sábado, 30 de janeiro de 2010

De idéia nós estamos bem...

Mas de execussão... Vou te contar...

2004 é o ano. Assisti uns documentários, li uns livros, estava fazendo a cadeira de Inteligência Aplicada na faculdade e me veio a idéia: Construir uma inteligência Artificial.

Como? Muito Simples!

Seguindo a idéia de copiar partes do corpo humano para criar equipamentos (como câmeras fotográficas e de vídeo, auto-falantes ou microfones), decidi buscar as bases do desenvolvimento da inteligência humana para copiá-lo, em computadores.

Li, principalmente, as obras do Sir Winston, "The human instincts" foi a que mais ajudou de todas.
Nestas obras, Robert Winston demonstra como seguimos uma programação, a partir de duas regras simples todo o nosso comportamento é moldado. E este comportamento é que, através da seleção natural, gerou as características únicas da nossa espécia: auto-conhecimento, capacidade de interpretação, capacidade de criação, capacidade de passar o conhecimento adiante... resumindo, inteligência.

Não vou entrar em muitos detalhes, mas basta dizer que as duas regras básicas do instinto humano são:
a) Não sentir dor;
b) Reproduzir.

Ambas são regras complementares. E ambas originam uma gama gigantesca de pequenas "sub-regras" do instinto. Por exemplo, fome é dor. A primeira regra manda você não sentir dor, logo, você é obrigado, instintivamente, a procurar comida para saciar a fome. Já a segunda regra é diferente para machos e fêmeas. Em 9 meses, uma mulher pode ter, extrapolando, 5, 6 filhos (gêmeos, claro). Já um homem, pode ter milhares. Aliás, em um único dia, um único homem poderia engravidar metade das mulheres do planeta, se contarmos com a tecnologia de inseminação artificial. Como podem ver, as mulheres devem ser muito mais seletivas na escolha do seu parceiro. Desde sempre, as mulheres escolhem os melhores, mais aptos (o que, na nossa espécie, significa mais inteligente). Com o processo se desenvolvendo ao passar dos milhares de anos, chegamos no ponto de inteligência que temos hoje.

Expliquei todo o início do projeto, posso debater, futuramente, mais e mais detalhes, mas, por hora, basta saber que contemplei um programa com pequenos "animais" virtuais, de ambos sexos, cada qual programado com regras básicas: dentro de um perímetro onde aparece comida com certa regra, mas, aparentemente aleatóriamente, estes "bichinhos" deveriam evitar a dor e reproduzir. Porém, as fêmeas só poderiam reproduzir com os melhores. Os machos, por sua vez, devem provar que são os melhores, obtendo mais comida, com mais facilidade.

Depois de programados, bastava "acelerar" o tempo no software, e esperar pelas primeiras "propriedades" ("bichinhos" cercando os locais onde aparecem mais comida), lutas por territórios ("bichinhos" machos brigando pelos locais com mais comida), lutas por parceiros para reprodução, plantações, até, muito depois, chegar em auto-consciência...

Chego a imaginar, no momento que nos revelarmos, os "bichinhos" virtuais nos venerando como criadores e, até mesmo, pedindo: "Por favor, não desligue o computador!"

Posto isso, quero dizer que, em 2009, um cientista da computação dos EUA já começou um projeto idêntico. Não sei quando ele desenvolveu a idéia, mas que eu a fiz expontâneamente, a fiz. Não imaginava que outra pessoa já tivesse sonhado com essa maluquice toda. Mas está lá. O cara já está com o programa pronto, esperando os seus "bichinhos" virtuais se desenvolverem.

Saco.

Bem, estou escrevendo o texto porque, hoje, fiquei sabendo que outra idéia minha foi parida por outra pessoa. Quando eu tinha uns 14 anos, estava aprendendo a tocar violão, pensei comigo mesmo: "E se, ao invés de cordas, existisse um botão em cada local correspondente a casa/corda no braço do violão, e uns sensores de movimento no lugar da boca do violão?" Assim, com um pequeno micro-processador, nós poderíamos tocar o violão apertando suaves botões no braço (talvez até um sistema parecido com o de touch screen) e agitando a outra mão perto dos sensores, que reagiriam à batida que faríamos.

O formato seria o mesmo de um violão ou guitarra atual, mas não haveriam cordas; Bastava apertar os botões no braço, referente aos acordes e agitar o braço perto do sensor de movimento. Um pequeno alto-falante, ou uma caixa amplificada nos daria o som correspondente.

Não se trata de choro, mas, estivesse eu em outro ambiente, tenho certeza que este ambiente me auxiliaria no desenvolvimento das minhas idéias malucas. Quem sabe onde eu estaria hoje?

Minha parcela de culpa nisso tudo é que, até então, eu não acreditava que tinha que gritar para ser ouvido. Tal qual o Cléber hoje, eu acreditava que não precisava lutar, gritar, exigir que minhas necessidades fossem atendidas. Imaginava que bastava uma pequena conversa para que as pessoas entendessem que, se eu cheguei ao ponto de exteriorizar, é porque é importante. Mas nunca é "bem assim", né? Nesse nosso mundo, ou a gente põe em cheque tudo e todos o tempo todo, ou passamos por "santinhos", "babacas" e afins.

Eis que me defino como um "Babaca".
Bem, uma hora dessas eu organizo todas as coisas que eu já imaginei na minha vida que ainda não foram inventadas para colocar aqui no blog (e olha, minha cabeça é um vale dourado de idéias invadoras, tenho, sempre, a percepção muito avançada no tempo e sei dizer a ação a ser tomada hoje, para que se apresentem os resultados dentro de 5 a 20 anos).

Mas, nem mesmo assim, alguém me ouvirá... Pra ti ver que merda...

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