quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011.

2011 foi um ano jubilado para a humanidade, se você tem mais que dois neurônios habitando seu cérebro.

A ciência ganhou demais em 2011. Quase todas as áreas.

Visualizamos, pela primeira vez, um elétron, em uma "foto" de uma molécula.
Já possuíamos outros Colisores de Hádrons, mas colocamos para funcionar a maior ferramenta que o ser humano já conseguiu construir. E, em pouquíssimos tempo de uso, ela abriu tantas perguntas e nos deu tantas respostas, que os maiores intelectos humanos, auxiliados pelos melhores super-computadores, demorarão anos para decifrar, na totalidade, todos os dados obtidos só com a primeira experiência. Mas não foi tudo.

Depois de várias experiências, conseguimos restringir o bóson de higgs a um espectro específico. Estamos restringindo o lugar onde podemos encontrá-lo. Essa partícula é o que, teoricamente, atribui à todas as outras partículas as características da matéria. Massa, peso, dificuldade para se tornar onda, facilmente. Quando conseguirmos manipulá-la, assim como manipulamos, já, elétrons, nêutrons, prótons e outras partículas, imaginem o que poderá ser feito! Criar e desintegrar matéria! Uma máquina como à dos Jetsons, onde apertamos um botão e, em segundos, um prato delicioso é criado "do nada", lá dentro, acabaria com a fome mundial! Lixo? Um desintegrador de resíduos transformaria todo material que demora séculos para se decompor em partículas sub-atômicas, instantaneamente!

(Veja a partir dos 30 segundos!)

Descobrimos primatas jamais vistos, em florestas da Indonésia! E o homem, no ápice do egocentrismo, acha que está destruindo o mundo...

Descobrimos milhares de mundos novos. Alguns que devem ser muito parecidos com a Terra. Falta, mesmo, é conseguirmos nos acelerar em segurança, para que as viagens exploratórias até estes novos mundos sejam viáveis. É a necessidade de melhorar o nosso hardware, para que acompanhe o que o software do sonho humano, permitindo que o utilizemos em sua totalidade.

 Mais uma vez, porém, o mundo foi assolado por um terremoto grande. Seguido de um Tsunami. Sabiam que o pior em tsunami em uma cidade, não é a velocidade ou temperatura da água? O problema é que a água derruba postes. E, como a água invade rapidamente e conduz a eletricidade, muitas pessoas morrem eletrocutadas. Mas enfim. O Tsunami não poderia, ao meu ver, ter atingido um lugar melhor, no mundo. Sei, a frase é triste. Mas, já que ocorreu, que bom que foi no Japão. Entendam: O mundo está em crise econômica (já entro nesse assunto), acontece um terremoto que, por si só, já é destruidor. Na sequencia, uma onda gigante invade dezenas de cidades costeiras, terminando de arrasar tudo. Um dos lugares arrasados é uma usina nuclear de enorme capacidade. E, mesmo assim, mostrando o que é "ser gente", os japoneses, com toda determinação e educação que só eles têm, dão a volta por cima. Sem chorôrô. Sem comoção internacional. A ordem reina entre os desabrigado, desamparados, descamisados, esfomeados e sem-rumo. DINHEIRO ENCONTRADO NA RUA É DEVOLVIDO NOS BANCOS! A Usina Nuclear? Danos mínimos, devidamente contidos e até com a possibilidade de concerto para voltar a funcionar plenamente. Entendam: Devastações proporcionais ocorram na Indonésia, Haiti e Chile, na última década. Alguns dos locais afetados ainda sequer conseguiram limpar tudo! Quanto mais reconstruir todos os casebres! Nem chegamos à infra-estrutura. E o Japão já conseguiu arrumar e limpar quase tudo...

Aí, entra uma coisa que, em 2011, ficou claro demais para mim: Estamos ficando cada vez mais agressivos. Parece que algo despertou o pior nas pessoas, na última década. Talvez tenha sido o anonimato da Internet. A sensação de impunidade da web talvez tenha irrompido os dispositivos e chego, finalmente, ao dia-a-dia. Troll's andam à luz do dia, cada qual tentando hackear o seu lugar, sempre às custas alheias. Isso gerou várias coisas, esse ano. Talvez, para mim, a mais traumática tenha sido o idiota que quase me atropelou na calçada. Mesmo assim, reagi com bom humor. Mesmo assim, ele queria brigar comigo. O mundo inteiro anda assim. Meio nervoso, meio receoso. Todos queremos ser reconhecidos, amados, nos cercarmos de amigos. Mas ninguém quer contato e intimidade com ninguém. Complicado.

Talvez o ápice negativo disso tudo seja a crise econômica mundial. Algumas pessoas subsidiaram políticos para que uma brecha fosse aberta. Com um mecanismo totalmente safado legalizado, fizeram dinheiro que não existia, irresponsavelmente. Para essa meia dúzia de pessoas enriquecerem, bilhões foram afetadas. É o colapso do capitalismo: "Quando o último grande peixe engolir o último peixe média, sobrará somente um único grande peixe com o estômago distendido..." Agora, o mundo está se apoiando nas economias emergentes, ingênuas e infantis. Assim como os pais atacam a poupança feita para o colégio dos filhos, quando as coisas não vão bem.

Isso me faz lembrar de uma passagem que ocorreu no Twitter, nesse ano. Postei só o trecho de música "I don't care, if you don't". Tinha um significado. Pensei que NINGUÉM fosse compartilhar ele, comigo. Quase uma mensagem codificada, que esperava que NINGUÉM decifrasse. Eu ia ficar ali, desapontado com o mundo que não me entende e feliz por constatar que a minha perspicácia, talvez, fosse maior que a de todos...
Mas o Robson notou. Perguntou para mim se o trecho fazia menção à música do GreenDay, "Jesus of Suburbia", ou à música do The Cure "Let's Go to Bed". Bem. Fazia menção às duas.

Sei lá, A música do GreenDay é de hoje. Uma música pesada. Fala sobre a degeneração total da sociedade. Justamente dessa distância que estamos tomando uns dos outros. "I don't care if you don't" é quase como um grito de "to pouco fodendo para qualquer coisa que acontecer com o mundo, se você não estiver, também." Descaso puro, destilado com ignorância.
Já a música do The Cure é um pacto. Uma promessa. Envolvimento total. Ambos fizeram uma coisa, juntos. E  "I don't care if you don't" significa mais um "se você concordar comigo, eu concordo contigo".
Para arrematar, a frase em si já mostrava o meu próprio sentimento. Se ninguém notasse, eu não estaria nem aí. E acho que é esse comprometimento com o mundo que está faltando. 2011 fez eu parar de sentir até vindo dos EUA esse sentimento de que "essa Terra é minha, e eu tenho o dever de defender e cuidar dela direito". E não tem "Ocuppy Wall Street" que me faça desfazer esse sentimento. Esses manifestantes não querem concertar nada. Só querem que o poder seja transferido, não distribuído.

Talvez o haja um ponto positivo, pelo menos. A primavera árabe foi uma boa notícia. Atrasada uns 500 anos mas, mesmo assim, uma boa notícia. O mundinho Muçulmano é foda. Dominados por um fundamentalismo estúpido, que insiste em confundir o Estado com a Religião. Ditadores são a representação de seu Deus na Terra e fazem chover em seus países ricos à base da exploração de qualquer bem natural que possa ter algum valor. de metais e pedras ao petróleo, do turismo à tecnologia de ponta. Mulheres sendo humilhadas, pessoas sendo julgadas através de um código no mínimo duvidável e com punições que violam qualquer um dos direitos humanos estabelecidos pela ONU.
Mesmo nesse mar de lama, um vendedor informal conseguiu plantar uma revolta. Depois de ter suas frutas apreendidas por um fiscal que seguia leis idiotas, o vendedor se imolou em no meio da rua. Morreu, alguns dias depois. Mas esse gesto de súplica por liberdade mudou a maneira de muitas pessoas pensarem. Em 2011 inteiro várias ditaduras Árabes caíram. E muitas outra vão cair. Falta, é claro, que o esclarecimento volte a este povo e eles consigam dissociar política de religião. É um passo grande. Mas, quando for dado, passarei a ter algum respeito por eles, pois eles conseguiram contribuir de verdade para com o mundo.

Falando em contribuição, profissionalmente e pessoalmente, 2011 foi espetacular, para mim. Eu que pensava que 2010 havia sido bom e que eu já estava no emprego ideal, fui para um melhor! Onde posso realmente fazer a diferença. Onde estou me esforçando todos os dias para que eu possa me sobressair profissionalmente, despontar mesmo!

No plano pessoal, aluguei meu primeiro apartamento. É simples, pequeno, Estou nele há três meses, mas ele já está sendo montado. Até internet já tenho! Com mais um tempinho, ele vai ficar 100%. É a vida se arrumando, finalmente, para mim.

Se arrumando que nem Novo Hamburgo e o RS. Lembra que eu havia dito que é bom votar no mesmo partido para todos os cargos? Então. Mesmo tendo copa em POA, Nóia teve muito mais investimentos federais do que a capital gaúcha! É o que acontece quando as pessoas são inteligentes, diferente da população de uma certa cidadezinha do sul de SC.

No esporte, o Campeonato Brasileiro virou piada. O favorecimento a certas equipes com a manipulação feita pelos juízes é pública e notória. Quando vamos ter arbitragens como as dos esportes Norte-Americanos, que revisão na hora o lance e decidem pelo justo, não pelo que falaram pela primeira vez. E não me venham com "ah! mas vai parar o jogo demais!". Regras podem ser instituídas para que não se pare o jogo por qualquer lateral e, até o início dos anos 90, o GOLEIRO ia buscar a ÚNICA bola que servia ao jogo, onde quer que ela fosse, quando ia para fora... Sim, é por isso que, ainda hoje, jogadores levam cartão por chutar a bola pra longe... mesmo tendo um milhão de bolas em volta do campo para repor rapidamente. Essas regras furadas precisam ser revistas, para que as máfias acabem logo. E bobo é quem aposta em futebol. Os resultados são manipulados para que "Ricardos Teixeiras" da vida apostem e ganhem dinheiro dos bobos que pensam que é tudo decidido na capacidade, habilidade e sorte.
Pelo menos meu time parece que engrenou. Um título internacional por ano desde 2006. Mesmo que seja só a Recopa. Contas sendo postas em dia, nenhum grande jogador sendo vendido por necessidade de fazer caixa, possibilidades de grandes contratações sem precisar adiantar receitas de TV, como TODOS os outros grandes clubes têm feito. O Inter só vai melhorar!

O nosso Pais continua um trem que parece desgovernado, mas sabe bem para onde vai: para o caminho dos desvios de dinheiro do fundamental para os bolsos dos corruptos. Eles mantém o povo na ignorância, no BBB, na novela, no massacre de alunos por um lunático, engarrafados no dia-a-dia de estradas feitas para uma população de 1960, mas com uma frota de 2020, enquanto ficam livres para tentarem criar mais Estados só para aumentarem o número de cargos e onerar mais ainda a população com impostos irreais. E ainda pagamos mais de juros de dívidas do que, propriamente, investindo no futuro.

2011 também foi um ano frio. E isso foi bom. Para 2012, mais frio, pode ser?
Além disso, uma Mega da Virada cairia bem.

 Um baita 2012 para todos!

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