terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nada para dizer

Hoje, é um dia que eu não tenho nada para dizer.

Começo, não dizendo nada sobre a tempestade solar. Não quero alertar que a chuva de partículas, ondas e raios das mais diversas espécies estão nos bombardeando, como jamais conseguimos medir.
Não quero lembrar que esse é um efeito natural. E que, mesmo sendo natural e não tendo origem na humanidade, este evento é, sim muito perigoso. Milhões que estão desavisados, em praias, ruas ou, simplesmente, trabalhando, serão acometidos por doenças. Câncer de pele será coisa comum nos próximos meses.

Mas, assim como eu, os governos do mundo também não têm nada a dizer.

Falando em governo, não posso deixar de não ter nada a falar dos políticos brasileiros, hoje.

Trocamos nosso Ministro da Educação - um dos três ministérios mais importantes - por medidas meramente marketeiras. O antigo ministro quer se candidatar a prefeito de São Paulo, e o novo quer fazer nome para garantir um cargo melhor, mais ali na frente.
Sem sabermos interpretar ou - melhor ainda - correlacionar dois textos, como vamos conseguir sair desse posto de "país do quase"?


Se bem que não tenho nada para dizer sobre "eles". Meia dúzia de pessoas que detém muito dinheiro, no mundo inteiro. Eles querem é uma massa ignorante, que acompanhe o BBB e ache bom demais. Que acorde cedo, vá trabalhar, consuma e não incomode.

Esses donos de mega-corporações (escondidos no anonimato das empresas de capital aberto), compram e vendem políticos. Esses políticos são paus-mandados, que obedecem cegamente à tudo que seus padrinhos mandam. Duvida? Basta olhar o micro-exemplo que está acontecendo no centro de Criciúma!


http://www.atribunanet.com/noticia/lojistas-aprovam-corte-de-arvores-74739
É repulsivo que, nessa história toda, a imprensa, que deveria ser o quarto poder, jogue ao lado dos interesses "deles".
Não tenho nada a dizer disso, também. Quando o tal do Pinheirinho foi invadido, nem moradores, nem policiais queriam a imprensa por perto. Não vou re-afirmar que, se acaso fossemos um país sério, meio Brasil estaria, ainda, nas ruas. Quebra-quebra generalizado. políticos depostos. Revolução.
Mas, como boa massa sugestionável que não quero dizer que somos, muitos de nós nem ficaram sabendo do assunto: como a Globo não noticiou, no domingo, poucos souberam o que estava acontecendo.
Não o bastante, os que ficaram sabendo, toparam com a manchete:

"MASSACRE NO PINHEIRINHO"


Não vou dizer que odeio maus-entendidos. Mas, mesmo assim, vou ao dicionário para buscar a definição de massacre: 

Como não tenho nada para dizer, não vou desafiar ninguém a buscar quantidade e nomes de mortos durante a ação da polícia. Ao que consta, oficialmente e extra-oficialmente, não houve nenhum morto. Sim, o Brasil é pioneiro em massacres sem vítimas. Creio que isso seja algo bom.

Para finalizar tudo o que eu não tenho para falar, andou-se falando muito em SOPA e PIPA. Leis anti-Pirataria. Tenho conteúdo intelectual e, sinceramente, quero mais é que o utilizem, por aí. Quero que leiam. Quero que coloquem meus textos - na íntegra - copiados em seus blogs, se acaso acharem-nos bons o suficiente para tanto. Basta o famoso e velho bom senso de colocar a porcaria do meu nome ou link, logo abaixo.
É o que qualquer artista quer. Isso porque, depois que tu crias algo, esse algo não é mais teu. Ele pertence ao mundo, e ganhará sentidos diversos para cada um que o interpretar. E isso é o lindo da arte.
Não quero dizer que quem se sente ameaçado com o livre trânsito de conteúdo na internet são as grandes corporações de mídias (CD's, DVD's, Livros, etc...)... que pertencem a "eles".
Não quero falar do paradoxo da Sony, por exemplo, que tem estúdios de TV, Filmes e Músicas, gravadora e distribuidora de mídias, e, em paralelo, produz e comercializa mídias virgens e aparelhos gravadores. Ou seja: comprem nossos piratadores, mas não pirateiem nosso conteúdo. Complicado.
São estas empresas que devem avançar, tecnologicamente, e protegerem o conteúdo que não querem que seja livre à cópias!

Bem, como vocês viram, foi uma semana ruim. E como eu não tenho nada a dizer, o texto termina aqui.

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Editado:
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