sábado, 7 de maio de 2011

Instituições Falidas.

Nem sei por onde começar direito. Estou tão puto da vida e tenho tanto para falar que as ideias não se organizam na mente.

Não compreendo o que leva pessoas a não cumprirem os seus prazos, tendo o recurso para saldá-los. Preferirem gastar com excentricidades do que com o básico é algo que me revolta, e é a tônica da família moderna. Já cansei de falar isso aqui. As vontades efêmeras sendo postas como prioridade, sobre as necessidades fisiológicas mais básicas, inclusive.
O ser humano chegou à um nível de degradação tal que a minha esperança já nem faz de mim mais um tolo... Sou um maluco mesmo. Um pirado que merecia estar em uma cela acolchoada, com uma camisa de força. Totalmente desconectado da realidade. Talvez só não tenha sido interditado ainda porque pareço manso.

Então, continuando com meu devaneio, repletos de contas para pagar por coisas que não precisam, os indivíduos - despreparados - passam a gastar seu precioso e não-retornável tempo "trabalhando". Isso é o início da ruína da instituição trabalho, onde temos legiões de acéfalos que não fazem a labuta do dia-a-dia por ideais, bem-comum ou necessidade do todo; Essa merda de consumismo - motor do neo-capitalismo - faz com que as pessoas tenham que ganhar dinheiro para gastar com bobagens. E, como só gastam com bobagens, só há bobagens para serem vendidas. Portanto, como só se produzem bobagens, significa que o resultado dos trabalhos das pessoas são bobagens.

Nos matamos de tanto trabalhar em linhas de montagem, para produzirmos porcarias que não são decisivas para nada na vida das pessoas.

Assim, temos o dinheiro suficiente para comprar as porcarias que os outros produzem.

Essa legião de pessoas, que vagam sem noção pelos ofícios do dia-a-dia, se acostumaram tanto com a ineficiência, que não fazer nada o dia todo é normal. Defender a sua posição confortável de fazer muito pouco ou nada é regra.

Assim, empresas surgem todos os dias sem importância alguma para o todo e sobrevivem "sabe-se lá como" com funcionários medíocres que só esperam pelo seu salário no final do mês.

E as "empresas agregadas" surgem a cada momento. Cada qual querendo provar que é parte fundamental de um todo altamente dispensável. Procurando brechas, hora aqui, hora ali, tentando se fazer necessária por força de lei...

E, no final, tudo isso só faz com que as pessoas fiquem com suas vidas mais atarefadas. É sempre uma senha, um cartão, uma assinatura a mais... Uma estúpida regra ou "modo de fazer" que se soma à todos os outros... Nos fazendo perder nossa vida imersos em um "way of life" que não nos beneficia em nada...

Porque, afinal de contas, nós pagamos para os bancos guardarem nosso dinheiro?
Porque esses mesmos bancos acham válido cobrarem para fazermos movimentações do nosso dinheiro? Já não é suficiente eles reterem enormes quantias e trabalharem com elas?

Nesse dia das mães (meramente referencial) eu estou esperando um maldito dia útil para poder utilizar o meu dinheiro. Contas estão atrasando. Estou deixando de aproveitar dois dias da minha vida, de comer algo legal, de colocar créditos no meu celular, de sair, assistir um filme, talvez perdendo oportunidades, sei lá... Porque a colega de trabalho não pode digitar minha agência, conta e valor do meu salário no internet banking da firma, para efetuar uma transferência. Em vez dessa praticidade, ela preferiu preencher e me passar um maldito cheque na quinta, depois do horário de expediente bancário. Cheque este que, ao ser depositado na sexta-feira ao meio dia (único horário possível para depositá-lo) passa por uma norma ESTÚPIDA, à qual não fui signatário em nenhuma cláusula do meu contrato de abertura de conta, de compensação de cheque em 1 dia útil, pelo Banco do Brasil.

Não. Não vou morrer por causa de quatro dias. Mas acho o cúmulo do absurdo reterem e trabalharem com o meu dinheiro, sem me darem o acesso devido ao que é meu de direito, só por causa de normas estúpidas.

Piora quando os canais de comunicação (tanto com a empresa quanto com o banco) são intransigentes e ineficientes ou, simplesmente, mal-intencionados.

Agora quero saber... E se eu dependesse realmente deste dinheiro para presentear a minha mãe... ou para simples subsistência... Quem iria arcar com os danos morais? E os juros das contas que estão atrasando? Quem vai pagar?

Sinto-me altamente lesado e gostaria de ser ressarcido deste dano que estou tendo.

Talvez, hajam duas formas de encontrar real paz e sentido na vida:
1 - Acabar com esse sistema estúpido de vida;
2 - "Os incomodados que se retirem" - neste caso, eu me retirar.

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