quinta-feira, 30 de abril de 2015

Professores X PMs no Paraná

Esse é mais um texto que eu não deveria sequer pensar em escrever. O pensamento é tão óbvio, que deveria brotar espontaneamente na mente de cada pessoa.

Mas aqui é Brasil. E sabe como é o Brasil, né? Aqui as pessoas são "paulofreirizadas" nas escolas. Aqui o coitadismo é injetado na corrente sanguínea das crianças. E essa droga afeta diretamente a capacidade de discernimento das pessoas.

Ontem, no Paraná, houve uma assembléia do governo do estado para decidir se o governo poderia mudar a forma de custeio e de utilização dos fundos de previdência dos professores. Basicamente aquilo que eu já disse sobre qualquer previdência: é uma pirâmide financeira gerida pelo pior administrador. E uma hora vai ruir. E sempre que ruir, quem vai se dar mal é o trabalhador.


Sabe como é. CLT, essas coisas... Esses "direitos" que só tiram dinheiro do trabalhador e FERRAM com a vida de todo mundo...

Mas enfim. O governo - como sempre - tá se "virando nos 30" e vai tomar a pior ação possível. É pra isso que os governos servem: para foder com o povo.

O que aconteceu, então? Sindicatos, professores e ~adendos~ (segundo notícias, tinha até black bloc nessa manifestação de professores...), em GREVE, acamparam na frente da assembléia. Queriam estar presentes durante a votação. Tinham permissão por escrito da justiça para estarem na sessão.
Mas o governo do estado colocou policiais para barrarem a entrada dos grevistas.


Uma batalha campal ocorreu.

E os cabeças-de-vento brasileiros estão agora CHORANDO os "coitadinhos dos professores".


Perfeito? Foi isso? Beleza. Agora vamos explicar direito porque isso tudo é absurdo.


PRIMEIRO: Não estou defendendo governo. Não estou defendendo polícia. Não estou defendendo porcaria nenhuma. O problema É O GOVERNO COMO UM TODO. Do presidente eleito ao gari concursado. Essa máquina estatal TODA está errada. Ela é causa de TODOS OS MALES QUE ACONTECEM NO BRASIL.

Ficou claro? Que bom.
Posto isso...

Só tem gente de vermelho!
SEGUNDO: Já falei sobre a CLT. Sobre os "direitos trabalhistas", como um todo. Cada direito conquistado por uma pessoa é um dever atribuído para outra pessoa. Não existe almoço de graça.
Você quer um salário maior sem produzir o suficiente para tanto? Alguém tem que pagar por ele.
FGTS, INSS, PIS, PASEP, Seguro Desemprego, Seguro Invalidez, bônus, distribuição de lucros e todos os direitos similares e de outras categorias são somente modos do governo ROUBAR quem trabalha.
A "mãe-governo" tem certeza que tu não consegue pensar sozinho na tua poupança ou na tua aposentadoria. A "mãe-governo" precisa te ajudar, tirando dinheiro do teu salário, guardando e investindo esse dinheiro para ti. E a "mãe-governo" não vai te retornar nem metade do que tirou de ti.

CLARO que o governo é uma merda e logo querem usar o FGTS para custear o BNDES, querem mexer no dinheiro dos fundos de pensão, etc...

Amigo, um salário de R$1.000,00 gera pelo menos mais R$600,00 de depósitos compulsórios em fundos administrados pelo governo. Dinheiro que VOCÊ trabalhou. Dinheiro que VOCÊ poderia estar decidindo o que fazer com ele. Dinheiro que poderia estar custeando TEUS investimentos, rendendo muito mais do que o percentual abaixo da inflação do FGTS ou o salário de fome do INSS.

Logo, LUTAR POR DIREITOS TRABALHISTAS é um tiro no pé absurdo.
Deixa a população acomodada. Tira dinheiro DO TEU BOLSO, tira dinheiro DA RUA, para colocar dinheiro nos "cofres públicos". Que logo vira obras ridículas ou é ROUBADO POR POLÍTICOS CORRUPTOS. (Como o do Paraná, por exemplo.)


Isso nos leva ao TERCEIRO ponto: Sindicatos banalizaram o conceito de greve.

Olha lá! MAIS GENTE DE VERMELHO!
Amigo, greve serve para o ponto de estresse máximo. É a última cartada no jogo de apostas entre empregadores e empregados. Quando a situação crítica é tão generalizada, que não há mais para onde correr.

Grever começaram porque, lá na revolução industrial, todos os donos de empresas fizeram um cartel, exigiam horas de trabalho realmente desumanas e pagavam verdadeiramente migalhas. Uma situação em que ninguém, em nenhuma empresa, tinha para onde correr.

Hoje em dia? Pff...
Tem categoria que já tem a "greve anual" marcada no calendário... Com anos de antecedência.
Na sua cidade tem greve de ônibus todos os anos? É... Na minha também.
E de professores? E de policiais? E de médicos?

O pessoal não quer nem saber... Chega o tempo do dissídio, a primeira reunião com os patrões não é positiva... todos já correm fazer greve.

Você notou o padrão em "quem faz greve no Brasil"?


Esse padrão nos leva ao QUARTO ponto: só funcionarismo público (ou concessões) faz greve no Brasil.

Vocês também estão vendo policiais parados
e pessoas atacando, ou eu estou louco, aqui?
Peraí. Deixa eu ver se eu entendi... Um bando de ordinários passa anos estudando, fazem uma prova e entram no serviço público. Tudo isso já sabendo como é a vida do funcionário público. Como são os salários, condições, estabilidade, etc... Sabendo que o serviço público é ofertado justamente porque o Estado considera essas funções VITAIS para o funcionamento do país.
Aí, na primeira oportunidade, esses infelizes funcionários públicos PARAM DE TRABALHAR para reivindicarem mais direitos!

E eles param valendo, sabe? Quem aqui nunca viu notícias de escolas que entram férias a dentro com aulas, por causa de greves? Quem nunca viu notícias de semestres perdidos em faculdades públicas devido às paralisações?
Pelo menos hospitais e policiais devem respeitar contingente mínimo. Pelo menos.

Pensamento infeliz de comunistas, amigo. Difundidos pelo câncer que são os Sindicatos. Porque, se há algo mais vagabundo e corrupto do que o governo e os funcionários públicos, só os sindicalistas, mesmo.

E o mais absurdo dessa situação toda: Funcionários públicos com estabilidade exigindo direitos para funcionários públicos eleitos. Direitos que serão pagos com dinheiro... de funcionários privados! (Que são os únicos que realmente geram riqueza.)

Ou seja: quem realmente deveria estar contra essa pataquada toda nem se pronunciou!

Mas o que acontece é que esses funcionários públicos não querem "perder a mamata". Gostam da estabilidade no emprego. Gostam tanto, que não cagam (trabalham) e não desocupam a moita (saem do trabalho).


Mais gente de vermelho...
E isso nos leva ao QUINTO ponto: Não gosta do teu emprego, amigo? Não concorda em como teu patrão está gerindo as coisas? Está insatisfeito com a tua carreira, salário, benefícios, etc...? SAIA DO EMPREGO!

Simples, amigo. Não gosta de onde trabalha? Se demita e vá trabalhar na concorrência. Tu é tão bom que nenhum emprego é suficiente para o teu nível? Abra a sua própria empresa, poxa vida!

Os tempos são outros. Bem diferentes. Não existe mais um cartel de empresários malvados que exploram os trabalhadores. Esqueça o pensamento comunista de "burguesia contra proletariado". Já evoluímos disso. Já transcendemos. Hoje você é livre para empreender. Tá certo, no Brasil empreender é difícil, o governo come a gente pela perna com impostos... mas não é impossível. É só querer.

O que não dá é para deixar crianças sem aula. O que não dá é para concordar com esses ~professores geniais~ que foram barrados por policiais e, mesmo assim, tentaram entrar na assembléia. E, mesmo assim, quiseram ficar em torno do local.

Os policiais estavam certos? CLARO QUE NÃO!
O governo estava correto? CLARO QUE NÃO!
Mas os professores, sindicalistas e "agregados" TAMBÉM NÃO ESTÃO CORRETOS!

Olha, amigo. Se o homem de farda, com a arma, escudo, bomba e o escambau diz pra mim sair de um lugar, EU NÃO SOU IDIOTA PARA PERMANECER ALI.
Claro que ficaria revoltado. Evidente que reclamaria com as partes cabíveis... Mas eu não sou louco de ficar parado em um lugar aonde um policial mandou que a população dispersasse. 

A primeira bomba estourou.
Tu vai pra casa procurar teus direitos?
Claro que não! Vamos pra cima da polícia!
Bem, hoje pela manhã uma ~jornaleira~ tentou discutir comigo que "é um absurdo que a polícia tenha passado duas horas jogando bomba em professores".
É mesmo, cara ~jornaleira~. Concordo. Se eu fosse professore e estivesse ali, na primeira bomba eu já teria ido pra casa. Aí eu estaria coberto de razão para reclamar, processar, etc... As bombas que os policiais jogaram por duas horas serviram para DISPERSAR A MULTIDÃO. Se a multidão continuou no local por DUAS HORAS, a culpa não é bem só dos policiais, né?

Fico imaginando a capacidade intelectual desses professores.
Fico imaginando a capacidade intelectual dessa ~jornaleira~.


Eu sigo na minha opinião.

1 - Não deveríamos nem ter serviços públicos. Por mim, privatizava tudo. Tudo mesmo. Inclusive Previdência, Segurança e Educação (olha só, os motivos da confusão de ontem!).
2 - Na iniciativa privada, se tu não gosta do teu trabalho, tu se demite e vai pro concorrente. O consumidor continua tendo o serviço que contratou e o mundo gira no eixo.
3 - Se a pessoa escolheu fazer um concurso, entrou para o quadro público e está trabalhando na sua função, não tem nada que ir fazer greve e contrariar a polícia.
4 - Professores que estavam em sala de aula, que estavam em casa ou que saíram do acampamento quando a polícia começou a dispersar a multidão não levaram bomba. Não sangraram.

Com esses professores eu aceito ter aula.

Agora, essa massa de manobra de sindicalista comunista? Esse bando de vagabundo? Esses têm mais que levar bomba em tudo na vida, mesmo.

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