Você vai apanhar. Mais dia, menos dia, você vai ser ferido. Não, não haverá quarto para se esconder ou barra de saia de mãe para lhe proteger. Sempre existirá um momento na sua vida em que você não vai ter como chamar seu pai, seu irmão, seus amigos não estarão por perto e você só vai poder contar com sua própria força para se defender, levantar e erguer a cabeça, novamente.
E, acredite, quando eu estou falando em "apanhar", me refiro ao sentido literal da palavra. Alguém, em algum momento da sua vida, vai partir a sua cara com porradas, literalmente.
Mas, EM TODOS OS CASOS, a culpa vai ser sua.
Porque, salvo doentes mentais, ninguém bate em outra pessoa sem provocação.
E é isso que ninguém parece entender.
O seu comportamento e as suas atitudes influenciam o meio em que você está. E, provavelmente, é justamente por causa do seu modo de viver que o mundo está virado do avesso, hoje. Mais hora, menos hora, tu encontra uma pessoa que simplesmente não irá tolerar o modo como você se comporta. E é nesse momento que você verá uma mão vindo rapidamente ao encontro da sua cara.
Provocamos os outros, todos os dias, e não notamos.
Antigamente, nossos pais ou avós (que eram adultos de verdade), sabiam "os bons modos". E os exigiam. À força do laço, se necessário. Assim, muitas crianças aprenderam desde cedo que se comportar errado dói. Que ir contra as regras implica em uma punição nada agradável. Que faz muito bem para os dentes ser respeitoso e comportado.
Mas esses tempos passaram. Hoje, fui obrigado a escutar, com dor no coração em ter ouvido, que uma mãe se diz "refém" de seu filho! Que, como trabalha o dia todo fora, quando chega, à noite, em casa, quer mais é "curtir" o seu filho. E - pasmem - não sabe dizer "não" para ele! Assim, o infante já cresce com a certeza de que todos à sua volta só servem para lhe fornecerem algo. Certeza essa que só não é maior do que a de saber que não deve nada em troca!
Literalmente, nossa geração de "adultos" é formada - em sua ampla maioria - por crianças espichadas. Os corpos e as vontades crescem, mas a maturidade fica estagnada em algum ponto próximo aos 7 anos de idade. Usamos nossos corpos só para bobagens e, quando nos encontramos frente à responsabilidade de criar uma nova geração, terceirizamos a criação à avós ou creches.
Brincamos de casinha e bonecas com a próxima geração.
Piora quando esses adultos espichados criam leis (LEIS!) para proibirem os outros adultos espichados de baterem em seus filhos! As tão boas surras corretivas acabarão sendo crime!
Sem saberem do certo e do errado, nossos filhos e netos não conseguirão conviver entre si.
E, fatalmente, um dia, irão apanhar. Alguém vai bater nos seus filhos, porque você não os ensinou como eles devem comportar em sociedade. Eles vão fazer merda, vão apanhar e você ainda vai achar ruim. Vai querer processar. Mas vai acabar sabendo que a culpa é do seu bostinha. E que ele apanhou a surra que você não deu.
Sim. Quem não leva uma surra corretiva dos seus pais, acaba levando uma surra corretiva da vida.
Insisto em lembrar: só doente mental bate sem motivo. Criança deve apanhar, SE e QUANDO merecer. Quando desobedecer ordens diretas. Quando desafiar a autoridade dos seus pais. Quando contrariar as regras de boa convivência. Principalmente, se passarem a fazer esse tipo de coisa fora de casa.
E, por favor, sejam adultos quando forem aplicar a correção: proporção na hora da surra!
A surra deve doer, sim, na criança. Mas não esfolá-la viva; não fraturar seus ossos, não ocasionar lesões internas. NÃO VÁ MATAR SEU FILHO POR CAUSA DE UM OBJETO QUEBRADO!
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