terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tratamento de Choque

Mais uma das minhas perenes reflxões a respeito da minha pessoa.

Eu sou uma pessoa carente afetivamente falando.

Pai e Mãe omissos, família sempre receosa. Sempre a mesma velha ladainha que eu repito aqui a tanto tempo.

Mas essa hitória toda me fez ter muito mais do que vontade cortar os pulsos.

A mentira compulsiva foi o primeiro e mais forte dos sintomas, graças a Deus já tratado.

Mas, recentemente, eu tenho notado mais um efeito colateral. A RAIVA.

Eu possuo uma fúria de vida, um desejo de fazer as coisas corretamente e uma exigência que todos e tudo seja assim ao meu redor que me perturba.
Sinto-me como o David Busnick (Adam Sandler) no filme "Tratamento de Choque". Por conveniencia, muitas vezes reprimo a minha raiva, pensando que o melhor, o correto, é manter a calma e a educação a qualquer custo - mesmo quando a calma e educação não são oferecidas a mim pelos outros.
Custa meu amor-próprio e o meu respeito por mim mesmo cada vez que alguém me trata mal e eu, mesmo assim, me esforço para ser polido.

Não há música com a qual tenha me identificado mais do que alquela do Lulu Santos que diz "as vezes me sinto, como uma mola encolhida". São os tempos modernos, não?
http://www.4shared.com/file/87256304/e2d0aca9/Lulu_Santos_-_10_-_Tempos_Mode.html?s=1

Acho que posso explodir a qualquer momento, vivo guardando o demônio dentro de mim, como Etrigan... Ou como o cadeado que Pandora violou para libertar todo o mal do mundo.

Já falei isso antes aqui... Disse que me recusava a libertar todo o mal, queria preservar a inocência, nem que fosse ao meu redor. Mas é tão difícil e, muitas vezes, parece que o meu esforço é em vão...

Talvez seja um pouco menos de fé na humanidade se pronunciando.

Onde está minha espingarda de sal?
SAIAM DO MEU JARDIM!

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