Lá pros lados do estrangeiro, aonde o Estado não é de bem-estar social mas de oportunidades, eles têm um dito popular que diz mais ou menos "caminhe uma milha a mais".
Esse dito popular se originou na Bíblia! Segundo a passagem, quando um soldado romano cruzasse com um judeu na rua, poderia exigir que o judeu carregasse suas armas e equipamentos por uma milha. Por óbvio, isso revoltava os judeus, que se negavam ou faziam a contragosto. Isso dava espaço para os soldados romanos baterem, prenderem e até executarem os judeus. Jesus, certa vez, disse que os judeus deveriam ajudar por duas milhas, ao invés de só uma. E deveriam fazer o máximo possível para ajudar os soldados, não apenas o mínimo para cumprirem sua tarefa.
É daí que vem o sentido da expressão "go the extra mile", cuja tradução literal é “ir a milha extra”. Quem “caminha a milha extra”, faz um esforço especial, vai além do comum, do que é esperado, do essencial ou do que foi pedido a esse indivíduo.
Essa passagem se alastrou entre judeus e muitos católicos. E alguns grupos adotaram a expressão em sua cultura. Grupos, esses, que no futuro construiriam alguns dos países mais prósperos do mundo.
Porque eu estou falando tudo isso?
Porque todos os dias todos nós temos muitas coisas para fazer. Muitas responsabilidades para cumprir. Muitas tarefas para completar. Muitas necessidades para atender. Muitos clientes para satisfazer. Muitas pessoas próximas para corresponder. Muitos amigos para ajudar. E, poxa vida, até nosso merecido descanso é uma tarefa de suma importância, para nos preparar adequadamente para darmos conta de tudo isso de novo, amanhã.
Seu feijão-com-arroz não é suficiente.
Desculpe.
Mals mesmo.
Eu só posso me defender dizendo que eu queria que alguém tivesse dito isso pra mim lá nos meus 17, 18 anos.
Mas a verdade é só uma: se você não percorrer a milha extra todos os dias, pelo menos uma vez para cada tarefa impossível que te dão, você será medíocre para sempre.
Morei em Santa Catarina por muito tempo na minha vida.
Sim, eu vi muita gente mal preparada. Preguiçosa. Com má vontade pra tudo. Mas, no geral, as pessoas pelo menos tentavam. Aqui ou ali você encontra pessoas com iniciativa, desejo de fazer as coisas bem feitas, percorrendo a milha extra para fazer as coisas com dedicação e esmero.
Estou há 3 meses morando em Porto Alegre. E eu não fecho os dedos de uma mão contando as pessoas que eu notei percorrendo a milha extra. Eu não sei o que aconteceu no meu Estado, na minha cidade, mas por aqui é só desleixe. Desinteresse. Descaso. "O outro vai fazer". "Não é responsabilidade minha". "O que eu tenho a ver com isso?" As pessoas dessa cidade chegam ao cúmulo de ver alguém percorrendo a milha extra... e pedirem para ela parar. "Mano, vai fazer pegar mal pra gente!"
Eu gostaria muito de percorrer a minha milha extra e entregar uma conclusão que tivesse ao menos um lampejo de esperança. Mas a única coisa que eu consigo pensar que não desaponta nunca em Porto Alegre é o nosso por do sol. Então vou encerrar com ele.
Estou há 3 meses morando em Porto Alegre. E eu não fecho os dedos de uma mão contando as pessoas que eu notei percorrendo a milha extra. Eu não sei o que aconteceu no meu Estado, na minha cidade, mas por aqui é só desleixe. Desinteresse. Descaso. "O outro vai fazer". "Não é responsabilidade minha". "O que eu tenho a ver com isso?" As pessoas dessa cidade chegam ao cúmulo de ver alguém percorrendo a milha extra... e pedirem para ela parar. "Mano, vai fazer pegar mal pra gente!"
Eu gostaria muito de percorrer a minha milha extra e entregar uma conclusão que tivesse ao menos um lampejo de esperança. Mas a única coisa que eu consigo pensar que não desaponta nunca em Porto Alegre é o nosso por do sol. Então vou encerrar com ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário