de fomentar tecnologias e consultorias para a indústria do aço, o Governo Bush preferiu o paliativo. Forçou todos a comprarem da indústria do aço dos EUA e dane-se o resto do mundo!
Não tenho certeza absoluta que a crise de 2008 não começou por causa dessa "solução" infeliz. A crise de 2008 começou porque as pessoas não conseguiam pagar as hipotecas de suas casas. E geralmente são as pessoas que perdem seus empregos que não conseguem pagar suas dívidas... Mas enfim... Quem consegue calcular o "Efeito Borboleta"?

O ponto é que, muitas vezes, estamos tão próximos dos nossos problemas, que só vemos a ele. Ele está tão grande no nosso campo de visão, que tapa a visão de todo o resto. E, com a visão obstruída pelo problema, provavelmente a solução real está eclipsada. Você até pensa que tem boas soluções. Mas somente vendo o quadro geral é que consegue notar que o problema diferente do que você via (maior, menor ou só diferente, mesmo) e que a solução não passa pelo que você dizia.
É hora de ceder, então. Deixar o orgulho de lado, desprender-se da condição humana para, então, concordar com a solução definitiva. Dizer um "Sim" para a solução do problema é "chegar ao Sim" que você queria.

E eu penso com esse processo em mente. Tento saber o máximo possível sobre os problemas alheios. Me esforço de verdade. Penso na justiça como o fiel da minha balança. Prejudico a mim mesmo, caso note que é o justo a ser feito. Costumo dar gorjetas para serviços bem prestados, só pelo prazer de sentir que fiz algo justo. Costumo me "meter onde não sou chamado", nem que seja só para escutar o que todos têm a dizer. Nem que seja só para colocar um argumento a mais. Nem que seja para "organizar a bagaça". Dou minha cara a tapa (em todo lugar... até aqui mesmo!), para solucionarmos os problemas.

Mesmo porque acho que isso deveria ser objetivo de todos nós: almejarmos ser "destruidores de problemas". Caçarmos, encurralarmos e exterminarmos (sem dó) a qualquer problema que notarmos!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Fábula...

A historinha começa em lugar nenhum, onde algumas pessoas recém chegaram. Esse lugar é tomado pelo mato e não tem nada ali, senão a natureza nua e crua.

Então, mãos à obra! As pessoas arregaçam as mangas e fazem o que precisam para construir um lugar propício para morar.
Limpam o mato, constroem ruas, casas, plantações, criações de gado.
Desenvolvem ligações com outros povoados.
As ligações com outros lugares geram "importações" e "exportações" de produtos e fluxo de pessoas.

Logo logo, o lugar começa a crescer.

O lugar fica tão grande, que as pessoas que ali moram já não têm tempo de cuidar de suas próprias vidas E cuidar das coisas que fizeram para melhorar a vida de todos. Não há mais como levar o lixo para longe, cuidar da rua, cuidar da propriedade das pessoas contra roubos, cuidar das disputas legais... enfim, cuidar de todas as benfeitorias, patrimônios e regras públicas que foram criadas para que todos pudessem viver em paz.

Então, essas pessoas ocupadas notam que existem pessoas menos ocupadas. Pessoas que não têm iniciativa própria (privada), mas que poderiam cuidar do bem público.
Aí, as pessoas criam uma vaquinha e passam a pagar para que esses desocupados efetuem "serviços públicos", que as pessoas com iniciativa privada não têm mais tempo para se dedicar.

Assim, nasce desde o professor que ensina as crianças de toda a comunidade, nasce o gari que varre todo o lixo da cidade, o policial que cuida da segurança dos bens e das pessoas, nasce o juiz que aplica as leis criadas para garantir a justiça no povoado, cria-se o médico que fica de prontidão para zelar pela saúde de todos, nasce o prefeito para gerenciar todos os demais servidores... E por aí vai...

Passa o tempo e as pessoas que não usam alguns desses serviços acham que não devem pagar por eles. E, para que os serviços não deixem de ser efetuados, para que um pequeno grupo não tenha que pagar por todos os serviços e para que todos paguem uma cota justa pelo serviço, os "servidores públicos" (antes meros desocupados, sem iniciativa privada) impõem valores para que todos paguem obrigatoriamente pelos serviços - quer usem ou não. Valores impostos. Impostos.

Aí, existem duas inversões de valores "que só o Brasil faz para você":

1 - Os "desocupados sem iniciativa que ganharam um emprego para ajudar as pessoas com iniciativa", como exigem dinheiro das pessoas com iniciativa (e recebem-no), embriagam-se com o poder adquirido. E passam a acreditar que são mais importantes do que as pessoas com iniciativa privada!
Veja que maluquice: inúteis que ganharam uma chance de se integrarem à sociedade acabam se achando mais indispensáveis do que as pessoas que foram benevolentes para com eles. Não notam que, se a iniciativa privada não existisse e não estivesse tão ocupada, não haveria razão para existir serviços públicos! Porque, afinal de contas, se as pessoas que criam negócios tivessem tempo para cuidar de mais coisas do que só de suas empresas, empregados, clientes, fornecedores e "ganhar dinheiro para pagar impostos exorbitantes", provavelmente elas estariam fazendo alguma coisa pelo bem público. Afinal de contas, quem tem iniciativa não consegue ficar muito tempo quieto em um canto. O "bicho-carpinteiro" coça e a pessoa já acha alguma coisa o que fazer - nem que seja capinar a estrada de chão na frente de casa...

2 - Aliás, as pessoas da iniciativa privada são tão incrivelmente fodonas que, quando notam que os "desocupados sem iniciativa que ganharam um emprego para ajudar as pessoas com iniciativa" não estão fazendo o serviço (fácil) corretamente, eles próprios encontram tempo para se envolver com os serviços públicos!
Essa inversão é a mais delicada que existe. Porque o pessoal da iniciativa privada sabe fazer ou sabe quem faz. E têm o ímpeto de fazer as coisas. Só que, infelizmente, são seres humanos. E, em um mundo superpopulado, onde o capitalismo recebe um turbo do consumismo, é complicado manter-se imparcial. Donos de grandes empresas se transformam em políticos e - incorretamente, embora compreensivelmente - acabam usando o dinheiro da "vaquinha" para beneficiarem direta ou indiretamente às suas próprias iniciativas privadas.

Situação mais do que delicada. Situação completamente complicada.

Mesmo porque eu defendo a democracia. Acho que qualquer um tem o dever de se envolver com o bem maior. Com a coletividade. Mas, quando a pessoa ganha o dever de cuidar dos outros, é complicado explicar para ela que o dever não é poder.
E, do mesmo modo, não há como proibir que pessoas da iniciativa privada tornem-se, também, servidores públicos. Mesmo sabendo que a confusão de interesses acontecerá e esta pessoa não conseguirá separar as necessidades de todos das suas próprias necessidades.

São condições humanas demais para exigirmos que os servidores públicos suprimam ou não as possuam.
Ao mesmo tempo, agir com justiça, imparcialidade, idoneidade e honestidade são pré-requisitos básicos - o mínimo esperado - para que alguém possa desempenhar uma função para todos os demais.

E em um país onde a "militância em causa própria", o "neo-coitadismo" e a "ditadura do politicamente-correto" imperam, é mais utópico, ainda, que apareça alguém realmente capacitado para cuidar do bem maior.
1 - Nosso cérebro mal consegue lidar com o que acontece conosco. E olha que o que acontece conosco sempre é mais marcante do que o que acontece com os outros. Exemplo do meu prédio: UMA vez, UM ex-morador entrou no prédio com a chave que manteve depois de se mudar, para ir bater boca com uma ex-vizinha. Arrombou a porta, invadiu o apartamento da ex-vizinha, quebrou coisas... Bem, essa ÚNICA ocasião foi o suficiente para que essa vizinha torre o saco de todos, até hoje, por segurança. Trocas de chave constantes, cercas, portões, cercas elétricas, porteiro eletrônico, câmera de segurança, sistema de segurança e empresa terceirizada de segurança. Todos pagamos por tudo isso por causa da "militância em causa própria" da vizinha pirada. E esse exemplo se repete socialmente em todas as partes. Direitos das crianças, das mulheres, dos negros, dos idosos, dos homossexuais, dos índios, dos animais, dos trabalhadores, "disso", "daquilo", "daquele outro também", etc... Em lugar de um único direito para todos... Cada qual puxando o máximo possível da pouca brasa, para o seu próprio assado...
2 - E a arma mais potente que existe para que uma minoria seja assistida é o "neo-coitadismo". Ignoram-se as causas. Elas não precisam sequer serem citadas, pois já são previamente e instantaneamente desculpadas. Só vemos a consequência: alguém está em uma situação delicada. Só notamos uma ação possível: dar a essa pessoa carente o que lhe falta. É claro que uma pessoa que ganha tudo o que precisa só irá sair de sua situação momentaneamente e de modo artificial: tão logo acabem as doações, a pessoa tornará ao mesmo ponto de partida. E toda a estrutura para atender ao "neo-coitadismo" será mantida. Provavelmente empregando pessoas no processo. Sim, amigo. Para que a "ajuda" chegue ao "neo-coitado", há a necessidade de logística, transporte, burocracia, contabilidade, etc... E, mesmo que existam "empregados voluntários" na estrutura para atender aos "neo-coitados", estes são só pontas do iceberg. Pessoas enganadas, achando que estão fazendo muito e sequer notam que tem inúteis recebendo enquanto eles próprios trabalham por uma causa morta e de graça...
3 -  "Ditadura do Politicamente Correto".
Vou me ater um pouco mais nesse ponto, porque eu já andei lendo muitas pessoas que zombam do termo. Inclusive já li até a frase "Falou em 'ditadura do politicamente correto' eu já sei que é burro". por aí...

Dissecando o termo, separamos "ditadura" e "politicamente correto", para podermos explicá-lo melhor.
"Politicamente Correto", só para começar, é uma forma de mentira. De enganação. De tapeação. Essa expressão remete à situação em que alguém fala de modo bonito, geralmente usando eufemismos, algo que outrem, algum grupo, minoria ou a população em geral, não acha correto. Por exemplo, criemos a figura pública hipotética "João". João é racista. Não sabe porque, não sabe como ou quando, mas é um racista. João não gosta de negros e, habitualmente, refere-se a negros como "Negos". Sua expressão favorita é "neguinho safado tem que morrer". Resumindo, João é um babaca. Idiota da pior espécie. Mas, como é figura pública, João não pode falar aos quatro ventos sua opinião quando aos negros. Porque o senso comum brasileiro segue o bom senso e criminaliza os racistas. Então, para não perder sua popularidade, João MENTE que não gosta de negros. João não fala "negos" em público. Quando precisa citar negros, João utiliza o tempo "afro-descendentes", de modo extremamente respeitoso. Assim, João agiu de forma "Politicamente Correta".
"Ditadura" é quando algo ou alguém te obriga a tomar atitudes, mesmo que essas atitudes não sejam as que você acredita que sejam as corretas. Nós, brasileiros, sabemos muito bem o que uma ditadura, visto que os militares a implementaram muito bem em nosso país. Até toque de recolher já tivemos! Imagine só: o Estado determinar que NINGUÉM pode sair ás ruas depois de determinado horário!
Quando as pessoas que são vítimas de atitudes "politicamente corretas" identificam, militam e conquistam leis para não serem tratadas desta forma, inclusive com punições para os infratores, a "democracia" acaba por instituir uma ditadura.
Porque, sinceramente, você acredita mesmo que um racista deixará de sê-lo por força de lei? 
Bem, a ingenuidade em países como o Brasil chegou exatamente nesse nível. Nossa incapacidade de enxergar processos (início, meio e fim) é tão grande que achamos que simplesmente atacando a ponta do iceberg já conseguiremos solucionar todos os nossos problemas (lembra do "neo-coitadismo"?).

Paliativos, paliativos e mais paliativos, que se amontoam, cerceiam a liberdade das pessoas com capacidade de discernimento, oneram as pessoas que batalham para ter uma vida melhor e não resolve problema algum...

Outro dia li um texto de uma menina revoltada com a preocupação do Estado em criar faixas indicativas para televisão, livros, eventos, etc... Basicamente, ela disse que os critérios são deturpados (50 Tons de Cinza é 16+, Jogos de RPG são 18+, ou seja: sadomasoquismo e humilhação da mulher OK para adolescentes, mas livros de como matar dragões exigem discernimento de adulto? Realmente, quase não vemos mais dragões por aí, mesmo. É bom não ensinarmos nossas crianças a matar dragões... ¬¬ ). Eu dou um passo além: Porque isso existe? Ora bolas, os pais não são capazes de controlar seus filhos? Onde está a porra do poder pátrio? Saber o que os filhos assistem na TV, que livros as crianças leem, com quem andam, aonde vão, o que acessam na internet... Parece que nada disso é controlado pelos pais! Então, ao invés do Estado criar cidadãos mais conscientes, capazes de pensar por si próprios, forçamos regras para mudarmos o que as pessoas são, na base da coação da força de lei!

Isso, amigo, é ridículo. Toda censura é uma prisão. Mas esse tipo de censura que estão fazendo - sistematicamente, como em um processo - com o povo brasileiro é hedionda. Manipulam a massa para que não gostem de matemática, desvalorizam a categoria do professor para que os bons profissionais se evadam do sistema e, assim, geram uma massa dócil de manobra. Uma massa que, enquanto tiverem funk, pagode, sexo, novela e algum dinheiro para comprar as porcarias da moda, estarão felizes e farão tudo o que os desocupados sem iniciativa que ganharam um emprego para ajudar as pessoas com iniciativa" querem, para se manterem no "poder".

E, pior: essa massa de manobra dócil é tão idiota que realimenta e defende esse processo. Cada um de nós se encaixa em alguma minoria. E somos levados a reclamar separados, cada qual defendendo só a sua minoria. Estratégia básica de "dividir para conquistar". Os servidores públicos nos dividem em minorias - para sermos menos representativos - e, quando alguém nota o que estão fazendo e avisa, parece que está "dando contra". Aí, esse processo faz com que nós briguemos entre nós mesmos, ao invés de brigarmos com quem deveríamos enfrentar: os políticos...

É uma forma tão elaborada de garantir que as pessoas não tenham liberdade real de expressão, que eu chego a sentir nojo de dizer que faço parte desse povo.

A historinha termina sem um desfecho digno. Desculpem. Minha fábula não foi feita para ter um final. O final dela é ela se auto-sustentar. Manter-se estável indefinidamente. 

O "viveram felizes para sempre" é reservado para poucas pessoas. E você e eu não fazemos parte desse pequeno grupo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

USE A SETA!

Olhe a imagem:


E sinta vergonha de você mesmo, que não dá a seta mesmo com seu sistema funcionando corretamente.



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Iniciativa Privada


Ok. Para quem acha que eu sou resoluto nas minhas opiniões, e que eu não penso e re-penso cada uma delas, aqui vai um texto em que eu volto atrás em uma opinião.

Porque tu sabes, né, amigo? Você, que me entende, sabe que cada átomo de dado novo que entra na minha cabeça provoca uma reação em cadeia absurda. Tal qual um boi no pasto, eu removo cada opinião minha do fundo do meu "folheoso" e "rumino-as", até que o novo dado ajuste a todas elas. As opiniões, por sua vez, moldarão minhas atitudes.

Para quem já leu "Rápido e Devagar, duas formas de pensar" simplesmente ajusto os pensamentos do meu Sistema 2 e forço as conclusões ao meu Sistema 1. Pode até ser que aconteçam alguns atos-falhos, até que os novos modos de agir sejam plenamente aplicados. Mas a tendência é evoluir o meu comportamento, sempre.

Eu nem sabia que existiam dois sistemas, mas sempre usei eles: Quando qualquer ideia nova se mostra melhor do que a ideia que eu defendia, abando a ideia antiga sem piedade.

E, neste último final de semana, abandonei um conceito que me acompanhava desde os meus 14 anos: que "Eles" são prejudiciais para o mundo.

Sabe, eu já não achava que as pessoas carentes eram pobres-coitados. Mesmo eu próprio tendo crescido em uma faixa de renda que está abaixo do aceitável, eu jamais pensei que as pessoas que não tem dinheiro fossem dignas de pena. Mesmo porque, essas pessoas têm o mesmo direito e acesso à educação do que todas as outras. A mobilidade social existe (muitas pessoas morreram para garantir esse nosso direito) e está aí para ser utilizada por qualquer um que não se contente ou não queira viver paupérrimo.

Mas, mesmo achando que os pobres não são os mocinhos da história, eu também não achava que os ricos fossem muita coisa, não. Não que eu concorde com a aberração da ideia de que "para que hajam ricos é necessário que existam pobres". Colóquio para bovinos cochilarem. Na verdade, ninguém fica rico sozinho. Quando alguém faz um esforço para melhorar de vida, geralmente emprega outras pessoas. E se quem estava na classe média acaba vidando rico, é comum que pobres sejam empregados e tornem-se classe média...

Mas, mesmo assim, eu acreditava que as pessoas que promoviam iniciativas de negócios em com esforços e recursos privados, eram pessoas motivadas pela ganância e vaidade. Armas que o Capitalismo usa para se desenvolver. Logo, se o princípio está errado, os meios e o final estarão, também. Lei básica da matemática, sabe? Lógica cartesiana, simples.

Tá, eu confesso, agora, que eu sou fã absoluto de Maquiavel. Mesmo ele contradizendo tudo o que afirmou em "O Príncipe", no livro "A República", ele é fantástico. Talvez, justamente, por ele conseguir abstrair o próprio ego e publicar ideias divergentes das que ele já expôs, anteriormente. E, o mais surpreendente, é que "O Príncipe" continua tão válido para regimes absolutistas quanto "A República" persiste válida para regimes democráticos.
Como iniciativas privadas - embora regidas por regras em todos os países - geralmente são estruturas absolutistas, a máxima de que "os fins justificam os meios" são plenamente válidos nesse contexto. Quando o benefício social da iniciativa privada é maior do que o custo do labor humano, esta é válida. Mesmo que somente o dono e alguns diretores realmente enriqueçam, quando o negócio movimenta dinheiro na região (país e até o mundo), cria empregos indiretos e faz com que se criem novos mercados, a "exploração" do trabalhador que muito se esforça e não enriquece é válida.

Aliás, aqui entrou a ideia nova que me fez rever meus conceitos: Qual é a diferença do trabalhador e do dono da empresa?

Alguns dirão que o dono da empresa teve "berço". Nasceu em família abastada, estudou nos melhores colégios, teve oportunidades... Quem nasceu na "casta" jamais sairia dela.
Ok, falências não existem? Ninguém aqui sequer ouviu falar de famílias que perderam o dinheiro? Ou, ainda, dos "novos ricos": pessoas que enriqueceram "do nada", só utilizando seu esforço, genialidade e trabalho?

O fato é que as pessoas têm valor de mercado. Assim como jogadores de futebol, o que você faz "no campo" do trabalho reflete no seu salário no final do mês... Ou no seu lucro.
E, ainda assim como os jogadores de futebol, a maioria dos trabalhadores sequer "concentram" para os jogos. Uma boa parte parece muito boa até os juniores, mas jamais se mostram bons profissionais. Alguns concentram, mas não ficam no banco. Outros ficam no banco de reservas... E poucos são os que jogam. Mas, mesmo dentre os que jogam, a imensa maioria ganha pouco e estão em funções de "carregar piano", para que os realmente bons se destaquem.
Para cada Neymar que ganha milhões por mês, existem milhares de zagueiros do "XV de Cafundó", que mal ganham a Coca-Cola no final do jogo, se ganharem...
Para cada Steve Jobs da informática (que revolucionam o mundo), existem milhares de "programadores" PHP ou Wordpress (e isso lá é linguagem de programação???), destruindo o mercado da informática, ao "trabalharem" de graça ou a preços abaixo do mercado, e entregando porcarias de códigos cheios de Bug...

Assim, insisto que a culpa de você não ser podre de rico é inteiramente sua. E minha, visto que eu me mato para ser um membro da classe média brasileira...
Ao não oferecermos nada de excepcional para o mercado, o mercado também não nos oferece nada de excepcional como remuneração...
Ou você realmente espera ganhar milhões sendo caixa de supermercado, vendedor de loja ou fazendo qualquer outra destas funções-padrão que o mercado oferece?

O que aconteceu comigo é que houve uma mudança de paradigma na minha mente, quando descobri a pergunta "porque existe governo"? Sim, "descobri a pergunta". Mesmo porque é mais difícil encontrar as perguntas certas, do que as respostas corretas...
E, quando eu fui pesquisar a resposta a esta pergunta, descobri um mundo novo. Algo que sempre esteve ali, mas eu não notava.

Os governos só existem para auxiliarem "Eles" em suas iniciativas privadas.

E isso até que é uma coisa óbvia, sabe?
Porque, me desculpem os folgados, preguiçosos e encostados, mas o mundo é de quem faz. Não importa o que, não importa quando e não importa como. O mundo está aí, disponível, para ser transformado por aqueles que sonham, ousam e realizam as coisas. São essas pessoas que perturbam a harmonia e organizam o que a entropia reivindica para si. Essas pessoas são "Eles".
E, convenhamos, "Eles" gastam tempo, esforço, recursos e dinheiro para criarem negócios e criarem mercados. "Eles" são as pessoas que fazem as coisas acontecerem. Que criam soluções e maravilhas. Que trouxeram nosso mundo até onde ele está. E, exatamente por se empenharem tanto em construir maravilhas, "Eles" não têm como trabalharem na base. "Eles" não podem cuidar do país, necessidades de infra-estrutura, médicos, segurança, educação, saneamento, etc... E, ao mesmo tempo, pesquisar tecnologia, criar as fábricas e desenvolver avanços maravilhosos para nossa vida. Não há ser humano que consiga pensar rapidamente e analisar tantos casos separados, com extrema perícia e sucesso.

Por isso, "Eles" concordam que devem existir Governos. E, como "Eles" estão ocupados para serem os Governos, essa responsabilidade cai sobre... os preguiçosos, menos hábeis, incapazes de criar algo revolucionário, encostados e folgados... pessoas da pior estirpe, de modo geral.

E, assim como tudo o mais em nossa nação-experimento "Brasil", há uma inversão de valores monstruosa, aqui!

Nós literalmente odiamos "Eles", embora todos queiram ser "Eles". Aliás, quando um Eike Batista aparece na TV, todos nós o reverenciamos. Mas, aposto, esse mesmo Eike seria alvo de um linchamento coletivo pela massa facilmente manipulável que constitui o nosso povo... Só pelo fato do Eike ser uma pessoa que soube criar empresas, coletar dinheiro em bolsa de valores e obter e administrar concessões de exploração de minerais...
Convenhamos, não é nada difícil abrir uma empresa, fazer um preço mais baixo pelo serviço de exploração de minérios, conseguir dinheiro na bolsa de valores e, assim, sustentar sua empresa... Difícil não é. Mas é trabalhoso. E, quem consegue notar que isso pode ser feito e o faz é notável. E, por isso, ganha e perde bilhões na bolsa de valores, assim como nós - mero povo-padrão-médio - perde sua juventude trabalhando para comprar carros ou smartPhones...

E, quando você nota que os "poderes públicos" são destinados à escória dos trabalhadores brasileiros, que contemplamos os menos aptos a realizarem qualquer coisa para comandarem nosso país, passamos a entender o porquê da piada em que vivemos.
E, se elegemos os piores, o que falar de concursados? Aqui, se inscrever, fazer provas e entrar em cargos da máquina pública é objetivo de vida de uma parcela significativa da população. Gente que almeja "estabilidade no emprego"... Pobres-coitados que não sabem que, se forem realmente bons, os empregos chovem no seu telefone, e-mail, rede social e até na sua porta! Gente que não percebe que viver a vida inteira fazendo a mesma coisa (ou em um plano de carreira rígido) é passar atestado comprovando a sua inutilidade e capacidade de crescer...
Para aqueles que têm a menor capacidade de produzir algo, empregos já chovem. Aqueles um pouco mais destacados são mantidos dentro de empresas a peso de ouro. Já os notáveis nem se preocupam com emprego... Só olhando a maré de oportunidades já se sentem estáveis o suficiente, sabendo que vão aproveitá-las e ganharão mais dinheiro do que qualquer outro...

Aliás, quando levamos este pensamento até as últimas consequências, notamos o quão ridícula é essa estrutura de "caça a cargos públicos": milhares de pessoas afirmando publicamente que são imprestáveis ao ponto de precisarem da força de lei para se manterem no trabalho!

E eu acredito que nem preciso defender a afirmação de que os servidores públicos são medíocres. Ressalvando meia dúzia de gatos-pingados, que realmente amam o o que fazem e, por isso, o fazem de modo exemplar, a regra é encontrarmos servidores públicos vagabundos e preguiçosos, mesmo. Atendentes, burocratas, especialistas... não importa onde olhemos, sempre haverá algum servidor público sem a menor vontade de atender aos cidadãos, empurrando com a barriga e até mentindo(!) para se livrarem de ter que trabalhar.
Afinal de contas, pró-atividade e presteza pra que, já que a estabilidade está garantida? É só fazer o arroz-com-feijão da mesmice que, no final do mês, o salário cai na conta.

E, por pior que pareça, essa escória da sociedade (que não produz porra nenhuma e só empacam o desenvolvimento de quem quer ir para frente) é unida! Reivindicam mais e mais salários, chegando ao cúmulo de receberem valores incompatíveis com a realidade do mercado, para a mesma função na iniciativa privada... E a distorção acontece para cima e para baixo, de acordo com o interesse de desenvolvimento nacional dos políticos-estúpidos... Professores, médicos e policiais, que deveriam receber muito, pouco ou nada recebem. Agora, aspones, burocratas, atendentes, especialistas e afins, acabam recebendo até mais do que seus correspondentes em carreira privada...

Chego a pensar, olhando esse cenário, que um país que emprega milhões de pessoas para fazerem tarefas que a iniciativa privada poderia desempenhar muito melhor, regulamentada pelo mercado, é um lugar em que sua população falhou.
A massa inapta é praticamente o número total de pessoas que se inscrevem para concursos públicos, mostrando que, sem utilizar o apoio do Estado, nós seríamos incapazes de nos cuidar por nós mesmos.
Nosso país segue sendo um experimento internacional, onde os valores que nenhuma outra nação quer em suas fronteiras é testado para ver "como seria se"... Mas o povo? A maioria das pessoas que aqui vivem já passaram o atestado de mediocridade.

Bem, não o bastante esse zé-povinho politiqueiro e caça-concurso já serem uma mão-de-obra de custo-benefício extremamente duvidoso para o nosso país e numericamente muito mais expressiva do que o máximo aceitável (ou até suportável...), hoje pela manhã eu tive o desprazer de ser informado que isso existe:



Você sabe, amigo, que as tradições são passadas de pai para filho... Imagine os filhos de um casal como este... Combinando genes de dois inúteis sem iniciativa, em uma criança que será pressionada desde o início de sua fase escolar para passar em algum concurso público... Que Darwin intervenha e gere mutações nos padrões mentais, gerando crianças que notem como a iniciativa privada é importante para o país e que venha a querer ser "Eles" um dia...

Porque pode parecer insano isso que eu estou concluindo, aqui. Mas, se você aceitar o meu convite e pensar bem sobre o assunto, notará que eu não falei nenhuma besteira. A economia de um país nasce no esforço da iniciativa privada. Se há algum "vilão" para a economia de qualquer país, definitivamente não são "Eles", os que se esforçam para apresentarem iniciativa com os próprios recursos. Estes perturbam o mercado, gerando soluções e novos problemas. Esses novos problemas devem ser solucionados, instigando que novas pessoas sejam, também, parte "d'Eles", mostrando suas iniciativas privadas para solucionar os problemas que aparecerem. E, nesse processo, pessoas são empregadas, o dinheiro é conquistado e gasto, geralmente nas soluções que as pessoas acabam querendo para as suas vidas, em um gigantesco círculo virtuoso.
Quem não tem dinheiro ou se contenta com pouco também não servem como vilões, nessa história. São pessoas que temos que "acordar". Tirar da "matrix" e mostrar que a especialização e a vontade de trabalhar gera prosperidade para todos. Imaginem quantos avanços espetaculares já perdemos porque seus inventores passaram a vida inteira sem educação...
Agora, embora necessários, se há alguém que pode se encaixar na vaga de "vilão", são os funcionários públicos - sejam eleitos ou concursados. Mesmo só existindo porque as pessoas que têm iniciativa privada pagam pesados impostos para sustentá-los, esses funcionários geralmente entregam os piores serviços possíveis à população... E tudo isso por pura convicção da vontade própria.

Solução? Desinchar essa máquina estatal ridícula que temos, já seria de bom tamanho. Cortar na carne diversos serviços desnecessários à vida da população. Nossos governantes já provaram que não sabem administrar os serviços públicos e a maioria dos funcionários públicos já provou que não sabe efetuar o trabalho para o qual foram contratados.
Já escrevi sobre a reforma política. É só procurar aqui no Blog.
Quanto aos funcionários públicos, vamos remover a estabilidade ou simplesmente atrelá-la a metas que variam de acordo com o desempenho médio da função. Quem estiver a baixo ou receber muitas reclamações, é demitido. Simples assim. Não é justo para com o bom, que o mau seja tratado da mesma forma. Quem tira dez merece as estrelinhas. Quem tira zero tem que repetir o ano...

Mas enfim... Já estou preparado para os "ativistas em causa própria" virem aqui, defender seus "direitos constitucionais" ao emprego estável, para os "sensibilizados" sentirem pena dos funcionários públicos, vindo defender os pobres-coitados dos concursados e para os ataques de acéfalos que não se prestam a pensar por dois minutos...
Para todos os demais que têm opinião oposta e querem conversar a respeito do tema, estou a disposição a ter uma boa conversa.

Veículos + Poças =

Meu mais sincero desejo é que acontece isso a todos os motoristas (não importa o veículo) que não desaceleram para passar sobre poças de água.


Abs...