terça-feira, 9 de junho de 2020

As 12 Leis do KARMA

Você que me conhece deve estar completamente confuso, agora.
"Como assim, o Arthur falando de espiritualidade???"

E pra falar a verdade, eu não só te compreendo como peço desculpa.
Se colocássemos todas as pessoas do mundo em ordem de espiritualidade, provavelmente sequer permitiriam eu entrar na fila. Eu ficaria em algum grupo de fora, só olhando e rindo da logística para organizar 7,6 bilhões de pessoas.

Mas não é porque eu esteja completamente desconectado dos mistérios da fé que eu não possa ler e me informar sobre o que se passa com esse tema.

Para ser sincero, eu trato tudo com o método científico.
Ideias soltas são hipóteses. E hipóteses são meros devaneios, tentativas de explicar algum fenômeno.
Quando você pega essa hipótese e submete ela a um teste padronizado, você verifica se essa ideia passou ou não. Se a hipótese não passar no teste, é hora de abandoná-la. Procurar ideias melhores. Talvez o próprio resultado do teste tenha algumas pistas preciosas. Se a hipótese passou no teste, ela se transforma em uma teoria. Teorias são ideias que passaram por pelo menos um teste que tentou provar que a hipótese é falsa. Mas não é porque passou em um teste que a teoria se tornou verdade. Precisamos colocar a teoria à prova a todo momento. Quantas vezes forem necessárias. Cada novo teste deve ser como um chefão de vídeo games e ser mais e mais forte para matar a teoria. Dos caquinhos dessa briga a ciência pode criar novas hipóteses e assim evoluir o conhecimento humano, trazendo melhora de vida para todos nós.


Porque eu falei tudo isso em um texto sobre As 12 Leis do Karma?


Porque lendo as 12 leis do karma eu vi que muita coisa escrita ali se tornou base ou conclusão para ideias científicas que temos hoje. Sendo bem sincero, algumas partes parecem simplesmente ciência feita em uma época e lugar que as pessoas simplesmente não sabiam o que era ciência. Então, eles colocaram espiritualidade nas lacunas de conhecimento em vez de continuarem explorando. E eu não acho certo jogar todo o trabalho de alguém fora só porque essa pessoa chegou no seu limite e esse limite é inferior ao que sabemos hoje. De certa forma, dá para ver divulgação científica em termos que espiritualizados conseguem entender. Basta aprofundar um pouquinho cada lei do Karma.




Por exemplo a primeira lei do Karma: "Tudo que nós colocarmos no Universo, o Universo vai devolver para nós." Isso é física newtoniana básica. Lei de ação e reação. "Para cada ação existe uma reação igual e em sentido oposto." E por mais maluco que pareça, essa lei funciona muito bem para os corpos inanimados e até mesmo para os seres vivos. Desde os seres mais simples reagindo aos estímulos que recebem até os seres superiores com seus instintos, raciocínios e inteligências. Até mesmo nós, humanos, em sociedade. Nosso senso de justiça primata quase que nos manda revidar qualquer estímulo que tenhamos. E quando não conseguimos revidar fisicamente, guardamos o estímulo dentro de nós na forma de emoções. Quem quer que tenha trazido essa característica do dia a dia para uma lei do karma foi muito perspicaz.   



A segunda Lei do Karma é simples e muito óbvia: "A vida não acontece sozinha, nós precisamos fazer ela acontecer." Há dois sentidos nessa frase. 

O primeiro, muito científico, diz respeito à criação da vida em si. Ela precisa ser criada para existir, ela não acontece sozinha. Já descobrimos que todos os átomos vêm do bigbang, de estrelas e de supernovas. Como dizia Carl Sagan, nossos corpos são compostos de elementos gerados no interior e na explosão de estrelas. E chegaram até a gente quando estrelas explodiram e jogaram seu conteúdo no Universo. Esse conteúdo esfriou, virou poeira estelar. Aglutinou-se em uma nuvem. E por algum capricho da gravidade voltou a formar uma outra estrela. Essa estrela manteve um disco de poeira, dessa vez rico em elementos diversos. Esse disco criou planetas com uma química mais rica. Química essa que reagiu em si até criar os primeiros seres, muito simples. As leis da evolução foram transformando esses seres até o que vemos hoje. De certa forma, nós somos o Universo. Somos uma forma do Universo ver a si mesmo. Sendo nós parte do Universo e sendo o Universo o criador da vida como conhecemos, de certa forma nós mesmos nos criamos.
Aí chegamos no segundo jeito de ler essa lei do karma: nós precisamos atuar para que as coisas aconteçam na nossa vida. Eu tive a ideia para esse texto há dois meses. Deixei as imagens salvas no meu computador e me concentrei em um milhão de outras coisas. Eu poderia nunca ter agido e jamais colocado esse texto no blog. E se eu não publicasse essas ideias, elas se perderiam mais cedo ou mais tarde. É necessário colocarmos esforço nos nossos sonhos para construir a vida. Porque a vida não acontece se a gente não arregaçar as mangas e continuar construindo ela.

A terceira Lei do Karma fala que "é necessário aceitar algo para poder mudá-lo". Eu sei lá quem ou quando criaram essas 12 leis. Mas olha aí o primeiro estágio da mudança e do luto descritos em tantos livros de psicologia. Ciência humana não é boa o suficiente? A própria matemática, mãe de todas as ciências exatas, tem como premissa: "se a fórmula parte de uma premissa incorreta, seu resultado é incorreto". E o motivo é bem óbvio: se você não tem domínio do ponto de partida do seu trabalho, você criará planos sem ter todas as informações do que vai lidar. É como construir uma casa em um terreno que não foi devidamente plainado. As fundações serão construídas fora de nível. E o resultado será paredes e telhado tortos.
Precisamos aceitar a realidade das coisas. Nos cercar de cada informação possível no início do trabalho. Para, então, conseguirmos fazer mudanças reais. Tanto dentro da gente quanto no mundo que nos cerca.



A quarta Lei do Karma nos diz que "quando mudamos nós mesmos nossa vida nos segue e muda também". Sociólogos, pedagogos, psicólogos e nutricionistas têm muito a contribuir com isso. E até a minha profissão de agilista segue isso. Einstein dizia que "não há maior prova de loucura do que fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultados diferentes". Essa frase diz simplesmente que se você quer um resultado diferente na sua vida, você precisa começar a fazer algo diferente a partir de nós mesmos. Se eu quero emagrecer, eu preciso mudar meus hábitos de refeições. Qualquer atitude extrema que não mude o que a pessoa é apenas trará resultados esporádicos. Larga a dieta, o peso volta. Enquanto agilista, meu foco é mudar a cultura da empresa. Eu tenho que fazer as pessoas pararem de trabalhar no modelo tradicional e engajarem no modelo ágil. Eu posso pegar o pessoal pela mão e obrigar eles a fazerem todas as cerimônias e documentos. Posso ensaiar à exaustão para eles dizerem a coisa certa na hora certa. Mas se eles não mudarem a si mesmo para o modelo ágil, assim que eu sair de perto eles voltarão para o modelo tradicional. Mudanças de verdade exigem que a gente comece mudando o nosso interior. E quando mudamos a nós mesmos, passamos a ver o mundo inteiro de modo diferente. Passamos a agir dentro desse mundo de modo diferente. E nosso comportamento passa a influenciar o mundo inteiro. É assim que a cultura muda. Requer esforço e tempo.


A quinta Lei do Karma foi a que conectou ciência e espiritualidade na minha cabeça. Ela diz que "nós precisamos assumir a responsabilidade por tudo o que está nas nossas vidas". Na agilidade existe uma ferramenta chamada "Extreme Ownership". Essa ferramenta foi criada para administradores de empresas. Diretores, gestores, coordenadores, líderes de modo geral. E para qualquer funcionário que queira realmente fazer a diferença no seu trabalho. Basicamente, essa ferramenta introduz o conceito de que tudo o que acontece dentro do teu time e da tua empresa é direta ou indiretamente tua responsabilidade. Essa ferramenta diz para você ser verdadeiro consigo mesmo. Parar de dar desculpas. Tomar as rédeas da sua própria vida e garantir que as coisas sejam feitas do modo que devem ser feitas. E quando os erros acontecerem - e eles vão acontecer - tomar a responsabilidade sobre o que aconteceu. Descobrir porque os erros aconteceram. Traçar estratégias e táticas melhores para descobrir o que você pode fazer para garantir que o erro não ocorra mais. Mesmo que você não tenha errado diretamente. Mesmo que o erro seja de outra pessoa, de outro time, de outro setor ou de outra área da empresa. O time vence e perde em grupo. O goleiro que tomou 11 gols perde da mesma forma que cada um dos outros 10 jogadores que fizeram um gol cada um. Extreme Ownership conta que só conseguimos mudar de fato as nossas vidas quando tomamos a responsabilidade em nossas mãos. Quando paramos de culpar terceiros, o azar ou o acaso por nossa situação.


 A sexta Lei do Karma é física newtoniana, também. Ela diz "o passado, o presente e o futuro estão todos conectados". A física newtoniana explica a entropia. E a entropia é o conceito de caos na física. Um estado da existência onde as coisas não estão organizadas. O Universo tem a tendência de partir de um ponto mais organizado para um ponto menos organizado. É necessário aplicação de trabalho e forças para contrariar a entropia e partir de um ponto desorganizado para um ponto organizado. E esse conceito de "partir de um ponto para outro" é o que a física chama de "flecha do tempo". Ela se move em apenas uma direção. Vem do que chamamos de "passado", nós viajamos no que chamamos de "presente" e sabemos que essa flecha está se movendo para o que chamamos de "futuro". A física de Einstein explicou melhor como o tecido do espaço-tempo funciona e como matéria influência intimamente o tempo. Mas mesmo na física de Einstein, eventos que passaram influenciam os eventos que a sucedem. Uma ação feita hoje tem impacto na realidade de amanhã. Tudo está conectado e se você não tem consciência disso, você tem muitos problemas na sua vida. Problemas óbvios como ser mau para uma pessoa hoje e não contar com a ajuda dessa pessoa amanhã. Problemas mais complexos, como não poupar dinheiro hoje e amanhã passar necessidades por não ter dinheiro.

Eu gosto de dividir meu passado, meu presente e meu futuro em três "Arthures". O Arthur do passado eu sempre vejo como um pirralho inconsequente, de boné vermelho do Inter. Um borra bostas que fez escolhas imbecis e me trouxe até a situação que estou hoje. O Arthur do presente sou eu. Sempre reclamando do Arthur do passado. E tentando não fazer com o Arthur do futuro sofra comigo o que eu tô sofrendo com o Arthur do passado. E o Arthur do futuro eu imagino sempre como eu quero ser. O Arthur ideal. Todos os problemas que eu tenho hoje, resolvidos. E esse Arthur é um mala. Um chato. Puta que me pariu, o Arthur do futuro está a todo momento julgando as coisas que eu estou fazendo, através das suas memórias. Ele briga comigo a cada hambúrguer que eu como. "Essa porcaria vai me deixar gordo, você quer me matar?".
Quando você conecta passado, presente e futuro, você consegue planejar sua vida. E o resultado será tão bom quanto o plano e a execução que você fez.

A sétima Lei do Karma diz que "nós não podemos pensar em duas coisas diferentes ao mesmo tempo". Aí é biologia, mesmo. Nós podemos mudar de assunto muito rapidamente dentro da mesma fala. Mas só conseguimos dar atenção plena a uma coisa por vez. Na minha área de desenvolvimento de sistemas nós brigamos para organizar os times no sentido de cada pessoa fazer uma coisa de cada vez. O lema da ferramenta kanban é "pare de começar e comece a terminar" justamente para focar uma coisa de cada vez. Quando um mesmo funcionário trabalha em mais de uma tarefa, ele na verdade está criando "estoque de trabalho" em uma tarefa que está parada, enquanto trabalha na segunda tarefa. Esse "estoque de trabalho" é dinheiro jogado fora para a empresa.
O mesmo vale para a vida pessoal. Embora tenhamos diversas áreas dentro da nossa vida, precisamos priorizar o que vamos dar mais atenção o tempo inteiro. Família, amigos, lazer, trabalho, estudos, etc... é necessário concentração em um item para desempenhar ele direito. E todos nós notamos quando alguém se engana dizendo que está fazendo tudo ao mesmo tempo, mas não estamos recebendo a atenção que achamos que merecemos.
Um vendedor de loja que atende 2 clientes, não atende cliente nenhum...


A oitava Lei do Karma diz que "nosso comportamento deve seguir nossos pensamentos e ações". É basicamente tentar não mentir. Não apenas para os outros, mas principalmente para nós mesmos. Passa por aceitação de quem somos de verdade. Porque nós somos o resultado das nossas ações. Nós só somos nossos pensamentos quando os nossos pensamentos realmente são materializados via nossas atitudes. E, novamente, nós só conseguimos criar projetos efetivos se trabalhamos com princípios verdadeiros. Por isso, precisamos ser verdadeiros conosco e com os demais. Em tempos de política excessiva, onde as pessoas escolhem as verdades que vão contar ou não umas para outras, nosso mundo como um todo está rumando ao caos por contrariar esse princípio simples. 






A nona Lei do Karma invoca novamente a psicologia. "Você não pode estar presente se você vive no passado." A nona lei está conectada intimamente com a sexta. Tudo está conectado, mas você precisa estar no presente, focando no futuro. O passado é excelente professor, nos ensina muito sobre o que erramos e acertamos, mas ele não volta. A flecha do tempo não volta e não adianta ficar preso em um momento querendo arrumar ele. A consequência da nona lei do karma está intimamente ligada com a décima lei do karma. 









A décima Lei do Karma diz que "a história se repete até nós aprendermos com ela e mudarmos nosso caminho". Na agilidade, temos um momento que chamamos de "retrospectiva". Nós trazemos os fatos que ocorreram no último período de trabalho e apresentamos para o time. O time discute, entende e cria planos de ação para continuar fazendo coisas boas e consertar coisas ruins. Isso é basicamente olhar para o passado para aprender com ele, mas garantir que faremos ações hoje para mudar o futuro para melhor. 








A décima primeira Lei do Karma nos dias que "as recompensas mais valiosas requerem persistência". Olha aí a frase de academia, né? "Sem dor, sem ganho." "No ano que vem você vai desejar ter começado hoje." O fato é que nossas vidas são longas. Já escrevi textos aqui deixando claro que "YOLO" é uma besteira. Dez anos de foco já garantem um sucesso bem interessante na vida de qualquer um. A vida maçante de fazer todos os dias a mesma coisa gera resultados perenes. Grandes recompensas exigem grandes planos. E grandes planos exigem grandes esforços. E para suportar esse esforço, você deve ter persistência.





A décima segunda Lei do Karma nos diz que "as recompensas são resultado direto da energia e trabalho que nós fazemos". Aqui entramos em economia. A meritocracia diz exatamente isso. A biologia também diz isso através da evolução das espécies. Existe todo um pessoal que parece não entender como funciona. Eu vou tentar explicar.
Tanto a meritocracia quanto a lei do mais apto dizem que aqueles que mais se esforçam, ganham melhores recompensas. Na lei da selva, isso significa viver mais um dia para se reproduzir e assim persistir sua espécie. Na lei da selva de pedra, isso significa fazer as coisas certas no mercado para ganhar mais dinheiro hoje e, assim, ter mais dinheiro amanhã.
Geralmente o povo anti-ciência não entende como a evolução funciona. Eles não compreendem "como um macaco pode ter se transformado em um homem" Dica: foi um primo comum, não foi um macaco. Mas eu entendo a questão. Como um animal se transforma em outro? Simples: através de seleção natural. Seleção é escolha. Natural é porque acontece naturalmente, através de mudanças na natureza, mesmo. A Índia se chocou com a Ásia. O Himalaia cresceu demais. As chuvas se concentraram na região formando as monções. O Saara e a África secaram. Menos água, menos florestas. Nossos antepassados que estavam protegidos nas árvores passaram a ter que andar no chão. Aqueles que tinham pés parecidos com os dos macacos, bons para árvores e ruins para o chão, eram alcançados e devorados por predadores. Ou não conseguiam ir muito longe e não alcançavam boas áreas de frutas e caça e morriam de fome. Aqueles indivíduos que nasceram deformados, com pés um pouco melhores para andar no chão do que nas árvores conseguiam fugir dos predadores e alcançar outras árvores com mais comida. Viviam mais um dia. Podiam reproduzir mais. Passavam o gene do pé deformado à frente. E esse gene foi mudando com o passar das gerações, se deformando cada vez mais do pé do nosso primo parecido com macacos até se parecer com o pé que temos hoje. Não tem nada a ver com ser o mais forte ou o mais esperto.
Geralmente o povo anti-mercado não entende meritocracia. "O funcionário do chão da fábrica se esforça mais do que o patrão, porque ele ganha menos?" Dica: porque o funcionário do chão da fábrica está jogando o jogo de forma errada. Mas eu entendo a questão. Como pode uma pessoa se esforçar mais e não ser recompensada de acordo com a medição do esforço? Não parece justo. O problema é que o esforço medido pelo mercado não é o físico. As pessoas têm problemas. Comida, vestuário, saúde, segurança, moradia, transporte, lazer, educação, romance, etc... As pessoas te valorizam pela tua capacidade de resolver os problemas delas. Quanto mais importante for o problema que você resolve de mais gente, mais as pessoas vão dar valor ao teu trabalho. Mais pessoas vão querer o resultado do teu trabalho, porque o resultado do teu trabalho ajuda a vida delas. Se você tem tempo para atender uma pessoa e duas disputam o resultado do teu trabalho, você pode iniciar um leilão. A pessoa que pagar mais vai ficar com o resultado do teu trabalho. A pessoa que pagar menos vai ficar sem. Leilões são cruéis. Leilões são terríveis. Eticamente falando, se você faz leilões você é uma pessoa horrível... e normal. Todos nós fazemos leilões o tempo inteiro. Tudo o que fazemos hoje em dia na nossa vida é alguma forma de mercado. Aquela mulher linda que tem 50 pretendentes está fazendo um leilão da sua beleza agora mesmo. Ela colocou esforço para realçar a sua beleza natural e assim ela terá como recompensa o melhor homem que ela puder escolher. O dono da empresa se aventurou a criar uma solução para um problema. Investiu dinheiro, tempo e esforço sem ter certeza se esse investimento teria procura. Ele é o responsável legal pela solução que ele colocou no mercado. E ele é responsável por todas as pessoas que emprega. Ele gera uma solução para um problema de uma quantidade grande de pessoas. O trabalhador de chão de fábrica é bom em fazer o trabalho dele. Esse trabalho específico pode ser feito em algumas empresas, que são as clientes do trabalhador. Ele ganha pouco porque ele resolve o problema de pouco clientes. E se o problema que o trabalhador resolve não for altamente especializados, há muitos outros trabalhadores que podem fazer o mesmo trabalho. McDonald's paga pouco porque qualquer um pode assumir uma chapa no restaurante. Não importa o esforço que o trabalhador faça, há mais trabalhadores do que vagas. Assim, o McDonald's pode fazer um leilão: "quem paga mais (recebe menos) para ter a vaga de trabalho?"
Nesse contexto, "meritocracia" é basicamente você se esforçar... para resolver um problema grande de uma quantidade enorme de pessoas.
(Claro, aqui temos reserva de mercado, corporativismo, empresas estatais, coronelismo, cartel, monopólio e todo tipo de estrutura feita para deturpar o leilão natural de produtos e serviços. Essas práticas deveriam ser crimes, mas algumas delas são feitas pelo próprio Estado...) 


Achei bem interessante como as 12 Leis do Karma tem paralelos surpreendentes com bom senso e ciência.
Não sou lá o cara mais espiritual do mundo, mas de certa forma eu sigo bem essas Leis do Karma.

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