quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Podridão!

Porto Alegre é cidade para ser televisionada.
Belo Por-do-Sol (o mais lindo do mundo), arquitetura retrô fantástica, a caracterização do gaúcho e da prenda pilchados e os extensos pampas com gado correndo soltos...

Porém, ao visitar as cenas de filme indicadas acima, a realidade é outra.

O Por-do-Sol deve ser visto próximo a um parque sem segurança, ou na arcaica usina do gazômetro. Sempre às margens do fétido Guaíba.
Os prédios históricos já são históricos demais. Caminhar no centro chega a dar medo... Até quando essas estruturas resistirão? As pichações são uma constante nas fachadas e, por causa da poluição (principalmente por causa do excesso de ônibus), sujas e corroídas.
Aliás, o som é algo inacreditável. Um barulho constante e atordoador é emitido por este trecho de morro e aterro.

Mas o que mais chama a atenção é o cheiro...

Vamos deixar claro que Porto Alegre não é fria. No inverno, é frio como qualquer lugar à beira dágua. No outono e inverno, amanhece frio, faz um calor enorme ao meio dia e, no final da tarde, esfria novamente. No verão é sempre quente. Ano passado, por dois dias no verão, Porto Alegre foi a cidade mais quente do mundo.

Então, temos pessoas suadas, quase sempre, em POA. Mas, fosse só isso, estava tranquilo...
Porém, algo pior assola a minha cidade: Pessoas que vivem nas ruas.
O Estado e a Cidade não possuem nenhum planejamento. Essas pessoas perambulam pelo dia maltrapilhas, muitas se drogando. E, a noite, usam a cidade como banheiro desavergonhadamente. Claro que o cheiro desses resíduos rescinde no próximo meio-dia, com o calor do horário.

Para finalizar, o amontoado de lixo que se vê nas ruas durante todo o dia (especialmente do final da tarde em diante), oriundo dos prédios, comércios e dos próprios transeuntes não é vencido pelos pobres garis.


Caminhãode Lixo parado no meio da rua, pois o lixo estava
muito acumulado na esquina. Na foto ao lado, vê-se o caminhão
atrapalhando o trânsito...



Nossa cidade vive em um caos de sujeira urbana. É preciso que os governantes e autoridades se envolvam mais com esse problema. É necessário que se faça um programa para retirar as pessoas das ruas, dar-lhes teto, comida, estudo, trabalho, perspectiva. Não adianta dizer "existem albergues". Deve-se proibir e coibir as pessoas de ficarem ao relento, na rua.
Além disso, talvez seja a hora de Porto Alegre imitar uma coisa que é feita em Salvador: O ritual de lavar um local público. Tá certo, lá na Bahia eles lavam as escadarias de uma igreja... Aqui, deveríamos escolher um dia para botar água e sabão na calçada em frente aos nossos lares e esfregar até que o calçamento esteja limpo.

Proibir sacos de lixo diretamente na rua, proibir que se revire lixo alheio (como nos EUA), proibir barraquinhas de comida (vans, espetinhos, cachorro-quente, etc...) nas ruas, proibir o ato de jogar algo no chão, fiscalização e pesadas multas para esses delitos também viriam ao encontro de uma capital mais agradável de se viver.

PS - Tirar os Camelôs das ruas e colocá-los em um "shopping" foi um ato extraordinário!

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