quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Torradas

Motivo bobo para começar um post, mas, no final, creio que valerá a pena ter escrito.

Deixando de lado a falsa modéstia, agora a noite eu fiz as melhores torradas que eu já comi na minha vida.
Como estou meio mal do estomago (sinto a idade pegar e a digestão parar de ser eficiente), as fiz sem recheio, só aplicando uma fina camada de manteiga enquanto ainda quentes. Utilizei uma torradeira simples, elétrica, e coloquei 4 fatias de pão de forma, duas sobrepostas em cada lado. Quando um lado ficou devidamente torrado, peguei esse lado torrado e rebati ele, para que o interior dos "sanduiches sem recheio" pudessem ser torrados também. O resultado? Exterior crocante e interior fofinho. Realmente uma delícia de textura e de sabor.

Olha que eu já tinha inventado moda na minha vida, quanto a torradas... Sabia que, se depois de assar um pão, você colocá-lo, quente ainda, no freezer para congelar, podes, depois, fatiá-lo tão fino quanto folhas de papel? Estas folhas devem ser assadas e forno alto pré-aquecido (220º-250º) para torrarem. Ficam com textura de batata-ruffles, leves, ótimas para servirem de base para pastas salgadas (patê, caviar, etc...). Ou então a minha "torrada Burguer King", que não faço a séculos... com tudo o que tu pode querer em um sanduiche... Faz uma bela sujeira, mas vale a pena...

Porém, até hoje, nenhuma foi tão simples e maravilhosa quanto a que fiz e comi hoje.

Isso me lembra que todos temos nossos talentos e que, muitas vezes, não conseguimos vê-los, mesmo que estejam debaixo dos nossos narizes. Eu adoro cozinhar, inventar na cozinha, criar coisas gostosas para comer e confraternizar.

Essa torrada foi tão boa que chego a imaginar que estou no ramo errado. Talvez um curso de culinária seja mais interessante do que informática...

No final é aquela frase boba do filma "Todo Poderoso" do Jim Carrey e do Morgan Freeman... Amor deve ser mesmo um pequeno ato de carinho e dedicação de cada vez... Não vejo um modo de tocar a todos com carinho e dedicação que não seja cozinhando. Porque, quando cozinho, não penso na pressão por fazer algo bom, senão haverão "senãos"; quando cozinho penso, somente, nos cheiros, texturas e sabores do que está sendo feito, sem me importar com críticas ou elogios.

Não sei se estou fazendo só mais um post para que os demais leiam e digam um suspirado "e dai"... Gostaria de auto-reflexão das pessoas que leram este texto a respeito do que fazem das suas vidas...

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