sexta-feira, 25 de julho de 2014

Planeta dos Macacos 2: O Confronto!

Planeta dos Macacos: O Confronto

É amigo... Ontem fui lá ver o Planeta dos Macacos: O Confronto.

Se 2012 foi o ano dos filmes anunciadamente excelentes, 2014 está sendo o ano dos filmes que superam as nossas expectativas.
E o Planeta dos Macacos foi um destes filmes que superou (e muito) as expectativas (que já eram altas).

Você acompanha meu blog há algum tempo sabe que quando eu falo de filmes dou muito spoiler. E esse texto não será diferente. Só que, nesse texto, eu não vou mandar você ir assistir o filme antes de terminar de ler. Porque? Porque você já sabe o final da história. Macacos inteligentes dominam o planeta e escravizam os poucos humanos que restaram. Porque você já sabe o início da história, contada no brilhante Planeta dos Macacos: A Origem. E só pelo nome deste filme (Planeta dos Macacos: o Confronto) você já sabe o que vai acontecer nessas quase duas horas de filme.

Não é necessária muita imaginação para saber o que acontecerá neste filme.

Em Planeta dos Macacos: A Origem, vemos Caesar nascendo de uma macaca que fora infectada com um vírus criado em laboratório. O vírus sintético estava sendo testado como cura para o Mal de Alzheimer. Há um problema no laboratório e a ordem para que todas as cobaias fossem exterminadas é dada. Um cientista fica com pena do Caesar e o leva para casa. Esse cientista administra o vírus sintético em seu pai, que demonstra súbita melhora no quadro de Alzheimer. Mas o vírus é agressivo e perde o efeito rapidamente. O cientista prossegue os estudo, criando cepas do vírus mais e mais fortes. E continua administrando os vírus em seu pai, secretamente. Enquanto isso vemos o drama do relacionamento entre o cientista e o Caesar. Mostra porque o Caesar decide ir pra longe dos humanos. Na TV, mostram que uma espaçonave norte-americana some... E, na terra, o vírus sintético começa a se espalhar e a matar.

Como sabemos que, no final da história, os humanos são exterminados e escravizados pelos Macacos, podemos imaginar esse vírus sintético agressivo se espalha pelo mundo, matando quase todos os humanos.

Quer saber como isso pode acontecer? Sugiro o filme "Os 12 Macacos".
Ou, ainda, procure o app "Plague Inc.". Um joguinho aonde você é um agente de doença (bactéria, vírus, fungo, parasita, prion, etc...) com o objetivo de erradicar a raça humana.

O fato é que a Terra é o planeta dos vírus e das bactérias. Estes seres estão em todos os lugares do mundo e são a base de toda a vida. Estão presentes no nosso corpo. E quando algum destes seres depende do nosso corpo para sobreviverem, o fazem com extrema eficiência.
Um agente desses que se espalhe pelo ar é um verdadeiro apocalipse para a raça humana e sua aparente ilimitada capacidade de transporte. Nossos aeroportos são um problema grave: em menos de 12 horas alguém contaminado pode estar do outro lado do mundo. Ter infectado outras pessoas em pelo menos dois aeroportos. Pessoas, essas, que terão destinos diferentes, infectando mais pessoas em mais aeroportos.

Como o vírus é muito contagioso e letal, em menos de dez anos desde o Planeta dos Macacos: a Origem, a humanidade seria resumida aos poucos indivíduos imunes e aqueles que moram realmente muito longe das grandes metrópoles.

Hippies e naturalistas gostam de enaltecer o quanto a sociedade das formigas é especializada, organizada e perfeita. Mas qualquer um com o mínimo de capacidade intelectual sabe o quanto a nossa sociedade é mais especializada, organizada e perfeita. Melhor do que qualquer outra jamais foi.
Mas... é bom lembrar que a especialização "é uma faca de dois legumes". Se por um lado a especialização faz com que alguns indivíduos consigam realizar verdadeiros milagres tecnológicos, por outro lado acabamos dependendo demais do pequeno grupo de pessoas para realizar esse mesmo milagre.

Dividindo o trabalho temos diversos especialistas em criar as melhores peças possíveis. Alguns especialistas só em montar as peças em um produto... Mas não temos ninguém que domine todo o processo de fabricação, desde a extração e preparação das matérias primas até a entrega do produto pronto para o consumidor.


Esse é o principal problema que a humanidade enfrenta em uma possível erradicação de seres humanos: os poucos que sobrarem não conseguirão retomar as atividades que fazem do nosso mundo o que é, hoje.

No filme, as poucas colônias de sobreviventes contam com poucas centenas. Sem energia elétrica. Combustíveis fósseis acabando rapidamente. Como bem disse George Carlim, se tu tirar a energia elétrica nossa sociedade volta à barbárie em menos de dois anos.
Isso é brilhantemente enfocado no filme. O Comissário Gordon, digo, o líder da colônia de São Francisco fala que, sem energia elétrica, todo o combustível seria usado em geradores e acabaria em pouco tempo. "Nem o megafone poderia ser utilizado para acalmar a multidão..."

O filme "começa" mostrando a sociedade dos Macacos. Em como eles somente notaram que a quantidade de humanos... diminuiu até desaparecerem.
Os Macacos já têm uma sociedade organizada. Muito similar às "culturas do paleolítico". Eles reconhecem a liderança do mais forte (adivinha quem? Sim! Caesar!), ensaiam alguma crença no sobrenatural, seguem um conjunto rudimentar de leis (submissão, hierarquia e o "macaco não mata macaco") e até repassam seus conhecimentos e cultura em "escolas", com direito a palavras escritas em pedra.

Acontece que a tribo de Caesar vive próxima a uma hidroelétrica. E os sobreviventes de São Francisco têm o plano de colocá-la para funcionar. Sem saber que os Macacos estavam naquela floresta, os humanos os encontram.
Como SEMPRE há um humano babaca com uma arma. Alguém que se apavora com qualquer merda. Que puxa o gatinho antes que o impulso elétrico do pensamento racional consiga sair do primeiro neurônio.
Um incidente diplomático que a trama utiliza para mostrar tantas... mas tantas características de preconceito, ilusão de superioridade, capacidade de pensamento superior... E nos dois lados!
O modo como Caesar valoriza a vida de cada indivíduo da sua tribo. E de como Caesar sabe que, se não for razoável com os humanos, eles usarão suas armas para matar muitos macacos...
O modo como os humanos pensam que "são só macacos, vamos lá matar todos eles e tomar a hidroelétrica".
O modo como alguns macacos simplesmente acham melhor atacar preventivamente os humanos - "enquanto eles ainda estão fracos"...

Caesar, tentado apaziguar os ânimos, faz uma demonstração de força. Vai até a porta da colônia de sobreviventes humanos. Deixa claro que os Macacos não querem guerra. E deixa mais claro ainda que não quer que os humanos vão até a sua tribo. 

Os humanos sabem que precisam da energia elétrica. E o Comissário Gordon, digo, o líder da colônia arquiteta um plano de extermínio imediato dos macacos.

Mas... Como sempre, há pessoas com sensatez. Um humano pede três dias para tentar falar com os Macacos. E a trama do filme lhe dá os três dias.

Com uma equipe pequena este humano vai até a tribo dos macacos. Disposto somente a falar a verdade, o humano é atendido por Caesar. O humano mostra a hidroelétrica e diz que os humanos precisam de luz. Caesar dá os três dias para que a pequena equipe ponha a hidroelétrica para funcionar. Só havia uma condição: SEM ARMAS.
Há um acidente enquanto os humanos tentam desobstruir um cano com explosivos. Escombros caem, o mesmo babaca que atirou no macaco (ele era o único que sabia mexer com algo na hidroelétrica) fica ferido. Os macacos resgatam os humanos.
Esse é o primeiro momento de iteração real entre as duas espécies. E é bem comovente ver o macaquinho (filho de Caesar) brincando e mexendo nas coisas dos humanos.
Até que o macaquinho chega perto do humano babaca. Ele se desespera e joga o macaquinho, que cai em uma de suas malas de equipamentos. E o que tem na mala? Sim! Uma arma!

Eu sei que esse tipo de coisa é necessária em uma trama, mesmo que improvável. Mas pqp... O que um cara desses pensa?

Caesar ordena que todos vão embora. Mas o cara legal volta à tribo e insiste em falar com o Caesar. E, nisso, nota que a esposa do Caesar está doente. A médica do grupo pede para que Caesar a deixe ajudar. Caesar dá mais um dia para que os humanos ponham a hidroelétrica para funcionar. 

Nesse meio tempo, Koba (aquele macaco velho e cheio de cicatrizes do primeiro filme... Que fora cobaia por toda a sua vida) vai até a colônia e vê os preparativos dos humanos para invadir a floresta.
Koba é um macaco traumatizado pelo tratamento que os humanos lhe deram. "Ele só conheceu o lado ruim dos humanos" diz Caesar sobre Koba, em determinado momento do filme.

Koba acha que os Macacos não devem ajudar os humanos. Com desejo nítido de vingança, Koba desafia Caesar. Mas Caesar mantém sua liderança e termina de ajudar os humanos a colocarem a hidroelétrica a funcionar.

As luzes são restabelecidas. Da floresta Caesar e os humanos vêem São Francisco iluminada, no início da noite. Tudo se encaminhava para um desfecho feliz. Humanos e macacos coexistindo pacificamente.

Mas a história não termina assim.
Koba rouba armas dos humanos. Planeja e executa um atentado contra Caesar. Tal qual o tiro misterioso que acertou Kennedy, toda a tribo de macacos vê Caesar ser atingido por um tiro. Koba ainda colocou fogo nas casas da tribo. E jogou toda a culpa nos humanos. Para a tribo, Caesar havia sido assassinado por humanos.

A tribo em frenesi ataca a colônia humana.

Os humanos que estavam na tribo dos macacos conseguem escapar. Encontram Caesar, que ainda está vivo. A médica do grupo precisava de instrumentos, que estavam na colônia. Eles, então, voltam para São Francisco.

Na colônia houve "o Confronto". Macacos montados em cavalos empunhando fuzis. Efeitos especiais, explosões, sangue por todos os lados.

Caesar conduz os humanos até a sua casa. A casa aonde o cientista o criou, lá no primeiro filme. O cara legal vai escondido até a colônia, que já está tomada por macacos. Os humanos que não morreram estavam presos, assim como os macacos leais a Caesar. Na saída, o cara legal encontra o filho mais velho de Caesar. O cara legal leva o filho mais velho de Caesar até a casa aonde o pai passará por uma cirurgia para extrair a bala.

O filho de Caesar volta para a colônia humana e liberta os macacos fiéis a Caesar.

E, no final do terceiro dia, Caesar-Cristo aparece ressuscitado para todos os Macacos.

Caesar confronta e mata Kobo.

No fim, a colônia havia utilizado suas poucas horas com energia elétrica para contactar via rádio outros humanos. E conseguiram falar com uma base militar. Os militares foram avisados do ataque dos macacos à colônia de São Francisco e estavam enviando reforços.

O cara legal e Caesar conversam na última cena. "Fuja, se esconda", diz o cara legal. Mas Caesar mostra toda a sua inteligência. Inteligência maior do que a de muitos humanos. Caesar diz que "foram os macacos quem começaram a guerra... e os humanos não vão perdoar..."

Quando eu via os filmes e os seriados antigos, eu não entendia toda a fascinação dos macacos por Caesar. Quer dizer... Eu sabia que os macacos tinham respeito por Caesar ter sido o primeiro de todos. Aquele que disseminou o vírus que deixa os macacos inteligentes. Aquele que começou a civilização dos macacos. Mas eu não entendia o porquê da veneração quase religiosa que Caesar recebia.

Agora eu fico imaginando o "macaco-comum". Aquele que foi testemunha do que todos viram. Caesar não só deixou os macacos inteligentes. Não só organizou sua tribo, dando bases para a sociedade dos macacos. Caesar é um personagem muito sensato. Muito bom. Inteligente demais. Diferentemente daquela vez em que Caesar atacou o vizinho do cientista sem pensar muito, agora Caesar aprendeu e evoluiu. Caesar consegue captar as intenções dos outros e planejar a longo prazo. Mas, mesmo assim, Caesar reconheceu que "acreditava demais nos macacos". Uma lição de moral, aonde vemos que o mundo não é dividido apenas em preto-e-branco. Há coisas boas aonde só vemos o mal e há coisas ruins aonde pensamos que o bem impera. 
Por fim... Poxa vida! Caesar "morreu" para todos os macacos da tribo! Eles não viram Caesar ser encontrado, operado e tratado por humanos. Só viram que, "depois de três dias" Caesar voltou e destituiu a liderança de Kobo.
Vemos, inclusive, que Caesar e mais alguns macacos são bem inteligentes e sensatos. Mas a maioria não é tanto. "Macaco só busca o galho mais forte..." disse Caesar. Eles seguem os indivíduos mais fortes... Assim como nós, humanos.


O filme acaba com Caesar certo de que os humanos virão caçar os macacos. 

Um aviso: Não há cena extra, pós-crédito, no Planeta dos Macacos 2: o Confronto.
Acenderam as luzes, pode ir embora.

O próximo filme?

Espero um "Planeta dos Macacos: a Guerra". Ou algo do tipo. Caesar como líder experiente da tribo, tentando salvar os macacos do extermínio. E, como já sabemos o final da história... Vencendo.

Mesmo com todos esses spoilers eu te digo: não falei um terço do filme. As emoções. Os macacos se esforçando para falar a língua dos humanos. As nuances de interpretação entre os sobreviventes, entre os macacos e entre as espécies.
É um filme majestoso. Uma contribuição muito bem feita a este universo ficcional.

Com certeza está no top-3 deste ano, junto com "Her" e com "Capitão América: o Soldado Invernal".

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Libertar os Homens do Machismo?

Se o seu ouvido já passou completamente pelo processo de "empenicamento", vou te dizer uma coisa, amigo: eu nem entrei na fila para transformar o meu em penico.
Eu ainda me incomodo (e muito) quando alguém caga pela boca. Eu ainda me revolto quando essas pessoas colocam merda no ventilador. E a minha paciência termina completamente quando alguém tenta enfiar goela a baixo doses de merda.

Desculpe o desabafo, amigo. É que a notícia desse tal "Movimento para libertar os homens do machismo" está me dando úlceras.

O porquê? São vários. E todos baseados em pura lógica cartesiana. Você me acompanha?

1 - A maior parte dos "problemas" atacados pelo movimento não passam de... BULLYNG.
Lembre-se: não passamos de macacos usando sapatos. Pensamos que somos inteligentes e evoluídos, mas, na verdade, mais de 90% do seu cérebro ainda roda processamento de dados no nível reptiliano. Leia "Rápido e devagar, duas formas de pensar"... A ideia é simples: nosso inconsciente é burro, custa menos energia e... é mais rápido do que nosso cérebro consciente.

Ninguém gosta de bullyng. Mas isso é uma ferramenta evolutiva, utilizada por todos os seres sociais. Em conversas informais, os seres humanos "testam" uns aos outros. Esses testes determinam a posição de cada indivíduo no grupo. Acontece. Nos dois sexos. É assim. Paciência.

Quando um homem chama o outro de "bichinha", ele não está dizendo que o outro é um homossexual passivo escandaloso. Está só testando qual dos dois possui ascendência.
Nossa mente reptiliana funcionando freneticamente. E não, não será a vontade humana ou um movimento que irá sobrepujar os milhões de anos de evolução que nos trouxeram até aqui... ou os milhões de anos de evolução necessários para nos tirar dessa situação...

2 - Vários dos "problemas" apontados... Não são situações manejáveis!

"O homem tem direito de ser sensível!"
Como assim??? Então eu posso "ligar" e "desligar" a empatia, na hora que eu quiser? Os homens escolhem conscientemente serem GROSSOS E ESTÚPIDOS?
Amigo, empatia é uma característica marcada nos genes das pessoas. Tu nasce mais ou menos sensível aos sentimentos dos outros... ou não. E não há nada que você possa fazer quanto a isso.
Não é questão de direito. É questão de saber viver com as ferramentas que os genes deram para cada um.

"O homem tem o direito de broxar!"
De novo: COMO ASSIM?
Estresse, preocupação com outros problemas, não achar a parceira tão atraente assim... Se o cara se bota a fazer sexo sem estar 100% o problema é dele. Não há "direito" nisso. Há um erro. E eu acho até justo que a mulher se sinta frustrada caso o homem não a tenha avisado com antecedência que não estava legal...
E sempre é bom lembrar: "broxar" pode ser até um sintoma de alguma doença. E algumas doenças até sérias...
"Broxar" não é um direito. Novamente: não há intensão consciente do homem. Não há uma decisão do homem como "hoje eu quero broxar, vou exercer o meu direito". Não há o que reivindicar, aqui.

"O homem tem o direito de não gostar de futebol!"
Sempre teve. E foda-se o mundo.
E se alguém achar ruim e o cara ficar melindrado, esse cara é uma bichinha.
Eu não gosto de futebol. Foda-se quem não gostar da minha opinião. O choro alheio é livre e eu recomendo que seja efetuado a partir da cama, que é lugar quente e não cansa...
Mais uma vez: não sei o que precisa ser reivindicado aqui.

"Quero ser decorador, cabeleireiro, artista ou bailarino!"
Seja, porra. Aliás, desculpem-me as mulheres, os melhores profissionais nessas áreas são... HOMENS.
Aliás: eu não aceito cortar meu cabelo com mulheres. Prefiro o serviço de homens.
De todos os artistas que eu mais gosto, apenas Deni Bonet é mulher.
O que tem de tão errado nesse ponto que PRECISA ser reivindicado em uma manifestação?

"Posso me maravilhar diante da beleza de uma flor ou do voo de um pássaro!"
Pode. Sempre pôde. Ninguém NUNCA reclamou disso. Aliás, fotógrafos HOMENS são premiados todos os anos por registrar imagens de beleza rara...
E se pensarmos por um momento, Darwin só chegou em sua teoria porque se maravilhou com a natureza. Com plantas, animais e com as paisagens aonde estes viviam.
O advento do avião... Nada mais foi do que a tentativa do homem em replicar a maravilha do voo dos pássaros. E foram homens quem levaram esse maravilhamento à diante. Que o estudaram. DaVinci desenhou o primeiro helicóptero. Irmãos Wright. Santos Dumont.
Eu simplesmente não consigo ver a porcaria da opressão machista nesses pontos!

Homens. Exaltando que, "com os pássaros eu dividirei essa vista solitária".


"Posso fazer o que eu quiser com a minha aparência!"
Você está falando com um punk. Sim, eu sou um punk. A definição de punk é "alguém que faz o que bem entender, sem que atrapalhe aos demais". Já usei cabelo comprido e colorido. Já deixei uma trancinha a lá "Obi one Kenobi". Já usei preto, correntes, spike, brincos e tudo o mais que você possa imaginar.
Amigo, enquanto você não agredir a liberdade de outra pessoa, você pode fazer o que quiser com o seu corpo e sua aparência.
E foda-se quem não gostar.
Nesse ponto eu acho IMPORTANTE frisar: existem protocolos e leis que DEVEM ser observados. Em alguns momentos faz-se necessário o uso de terno e gravata. Tenha um. Saiba dar o nó na porra da gravata. Assim como você não pode sair pelado na rua. Você não tem o direito de atentar contra o pudor. 
Expresse a sua personalidade à vontade. Não se importe com o pensamento dos outros. Só tenha discernimento para não agredir os direitos dos demais com as suas opções. Simples.

"Posso manifestar carinho e dizer que eu amo meus amigos!"
Claro que pode. Sempre pôde. Quem é que não deixou?
Só uma coisa: ninguém é obrigado a corresponder esse teu amor, ok? Quem lança o uso dessa palavra tem que estar pronto para escutar qualquer coisa de volta.
O problema é que o homem, de modo geral, não é sensível o suficiente para saber o que sente. Confunde facilmente. E todos esses anos usando a palavra "amor" para "comer mulheres" só pioram as coisas.
Mas vou contar um segredo, aqui: nós, homens, sabemos que nossos amigos nos amam. Só não precisamos firmar um contrato, registrado em cartório, para isso. Tão pouco precisamos ficar reafirmando isso 200 vezes por dia. Só sabemos. Como? Através das nossas "disputas intelectuais" de xingamentos, que travamos.

"Eu nunca comi uma mulher; todas as vezes nós nos comemos!"
Sério? Faz diferença?
Tecnicamente, quem "tem a boquinha" é a menina... Lábios e tudo mais. Enquanto o homem tem "o salame"... E, no final, é a mulher quem tem algo colocado para dentro do seu corpo... Tecnicamente quem "come" é a mulher.
Mas... Como o homem tem o papel ativo no sexo (e não venham dizer que não, meninas: o que mais tem é guria que se deita e deixa o trabalho pesado para o cara...), é atribuído para ele o verbo ativo de "comer".
Mas, novamente: é sério essa "reivindicação"? Faz diferença quem come quem na hora do sexo?

"Tenho o direto de falir!"
Não. Não tem.
Nenhum ser humano tem o direito de falir. Nunca. Não importa se é homem ou mulher. 
Falir não é um "direito" é uma catástrofe, mesmo.

Se todos os outros itens não têm sentido em serem reivindicados, esse está ERRADO, mesmo.

Vivemos em um regime capitalista (na verdade vivemos em um comunismo de consumo, mas isso é tema para outro texto). Nesse regime, cada ser humano se especializa em uma tarefa e a cumpre com o máximo de perfeição possível. Como apenas o resultado dessa tarefa não fornece todos os bens que o indivíduo precisa para viver, instituímos o DINHEIRO para efetuarmos TROCAS de mercadorias.
Eu ofereço o resultado do meu trabalho por dinheiro. Quem precisa do resultado do meu trabalho me dá dinheiro em troca. Eu uso esse dinheiro que recebi para adquirir os bens que eu não consigo produzir sozinho. Simples.

Falir significa que o resultado do teu trabalho não é necessário para as outras pessoas. Logo, ninguém te oferece dinheiro pelo que tu consegue fazer.
Logo, você é um inútil para a sociedade.
Falir não é bonito. Falir é o atestado de que você é um bosta e não ajuda as pessoas à sua volta com nada de útil. E o pior: provavelmente você é um peso para alguém. Algum parente, amigo ou a sociedade têm que arcar com os custos da tua vida.

Ninguém tem o direito de falir. Ninguém.


A frase é antiga. A primeira vez que ela foi registrada remonta das guerras que formaram o império romano. Mas com certeza ela já era usada antes. Eu gosto de atribuí-la a Napoleão, que a utilizou com maestria única:

DIVIDIR PARA CONQUISTAR.

Nosso país está sendo atacado por comunistas há algum tempo. E esses comunistas estão utilizando essa estratégia insistentemente. Dividiram a sociedade em grupos: 
Homens X Mulheres. 
Brancos X Negros.
Heterossexuais X Homossexuais.
Ricos X Pobres.
Carnívoros X Veganos.
Urbanos X Rurais.

E, agora, estamos conseguindo dividir os homens em:
Não Sensíveis X Sensíveis.

Mais masturbação intelectual sem sentido, enquanto as verdadeiras urgências do nosso país e do nosso povo vão ficando às margens da discussão e da mídia.
Esse é só mais um movimento de distração. Enquanto estamos aqui, perdendo tempo com essa droga de movimento desnecessário, o governo está lá escrevendo e decretando leis que tiram nossa liberdade, que nos cobram mais e mais impostos e deixam nossa vida mais dura.

Ridículo. Ridículo.

Eu sinceramente peço que cada um cuide da sua vida e PARE DE IMPOR SEUS PENSAMENTOS DE MERDA SOBRE OS OUTROS!
Você é homem e quer sair de saia na rua? SAIA. Problema é seu. Só não me incomode.

domingo, 20 de julho de 2014

O Ciclo de Vida de uma Estrela!

Resumido. Lindo. Fantástico.
Em cada supernova milhões de toneladas de novos átomos pesados são dispersos pelo cosmo. Átomos que compõem o seu e o meu corpo, hoje.

Somos poeira de estrelas.

Luau Perfeito!

Próximo luau que eu participar, farei isso. Certamente!

sábado, 12 de julho de 2014

A primeira imagem de um átomo de hidrogênio!

Ciência, amigo. CIÊNCIA.


Mais informações? Aqui -> http://io9.com/the-first-image-ever-of-a-hydrogen-atoms-orbital-struc-509684901

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Certa vez estava eu tendo uma agradável conversa com um fundamentalista religioso que possuía o mínimo de educação necessária para tanto.
Lá pelas tantas ele me veio com o argumento "tu não pode ver o ar e acredita nele". Eu disse que poderia medir a existência do ar indiretamente de muitas formas. E essas medições eram evidências de que o ar EXISTE. Diferentemente do ser superpoderoso invisível que este meu amigo acredita, cujas medições propostas nunca conseguem ser replicadas satisfatoriamente.
Não convencido com a minha resposta, ele foi enfático: "MAS VOCÊ NUNCA VIU O AR".
Como pessoa bem condicionada a ser educada (através de muitas chineladas dadas pela minha mãe, obrigado), calei-me. Se a prova científica não foi suficiente, meu esforço de argumentação estava fadado ao fracasso.

Já havia algum tempo que imagens de moléculas haviam sido publicadas. Algumas até de átomos mais pesados. Mas eu sabia que, apesar de estarem presentes em quantidades mínimas no ar, esses átomos não eram "ar".

Bem, o hidrogênio é o átomo mais simples e mais abundante do Universo. Logo, ele é a maior parte de praticamente tudo o que é composto e natural. É o elemento mais abundante na água e participa de inúmeras moléculas encontradas no ar (apesar da nossa atmosfera ser composta principalmente por nitrogênio, oxigênio e carbono).

E aí está a primeira imagem REAL de um átomo de hidrogênio.

Se conseguimos observar o menor dos átomos, é mera questão de trabalho para posicionar os átomos maiores (nitrogênio, oxigênio, carbono, etc...), ajustar o foco e tirar a "foto".

Pronto, amigo fundamentalista. Eu consegui "ver o ar". Você conseguiu "ver o ar". Está aí. Qualquer um pode ver. Se tu pegares o estudo que resultou nessa foto e utilizares todos os equipamentos na ordem certa do processo utilizado, você também conseguirá tirar uma "foto do ar". Qualquer um, em qualquer lugar do mundo, conseguirá. Basta seguir os passos corretamente.

Agora é sua vez. Estou esperando pelo seu método para podermos "ver Deus". Descreva tudo com exatidão e riqueza de detalhes. Enumere todos os equipamentos necessários. Mande o passo-a-passo. Quero ver o seu Deus.

Your Move.

sábado, 5 de julho de 2014

Quanto tempo para assistir sua série favorita?

Se você não fizer paradas... Emendar um episódio no outro... Do primeiro ao último... É isso aí o que demora para assistir cada seriado!







quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fuck You

Vão lá assistir aos jogos do mundial, vão.
Podem largar os blogs de mão. Nós aguentamos...


(snif, snif...)