terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Amor...

De tantas opiniões, eu não falei sobre o amor ainda...

Logo o amor, uma das minhas mais importantes opiniões...

Sabe, eu acredito no amor. Acredito porque tenho convicção de que entendo o que é o amor.

O Amor é um sentimento. E somente um. Isso fala muito a respeito do amor por si só.

O amor que a mãe e o pai sentem pelo filho é o mesmo.
Assim como é o mesmo amor que os filhos sentem pelos pais.
Assim como é exatamente o mesmo sentimento que inunda os casais.
Assim como os amigos que realmente se amam, ou qualquer outra pessoa sente por qualquer outra pessoa, animal, objeto, situação, etc...

Amar é amar e é igual em todas as situações.

"Mas como o amor de um casal pode ser o mesmo amor de mãe para filho Arthur? Tu é louco ou tarado?"

Não caro interlocutor... você que é burro, rs...

Não podemos confundir amor com paixão. A paixão move os casais, cria coleções, faz-nos arriscar muito por algo que, para os outros, pouco valor tem. A paixão libera adrenalina nos nossos corpos. Ficamos excitados. Viciados. Queremos cada vez mais e mais sentir o coração saltando na garganta. A paixão nos faz gritar, chorar, brigar...

Portanto, já fica claro que o amor não é o responsável pelo sexo, por exemplo.

Mas, até agora, eu não defini o que é o amor. Na praia eu tenho o texto e o nome da autora real da frase que melhor define o que não é o amor:

"É a indiferença, e não o ódio, o contrário do amor"

Assim como a escuridão é a ausência de luz e como o silêncio é a ausência de som, a indiferença é a ausência de amor.

Portanto, definindo o limite do que não é o amor, conseguimos ver com clareza aonde ele está manifestado.

Quando somos indiferentes a algo, simplesmente isso não te toca. Qualquer coisa pode acontecer com o que não amamos, que não vamos nos importar.
Agora, quando amamos, o alvo do nosso sentimento passa a ter relevância em nossas vidas. Não conseguimos passar muito tempo sem ter notícias, sem pensarmos a respeito. A preocupação com o nosso objeto de afeição é sempre alta. E o medo de que algo de ruim ocorra é permanente, pois esse agente externo é parte predominante de nossa felicidade: se nosso objeto amado não está bem, nós não conseguimos ficar bem. Justamente por não estarmos alheio, indiferentes a ele.

Assim, a mãe que pede para o filho levar um casaco, sente antecipadamente o frio que o filho sentirá, justamente porque o amor lhe faz sair de si própria e pensar no lugar do seu filho.
O casal que briga por horas por um ciúmes bobo nada mais é do que duas pessoas que se amam e não querem se afastar, mutuamente.
O filho que faz de tudo pelos seus pais está apenas amando ambos, mostrando que os pais são tudo em suas vidas.
A pessoa que luta pela sua cidade, para mantê-la limpa, organizada, viva, ama sua rua, seu bairro, seu município, Estado e País.
Assim, entendemos até o amor platônico, de fã, aquele que sabemos que nunca irá se realizar mas, mesmo assim, gastamos horas de nossas vidas nos devotando ao nosso ídolo... fotos, músicas, objetos...
Ainda há os amores por comidas, por eventos, por coleções, por amigos... todos são o mesmo amor, a manifestação da nossa necessidade que tudo esteja bem com os alvos do nosso amor.

Ok, e como vamos saber se estamos amando e não estamos apenas apaixonados ou aficionados em algo/alguém?

Uma coisa do verdadeiro amor é que ele nunca morre.
Não importa quanto tempo passe, ou o que o alvo do nosso amor nos fez... Um verdadeiro amor não morre. Podemos passar uma vida inteira lembrando da primeira namorada, daquele cachorrinho que brincávamos quando criança, do brinquedo especial, ou só de um texto bobo que lemos em um blog na Internet... Qualquer coisa que nos faça suspirar de vez em quando, que nos ocupe algum tempo de preocupação... que nos faça ter vontade (mesmo que não realizada) de saber "como será que estão as coisas?"...

Sim, todos esses exemplos são de amor.

Então, chegamos no ponto que é oportuno lembrar o que disse Jesus:
"Amai-vos uns aos outros, assim como vos amei"

Poxa... Tarefa árdua. Difícil. Quase impossível. Amar a tudo e a todos. Se preocupar com tudo à sua volta de forma a querer que todos estejam o melhor possível!
Nossa... quanta responsabilidade!

Mas, se pararmos para pensar, na verdade... é o ideal mesmo! Porque, se nos preocuparmos mais com o comunitário e menos com nós mesmos, teríamos como fazer do nosso mundo um lugar muito melhor.

Basicamente é isso.
Basicamente, sou atormentado diariamente com pensamentos de amor fraternal por várias coisas. E digo atormentado porque eu sinto o que os outros sentem. Em uma multidão, eu me espalho entre as vidas das pessoas que estão a minha volta. E sofro ao notar que as coisas poderiam estar melhor. Que o problema da nossa comunidade global não é de falta de recursos, mas de mal uso do que temos.

E eu sofro por ver pessoas tristes, magoadas... (geralmente por bobagens...)
Sofro por ver pessoas mal-cuidadas...
Sofro por ver minha cidade ser tragada pela falta de preocupação.

Gostaria de poder fazer algo pelo mundo, alguma atitude de amor capaz de transformar as coisas para melhor.

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