Clauder, Vá pra puta que te pariu, bem no meio dos quintos dos infernos.
Ok, dito isto (que eu estava precisando esteriorizar a tempos...) posso começar o texto.
Meu pai me falou uma coisa a alguns meses...
Desde então tenho pensado muito sobre isso...
(Acho que até já citei isso aqui, não lembro...)
Apesar de ter "puxado" de meus pais tradições Italianas e Portuguesas, meu pai falou que tenho todas as características culturais Inglesas.
Sabem que, até certo ponto, ele está certo?
Não sou como esses brasileiros estúpidos que querem "se dar bem" a todo custo. Me recuso a baixar meu nível à escória para me sentir inserido em um contexto (apesar de, muitas vezes, ter feito isso sem jamais me sentir bem).
Não consigo me adaptar à política de nivelmento por baixo, de segregação do melhor.
Não consigo ter bons pensamentos a respeito de corrupção, poder nas mãos de ignorantes e politicagem.
Aliás, fico impressionado a cada vez que vejo - todos os dias - "Deus dando rapaduras para quem não tem dente". Incontáveis pistolões inserindo apadrinhados em cargos que estes não possuem a menor capacidade de excercer.
Pior. Ver gente sensata calada pelos grunidos dos ignorantes.
Ver o statusquo ter seus parâmetros de avaliação subvertidos por seguidores de sindicalistas/presidentes a todo momento, a qualquer custo.
"O que me revolta não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons."
"lúcifer abarrotou de cruscifixos os tribunais do mundo inteiro.Nisso, porém, antes desvendou o irremediável paganismo do Direito: porque o símbolo só entra onde não se consegue introduzir o simbolizado, a cópia existe para prescindir do original e o retrato se por um lado recorda por outro grita que o retratado está ausente". (João Uchôa Cavalcanti Neto)
"Todo homem é culpado pelo bem que não fez." (Voltaire)
O fato é que eu carrego uma raiva de vida dentro de mim à qual não consigo me desvencilhar. Uma raiva pertinente e persistente. Uma raiva avassaladora, que eu contenho dentro de mim tal qual a pequena caixa continha todos os males do mundo, até Pandora ceder à sua curiosidade. Essa raiva latente, recorrente se alimenta a cada dia. Ela cresce, fica forte. Ela simplesmente não desiste de se libertar. Assim como o mal que assola o mundo todo. Mas, com toda a minha força, eu luto para mantê-la dentro de mim. Para não repassá-la à frente. Para não sucumbir à tentação de me sentir melhor depois da seção de gritos.
Mas o fato é que, à minha volta, as pessoas não fazem o mesmo. Derramam, uma sobre as outras, os restos de suas incapacidades, de suas iras, de suas angústias e ignorâncias. E, como em uma reação em cadeia, as pessoas receptoras de tais agressões revidam, vomitando seus descontentamentos em terceiros, quartos, quintos, salas, salões e infernos.
Pronto. O mundo está perfeito. Todos se odeiam, todos têm razão, ninguém se comunica. Amor é apenas um eufemismo para sexo selvagem, casual, cenográfico e mecânico. 2012 pode chegar. Herculóbus, um cometa, as pragas, os mísseis, os Maias, o Bush... O mundo está pronto para sua chegada.
Pobres almas as que são como a minha. Que não conseguem viver em um mundo frio como este, onde não encontramos paz e descanço nem entre nossos próprios pensamentos. Almas que vêem o todo e preferiam ser cegas para contemplar apenas a escuridão do mundo - tais quais as demais.
Continuo não me permitindo modificar. Continuo "vomitando coelhos" (Júlio Cortazar) todos os dias, para que o mal do mundo se encerre em mim. Para guardar cada pequeno desprezo dentro de mim e tentar - assim - manter a inocência, paz e simplicidade do mundo, pelo menos à minha volta.
Uma vida extraordinária, esta, a de poder sonhar, traçar metas, trabalhá-las, conquistá-las e, do alto do cume mais alto e gelado do mundo, você olhar à sua volta muitos amigos, muitas alegrias e não se arrepender - nem por um instante - de nada que tenha feito para ti ou para o mundo.
"Pois o homem é", no final das contas, "o exercício que faz" (Raul Seixas)
Por fim, deixo uma das minhas músicas favoritas aqui. Acredito que ela traduza melhor o que eu estou sentindo neste momento.
Ok, dito isto (que eu estava precisando esteriorizar a tempos...) posso começar o texto.
Meu pai me falou uma coisa a alguns meses...
Desde então tenho pensado muito sobre isso...
(Acho que até já citei isso aqui, não lembro...)
Apesar de ter "puxado" de meus pais tradições Italianas e Portuguesas, meu pai falou que tenho todas as características culturais Inglesas.
Sabem que, até certo ponto, ele está certo?
Não sou como esses brasileiros estúpidos que querem "se dar bem" a todo custo. Me recuso a baixar meu nível à escória para me sentir inserido em um contexto (apesar de, muitas vezes, ter feito isso sem jamais me sentir bem).
Não consigo me adaptar à política de nivelmento por baixo, de segregação do melhor.
Não consigo ter bons pensamentos a respeito de corrupção, poder nas mãos de ignorantes e politicagem.
Aliás, fico impressionado a cada vez que vejo - todos os dias - "Deus dando rapaduras para quem não tem dente". Incontáveis pistolões inserindo apadrinhados em cargos que estes não possuem a menor capacidade de excercer.
Pior. Ver gente sensata calada pelos grunidos dos ignorantes.
Ver o statusquo ter seus parâmetros de avaliação subvertidos por seguidores de sindicalistas/presidentes a todo momento, a qualquer custo.
"O que me revolta não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons."
"lúcifer abarrotou de cruscifixos os tribunais do mundo inteiro.Nisso, porém, antes desvendou o irremediável paganismo do Direito: porque o símbolo só entra onde não se consegue introduzir o simbolizado, a cópia existe para prescindir do original e o retrato se por um lado recorda por outro grita que o retratado está ausente". (João Uchôa Cavalcanti Neto)
"Todo homem é culpado pelo bem que não fez." (Voltaire)
O fato é que eu carrego uma raiva de vida dentro de mim à qual não consigo me desvencilhar. Uma raiva pertinente e persistente. Uma raiva avassaladora, que eu contenho dentro de mim tal qual a pequena caixa continha todos os males do mundo, até Pandora ceder à sua curiosidade. Essa raiva latente, recorrente se alimenta a cada dia. Ela cresce, fica forte. Ela simplesmente não desiste de se libertar. Assim como o mal que assola o mundo todo. Mas, com toda a minha força, eu luto para mantê-la dentro de mim. Para não repassá-la à frente. Para não sucumbir à tentação de me sentir melhor depois da seção de gritos.
Mas o fato é que, à minha volta, as pessoas não fazem o mesmo. Derramam, uma sobre as outras, os restos de suas incapacidades, de suas iras, de suas angústias e ignorâncias. E, como em uma reação em cadeia, as pessoas receptoras de tais agressões revidam, vomitando seus descontentamentos em terceiros, quartos, quintos, salas, salões e infernos.
Pronto. O mundo está perfeito. Todos se odeiam, todos têm razão, ninguém se comunica. Amor é apenas um eufemismo para sexo selvagem, casual, cenográfico e mecânico. 2012 pode chegar. Herculóbus, um cometa, as pragas, os mísseis, os Maias, o Bush... O mundo está pronto para sua chegada.
Pobres almas as que são como a minha. Que não conseguem viver em um mundo frio como este, onde não encontramos paz e descanço nem entre nossos próprios pensamentos. Almas que vêem o todo e preferiam ser cegas para contemplar apenas a escuridão do mundo - tais quais as demais.
Continuo não me permitindo modificar. Continuo "vomitando coelhos" (Júlio Cortazar) todos os dias, para que o mal do mundo se encerre em mim. Para guardar cada pequeno desprezo dentro de mim e tentar - assim - manter a inocência, paz e simplicidade do mundo, pelo menos à minha volta.
Uma vida extraordinária, esta, a de poder sonhar, traçar metas, trabalhá-las, conquistá-las e, do alto do cume mais alto e gelado do mundo, você olhar à sua volta muitos amigos, muitas alegrias e não se arrepender - nem por um instante - de nada que tenha feito para ti ou para o mundo.
"Pois o homem é", no final das contas, "o exercício que faz" (Raul Seixas)
Por fim, deixo uma das minhas músicas favoritas aqui. Acredito que ela traduza melhor o que eu estou sentindo neste momento.
Dead Horse - Guns
Sick of this life, not that you'd care
I'm not the only one with whom these feelings I share
Nobody understands quite why we're here
We're searchin' for answers that never appear
But maybe if I looked real hard I'd, I'd see ya tryin' to
To understand this life, that we're all goin' through
(Then when she said she was gonna like wreck
my car i didn't know what to do) woh!
: Sometimes I feel like I'm beating a dead horse
: And I don't know why you'd be bringing me down
: I'd like to think that our love's worth a tad more
: It may sound funny but you'd think by now
: I'd be smiling, I guess some things never change
: Woh, never change
I met an old cowboy, I saw the look in his eyes
Something tells me he's been here before cause, experience makes you wise
I was only a small child when the thought first came to me
That I'm the son of a gun and the gun of a son that
Brought back the devil in me
: Sometimes I feel like I'm beating a dead horse
: And I don't know why you'd be bringing me down
: I'd like to think that our love's worth a tad more
: It may sound funny but you'd think by now
: I'd be smiling, I guess some things never change
: Woh, never change
I aint quite what you'd call an old soul still wet behind the ears
I been around this track a couple of times but now
The dust is starting to clear_______ oh_______ yeah!
: Sometimes I feel like I'm beating a dead horse
: And I don't know why you'd be bringing me down
: I'd like to think that our love's worth a tad more
: It may sound funny but you'd think by now
: I'd be smiling, I guess some things never change
: Woh, never change
Sick of this life, not that you'd care
I'm not the only one with whom these feelings I share