Ontem, saí do Cinema com um gostinho de "esperava mais" na boca. O Tropa de Elite 2 não parecia ter sido tão profundo como o primeiro. Tão aclamado, cheguei a pensar que era mais um ufanismo, como quando "Central do Brasil" concorreu com "A Vida é Bela" pelo Oscar e perdeu. Aliás, lembro vividamente que, naquele tempo, sem assistir a nenhum dos filmes, fiquei revoltado com a derrota do filme brasileiro. Depois de assistir a "Central do Brasil" fiquei mais revoltado com a derrota. Porém, depois de assistir "A Vida é Bela" - único filme que me fez chorar até hoje - , notei o quanto os filmes nacionais são superficiais, sem roteiro e mal produzidos.
Porém, voltando ao Tropa de Elite 2, após o impacto inicial, fiquei me perguntando: "Porque não gostei do filme?"
O Tropa de Elite 1 parece que falou diretamente comigo. Como o foco era dizer que o Drogado da classe média/alta era o principal culpado pelo tráfico, o filme envolveu pessoas que eu conhecia, em um contexto (faculdade, trabalho, etc...) que me toca. Conheci e conheço muitos "universitários" e "playboys e patricinhas" que se entopem de drogas. No Tropa de Elite 1, o roteiro aponta para essas pessoas e exclama: "São vocês quem financiam essa porra!".
Agora, o Tropa de Elite 2 não me tocou. E não me tocou porque o filme aponta para outra crítica. Não está mais querendo apontar quem financia o tráfico de drogas. Dessa vez, como diz o sub-título, "o inimigo é outro". A mazela do sistema abordada nesse filme é a política e a sua relação com as máfias. Nesse filme, o "dedo de seta" que o roteiro aponta são as pessoas que, muitas vezes por coação, falta de inteligência e/ou oportunismo, tornam seu voto moeda de troca. Milícias formam "currais eleitorais" nas favelas outrora dominadas por traficantes e vendem essa massa de votos para políticos mais corruptos ainda. Logo, a crítica é para as pessoas que possuem pouco ou nenhum discernimento político.
Só acho que faltou algum "Capitão Nascimento" batendo na cara de um morador da favela, logo após ter votado errado, exclamando: "quem mantém esses políticos de merda no poder é você!"
Assim, acabei notando que esse filme não me tocou porque não foi feito para tocar a mim. Não há amigos meus retratados. No primeiro filme, o culpado era o mauricinho (pela compra de drogas) e a vítima era o morador da favela, o meio era o tráfico. Agora, o culpado (pelo voto incorreto) é o morador da favela e a vítima é a sociedade em geral, o meio é o sistema corrupto.
Enfim, assim como no primeiro filme, acho que certas cenas são desnecessárias. Há muito sangue que poderia ter sido abordado de outra forma, em outro ângulo.
Porém, voltando ao Tropa de Elite 2, após o impacto inicial, fiquei me perguntando: "Porque não gostei do filme?"
O Tropa de Elite 1 parece que falou diretamente comigo. Como o foco era dizer que o Drogado da classe média/alta era o principal culpado pelo tráfico, o filme envolveu pessoas que eu conhecia, em um contexto (faculdade, trabalho, etc...) que me toca. Conheci e conheço muitos "universitários" e "playboys e patricinhas" que se entopem de drogas. No Tropa de Elite 1, o roteiro aponta para essas pessoas e exclama: "São vocês quem financiam essa porra!".
Agora, o Tropa de Elite 2 não me tocou. E não me tocou porque o filme aponta para outra crítica. Não está mais querendo apontar quem financia o tráfico de drogas. Dessa vez, como diz o sub-título, "o inimigo é outro". A mazela do sistema abordada nesse filme é a política e a sua relação com as máfias. Nesse filme, o "dedo de seta" que o roteiro aponta são as pessoas que, muitas vezes por coação, falta de inteligência e/ou oportunismo, tornam seu voto moeda de troca. Milícias formam "currais eleitorais" nas favelas outrora dominadas por traficantes e vendem essa massa de votos para políticos mais corruptos ainda. Logo, a crítica é para as pessoas que possuem pouco ou nenhum discernimento político.
Só acho que faltou algum "Capitão Nascimento" batendo na cara de um morador da favela, logo após ter votado errado, exclamando: "quem mantém esses políticos de merda no poder é você!"
Assim, acabei notando que esse filme não me tocou porque não foi feito para tocar a mim. Não há amigos meus retratados. No primeiro filme, o culpado era o mauricinho (pela compra de drogas) e a vítima era o morador da favela, o meio era o tráfico. Agora, o culpado (pelo voto incorreto) é o morador da favela e a vítima é a sociedade em geral, o meio é o sistema corrupto.
Enfim, assim como no primeiro filme, acho que certas cenas são desnecessárias. Há muito sangue que poderia ter sido abordado de outra forma, em outro ângulo.
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