domingo, 11 de setembro de 2011

Alforria

Esse é um texto bobo.
Um texto para que você entre, leia essas frases, pare e vá fazer outra coisa.

Esse texto serve para mim. É como se fosse um diário publicado, porque, aqui, eu gosto de exprimir os sentimentos que incomodam minha alma.

O último Sábado serviu para minha declaração de alforria. Independência.
Chega.
Desde que me conheço por gente, as pessoas à minha volta vendem um conceito de vida. Um conto de fadas que eu, muito idiota e desavisado, comprei com toda intensidade do meu lado abobalhado. E, acredite, esse lado meu é gigante.
Vivi por 28 longos anos a mentira sobre a sensibilidade feminina, sobre o conto que o machismo era ruim, oprimia e desvalorizava as mulheres, equanto pessoas. Desde então, protagonizei em minha vida todo o romantismo que hollywood insiste em pregar.
Mas acabei indo mais longe. Não o bastasse aceitar de bom grado ser talhado na forma de um desmiolado perfeito, eu mesmo incuti na minha cabeça que o ideal de felicidade seria ter uma família correta, uma esposa que mereceria todo o meu esforço para deixá-la feliz, porque receberia o mesmo, em troca.
Sempre me esforcei para ser cortêz, amigo, gentil, bem-humorado, cavalheiro...

Mas, depois de muita água passada por debaixo da ponte, aprendi que isso tudo é uma mentira. Uma bobagem para controlar os homens. Em especial os mais notáveis, mais inteligêntes. Dão-nos boas razões para seremos brandos, nos prometendo uma vida cada vez melhor. Quase como o pacto social. Só que, depois de nós, homens, darmos a nossa parte, não recebemos nada em troca; só mais e mais exigências. Como se ser romântico e cavalheiro por si só não bastasse, elas querem cada vez mais - e dão cada vez menos.

Então. Aprendi. Direitinho. E não vou reincidir no erro.

Mulheres, a partir de agora? Só as que forem muito, mas muito merecedoras, mesmo. Companheira, amiga, carinhosa, comprometida, fiel, leal... Alguém por quem valha a pena investir cada segundo da minha vida. Alguém que possa me dar o retorno esperado e merecido ao esforço que eu dedicar.

Chega de gurias com interesses, desejos idiotas, paixonites estúpidas, idéias fixas ou egos inflados.

Tenho quase 30 anos e, apesar de, reconhecidamente, ser uma pessoa de excessão, não tenho nada na minha vida. E isso me incomoda demais. Demais ao ponto de dizer que, d'oravante, eu tenho que me preocupar comigo. Só comigo.

Estou me declarando - oficial e publicamente - livre e independente de relacionamentos emocionais.

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