terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A revolução da mediocridade

Certa vez eu li uma frase mais ou menos assim:
..."o lado ruim da arquitetura moderna é sua perenidade"...

Juro que procurei por ela. Fiz uma pesquisa e, mesmo assim, sequer a encontrei.

Mas quem e quando foi proferida essa idéia não importam. Importa é o sentido dela. Pois gostaria de expandi-lo a tudo que é moderno. Tudo que é moderno possui este mesmo defeito. A cada dia que se passa a perenidade de tudo é mais evidente. As idéias modernas parecem surgir e se estabelecerem de tal forma na cabeça das pessoas e na nossa cultura que chega a me assustar.

E o pior é a maneira como estas idéias são disseminadas. "Se o Willian Bonner falou, é verdade!" "Saiu no jornal, vai questionar?" "Fulano de tal falou!"

Estamos aceitando qualquer merda como verdade absoluta do universo. Nem os que podem se dão um segundo para refletir os absurdos proferidos... Engolimos besteiras homéricas porque está na novela das oito.

Cada vez mais as coisas vêm para ficar, mas cada vez menos as coisas modernas são, realmente, pertinentes à vida humana. Ou alguém no mundo consegue me fazer entender o porquê da compra de um toque de celular? (Sequer celular eu uso...)

Até mesmo o pensamento de "obsolescencia programada", tão bem enfatizada pelo Gessinger, é parte dessa massa podre que veio para ficar.

Não aguento mais as pessoas que não conseguem fazer direito as coisas. Leve o tempo que levar, custe o que custar, mas deixem as gambiarras esquecidas em algum lugar escondido... Tenham vergonha de não serem os melhores naquilo que fazem!

Nossa sociedade está dando os soluços pré-convulsão. Pensamentos retardados estão sufocando qualquer tentativa de reação. Inveja e ignorancia estão muito acima do discernimento e bom senso.

Nisso tudo eu me pergunto: Até quando veremos as piores soluções perdurarem através dos tempos?

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