domingo, 1 de fevereiro de 2009

Família?

Estou começando este texto e minha avó está cantando "o sapo não lava o pé" junto com o Silvio Santos, no programa "qual é a música"... Ridículo é uma palavra pequena demais para definir a situação.

Gosto dos Titãs... Gosto mesmo... Várias músicas simples, autênticas, básicas para a compreensão da realidade brasileira.

"Família, família, CACHORRO, GATO E GALINHA." - Precisa dizer mais? Sempre tem um de cada em toda família (ou vários dentro do mesmo indivíduo...)

"A televisão me deixou burro, muito burro demais" - E não é? Tantas besteiras... tantas coisas idiotas para passar o tempo... e a gente ali, na frente, comprando cada pequena idéia como se fosse a coisa mais fantástica do mundo...

Mas são as adaptações que me deixam fascinado. Imagine pegar "Família" e "Polícia".

Família para quem precisa, Família, pára, quem precisa de família?"

Família é algo esquitsito demais... Gostam tanto, mas tanto de ti, que chegam ao extremo cúmulo de te controlarem, ofenderem, manipularem, deixarem a ti insano... Cada conjunto de pequenas regras idiotas criados para que a convivência...

Perai...

Convivencia?

A gente convive com uma dorzinha... A gente convivie com a merda do aluguel pra pagar, ou com um político ruim na cidade...

Agora, precisar CONVIVER com as pessoas dentro de casa? O que é isso meu Deus? As pessoas, que deveriam ser tudo umas pras outras, se degladiam por conceitos idiotas, por um controle estúpido e imaginário...

Criam o fantasma da espectativa (que será, fatalmente, tema de um próximo texto) umas sobre as outras e começam a esmagar os sonhos individuais... A falta de respeito se confunde com a falta de espaço e, quanto mais a loucura toma conta, maior é o desejo de se afastar...

Perai denovo...

AFASTAR???????

Caramba... Sei lá, sabe? Eu vejo tantas famílias que um até pode não concordar com o outro, mas as coisas andam... seguem em frente... Lugares onde as idéias brigam até a morte; mas as pessoas se reúnem à mesa de forma pacífica.

Sinto muita falta de algo que nunca tive. Como se uma perna fosse subtraída de mim, sinto falta de um ambiente de paz, amor, carinho... Onde as coisas aconteçam não por imposição; mas, sim, pela vontade de ver uns aos outros bem.

Um teto, paredes, chuveiro, comida e roupas não fazem um lar. Só o amor faz. E o amor não é o contrário do ódio... É o contrário da indiferença.

Então eu pergunto: Quem precisa de uma família da qual prefere ficar longe, tal o ponto da insanidade e afastamento do convivio social?

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