segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quinta Guerra Mundial

Einstein estava errado. A Terceira Guerra mundial foi fria e tecnológica. Não estouramos bombas atômicas e não houve o hecatombe nuclear.

A Quarta Guerra Mundial não foi feita com paus e pedras. E o motivo não foi a pouca comida. A Quarta Guerra Mundial foi travada economicamente, motivada pela disputa do controle das jasidas de petróleo.

Hoje, vendo uma entrevista, notei que estamos vivendo a Quinta Guerra Mundial: A guerra pelo controle da possibilidade de produção.

Bem, primeiramente, temos que compreender o que é uma guerra.
A guerra é o derivado natural do Capitalismo.

No Capitalismo, há necessidade de produção, comércio e lucro.
Quem tem capital social para produzir contrata  know-how (funcionários) para produzir, efetuar vendas, transporte, etc... Porém, o lucro não é distribuído entre todas as camadas. Aliás, quanto menos o detentor do capital social puder pagar para a massa com know-how, menos paga. E joga a favor dessa situação a multidão sem capital social. Temos, então, um leilão de know-how, onde "ganha" o contratado que aceitar receber menos.

Ao passar do tempo, poucas pessoas ficam com muito capital social e muitas pessoas se matam para receber cada vez menos.

Uma guerra é um ponto de ruptura dessa situação.
É o ponto onde se redefinem os detentores do capital social (A história é escrita por quem vence, né?).

Isso porque uma multidão faminta - teoricamente - sobrepuja facilmente uma parca elite.

A Primeira Guerra Mundial nada mais foi do que a revolta dos países Europeus que não possuiam colônias para explorarem. Sem colônias, esses países trabalhavam muito e constituíam pouco capital social. Sem capital social, a multidão de famintos rebelou-se contra seus vizinhos, gerando o ponto de ruptura.

Depois da primeira guerra, as sanções indústriais, comerciais e políticas aos povos derrotados só pioraram as coisas. O pensamento Nacionalista foi apoiado pelo povo porque era o único que poderia salvar a população do desastre financeiro. (A alemanha, por exemplo, antes da segunda guerra, amargava inflação de mais de 900% AO DIA! Sim, você recebia agora e era uma corrida contra o tempo para comprar comida. Se deixasse para o outro dia, talvez o salário do mês não bastasse para comprar um pão!)
A Segunda Guerra Mundial foi o ponto de ruptura.

O problema da Segunda Guerra é que os países que mais "trabalharam" (== foram atacados) para a vitória aliada (Rússia e França) foram os que menos receberam espólios. Estados Unidos e Inglaterra saíram os grandes vencedores desta batalha.
Porém, depois de duas guerras mundiais, sangrentas e desumanas, os líderes mundiais aprenderam a perceber padrões e antecipar os pontos de ruptura. Assim, em vez de esperar que suas populações comecem a morrer de fome, os líderes tomam atitudes estratégicamente antecipadas para manter, evitar perder ou aumentar seu capital social.
A "Guerra Fria" se extendeu por mais de 30 anos. E matou mais gente do que a Primeira Guerra. E afetou direta ou indiretamente mais gente do que a Segunda Guerra. Só que ninguém notou. A Terceira Guerra Mundial foi uma guerra de antecipações. De pequenos conflitos (Vietnã, Afeganistão, etc...) e muita força econômica (dissociação do ouro com o dólar). E essa guerra acabou não porque um lado matou mais pessoas do que o outro. A Terceira Guerra acabou quando o bloco dos Estados Unidos sufocou economicamente o bloco Soviético. Então, houve a queda do muro de Berlim e o capital social foi redistribuído, sem que a grande massa tivesse notado...

Então começou a Quarta Guerra Mundial. Essa guerra era, até então, a "guerra mor" das antecipações. Não há, no mundo, quem lucre mais do que as pessoas que são detentoras de direitos de extração ou de poços de petróleo. E estas pessoas - desde sempre - utilizam seu capital social elevado para manter o mundo dependente de sua fonte de energia. Notando que o Petróleo não é uma fonte renovável, essas pessoas antecipam a falta e atacam os poços alheios, querendo dominá-los economicamente.
A guerra do Iraque, por exemplo, nada mais foi do que a ruptura entre a Europa, Rússia e Estados Unidos pelo direito de extração e compra do petróleo Iraquiano. E o Saddam Hussein foi enforcado não por causa de violação de direitos humanos ou crimes contra a humanidade mas, sim, porque tinha contrato com as três potências e ficou leiloando "pelo melhor preço", jogando com seus valiosos poços de petróleo.
E as tropas americanas só saírão do Iraque quando:
1 - Conseguirem colocar alguém comprometido com os EUA no poder Iraquiano.
2 - Secarem os poços de petróleo.
O que acontecer primeiro.

Mas hoje, vendo um vídeo do youtube indicado pelo grande amigo Robson, notei que estamos - já - na Quinta Guerra Mundial.




Não é nenhum surpreza para quem lê o meu blog que eu afirmo, categoricamente, que não estamos sofrendo um aquecimento global. Apesar de acreditar que já entramos no antropoceno (http://alsssg.blogspot.com/2011/01/antropoceno.html), essa crença é baseada na modificação do solo, água e ar, feitas pelo ser humano. Porém, essas mudanças não estão gerando o aquecimento global. Como muito bem explicado pelo Molion no vídeo, estamos gerando modificações locais, chuvas que não tem para onde escoar alagam cidades, ribanceiras sem proteção de árvores causam desabamentos, creio até que grandes minas e deslocamento de milhares de toneladas de recursos naturais causem desequilíbrio em pequenas placas tectônicas, causando pequenos tremores. Agora, culpar o CO² pelo aquecimento global, para mim, é manipulação.
Isso porquê dados comprovam que a terra não está esquentando. Cientistas que aferem concentrações de elementos e temperaturas do passado (em gelo, anéis de árvores petrificadas ou diretamente nas camadas do solo) notam que a temperatura da Terra oscila naturalmente em ciclos. Além disso, nosso planeta já foi muito mais quente do que hoje em dia.
Re-invoco a idéia dos dinossauros: Répteis de sangue frio de até dezenas de toneladas. Se, hoje, um crocodilo de mais de 100 kilos tem que ficar mais de 4 horas aquecendo seus músculos no sol para poder se mexer, como um brachiossauro (http://blogdinoword.blogspot.com/2008/07/brachiossauro.html), com mais de 25 toneladas conseguiria sobreviver? Ficaria 14 horas tomando sol (quando possível) para, depois, pastar por 2 ou 3 horas? Uma vaca, de até meia tonelada, pasta e rumina até 10 horas por dia...

Bem, voltando ao CO² e ao vídeo, a idéia de que as nações desenvolvidas não têm mais como crescer. Já esgotaram seus recursos naturais e sobrevivem de acordos e direitos de exploração (A África que o diga...). Ao notarem Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, México, Argentina e outros países "emergentes" crescendo assustadoramente todos os anos, cria-se a urgência de interromper o avanço destas "tropas inimigas". Porque, se não anteciparem, cedo ou tarde essas nações ultrapassarão - naturalmente e pacificamente - o capital social das nações dominantes de hoje.
A melhor forma que as nações desenvolvidas encontram para diminuir ou estagnar esse avanço é cortar as fontes energéticas dos emergentes.

A energia elétrica é pré-requisito para o desenvolvimento. E a maneira mais fácil de obtê-la é através de queima de combustível fóssil - item que os países emergentes geralmente possuem em abundância, ainda. (Não é irônico que EUA, Alemanha, Japão e outros tenham as maiores montadoras de carros e não exijam a utilização de carros elétricos mas, sim, que as fábricas do países em desenvolvimento párem?)

Então, os EUA exigem que as nações emergentes párem de produzir, mas não estanca o seu crescimento. E encontra coro justamente nas demais nações de "primeiro mundo". O que eles querem não é salvar o planeta. Manipulam dados para que as nações emergentes "preservem a natureza", a "biodiversidade", "encontrem soluções alternativas" (geralmente mais caras) e, assim, jogam para nossos ombros a responsabilidade de manutenção do planeta.

Só não explicam porque eles não devem parar de produzir, porque eles não devem encontrar soluções, porque eles não transferem capital social para idenizar o esforço em "salvar o planeta" pelos países emergentes.
Aliás... Além de toda a sujeira do mundo ser dos países de primeiro mundo, eles a fizeram com métodos de produção de energia arcaicos, os quais já foram ultrapassados e não são mais utilizados. Até a China aproveita melhor o potencial energético de cada kilo de carvão ou litro de petróleo. Os nossos veículos consomem menos e possuem mais filtros, emitindo muito menos poluição do que os primeiros, largamente utilizados nas potências econômicas.

A verdade é uma só. Depois de Destruir a Europa, a Rússia e o Oriente Médio, as potências econômicas querem manter seu domínio sobre o capital social combatendo os emergentes.
Nós, Brasileiros, somos um alvo dos EUA. Bush já quis vir "inspecionar" Angra I e II, e fomos defendidos graças a interesses Europeus na época. Não fosse pela birra declarada de Chavez e a abertura do capital da PetroBrás, os olhos ávidos por petróleo dos EUA estariam sobre o nosso pré-sal.
O Etanol Brasileiro incomoda - e muito - a indústria do petróleo MUNDIAL.
Nossas hidroelétricas são uma afronta, um "roubo" de mercado dos mesmos indústriais do petróleo
E não pensem que os EUA são os únicos malvados nessa história. Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e todas as nações "desenvolvidas" querem manter seu estatus e padrão de vida. Mesmo que às custas do nosso suor, roubando o capital social de quem realmente trabalha.

A Quinta Guerra Mundial é uma guerra pelo domínio da capacidade de produção energética, que é pré-requisito para produção de bens de consumo, que é a principal arma na guerra do capital, onde ganha quem tem mais no final.

Estados Unidos e União Européia estão sofrendo uma crise atrás da outra, porque seus sistemas de produção não se sustentam mais. As pessoas simplesmente não aceitam mais serem exploradas, trabalhando muito e recebendo pouco. A globalização tirou o trabalho destes países e transferiu diretamente para os locais de consumo (isso porque o que trás capital social de verdade para um país é vender para outro...). Assim, os "países-local de venda" ganharam muito know-how. Com o mínimo de capital social e organização, estes países estão criando tecnologia, se desenvolvendo. Estes ainda tem - muito - para onde crescer.

A guerra está declarada, as cartas estão na mesa. Só não vê quem não quer.

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