quinta-feira, 25 de junho de 2015

Doutrinações nas Escolas

Vamos começar deixando claro uma coisa: a humanidade já produziu mais conhecimento do que qualquer pessoa consegue aprender no período de uma vida.
E eu preciso deixar claro que não estou fazendo julgamento sobre a qualidade do conhecimento, ainda. 

Entenda: nesse exato momento várias sinapses minhas se juntaram de modo que eu nunca havia feito antes. Relacionaram textos que eu li e compreendi perfeitamente, com textos que eu li e não compreendi corretamente, com as palestras que eu já assisti, com as minhas experiências de vida, com as conversas que eu já tive, com as minhas próprias conclusões que estão no perímetro, sobre esse assunto.
As sinapses se fecharam e criaram uma conclusão. O que eu estou fazendo aqui é tentar rastrear o caminho dessas sinapses. Tentando pegar o conhecimento contido dentro de cada sinapse na ordem que elas ocorreram e que fizeram sentido para mim, e colocar neste blog em um texto que deixe registrado o caminho e a conclusão que eu cheguei.
E essa conclusão, por si só, é mais um pedacinho de conhecimento que a humanidade adquiriu.
Por mais que a qualidade da minha conclusão não seja comparável com a qualidade da conclusão "E=mc²" de Einstein, a minha conclusão é mais um pedacinho de contribuição para o conhecimento humano.

Você nota, então, que as dezenas de bilhões de pessoas que já caminharam sobre a Terra contribuíram com o conhecimento humano? Cada um do seu modo particular deixou algo para o todo.
E você nota que, desse total do conhecimento humano, uma fração ínfima foi registrada? E, mesmo sendo uma fração mínima, estamos falando de bilhões de títulos. talvez trilhões de ideias.

Consegui te fazer concordar comigo que a humanidade já produziu muito conhecimento?

Bem. Dessa quantidade absurda de conhecimento produzido e documentado, temos ainda a divisão de qualidade do conhecimento.

Todos aqui sabemos que sangrias não são tratamentos efetivos para cura de doenças, né? Todos aqui sabemos que os diversos títulos medievais que versavam sobre sangria são... inúteis. Imagine a ideia: em uma época que não conhecíamos anti-tetânica ou antibióticos, curandeiros realmente acreditavam que fazer um corte em alguma veia de um doente e deixar que ele perdesse sangue (!!!) realmente ajudaria a curar a doença!

Também temos aquelas crendices sem fundamento algum, mas que funcionam. Conhecimento que nós sabemos que é besteira. Conhecimentos que NENHUM DE NÓS usa para apostar nosso dinheiro, por exemplo. Mas que, de uma forma ou outra, acerta. Quem aqui nunca tomou um chá de boldo para curar dor de estômago?

E, por fim, temos aquele grupo de conhecimentos que nós sabemos que funcionam. Nós não chamamos mais esses conhecimentos de "leis", porque temos um método científico para ficar testando eles constantemente. Apesar desses conhecimentos funcionarem, nós sabemos que eles não estão completos e tentamos quebrá-los o tempo inteiro. Alguém traz uma ideia. Se ele tem alguma consistência, é chamada de "hipótese". A hipótese é testada. Se a ideia passa no teste, ela se transforma em teoria. E é aí que mais pessoas passam a pensar sobre a ideia. Criam mais testes para a ideia. Ser um cientista é estar constantemente duvidando daquilo que é falado. É pegar uma ideia e tentar provar que a ideia está errada, todos os dias. É pegar o resultado de um teste e simplesmente não saber como ele se encaixa com o resto das ideias do mundo. Esse tipo de abordagem nos leva a mais uma ideia. Que leva a mais uma hipótese. Que leva a mais uma teoria, prontinha para gente quebrar com os nossos testes.

De teste em teste nós vamos chegando mais próximos das verdades.

Apesar de nunca chegarmos nas verdades. Assim como você nunca conseguirá chegar ao zero com sucessivas divisões.

Falei tudo isso para fundamentar o que é (ou deveria ser) a escola.

Demora muito tempo para chegar ao entendimento necessário para criar um computador ou SmartPhone. Ninguém conseguiria criar um iPhone sozinho. Mesmo que começasse a estudar aos dois anos de idade, uma única pessoa não conseguiria criar toda a base teórica para fazer um aparelho.

Nas palavras de Newton: "Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes".


Nas palavras do Arthur, o maior preguiçoso da história da humanidade: PRA QUE reinventar a roda, se já tá pronto?

A escola deve ser um ambiente aonde as crianças tomam contato com o máximo possível de ideias. Um lugar aonde nós, adultos bacanas, compartilhamos o máximo de conceitos para a próxima geração. Assim, os novos adultos de daqui 20 anos poderão iniciar suas contribuições para o conhecimento humano a partir de onde a gente parou.
Um andar a mais na Torre de Babel.

Assim sendo, faz sentido escolhermos e ensinarmos só os melhores conteúdos para a próxima geração. Queremos a próxima geração no andar mais alto possível. Afinal de contas, poxa vida, são nossos filhos. Pessoas que amamos incondicionalmente, não? Pra que colocar a próxima geração a fazer as fundações do conhecimento, se podemos dar para eles a inacreditável vista da cobertura?

Acontece que algumas pessoas insistem em negar o método científico. "Ele não é perfeito!" - bradam. Mas se esquecem que é o melhor que já conseguimos fazer. Tá ruim? Contribua com o conhecimento humano e faça melhor.

Mas não. Essas pessoas negam o método científico e oferecem mais crendices no lugar. Querem substituir conceitos comprovados por testes pelos seus achismos infundados.
E é tanta besteira que essas pessoas tentam colocar no currículo da próxima geração. Criacionismo é o exemplo clássico. Sempre tem um religioso querendo enfiar suas bobagens da fé na cabeça das crianças.

E você sabe o nome que damos quando alguém quer incutir ideias não comprovadas na cabeça dos outros?
Simples: Doutrinação.

O papel do professor em sala de aula é claro: incitar a curiosidade.
O conteúdo exite em livros e na internet (virtualmente em qualquer lugar). A curiosidade é única coisa que uma pessoa precisa para aprender sobre qualquer assunto. Aquela força de vontade necessária para se debruçar sobre o problema, até alcançar o prazer de conseguir resolver o quebra-cabeças.
Mas o que acontece nas nossas escolas passa ao largo disso. Nossas crianças andam sendo doutrinadas por professores. O próprio material oferecido pelo MEC é parcial e tendencioso.

E no Rio Grande do Sul a doutrinação chegou a um extremo ridículo. Nessa semana foi votada uma lei que incluiria a Ideologia de Gêneros nos currículos escolares.
Basicamente algum retardado acha que o sexo de uma pessoa é um construto social. Assim como você pode escolher qual roupa usa, qual filosofia de vida segue, qual time torce, a qual "tribo" pertence, qual religião segue, qual profissão desempenha... esses malucos acham que você pode escolher o seu sexo.

Não preciso dizer que isso é uma alucinação, né?
Se usarmos o método científico nessa hipótese, ela não resiste sequer ao primeiro teste.
Nesse ano houve um evento feminista no Paraná para discussão de vários temas, inclusive a Ideologia de Gêneros.
Um homem hétero entrou no evento se dizendo um transexual mulher. As meninas foram OBRIGADAS a aceitar, devido sua ideologia.
Esse homem se instalou em um dos quartos das meninas. Usava o banheiro coletivo das meninas. E se agarrou com uma menina durante um banho. Ao ser inquerido, ele disse que era um transexual mulher lésbico.
CLARO que o cara aplicou o maior golpe possível nessas malucas. Mas COMO elas iriam colocar o homem para fora do evento sem concordarem que tudo o que elas acreditam está errado?
Bem, algumas meninas expuseram o caso. Solicitaram que o homem fosse retirado do evento. E foram hostilizadas pelas demais.


No fim, um homem entrou em um evento feminista, invadiu a privacidade das mulheres, viu várias delas nuas, dormiu com mulheres, fez "barba, cabelo e bigode" na refutação da ideologia de gênero delas.

Ideologia de Gênero é besteira. Uma espécie de "pedra filosofal" do conceito de homossexualidade. Uma forma utópica da sociedade aceitar que existem pessoas com comportamento sexual diferente do sexo do seu corpo. Mas, ao invés de abraçar a ciência e mostrar essas diferenças no nível molecular, citando hormônios que causam a diferenciação do sexo mental com o sexo físico, apresentando um método que explicasse o nascimento de heterossexuais e homossexuais, a Ideologia de Gênero quer impor uma doutrinação nas pessoas. "Agora é assim, aceitem e não falem mais nisso!"
Ou seja: é uma bobagem que estavam querendo colocar para as nossas crianças.
Um conhecimento de qualidade duvidosa. Que gastaria o tempo precioso das crianças. Tempo, esse, que poderia ser utilizado para passarmos para as crianças matemática, engenharia, física, química, computação, biologia ou qualquer outro ramo com conhecimento verdadeiro.

E você nota o nível da bobagem quando olha a sessão de votação da lei. Quando vê a reação das pessoas que apoiam essa ideia, contra alguém que as opõem.
Abaixo, o vídeo do deputado estadual Marcelo Van Hatten explicando seu voto contrário ao ensino da Ideologia de Gênero nas escolas. E toda a reação dos apoiadores dessa lei. Quando chega ao nível de "torcida de estádio de futebol", é porque não tem mais volta...


Amigos, nunca permitam que ninguém use a escola para doutrinar seus filhos.
Perguntem todos os dias sobre o que foi ensinado em sala de aula.
Saibam o que estão falando para os seus filhos.
Corrijam qualquer tipo de doutrinação no mesmo dia que a notarem.
Ensinem seus filhos a pensarem por si próprios.
Não deixem que seus filhos percam o valioso tempo de vida (que não volta nunca mais) vivendo ideias comprovadamente erradas. Fanatismo religioso, comunismo, nazismo, fascismo, populismo, ódio a minorias, entre tantas ideias medíocres que podem infectar a cabeça da próxima geração.

Proteja o nosso futuro.
Faça seu trabalho.
Não crie um novo Hitler.

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