sábado, 6 de dezembro de 2008

Imprevisibilidade

Quem leu meu orkut já viu que é meu mais profundo desejo possuir uma vida repleta de dias iguais a domingos detarde, regados a Lagoa Azul, Domingão do Faustão, Gugu, etc...

Não que eu goste dessas porcarias, mas, pelo menos, já sabemos como vão acabar. Não adianta, o Faustão vai ficar pagando mico pra você a tarde inteira, os gurizinhos da lagoa azul vão transar e você só vai ver um par de tetas feias; eles morrem no final, como sempre. Já o Gugu vai passar as mesmas desconfianças de sempre: "Será que ele é gay?" "Será que essa porcaria de programa volta semana que vem?" Acredite em mim: volta!

Quero uma vida bem do jeito do parágrafo que acabei de escrever. Chata, previsível, com todos os horários certos e marcados. Quero pessoas com palavra que, quando dizem "terça feira", chega a terça e algo acontece. Quero o previsível, sabe porque?

Até crio um novo parágrafo só para dizer:

Porque não há prisão maior do que a imprevisibilidade!

Sim, ser imprevisível, ser insensível, ser mentiroso, dúbio, esconder-se dos demais... Tudo isso é uma prisão com grades tão densas que dariam inveja a Alcatraz... ou Guantánamo.

Porque?

Porque, em um primeiro momento, as pessoas acham isso o máximo. E esperam mais e mais de você. E não se iluda... Jamais serás imprevisível por muito tempo. Sua imprevisibilidade passa - ou suas amizades. Não importa o que aconteça, sua personalidade deixa de ser interessante, passa a ser chata, entediante, até mesmo desrespeitosa...

As pessoas vão se enchendo de você. Porque? Porque todos queremos sossego! Queremos calma, paz... Chega de shows de rock'and'roll, chega de festas ruins com amizades duvidosas, chega de ir fazer macarronada "unidos venceremos" às quatro da manhã. Depois de um tempo, isso não é mais tão engraçado!

Talvez seja somente eu ficando mais velho, mas eu quero previsibilidade. Quero me cercar de pessoas como a minha avó. Que, previsivelmente, veio no pior momento possível para a casa dela. Que, previsivelmente, está limpando tudo o que eu já limpei (me deixando com vergonha de ser humano). Que, previsivelmente, fez tudo o que não precisava.

Graças a Deus você existe vó, para me lembrar que eu não tenho a sorte de ter um mundo de Catarinas à minha volta...

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