terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Polêmica do 13º Signo

De acordo com os astrônomos de Minnesota, este é o período correto que identificaria cada signo:
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de 23 a 29 de novembro
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Sagitário: de 17 de dezembro a 20 de janeiro
Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
 
A Polêmica do 13º Signo
Paulo Araújo Duarte. Professor de Astronomia do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina.   -  pduarte45@hotmail.com

Nos últimos tempos, temos visto alguma polêmica e alguns mal-entendidos no que diz respeito aos signos do zodíaco e às constelações que o mesmo contém. Na verdade, não devemos fazer confusão entre signo e constelação zodiacal. Os signos, em número de doze, correspondem cada um à divisão de 30 graus do círculo zodiacal (360 /12 = 30), os quais recebem o nome da constelação mais significativa daquela região do céu conforme os povos antigos que criaram tal concepção de organização estelar, e que a Astrologia adotou e ajudou a popularizar. As constelações sempre tiveram, desde a época das civilizações mais antigas, a importante função de dar uma organização ao céu, facilitando sua leitura e ajudando na identificação dos astros. Sempre representaram uma verdadeira cartografia do céu. Acontece, contudo, que até o início deste século, a delimitação das constelações não respeitava um critério padrão, existindo cartas celestes com limites irregulares, além de arbitrários e ainda com algumas linhas curvas. Havia também mapas e globos celestes com configurações artisticamente elaboradas, sem a precisão do rigor científico, como ainda constelações que eram identificadas por linhas arbitrárias que interligavam suas estrelas. Foi a partir de 1922, quando da criação da União Astronômica Internacional (UAI), que o conceito de constelação começou a mudar e surgiu Ofiúco (Ophiucus) como uma 13a constelação zodiacal. Durante a assembléia geral da UAI em 1925, em Cambridge, foi criado um grupo de trabalho para estudar a questão das delimitações das constelações, surgindo daí a proposta de criação de regiões na esfera celeste, tal como um país dividido em estados. Assim, a esfera celeste foi dividida em 88 regiões, também chamadas constelações, com tamanhos variados e delimitações bem definidas e retilíneas. Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas aquelas cortadas pela linha da eclíptica (linha que no céu, vista da Terra, representa o caminho percorrido pelo Sol durante o ano) passaram a ser consideradas zodiacais. Convém explicar que o zodíaco é um círculo ou faixa de 17 graus no céu, que abrange toda a esfera celeste e que tem no centro a linha da eclíptica. Foi desta forma, então, que o zodíaco acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações, que são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Convém salientar novamente que para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano. Acontece que depois de passar por Libra e Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário. Porém, esta passagem do sol por Ofiúco não é considerada pela astrologia. Do modo como foi organizado o céu pela UAI, todas as treze constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que significa dizer que a divisão do zodíaco em doze signos de trinta graus cada um é puramente arbitrária e segue apenas a tradição dos povos antigos. Ofiúco é uma constelação um tanto extensa, sendo conhecida também por Serpentário. Na mitologia grega, este agrupamento de estrelas estava associado a Esculápio, deus da medicina. Segundo a lenda, Esculápio passou a dedicar-se à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com algumas ervas que trazia em sua boca. Esta é, inclusive, a origem do símbolo das ciências médicas: duas serpentes enroladas num bastão. Ainda sobre esta constelação, diz-nos o saudoso professor Amaro Seixas Netto:
"Em realidade, o Zodíaco atual tem treze constelações. Desde 1952, temos adotado esta Constelação Zodiacal em nossos estudos, criando assim o Zodíaco perfeito e exato sobre a Eclíptica. Esta descoberta decorreu duma análise profunda do curso do Sol zodiacal, e deste modo propusemos a sua notação na Faixa Zodiacal bem como criamos o seu signo, publicado na Imprensa para registro. Pode observar-se que o Sol, no Zodíaco, percorre pequena parte do Escorpião e logo entra no Ofiuco, para depois ingressar em Sagitário." SEIXAS NETTO, A. O zodíaco. São Paulo : Editora do Escritor, [19--]. p. 60.
Para alguns astrólogos, a polêmica a respeito da existência de um 13° signo não faz sentido, haja vista que não são as constelações lá no céu que influenciam os seres aqui na Terra e sim energias cósmicas que tomam como referência os signos tradicionais. Há também opiniões que procuram justificar que tanto a cobra (Ofiúco) como o escorpião são animais que trocam de pele, indicando uma personalidade sujeita a grandes flutuações, e que, neste caso, Ofiúco vem a ter o mesmo significado astrológico de Escorpião. Portanto, apesar de termos 13 constelações zodiacais, com a inclusão de Ofiúco, a divisão do zodíaco em doze signos, para efeito da astrologia, segue a antiga tradição e não precisa levar em consideração as mudanças estabelecidas pela UAI, o que muitos astrônomos consideram uma imperfeição. E como a divisão do zodíaco em signos não apresenta nenhum interesse prático maior para a astronomia, o surgimento de Ofiúco como região zodiacal em nada deverá abalar as crenças e os estudos astrológicos, pois os astrólogos sabem que suas concepções não partem das constelações e sim dos signos, que são meras convenções. 


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Minha Opinião
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Devemos separar Astronomia e Astrologia.
Até Copérnico, Kepler e Galileu, as duas ciências andavam juntas.
Porém, a partir dos estudos, invenções, visualizações e - principalmente - uso da matemática e da física, Astrologia e Astronomia se diferenciaram.


Hoje, Astronomia é uma ciência exata, com ramos como a Astrofísica e Astrobiologia, por exemplo.
A Astrologia, por sua vez, não teve os seus resultados provados matematicamente, ainda (muito embora sejam eficazes).


O zodíaco, para a Astronomia, compreende as constelações por onde o sol se desloca durante a translação da terra. O que por sí só é uma mera convenção para localização de estrelas, visto que as estrelas das constelações estão em distâncias diferentes e não é o sol que passa por elas... Com as análises mais avançadas de mapeamento do espectro de radiação do universo, cada vez mais as convenções de constelações são deixadas para trás, em favorecimento de códigos para denominação de estrelas mais precisos para que qualquer pessoa (com conhecimento) possa localizar e visualizar as estrelas em qualquer momento do ano.


Já para a Astrologia, o Zodíaco é uma convenção rígida. Desde os primórdios os estudantes do céu norturno sabiam que a constelação de cobra "tocava" o círculo zodiacal. Porém, convencionou-se que seriam 12 os signos. Há muito tempo já sabe-se da defasagem das constelações em relação aos dias e mêses do ano. Porém, a Astrologia divide a órbita terrestre em 12 pedaços de 30º.


Assim, fiquem tranquilos: essa discussão toda serve só para puxar conversa em bar e rirmos um pouco.


(Ufa! Continuo sendo de Peixes, hehe!)

6 comentários:

  1. A VERDADE SOBRE O 13º SIGNO

    Recentemente, apareceu no “mercado” o 13º “signo” que os astrônomos chamam de Serpentário. Na realidade, Serpentário não é um signo e sim uma constelação que está entre Escorpião e Sagitário. No meu livro CONHEÇA A ASTROLOGIA PARA MELHOR SE CONHECER publicado pela Editora Baraúna lanço uma nova teoria sobre o zodíaco como sendo o próprio campo magnético terrestre ORIGINADO na FORMAÇÃO DA TERRA e IMUTÁVEL. Além disso, as constelações de Escorpião e Sagitário estão tão próximas uma da outra que quase se interceptam e, portanto, não há espaço entre elas para outra constelação Logo, se existiu sua influência ela foi incorporada às de Escorpião e Sagitário, ou então ela estava fora da eclíptica (caminho do Sol).

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  2. Desculpe 31193200,

    Mas o campo magnético da Terra não é imutável.
    Já houveram - pelo menos - 6 inversões (registradas na orientação magnetica de rochas) do campo magnético.

    Essa inversão é precedida da quase extinção do campo e seguida por uma reativação muito mais forte.

    Desculpe, mas, para mim, sua premissa já não é verdadeira.

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  3. A VERDADE SOBRE O 13º SIGNO

    Recentemente, apareceu o 13º “signo” que os astrônomos chamam de Serpentário. Na realidade, Serpentário não é um signo e sim uma constelação que está entre Escorpião e Sagitário. No meu livro CONHEÇA A ASTROLOGIA PARA MELHOR SE CONHECER publicado pela Editora Baraúna lanço uma nova teoria sobre o zodíaco como sendo o próprio campo magnético terrestre ORIGINADO na FORMAÇÃO DA TERRA e IMUTÁVEL. Além disso, as constelações de Escorpião e Sagitário estão muito próximas uma da outra de forma que se existiu sua influência ela foi incorporada às de Escorpião e Sagitário, ou então ela estava fora da eclíptica (caminho do Sol).

    As pessoas que acham que mudaram de signo devem atentar para o fato de que a personalidade é formada não somente pelo signo solar, mas igualmente pelo SIGNO ASCENDENTE, razão pela qual é preciso conhecer seu ascendente. O Sol imprime brilho na sua personalidade, mas o signo ascendente é sua PORTA CÁRMICA para esta vida e se houver planetas nele ainda mais interfere na personalidade total. Assim também o SIGNO DESCENDENTE significará tudo que você irá encontrar pela frente em sua vida. Tudo depende da posição dos planetas no mapa astral de nascimento. É por isso que muita gente acha sua personalidade mais parecida com o signo ascendente do que o solar. Engano de quem achar que mudou de signo. Como já disse: Serpentário é uma constelação e não signo. Agradeço a oportunidade de esclarecer. Qualquer coisa entre em contato.
    Pcabralcavalcanti@gmail.com – Mapa Astral Cármico

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  4. Recolocação de palavras

    Caro Arthur, agradeço sua intervenção, pois parece que realmente não usei as palavras certas para conceituar o que queria dizer. Nao se trata desse tipo de campo magnético e sim de um campo de ENERGIA CÓSMICA que envolve a Terra e, uma vez ORIGINADO na sua FORMAÇÃO, permanece IMUTÁVEL. Os PLANETAS percorrem RAIAS ENERGÉTICAS em relação a sua estrela mãe, no nosso caso o SOL. Não importa sua distância elas fazem parte do TODO ENERGÉTICO UNIVERSAL que nos envolvem. Os planetas percorrendo essas raias dão equilíbrio ou desequilíbrio às energias pessoas, dependendo de sua angulação em ralação à Terra. Essas raias em si é que caracterizam os planetas que são apenas rochas perdidas no espaço, de forma que se trocarmos a posição da Lua com a de Plutão este assumirá as características da Lua e vice-versa.

    logicamente, meu caro, isso é uma teoria. Espero que outras surjam mais aperfeiçoadas

    Abraço

    Pedro Cabral

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  5. Opa!

    Adoro debates!

    Evidentemente, qualquer coisa que falarmos aqui será meramente uma teoria. Como toda teoria, irá resolver problemas antigos... e criar novos!

    Por exemplo, Newton dizia que a gravidade "prendia" os planetas em suas órbitas. Isso resolveu vários problemas. Mas criou um outro: Como? Então, Eistein veio e disse que a massa de um corpo deforma o próprio espaço! Isso resolveu o problema do "como" da gravidade... A gravidade nada mais é do que o ponto de equilíbrio entre a deformação que as massas do sol e dos planetas exercem.

    Naturalmente, temos mais um problema criado: como? Como pode um ponto afetar o próprio plano cartesiano? É como se um ponto mais pesado fizesse o eixo "x" ser uma curva, em vez de uma reta...

    Energia Escura? Matéria Escura? Energia Cósmica? Vontade de Deus? Não sei dizer. Gostaria de ver cálculos e experimentos para cada afirmação feita.

    "É triste quando os feios fatos matam lindas teorias."

    Ps - Sou um Astrólogo entusiasta mas, sobretudo, um filósofo: somente a verdade me interessa - e toda verdade pode ser provada!

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  6. Arthur, já que você também é filósofo aqui está um texto sobre o livro que escrevi sobre o Deus Pai:
    A VERDADE SOBRE O DEUS PAI

    O problema não está na crença da existência ou não de Deus, pois se existimos é porque algo nos criou. O problema está na NATUREZA do criador. O Universo é INFINITO, portanto, nada pode criar o Infinito, uma vez que nada pode ser maior que ele. Então só nos resta uma alternativa: O próprio Universo é o criador. Mas para isso ele deve ser um CAMPO INFINITO DE ENERGIA (e cada dia se prova isso cientificamente). Uma Energia regida por uma linguagem matemática, logo INTELIGENTE, mas não Consciente, pois não faz sentido a existência de um ser que não conhece sua própria dimensão, já que é infinito (pelo menos, segundo Huberto Rohden esta forma de consciência que conhecemos). Para quem quer se aprofundar neste assunto escrevi o livro O MITO DO DEUS PAI publicado pela Editora Biblioteca 24X7 que discute o Universo Inteligente, senhor de sua própria criação. Entretanto, este não é um livro materialista, pois mostra que somos quantidades ínfimas de energia gerada pela vibração da Inteligência Infinita até adquirimos consciência através das sucessivas reencarnações em corpos materiais até evoluirmos para Seres Superiores (Espíritos de Luz).
    Infelizmente, este é um assunto sobre o qual as pessoas se recusam a falar e até a pensar. Elas têm medo, horror mesmo do desconhecido e isso leva ao comodismo de aceitar as explicações burlescas dos religiosos inclusive de que quando se sofre é por que o deus pai gosta muito de nós e está nos pondo a prova para ver nossa o grau de nossa fé. Esta é a desculpa que os religiosos têm par justificar a miséria humana. Como psicanalista em formação posso assegurar que esta é uma atitude de transferência dos nossos pais biológicos que nos protege quando criança para um pai mais poderoso que nos protegerá quando adultos. Esta é a razão pela qual nossos antepassados tomaram os extraterrestres que assomaram em nosso céus como deus e sua comitiva de anjos que vieram trazer justiça à Terra, fazendo prosperar os bons e aniquilando os maus, imagem esta bem retratada nos textos bíblicos e que perdura até hoje, mas o Infinito não pode se reduzir ao finito (aspecto humano). Assemelho esta condição a de um personagem de nossa história (não sei se verdadeira) chamado Diogo Álvares que preso pelos índios inflamou um pouco de aguardente e apontou para o rio. Resultado: o mesmo que os nossos antepassados e ele acabou casando com a filha do cacique.
    Pedro Cabral Cavalcanti – pcabralcavalcanti@gmail.com

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