Vale lembrar que idealisei ainda no terceiro semestre da faculdade justamente essa idéia, mesmo sem ter conhecimento de outros profissionais que tinham a mesma idéia...
Seres virtuais que evoluem sozinhos desenvolvem memória
Durante gerações, os avidianos se clonaram dentro de uma pequena caixa. Ao longo desse processo, mutações ocorreram, muitas delas imperceptíveis, mas agora esses seres deram um passo gigantesco e desenvolveram uma capacidade necessária à inteligência: a memória. Mas, quem são os avidianos? As informações são do site da revista New Scientist.
Eles não são micróbios ou uma forma de vida extraterrestre - os acadianos são "seres vivos" criados em computador. O mundo digital em que "vivem" é chamado de Avida e, em vez de DNA, eles se multiplicam utilizando sequências de instruções de código de computador.
Apesar disso, os avidianos são parecidos com seres vivos reais de diversas maneiras, eles competem entre si por recursos, se multiplicam, sofrem mutações e evoluem. Eles, ou coisas como eles, podem eventualmente evoluir para um dia se transformar em formas de vida artificial inteligente.
Esses seres artificiais tem curtas gerações e podem evoluir características que os ajudem na competição com os rivais, assim como micróbios. Mas eles se diferenciam pelo fato de o pesquisador poder parar essa evolução a qualquer momento, voltar, repetir e sequenciar precisamente as mutações que levaram à nova característica.
O filósofo e cientista Robert Pennock, da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, vai apresentar na 12ª conferência internacional da vida artificial, a ser realizada neste mês em Odense, na Dinamarca, os resultados dos experimentos que levaram os avidianos a desenvolverem memória.
"A grande pergunta: como nós chegamos aqui? Nossa inteligência não evolui de uma só vez", diz Pennock à reportagem. "Você precisa de certos ingredientes. Memória é um deles".
Os experimentos com o Avida começam com os organismos mais simples, aqueles que só conseguem clonar a si mesmo. Para causar evolução, os pesquisadores criam um ambiente competitivo no qual o prêmio é um pouco de "comida" (tempo de processamento) que, por sua vez, permite ao organismo produzir mais clones.
A pesquisa
Nos primeiros experimentos sobre o desenvolvimento de memória, a pesquisadora Laura Grabowski, agora na Universidade do Texas/Pan-americana, desenvolveu um um ambiente digital em formato de grade de células e que cada célula tinha mais "comida" que a outra, em uma escala ascendente. A primeira geração de avidianos foi colocada no ponto menor da rampa, ou seja, a célula com menos "comida". Logo à frente, havia outra célula com mais "comida".
Passaram cerca de 100 gerações que "viviam" e "morriam" naquela célula, até que um espécime evoluiu com a capacidade de se mover para a frente. Quando ele chegou numa célula com mais "comida", ele se reproduziu mais rapidamente. Milhares de gerações depois, seus descentes continuaram a se mover para a frente, enquanto chegavam a células cada vez mais ricas em "comida".
Segundo a reportagem, os avidianos não paravam em apenas uma célula, mas faziam um caminha em zigzag, conforme "sentiam" a comida. Eles desenvolveram então a habilidade de comparar a comida no seu local atual e por onde passaram. "Fazer isso requer uma inteligência rudimentar", diz Pennock. "Você tem que ser capaz de avaliar sua situação, perceber que você não está indo na direção correta, se reorientar, e então reavaliar", diz à reportagem.
Em outro momento, Laura enviou novos avidianos (não evoluídos) para uma caça ao tesouro. Dessa vez, as células continham um código numérico, o qual indicava a direção que os organismos deveriam tomar para encontrar mais comida. Muitas células ainda continham a instrução "repita o que você fez da última vez". Os avidianos novamente evoluíram para formas que conseguiam interpretar e executar a instrução. "O ambiente configura pressões seletivas, então os organismos são forçados a aparecer com algum tipo de memória - o que em fato foi o que fizeram", diz Laura à reportagem.
As descobertas feitas nos computadores da universidade americana não diferem muito dos seres vivos reais e atraíram a atenção de biólogos. "O trabalho de Laura sugere que a evolução de uma habilidade de resolver simples problemas de navegação depende de uma primeira evolução de um memória simples de curto prazo - e isso que esses organismos digitais não apresentaram algo que você pode chamar de aprendizado", diz Fred Dyer, um zoólogo da univerde Michigan que aconselhou a pesquisadora. Ele afirma ainda que esse tipo de conhecimento pode ser impossível de ser obtido pelo estudo de sistemas biológicos.
Eles não são micróbios ou uma forma de vida extraterrestre - os acadianos são "seres vivos" criados em computador. O mundo digital em que "vivem" é chamado de Avida e, em vez de DNA, eles se multiplicam utilizando sequências de instruções de código de computador.
Apesar disso, os avidianos são parecidos com seres vivos reais de diversas maneiras, eles competem entre si por recursos, se multiplicam, sofrem mutações e evoluem. Eles, ou coisas como eles, podem eventualmente evoluir para um dia se transformar em formas de vida artificial inteligente.
Esses seres artificiais tem curtas gerações e podem evoluir características que os ajudem na competição com os rivais, assim como micróbios. Mas eles se diferenciam pelo fato de o pesquisador poder parar essa evolução a qualquer momento, voltar, repetir e sequenciar precisamente as mutações que levaram à nova característica.
O filósofo e cientista Robert Pennock, da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, vai apresentar na 12ª conferência internacional da vida artificial, a ser realizada neste mês em Odense, na Dinamarca, os resultados dos experimentos que levaram os avidianos a desenvolverem memória.
"A grande pergunta: como nós chegamos aqui? Nossa inteligência não evolui de uma só vez", diz Pennock à reportagem. "Você precisa de certos ingredientes. Memória é um deles".
Os experimentos com o Avida começam com os organismos mais simples, aqueles que só conseguem clonar a si mesmo. Para causar evolução, os pesquisadores criam um ambiente competitivo no qual o prêmio é um pouco de "comida" (tempo de processamento) que, por sua vez, permite ao organismo produzir mais clones.
A pesquisa
Nos primeiros experimentos sobre o desenvolvimento de memória, a pesquisadora Laura Grabowski, agora na Universidade do Texas/Pan-americana, desenvolveu um um ambiente digital em formato de grade de células e que cada célula tinha mais "comida" que a outra, em uma escala ascendente. A primeira geração de avidianos foi colocada no ponto menor da rampa, ou seja, a célula com menos "comida". Logo à frente, havia outra célula com mais "comida".
Passaram cerca de 100 gerações que "viviam" e "morriam" naquela célula, até que um espécime evoluiu com a capacidade de se mover para a frente. Quando ele chegou numa célula com mais "comida", ele se reproduziu mais rapidamente. Milhares de gerações depois, seus descentes continuaram a se mover para a frente, enquanto chegavam a células cada vez mais ricas em "comida".
Segundo a reportagem, os avidianos não paravam em apenas uma célula, mas faziam um caminha em zigzag, conforme "sentiam" a comida. Eles desenvolveram então a habilidade de comparar a comida no seu local atual e por onde passaram. "Fazer isso requer uma inteligência rudimentar", diz Pennock. "Você tem que ser capaz de avaliar sua situação, perceber que você não está indo na direção correta, se reorientar, e então reavaliar", diz à reportagem.
Em outro momento, Laura enviou novos avidianos (não evoluídos) para uma caça ao tesouro. Dessa vez, as células continham um código numérico, o qual indicava a direção que os organismos deveriam tomar para encontrar mais comida. Muitas células ainda continham a instrução "repita o que você fez da última vez". Os avidianos novamente evoluíram para formas que conseguiam interpretar e executar a instrução. "O ambiente configura pressões seletivas, então os organismos são forçados a aparecer com algum tipo de memória - o que em fato foi o que fizeram", diz Laura à reportagem.
As descobertas feitas nos computadores da universidade americana não diferem muito dos seres vivos reais e atraíram a atenção de biólogos. "O trabalho de Laura sugere que a evolução de uma habilidade de resolver simples problemas de navegação depende de uma primeira evolução de um memória simples de curto prazo - e isso que esses organismos digitais não apresentaram algo que você pode chamar de aprendizado", diz Fred Dyer, um zoólogo da univerde Michigan que aconselhou a pesquisadora. Ele afirma ainda que esse tipo de conhecimento pode ser impossível de ser obtido pelo estudo de sistemas biológicos.
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