quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Filmes a Serem Vistos [2]



Entrevista Com o Vampíro



Sinopse
Acidentalmente um repórter (Christian Slater) começa uma conversa com um homem (Brad Pitt) que diz ser um vampiro com duzentos anos e conta a trajetória de sua vida, desde a época em que ainda não era vampiro e como foi infectado pelo vampiro Lestat (Tom Cruise), com quem teve grandes aventuras mas também grandes desavenças.


Ficha Técnica
Título Original: Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1994
Estúdio: Geffen Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Anne Rice, baseado em livro de Anne Rice
Produção: David Geffen e Stephen Wooley
Música: Elliot Goldenthal
Direção de Fotografia: Philippe Rousselot
Desenho de Produção: Dante Ferretti
Direção de Arte: Malcolm Middleton
Figurino: Sandy Powell
Edição: Mick Audsley e Joke van Wijk
Efeitos Especiais: Digital Domain / Effects Associate Ltd. / Hunter Gratzner Industries Inc. / Stan Winston Studio / Stetson Visual Services / The Computer Film Company




Elenco
Tom Cruise (Lestat de Lioncourt)
Brad Pitt (Louis de Pointe du Lac)
Antonio Banderas (Armand)
Stephen Rea (Santiago)
Christian Slater (Daniel Malloy)
Virginia McCollam (Prostituta)
Kirsten Dunst (Claudia)
Thandie Newton (Yvette)
John McConnell
Mike Seelig
Bellina Logan

Premiações
Recebeu 2 indicações ao Oscar, de Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora.- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, de Melhor Atriz Coadjuvante (Kirsten Dunst) e Melhor Trilha Sonora.- Ganhou o Framboesa de Ouro de Pior Dupla (Tom Cruise e Brad Pitt), que terminou empatada com Sylvester Stallone e Sharon Stone, por O Especialista.

Curiosidades
Quando Anne Rice escreveu o roteiro de Entrevista com o Vampiro ela tinha em mente o ator Rutger Hauer para interpretar o vampiro Lestat. Quando soube da contratação de Tom Cruise para o papel, Rice declarou estar profundamente desapontada com a escolha e que não acreditava que Cruise conseguiria dar a força dramática necessária ao personagem. Entretanto, após assistir ao filme concluído, a escritora voltou atrás e divulgou um pedido público de desculpas pelo julgamento antecipado de Tom Cruise feito por ela.

O entrevistador do filme inicialmente seria o ator River Phoenix, o que apenas não ocorreu devido à sua morte antes do início das filmagens. O ator Leonardo DiCaprio chegou a ser sondado para o papel, mas o personagem terminou ficando com Christian Slater, que doou seu cachê por completo às instituições de caridade prediletas de River Phoenix.

Durante as filmagens, Tom Cruise teve um set exclusivo para ele, de onde havia túneis por onde os demais atores entravam e saíam. Esta medida foi tomada para evitar que detalhes sobre a maquiagem de Lestat vazassem para o público.

Em algumas cenas Cruise atuou em cima de uma plataforma/elevador, que o elevava a uma altura que diminuísse a diferença de tamanho entre ele e os demais atores que interpretaram vampiros no filme.

Vitório Pífero



Gosto dele. Mesmo. Sabe como representar a situação de maneira irrepreensível. Bom presidente, trouxe mais títulos que muitos por ai...

Mas, o que me chama atenção é o nome dele.

Vitório Pífero.

Andei divagando a respeito do nome dele. Sei que o que falarei não tem nada a ver com o nome, são só impressões minhas, mas acho que não poderíamos ter um nome de presidente melhor para o momento colorado.

Explico:

O nome "Vitório Pífero", para mim, lembra as palavras "Vitória Pífia".

Pois bem, Analizemos "Vitória": Ganhar. Sairmos vencedores. O Internacional tem saído vencedor da maior parte dos embates que trava. Desde a contratação, planejamento, jogos, campeonatos... Tudo têm dado certo para o nosso querido clube.

Pífia: Abaixo da espectativa, quando o esperado não corresponde a nossa espectativa

Bem, nosso clube está conquistando cada vez mais e mais, dentro e fora dos campos. Não será surpreza se, até 2020, tenhamos nosso estádio coberto, um hotel de luxo ao lado, um centro médico esportivo completo e, talvez, sejamos um dos 5 maiores clubes do mundo em definitivo.
O problema que vejo é que a maior parte dos quase 100.000 sócios colorados só veio a se juntar ao clube por causa de 2006. Talvez a maioria não tenha passado pelas décadas de 1980 (a década do "quase") e 1990 (a década negra, para mim).
Tenho medo que mais de um milhão de torcedores colorados se anestesiem das glórias, exigindo elas ao invés de aplaudirem-nas.
Já tenho visto alguma soberba entre irmãos. "Campeão de tudo", "não precisamos de mais nada", ditas não como flauta, mas com um orgulho digno dos torcedores da Azenha.

Cuidado meu presidente. Cuidado para não trazer para nosso clube "Vitórias Pífias". Cuide sempre do maior patrimônio que o Sport Club Internacional sempre ostentou: ser o CLUBE DO POVO.

Sempre, Sempre Internacional!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Arte

Amo Gibis. Quem me conhece sabe.

Já fui o portador da maior coleção de Gibis do Homem Aranha de Santa Catarina, Atualmente, sou fascinado pelo Lanterna Verde (Kyle Rainer) e pela Liga da Justiça.

Gosto dos valores que eles passam, gosto de imaginar um mundo onde ainda existam pessoas decentes, com capacidade de entender o que é o bem maior.

Abaixo, algumas paródias feitas com grandes obras de arte da humanidade, com referencias claras a super-heróis. O conjunto completo pode ser apreciado Aqui.





sábado, 20 de dezembro de 2008

Meus iguais?

Estive pensando por todos estes anos...

Sabem os livros básicos para a vida de qualquer um? Aqueles que formam idéias, que desprendem-nos da ignorância? Falo dos excenciais. Grandes pensadores, Gregos, Romanos, Germanicos, Ingleses, Franceses, Italianos, Chineses, até os Brasileiros (há algum?).

Pois bem, ai vai um segredo: nunca li nenhum deles.

O máximo foi uma passada de olhos em uma ou outra obra dos mais importantes. O resto? Nada. Nem uma linha.

Porque revelei isto?

Porque eu jamais precisei deles. Já citei à perfeição o Behaviorismo (é assim que se escreve?) sem sequer saber o nome do cidadão que inventou isto. nunca precisei ler mais do que o manifesto socialista para entender como começou, quais os problemas e como terminou.

Aliás, quase sempre infiro corretamente tudo o que a humanidade demorou séculos para apreender, dominar.

E isto não é somente em matéria de teorias e estudos... Só com o raciocínio e a contemplação consegui fazer coisas que jamais havia tentado antes. Já fui excelente marceneiro, vendedor, radialista, professor, calceteiro... entre outros. Tudo isto sem jamais ter lido uma linha sequer sobre qualquer assunto. Tudo isso sem ter tido uma aula sequer.

Parece que tudo o que eu preciso para fazer as coisas está guardado em algum lugar dentro do meu cérebro, entre os sonhos e as fantasias. Inacessível nos momentos que eu não preciso, mas sempre presentes na "hora H".

Certa vez li que isto é próprio do signo de peixes. Sei lá.

Espero que isto não seja algo somente meu. Apesar de ver cada vez mais e mais injustiça, deslealdade, insanidade e estupidez neste mundo, tenho a necessidade de acreditar que isto é próprio de todos os seres humanos.

Mesmo querendo acreditar, volto a me perguntar: Estou, eu, entre meus iguais?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

18 Segundos

Falam um monte de bobagens a respeito de genialidade; o fato é que é viciante o desafio: fique 18 segundo sem deixar nenhum bloco azul te tocar! Não vale encostar na borda preta também...

http://counter-strike.cn.ua/DreamHC/Download/Other/flash/trener.htm

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O Cara do Fim da Fila

Já ouvi algumas vezes esse termo. Mais do que eu gostaria em situações que eu não gostei nem um pouco.

Sim, parece que eu sou sempre o cara do fim da fila. O cara que ganha algo depois de todo mundo, o cara que tem que pagar primeiro, pra receber depois. Parece que a minha vida é irradiar uma bondade que não sei se tenho para dar.

E isso é um saco.

"Deus" disse em "Todo poderoso 2" que, se você pede paciencia, ele só pode te dar uma oportunidade para ser paciente. Faz sentido. Paciencia, força, vontade, inteligencia, etc... são características, não são produtos que podem ser dados de presente, com lacinhos vermelhos enfeitando a caixinha...

"Deus" disse, também, em um epsódio de Futurama: "Quando se fazem as cosas certas, as pessoas não terão certeza que se fez alguma coisa" e isso é a pior coisa de se pedir paciencia, força, etc, e conseguir administrar as situações que aparecem para nos provar... Ninguém fica sabendo... E, em um universo de mensurações, como eu coloco no currículo que eu aguento mais pressão que a maioria?

Estou cansado de ser passado pra trás. De ser cobrado por coisas que eu não tenho o dever de possuir, de fornecer. Estou cansado de ter que ser algo para as pessoas o tempo todo.

Que saco, me pediram tanto para que eu fosse simplesmente eu, mas parece que ninguém gosta de quem eu sou realmente, e isso me assusta mais do que qualquer coisa.

Por enquanto, peço a Deus que me dê exatamente o que preciso: meu emprego em Novo Hamburgo! Ilumina a cabecinha do Jorge, vai?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Imprevisibilidade

Quem leu meu orkut já viu que é meu mais profundo desejo possuir uma vida repleta de dias iguais a domingos detarde, regados a Lagoa Azul, Domingão do Faustão, Gugu, etc...

Não que eu goste dessas porcarias, mas, pelo menos, já sabemos como vão acabar. Não adianta, o Faustão vai ficar pagando mico pra você a tarde inteira, os gurizinhos da lagoa azul vão transar e você só vai ver um par de tetas feias; eles morrem no final, como sempre. Já o Gugu vai passar as mesmas desconfianças de sempre: "Será que ele é gay?" "Será que essa porcaria de programa volta semana que vem?" Acredite em mim: volta!

Quero uma vida bem do jeito do parágrafo que acabei de escrever. Chata, previsível, com todos os horários certos e marcados. Quero pessoas com palavra que, quando dizem "terça feira", chega a terça e algo acontece. Quero o previsível, sabe porque?

Até crio um novo parágrafo só para dizer:

Porque não há prisão maior do que a imprevisibilidade!

Sim, ser imprevisível, ser insensível, ser mentiroso, dúbio, esconder-se dos demais... Tudo isso é uma prisão com grades tão densas que dariam inveja a Alcatraz... ou Guantánamo.

Porque?

Porque, em um primeiro momento, as pessoas acham isso o máximo. E esperam mais e mais de você. E não se iluda... Jamais serás imprevisível por muito tempo. Sua imprevisibilidade passa - ou suas amizades. Não importa o que aconteça, sua personalidade deixa de ser interessante, passa a ser chata, entediante, até mesmo desrespeitosa...

As pessoas vão se enchendo de você. Porque? Porque todos queremos sossego! Queremos calma, paz... Chega de shows de rock'and'roll, chega de festas ruins com amizades duvidosas, chega de ir fazer macarronada "unidos venceremos" às quatro da manhã. Depois de um tempo, isso não é mais tão engraçado!

Talvez seja somente eu ficando mais velho, mas eu quero previsibilidade. Quero me cercar de pessoas como a minha avó. Que, previsivelmente, veio no pior momento possível para a casa dela. Que, previsivelmente, está limpando tudo o que eu já limpei (me deixando com vergonha de ser humano). Que, previsivelmente, fez tudo o que não precisava.

Graças a Deus você existe vó, para me lembrar que eu não tenho a sorte de ter um mundo de Catarinas à minha volta...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Filmes a serem vistos [1]


Clube Da Luta


Dirigido por David Fincher

Com Brad Pitt e Edward Norton


Talvez o melhor filme de todos os tempos. Tudo na quantidade certa: Trama, sexo, violência, plano perfeito, loucura, explosões, efeitos especiais.


Uma obra-prima que fora deixada de lado pelo povão (graças a Deus, vai saber quem iria criar um "Clube da Luta" por ai), mas jamais será esquecido por quem possui capacidade de entendê-lo.


Quem já assistiu, por favor, não coloque o fim aqui; quem ainda não assistiu, simbora correr pra locadora!



Pra ti ver que Merda...

Solidão

Então?

Já experimentou?

O que fazes em momentos de solidão?

Duvido que alguém faça algo realmente criativo, original. Provavelmente, a primeira coisa que fazem é correr para algum entertenimento (tendo em vista, claro, que não puderam arranjar alguma companhia...). Quanto mais fácil o entertenimento, maior é a chance de ser escolhido. Nesse saco estou colocando tudo mesmo: da velha, amiga, parceira, babá, TV até os livros, pinturas, quebra-cabeças... qualquer coisa que ajude a passar o tempo sozinho.

Mas, infelizmente, encontrar entertenimento não é sentir solidão. Ninguém pode-se dizer solitário estando entertido.

O que pergunto é se alguém já conseguiu realmente curtir os momentos de solidão. Fazer algo completamente SOZINHO. De ti pra ti mesmo, entendes?

Duvido que alguém já tenha feito um jantar... totalmente especial, com tudo o que gosta... para comer sozinho. E não me venha com histórias de depressão. Não se trata de depressão. Se trata apenas de abordagem do assunto: Ninguém toma banho e coloca perfume para ficar completamente sozinho, simplesmente para sí próprio. Há quem tome banhos e mais banhos por algum tipo de compulsão. Há quem limpe a casa inteira milhares de vezes por dia por compulsão.

Não, não quero isso. Quero saber de pessoas que já tenham feito algo única e exclusivamente para se curtir.

Não, amigo, nem naquela hora que ninguém comenta com os outros... Nem nesta hora estás pensando somente em você, hehe.

Duvido, inclusive, dos monges... Seres humanos estranhos que passam dias meditando... Não acredito na capacidade deles de realmente gostarem do que estão fazendo.

Um ser que não consegue ficar sozinho é um ser social. Infelizmente, somos sempre incompletos sem o outro, suas opiniões, julgamentos e necessidades.

Pra ti ver que merda...

CAMPEÃO DE TUDO!





Pois bem, Eis que sou colorado. Todos que me conhecem sabem, muitos que não me conhecem também.


É indiscritível ter uma paixão que te corresponda tão bem. Aliás, acho que estou em uma espécie de paraíso... Minha namorada e eu estamos muito bem, meu time multi-campeão, o resto da vida se arrumando...


Mas não é pra isso que comecei a escrever. Queria dizer que, não importa o que aconteça e falem, nós, colorados somos Campeões de Tudo o que um time brasileiro possa disputar. Méritos? Da administração de Fernando Carvalho e todo sua chapa. Sinceramente, não consigo imaginar o que dá na cabeça de alguns colorados em fazer oposição aos nossos maiores dirigentes. Tiraram nosso Clube de uma situação vexatória que durava mais de 10 anos, nos trouxeram os títulos, aos poucos, montaram uma grande equipe, criaram uma rede de investidires, estão reformando nosso patrimônio, enfim... Só não fazem mais por pura impossibilidade...


Hoje, o Sport Club Internacional é um dos 15 maiores Clubes do mundo sim. Não há como discordar.


Pra ti ver que merda...




Eleições 2008 Balneário Gaivota.


Duas coisas que gostaria de deixar registrado.

Até há maneira de prová-las, mas não preciso e não quero. A população inteira deste pequeno lugar sabe que o que eu falo é verdade. Todos sabem.

Primeira coisa: "Os Ursos".

"Urso" é uma expressão local para pessoas que são uma coisa na sua frente, outra por trás. Vulgos duas-caras. E, olha, há muitos deles por aqui. Sabem muito bem o que fazem, de burros têm muito pouco ou nada.
Sinceramente, fiquei impressionado como algumas pessoas puderam colcar bandeiras, declarar abertamente apoio e, na "hora H", traírem não só os outros, mas seus ideais.


Segunda coisa: "Os Burros".

Bem, o povo é burro sim. Não tenho como defendê-los ou perdoa-los disto. Imaginem um lugar que contrasta miséria e pompa no mesmo lugar. Há veranistas ricos aqui. Há pessoas que não têm o que comer nem agora, nem amanhã. E a grande maioria vende seu voto. Vende descaradamente. Procura os candidatos para que recebam um troco, a fim de votar... E pior... Ainda por cima estes simplórios VOTAM nos candidatos que lhes compraram o voto. Burros sim, desonestos jamais, né?


Pois bem, os próximos 4 anos teremos uma crise. Enorme. Falarei mais sobre isso em outro texto... mas... voltando à Gaivota, quero só ver. O povo não irá, mais uma vez, relacionar sua miséria à falta de competencia das autoridades, será roubada descaradamente e, por fim, cometerá os mesmos erros nas próximas eleições.

Novamente, acho que a china está certa com o controle de natalidade; sem isso, corremos o grave risco de termos um futuro como o descrito em "Idiocracy".


Pra ti ver que merda...

As Verdades do Universo [1]

2-2-2007

A verdade do universo - por Arthur Tavares

A vida possui muitos enigmas. Todos eles estão fraturados e milhões de pedacinhos. E cada pedacinho de cada enigma é intercambiável com os outros pedacinhos dos outros enigmas. Estão tão intrinsecamente ligados que muitas vezes temos excelentes respostas, mas as utilizamos para as perguntas erradas, criando a impressão de que não conquistamos uma verdade, e sim mais uma pista falsa. Mas, de maneira geral, para nossa sorte, a história não mente. Os fatos, quando analisados sem a influencia de emoções, pontos de vista, interesses e má vontade, são tão claros quanto um dia de sol.

Nesse momento encontra-se a primeira verdade do universo. Imutável. Somos todos animais. No alto de nossa estupidez, auto-confiança, em nossos belos automóveis, em nossas casas confortáveis, de qualquer jeito, de qualquer forma, em qualquer momento, somos animais. Ignorantes da maior parte das coisas que acontecem à nossa volta. Mergulhados em problemas pessoais insignificantes e insolúveis. Perdidos no meio da mesquinhez. Lutando para nos diferenciarmos, para sermos aceitos no grande grupo. Criando situações para sempre estarmos bem, sem nos importarmos com quem está ao nosso lado. Brigando a todo momento para esconder e satisfazer nossos instintos. Querendo viver mais que todos a nossa volta. Precisando ter mais do que realmente precisamos para viver. Querendo demonstrar poder para o outro sexo, com o intúito de nos multiplicarmos cada vez mais. Às vezes acho que a China está certa mesmo. Está se tornando cada vez mais imprescindível que tenhamos um controle sobre a natalidade. Vou até mais longe. De todas as sociedades existentes na natureza, a nossa é, talvez, a mais inferior. Ver como se comportam baleias, golfinhos, lobos, manadas de ruminantes, outros primatas e os suricato, me deixam com uma vergonha tremenda da nossa espécie. Aliás, nem precisamos falar de mamíferos. Nas aves, como o pinguim, nos répteis, como os crocodilos, nos peixes, como as piranhas ou os tubarões martelo... as sociedades funcionam de uma maneira tão perfeita, tão sincronizada... Podemos chegar ao cúmulo de exemplificar com insetos e termos a conclusão óbvia: se somos tão inteligentes assim, porque não copiamos o que já dá certo a milhões de anos?

Aliás, esse é o segunda verdade de universo. A nossa espécie não é inteligente. Quando muito, alguns de nós somos conscientes. Muitos, criativos. Mas inteligentes? Raríssimos. É a maior bobagem do mundo estender o conceito de inteligencia como pertinente a todos na espécie. Muito pelo contrário. Somos burros, estúpidos, imbecis. Muitos já erraram o mesmo erro que você está prestes a cometer de novo e, mesmo assim, você acha que está tentando uma coisa absolutamente nova. Einstein falou que a maior prova de insanidade era tentar obter resultados diferentes com os mesmos procedimentos. Temos, do alto de nossa incapacidade de raciocínio, a confiança de que somos originais. Que somos únicos, que somos o supra-sumo do potencial humano. E, logo em seguida, sentamos na frente de uma televisão, jornal, computador, rádio, etc, e absorvemos tudo pelo ponto de vista dos outros. Os veículos de mídia estão cada vez mais nivelando por baixo as pessoas, com seus exímios atores, artistas, jornalistas e editores. Não impressiona que, desde que se propagou a televisão pelo mundo, nunca mais surgiram "Albert Einsteins" ou "Isaac Newtons". Em nossa ânsia de fazer nosso nome se sobrepujar ao dos outros conceituamos que o acúmulo de riquezas é o maior divisor de pessoas bem sucedidas e mal sucedidas. Paramos de correr atrás das explicações, das chaves para entrarmos em novas áreas de conhecimento para passarmos ao nível de meros usuários das novidades do passado. Os mais oportunistas Modificam, atualizam, mesclam ou separam o conhecimento já existente e forçam a entrada dos seus nomes em algum livro, revista ou anuário. Como principal consequência, faz anos que nada realmente novo acontece. Os meios de mídia estão para nós assim como a igreja católica esteve para a Europa na idade média. Desta vez, o dinheiro é nosso Deus maior. O sucesso é sua genitora e os louros representam seus filhos, que morrem e ressuscitam a cada ciclo. Nossos artistas - assim como os da idade média - só podem fazer o que os interesses comerciais mandam. Não existem mais filmes, músicas, poemas ou qualquer outra forma de expressão que não atenda a um público-alvo definido, que não precise investir em publicidade, que não tenha um produtor ou um relações públicas. Nossos templos de "cultura" são visitados hoje como as catedrais recebiam romeiros a centenas de anos atrás.

Nesse momento a gente chega a terceira verdade do universo. Nós não evoluímos com o passar do tempo. Sua inteligência é a mesmo de nero, que pôs fogo em uma capital inteira, na tentativa de evitar um golpe de Estado. Você tem a mesma capacidade mental dos povos que sacrificavam suas crianças para que os Deuses cessassem secas, pragas, doenças, etc, etc... Desde que começamos a explorar o mundo, aprendemos a deixar nosso meio quase sempre da mesma maneira. A sua casa, no sul do Brasil, é praticamente igual a casa de alguém que nunca saiu do Japão, de algum membro tribal da África ou das Américas. Você tem mais em comum com os esquimós do que imagina - ou gostaria. Estamos tão estagnados em nossa espécie, com nosso jeito de viver que, fazem pelo menos 5 mil anos, acreditamos que algum Deus criou todo o universo mas, egocentricamente, ele volta toda sua atenção para o corte no dedo que você teve anos atras. Estamos tão despreparados para qualquer evento que mude nosso planeta que, hoje, o maior temor dos cientistas é que o Himalaia não pare de crescer. Sabe porque? Porque, caso o Himalaia continue crescendo, as monções na índia reduzirão drasticamente. As monções, quando alcançam o índico, aquecem a água do oceano, iniciando a grande corrente oceânica do golfo - que impede que a Europa e América do norte congelem e que o Saara floresça. Essa modificações climáticas acabarão com as maiores potencias mundiais. Pois saiba: Nosso maior problema não é falta de comida, água potável ou o aquecimento global. O mundo não acabará por calor, inundações ou qualquer coisa catastroficamente parecida. Nosso mundo acabará entrando em mais uma era glacial. Os mares retrocederão. Terras a muito submersas - como a lendária Atlântida - reemergirão. E esse é o problema de não evoluir. Temos um medo irracional do novo. Temos pavor de passarmos trabalho. Temos aversão a desbravar, lutar por uma nova situação. E isso se aplica a nossa vida também. Temos medo de sair da nossa posição cômoda. Estudamos pouco, conseguimos um emprego que pague uma quantia razoável e paramos de procurar novas possibilidades. Vivemos nossa vida estudando, trabalhando, esperando por um casamento, uma casa, móveis, eletrônicos, diversão, filhos, futuro pros filhos, netos, viagens, aposentadoria e a morte para sermos felizes. Lutamos para saber o que haverá depois da morte para nos prepararmos para a futura vida. Estamos sempre vivendo o amanhã e o ontem, nos esquecendo que o ontem já passou e o amanhã nunca se sabe... Queremos que tudo seja previsível e chato. Que o mundo e o universo correspondam as nossas expectativas. Que tudo esteja sempre certo, sincronizado, "que os trens cheguem sempre na hora". Vivemos tentando organizar o caos, mas o caos sempre reclama o seu espaço. Afinal, sempre existirão os engarrafamentos, doenças, prêmios na loteria, acidentes, mortes, queda da bolsa, falências e ascensões, sorte e azar inesperados. Só que, quando temos a rotina estabilizada, os ganhos certos, tudo no eixo, entramos em crise também - criando uma das maiores contradições do ser humano. Acabamos procurando por aventuras, por coisas que nos deem emoção novamente. Estupidamente, nunca estamos realmente felizes com o que temos.

Temos, então, a quarta verdade do universo. Você pode ter a ilusão de controle sobre qualquer coisa ou situação, mas, na verdade, você é só uma peça do todo. Pense no maior número possível. Exagere. Bilhões, trilhoes? Tetralhões? Pentalhões? Preferiu criar sua própria designação de número? "Trocentalhões"? Pois bem, esse número é apenas uma pequena parte da mensuração exata de estrelas no universo. Agora, pense que cada estrela pode ter centenas de astros em sua volta, cada um tendo seu próprio meio, podendo criar sua própria gama de vida... Não é o suficiente? Pois bem. Você só pode encostar nas coisas a sua volta porque seus átomos vibram na mesma frequência do objeto em questão. Nós só enxergamos as frequências que nossos olhos podem captar, só ouvimos a frequência que nossos ouvidos captam... E as frequências a que somos sensíveis são apenas uma pequena faixa em todo o espectro infinito possível. Além disso, é bom lembrar que cada pessoa no mundo o vê de uma forma única. Cada um tem sua própria gama de conhecimento, de elações no cérebro que fazem sua personalidade moldar um novo mundo. Portanto, sem sair da terra, pode-se afirmar que existem, hoje, seis bilhões de planetas terras, cada qual a distância de duas pessoas em um trem superlotado. Toda essa máquina faz com que sejamos meras peças, meros números de seguridade social, meros funcionários que apertam um único parafuso a vida toda, como Chaplin em "Tempos modernos". Viver na ilusão de que somos o centro do mundo talvez seja a única coisa que nos salve da insanidade.

Pra ti ver que merda...

Porque?

Porque de um Blog?

Sinceramente, não sei. Tanta gente acha que tem o que dizer, tanta gente acha que sabe escrever, tanta gente achando tanta coisa pelo mundo... Acho que devo ser o único sem sorte. Não compreendo o que leva uma pessoa a querer escrever sobre tudo o que acha, mas, como sempre estou disposto a aprender, decidi criar um blog para mim.

Não sei sobre o que, não sei quando e nem sei se vou ter tempo para ficar atualizando isso aqui dentro de uma semana.

Mas, sempre que achar que algum texto meu mereça ir à público, ele estará aqui.


Pra ti ver que merda...