Hitler (que palavra para começar um texto a respeito de religião, não?) disse:
"O mundo só pode ser dominado pelo medo."
Brilhante. (A frase, claro, não o homem.)
Essa frase resume tudo o que qualquer coisa precisa para dominar o mundo. Medo. Nada mais move o mundo. Medo de fome, medo de morrer, medo de ficar sozinho, medo de adversários, medo de cair, medo de sumir... Medo de morrer.
Da aurora da civilização até hoje, o medo da morte, do desconhecido, de desaparecer, é utilizado pelas religiões para sua disseminação.
A eterna pergunta "o que há depois da morte" incomodou tanto o primeiro indivíduo que poderia ser chamado de "homem", quanto incomoda você agora. Como seres conscientes da nossa existência, não queremos aceitar a idéia que, um dia, vamos desaparecer. O ser humano precisa da continuidade. Aceitamos o fim, desde que este sirva para um recomeço. É, justamente, então, que fantasiamos o "recomeço", o que ocorre após nossa morte.
Muitos já teorizaram. Maias já disseram que tudo é um ciclo, inclusive nós. Os Egípcios criaram técnicas de mumificação extraordinárias, para que os seus corpos pudessem ser reutilizados quando o ciclo da vida recomeçasse.
Totalmente absurdo.
Porém, como esse absurdo consegue ser tão permanente? Como, hoje em dia, pessoas se explodem por Alá? Como, hoje em dia, pessoas não comem porco, porque Deus não deixa? Porque tantos só comem peixe entre o Carnaval e a quaresma? Pra que comer bolachinhas durante uma cerimonia chata de quase duas horas de duração?
Posso afirmar, seguramente, que não é a resposta à nossa pergunta que nos move.
Aliás, muitos sequer entendem a sua própria religião. Só sabemos que certas coisas não podemos fazer "para não ir pro inferno". Só sabemos que Deus perdoa quem se arrepende de coração. Só sabemos que temos que sermos corretos para podermos ter uma vida além desta...
Então, na nossa busca por retidão, lemos livros e mais livros (escritos pelo homem), nos ensinando como devemos agir, hoje, para que, depois da morte, não sejamos condenados ao "mármore do inferno".
Bem amigos, tudo o que posso dizer da religião é que ela é necessária. Em tempos onde não havia ciência, matemática, provas a respeito das coisas, somente a intervenção divina pode explicar os hábitos que devemos ter.
Afinal de contas, a dois mil anos atrás, muitos judeus (e não judeus) morriam por causa de parasitas... encontrados na carne do Porco!
As doenças venéreas que temos hoje existiam a dois mil anos atrás (menos a AIDS, que foi criada em laboratório), e a promiscuidade de um povo podia, sim, resultar na morte de todos os indivíduos da região por sífilis, gonorreia, etc... Por isso DEUS diz para que tivéssemos fidelidade com nosso parceiro e que não cobiçássemos a mulher do próximo!
Agora, se a sua religião é seguida por poucos, faz sentido que Alá exija que hajam guerras santas para defender seu Deus, ou que os seguidores "saiam de dois em dois para pregar a palavra de Deus" (claro né, dois pregadores que abordam uma única pessoa com várias ameaças no além-vida... a chance de convencimento é enorme).
Mas eu insisto em dizer: A religião ainda é necessária.
Claro que não precisamos mais que nos diga para não comer porco. Claro que chorar o calvário ou comemorar o nascimento e ressurreição de Jesus são coisas no mínimo idiotas e comerciais hoje em dia. Mas muitos mandamentos ainda são muito úteis. Imagina se, nas favelas das grandes cidades, levássemos à risca os mandamentos de não matar ou de não roubar? Mais da metade dos casos de violência do nosso Pais teria se acabado! Agora, imaginem se a caridade Cristã fosse seguida à risca pelo menos pelos nossos governantes? Bem, ai creio que o mundo todo estaria bem, só pela benevolencia do Brasil...
Então, como seres inteligentes, poderíamos ter uma única religião global, para dar o devido código de ética, conduta e bons costumes ao mundo?
NÃO!
hehe.
Porque não? Porque a humanidade não é homogênea. E não falo de cultura mas, sim, de capacidade intelectual. Uma boa parcela da população sequer entende o que eu estou escrevendo aqui. Outra parcela quase entende. Mais um parcela concorda ou discorda... E outras parcelas acham esse texto ridículo de tão simplório e mal escrito!
Então, temos que entender que deve haver uma igreja para cada tipo de pessoa! Porque, para os acéfalos do mundo, que não compreendem porque não se deve matar, deve haver um pastor carismático bradando que o SATANÁS é o inimigo! E coisas do tipo.
Agora, para pessoas com mais capacidade de compreensão, basta dizer-lhes para admirar uma obra de arte, um quadro, um livro... A compreensão e a discussão levam ao entendimento.
Ainda há as pessoas (creio que me enquadro nelas) que simplesmente não precisam de sermões para saber que não devemos prejudicar os demais mas, sim, compreender, perdoar e ajudar.
Simples assim.
Creio que, nessa altura, saber se existe algo do outro lado ou não, é irrelevante. Porque a compreensão que temos que viver plenamente nesse mundo, ajudando-o a evoluir, geram pessoas que, no final da vida, sabem que já fizeram a diferença, que contribuíram para o todo. E, assim, têm a sensação de dever cumprido. Para estas pessoas, creio eu, não faz a menor diferença se a morte é o fim de tudo, ou é um piscar de olhos "para o outro lado".
Então, novamente, sem o medo nos guiado para igrejas e templos, sobram os bons ensinamentos. Sobra o bom-senso. Sobram as pessoas que devem entender que a vida é mais do que "um crediário nas casas Bahia", feito para pagar um presente de Natal, rs... (Ai eu fico confuso... Não é Jesus Cristo que está de aniversário? Não seria ele quem deveria ganhar presentes? Porque todos nós trocamos presentes, então? Bem, nem vou entrar nos méritos dos chocolates na Páscoa, então...)
Ps2 - Minhas conclusões pessoais a respeito de religião são as seguintes:
1 - Estou muito ocupado com a vida para pensar na morte. Quando chegar lá do outro lado, vejo o que faço.
2 - Devemos fazer as coisas de um jeito tal que mude a vida das pessoas à nossa volta. Fazer isso com muitas pessoas é Fama. Fazer por muito tempo é Imortalidade. Para sermos imortais, portanto, devemos nos esforçar para mudar o mundo à nossa volta. (mas de um jeito bom, einhô cabeção!)
3 - Tento fazer para os outros até mais do que espero que façam para mim.
4 - Tenho um "Sim" guardado em cada bolso, pronto para ser dito aos demais (mesmo quando não pedem).
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