sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eu não sou o que vocês pensam... Sou só o que eu sou

Não destruas o que não entendes...

Porque, como disse Sir Isaac Newton, "Um homem é capaz de imaginar coisas falsas, mas só pode entender as verdadeiras"...

Ao destruir algo que não entendeste por completo estás resumindo a realidade à sua volta ao limite da sua imaginação. E, quando a sua imaginação passa a ser o máximo que o mundo pode oferecer, as coisas passam a ser oferecidas a todos conforme os teus devaneios. E, se a imaginação nos conduz a um mundo falso, de mentiras, só podemos presumir que, ao destruir algo concebido por outrem (sem entendê-lo por completo), estamos criando um pequeno mundo falso.

Exemplifico com os tantos casos de pessoas que, ao se depararem com certo acontecimento, simplesmente não concordam com o que lhes é passado; muito pelo contrário, passam a criar milhares de conjecturas para poderem explicar o que ocorreu segundo sua imaginação. Piora quando esta pessoa força para os outros seu ponto de vista, podendo - até mesmo - trazer outras pessoas para seu mundo imaginário.

Passamos, então, de uma simples negação de um fato, de uma destruição de algo puro, geralmente sofrido e suado para ser concebido, a um delírio em massa de pessoas que não conseguem compreender e, por isso, tomam tochas, ancinhos, facões e machados para queimarem a bruxa... Só porque a coitada da velhinha conhecia chás que curavam gripe...

Este texto é deveras ambicioso. Gostaria que um pouco mais de uma dezena de pessoas o lê-se e, se não o entendesse, ao menos pudesse vir conversar comigo.

Estive vendo Band of Brothers novamente. Magnífica série. São 10 horas de excelente entretenimento. Poderia haver menos sangue. Mas, no geral, uma obra esplêndida.

Qual o enlace? Simples... A primeira vez que vi um dos episódios odiei Band of Brothers. Justamente a violência da segunda guerra mundial me afastou do filme. Mas me contive. Podia ter matado algo que não entendera ali mesmo. Pior, poderia ter espalhado entre meus conhecidos que a série era horrível. Pronto, mais uns 10 que não veriam o filme. Contudo, minha reação foi diferente. Tomei forças, decidi tentar entender a história. Hoje, ao terminar de ver pela quarta vez, já compreendi muito mais o filme. São tantos atores, tantas tramas e sub-tramas que demora para que possamos compreender toda a história. Dou-me por feliz e contente por ter conseguido não destruir algo que não entendi inicialmente.

Isso me lembra de vários e vários casos que vi coisas fantásticas serem destruídas por mera incompreensão. Como na vez que o Paulino me falou do Clube da Luta. "Clube da Luta", pensei eu, "que porcaria de nome, deve ser mais um do Van Dame, com muito sangue, porradas, clichês e pouca história." Mas, depois de assistir ao filme, este se tornou, com certeza, o meu favorito.

Ainda há diversas situações na minha vida, com diversas pessoas criando suas versões da minha pessoa ou de fatos que ocorreram na minha vida, e sobrepondo suas imaginações falsas a respeito de mim sem ao menos tentar conversar comigo.

Continuo repetindo... Que eu não esteja aqui para ver o dia que eu começar a me tornar um ignorante.

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