Esse texto está saindo porque eu tô indignado com a quantidade de BOBAGENS que AMBOS LADOS dessa discussão estão falando.
São dois tsunamis de argumentos furados, um vindo de cada lado.
A melhor aula da minha vida foi uma das aulas inaugurais da matéria de filosofia.
A professora dividiu a sala em dois grupos.
Aleatoriamente um lado da sala foi escolhido para defender a existência do Carnaval e o outro lado defenderia a extinção do Carnaval.
Cada argumento usado pelos lados era registrado no quadro negro.
Na metade da aula, a professora inverteu os grupos.
Quem estava defendendo a existência do Carnaval passaria a defender a extinção da festa. E quem estava defendendo a extinção do Carnaval deveria defender a existência do mesmo.
Só que... ninguém poderia REPETIR os argumentos já utilizados.
Essa aula me ensinou muito para a vida inteira. Essa aula me deu a ferramenta que me permite até hoje vasculhar os argumentos imparcialmente e compreender os dois lados de um tema, antes de julgá-lo.
Eu não lembro o nome da professora. Não lembro o ano, o lugar, quem debateu ao meu lado, quem debateu contra mim e quem ganhou os debates. Mas durante o texto de hoje eu não consegui esquecer do que eu aprendi nessa aula. Porque ESSA foi uma aula de verdade, para mim. Aonde a professora colocou a turma para trabalhar pesado. E foi da aplicação no trabalho que o conhecimento surgiu e me acompanha até hoje.
E essa história entra na introdução desse texto para que VOCÊ pense um pouco antes sair julgando. O meu texto. O Tema. Tudo ao seu redor.
A melhor aula da minha vida foi uma das aulas inaugurais da matéria de filosofia.
A professora dividiu a sala em dois grupos.
Aleatoriamente um lado da sala foi escolhido para defender a existência do Carnaval e o outro lado defenderia a extinção do Carnaval.
Cada argumento usado pelos lados era registrado no quadro negro.
Na metade da aula, a professora inverteu os grupos.
Quem estava defendendo a existência do Carnaval passaria a defender a extinção da festa. E quem estava defendendo a extinção do Carnaval deveria defender a existência do mesmo.
Só que... ninguém poderia REPETIR os argumentos já utilizados.
Essa aula me ensinou muito para a vida inteira. Essa aula me deu a ferramenta que me permite até hoje vasculhar os argumentos imparcialmente e compreender os dois lados de um tema, antes de julgá-lo.
Eu não lembro o nome da professora. Não lembro o ano, o lugar, quem debateu ao meu lado, quem debateu contra mim e quem ganhou os debates. Mas durante o texto de hoje eu não consegui esquecer do que eu aprendi nessa aula. Porque ESSA foi uma aula de verdade, para mim. Aonde a professora colocou a turma para trabalhar pesado. E foi da aplicação no trabalho que o conhecimento surgiu e me acompanha até hoje.
E essa história entra na introdução desse texto para que VOCÊ pense um pouco antes sair julgando. O meu texto. O Tema. Tudo ao seu redor.
1 - Como DEVERIA SER uma aula:
Antes de mais nada, todo professor deveria ser um instrumento para INSPIRAR A CURIOSIDADE nos alunos.
Cada um de nós têm um ritmo e um método diferentes para aprendermos.
Alguns de nós demoram mais do que outros. Outros são mais rápidos. E a velocidade não faz ninguém mais ou menos inteligente do que o outro.
Alguns de nós aprendem escutando o professor. Outros só aprendem quando leem o livro. Outros só aprendem quando eles próprios falam em voz alta o conteúdo. Existe quem compreenda apenas na hora que tenta explicar para outras pessoas. Há quem só aprenda na hora que precisa aplicar. E existem outras milhões de formas para fixar um conteúdo na mente de uma pessoa. Se não forem bilhões de modos diferentes...
Escute rapidão o recado do excelente Prince EA:
Um bom professor entende as diferenças de aprendizado dos alunos e aplica os métodos corretos de didática para cada um.
Esqueça toda a baboseira de "opressor e oprimido" na educação, proposta pelo imbecil do Paulo Freire.
Escola não é lugar de revolução política.
A escola não serve a políticos, a causas, a ideologias.
A escola tem uma única serventia: dar às crianças de hoje o máximo do conhecimento que a humanidade já armazenou.
O ÚNICO PAPEL DA ESCOLA É COLOCAR NOSSAS CRIANÇAS NOS OMBROS DE GIGANTES.
Pronto. Deu. Nada mais.
2 - Como ALGUMAS aulas SÃO:
ACONTECE QUE... alguns professores dão algumas aulas que simplesmente CAGAM para o conceito ideal de aula.
Esses professores se aproveitam do momento em que possuem o poder do monólogo.
Esses professores se aproveitam da platéia com a mente igual a um papel em branco.
Esses professores se aproveitam da revolta natural de adolescentes.
O comentário deveria ter acabado em "assassinados." Mas o autor usou mais duas frases para doutrinar. |
Planejam aulas. Ensaiam as falas. Memorizam respostas prontas para qualquer argumento que seja usado como resposta.
E isso é muito triste. Porque o professor deveria passar - imparcialmente - os conteúdos do "Lado A" e do "Lado B" da matéria. Os alunos deveriam saber que existem pontos de vista diferentes. E o professor deveria dar a liberdade para os próprios alunos decidirem - individualmente - qual filosofia eles acham mais correta.
Eu sei, em matemática, português e matérias absolutas desse tipo não há muito o que conversar.
Mas em matérias de ciências e, principalmente, geografia, história e filosofia, há muitas vertentes de pensamentos antagônicos. Às quais cada um de nós acaba se identificando mais com o passar da vida.
Nesse sentido, é um absurdo que um professor planeje a aula para passar mais conteúdos e falar melhor de "filosofia A" do que da "filosofia B".
O projeto da Escola Sem Partido foi criado porque muitos professores simplesmente endeusam o comunismo em sala de aula. Os mesmos professores que mal citam a revolução francesa e o liberalismo.
3 - Porque quem está CONTRA está errado.
Primeiramente, porque qualquer tipo de doutrinação na escola é uma covardia.
O que pode argumentar um adolescente contra um professor?
Poucos são os jovens de 12 a 18 anos que realmente detém conhecimento suficiente para debater com um professor.
E desses poucos, menos ainda têm capacidade verbal de manter um debate com um adulto.
E dessa fração que sabe e conseguiria debater com o professor, muito menos têm a coragem de fazer isso em sala de aula, com 30 colegas à sua volta.
Entendem a covardia do professor?
Em um segundo momento, quem é contra é hipócrita.
Esse pessoal só está contra porque a medida prejudica eles AGORA.
Imagine que amanhã todos os professores brasileiros desprezaram o conteúdo comunista e começaram a focar na Revolução Francesa e no capitalismo.
Todos que hoje estão CONTRA o projeto automaticamente se tornariam A FAVOR. "Ridículo as escolas só mostrarem Adam Smith e Mises, sem citar Marx!" - Argumentariam.
Esse pessoal que se diz contra dizem que "a escola deve dar visão crítica aos alunos".
Antes de mais nada: não deve porra nenhuma. A escola deve dar instrumentos para que o aluno desenvolva a própria visão crítica.
Em um segundo momento, não é incutindo a própria visão crítica do mundo na cabeça das crianças que o professor terá criado uma geração de pessoas com visão crítica. Isso está mais para a linha de montagem de cidadãos, proposta pelo clipe de "Another Brick in the Wall".
E vamos deixar claro: o IDEAL é mostrar TODAS as vertentes e deixar o aluno decidir qual é a melhor. EU, ARTHUR, um PORCO CAPITALISTA, um LIBERAL CLÁSSICO, ficaria TÃO PUTO DA VIDA se as escolas só passassem liberalismo para as crianças.
Isso é errado. E o que é errado é errado. Ponto Final!.
4 - Porque quem está A FAVOR está errado.
Porque quem está a favor está pedindo para O ESTADO tomar uma providência sobre esse assunto.
Essa situação não nasceu com o PT no poder. Nem com o PSDB. Nem com o Collor, nem com o Sarney, nem com a ditadura militar ou com quem veio antes.
Se o Estado pudesse fazer algo, já teria criado um sistema perfeito, aonde esse problema não ocorreria.
Aí vão lá os espertos e propõem uma porcaria de uma LEI para que O ESTADO proíba doutrinação nas salas de aula.
DIGA-ME COMO!!!
Vão colocar um fiscal dentro de cada sala de aula?
Vão colocar uma câmera, com equipamentos para gravação? Quem monitorará todas essas gravações?
O custo disso? Puta merda, esse pessoal PENSOU no que está propondo?
E sejamos muito justos, aqui: Aonde termina a exposição e aonde começa a doutrinação?
Eu torço para o Internacional de Porto Alegre. E eu até me vanglorio de conseguir olhar os temas sem deixar a minha ótica interferir na descrição, na interpretação e na análise.
Mas se eu tiver que expor sobre o Inter e o Grêmio para uma platéia, eu não tenho certeza que eu conseguiria conter piadinhas, entonações de voz e até um ou outro comentário que puxe a sardinha para a brasa colorada.
E aí? Eu estarei doutrinando a platéia para trazer mais torcedores do Inter?
É um tema subjetivo demais.
E eu não vejo como a força de lei conseguirá criar uma solução eficiente para esse tema.
5 - Quer uma SOLUÇÃO pra isso?
Mas eu sou o Arthur, né?
E vocês que me acompanham sabem que aqui, no final do texto, sempre tem uma solução minha pra cada assunto que eu trago para vocês.
Vocês já devem saber que eu sou adepto da descentralização, do micro-gerenciamento e da iniciativa do indivíduo enquanto principal poder para decidir os rumos de sua vida.
Gente que faz o que quer é mais feliz. E gente feliz não torra o MEU saco.
Sou a favor de separatismos. De Estados pequenos em tamanho geográfico e em quantidade de áreas que controla da vida das pessoas. Quanto menor o Estado for, melhor. Porque, quanto menos o Estado intervir, mais o indivíduo será responsável por tudo o que existe ao seu redor.
Quer uma rua pavimentada? Junte os vizinhos e pavimentem.
Quer uma ponte? Junte a comunidade e construam.
Quer uma escola sem partidos? PUTA QUE O PARIU CONVERSE COM O SEU FILHO E SAIBA O QUÊ A MERDA DO PROFESSOR DELE TÁ PASSANDO NA SALA DE AULA.
É tão difícil assim pra ti DESLIGAR A PORRA DA NOVELA DAS 21hs E ACOMPANHAR OS ESTUDOS DA PORRA DE CRIANÇA QUE TU COLOCOU NO MUNDO?
Viu? Não é pedir demais que vocês concluam isso. Aliás: Sigam o @Tbkvianna no Twitter. |
Novamente, desculpem os palavrões e a caixa alta do texto. Abstraiam.
Por favor entendam que isso é o mínimo que devemos esperar de adultos que colocaram crianças nesse mundo.
"Seus" filhos não são "seus". Seus filhos são deles mesmos e do mundo. Você não está criando uma criança, você está criando o cidadão que essa criança vai se tornar daqui uns anos.
Entendo que a paternidade/maternidade dá um banho de hormônios nos seres humanos, deixando cada pai e cada mãe como bobos robôs incapazes de entender isso. Por isso mesmo eu tô dando essa dica, aqui, pra vocês.
Vocês querem ser amigos dos seus filhos.
Querem ser legais com as crianças para que elas lhes admirem.
Vocês querem "dar tudo o que vocês não tiveram" para seus filhos.
Deixa eu explicar aqui: ao adular suas pestes crianças com palavras tenras, objetos e "experiências divertidas" vocês só estarão COMPRANDO o afeto deles. Estarão ensinando que o mundo só é bom enquanto estiverem recebendo coisas boas. Vocês estão criando uma geração de adultos mimados, assim.
Crianças precisam de pais que se preocupem em ensinar-lhes como viver. Que a vida é dura. É difícil. E só com muito trabalho duro nós conseguimos conquistar alguma coisa nessa vida.
Sim. Se vocês cobrarem seus filhos eles ficarão indignados com vocês. Falarão coisas horríveis.
Hoje.
Mas amanhã, no futuro, quando seus filhos estiverem enfrentando a vida real eles precisarão de ferramentas. E quando o "treinamento" que vocês deram aos seus filhos lhes forem úteis, nesse dia seus filhos entenderão o quão bons vocês foram. E, nesse dia, você terá um amigo de verdade no seu filho.
"Mares calmos não criam bons marinheiros."
Pegue as rédeas da criação do seu filho.
Deixe humanos melhores para o nosso planeta.
Pessoas que, no futuro, não proponham um LIXO de projeto como esse da Escola Sem Partido. Muito primeiramente porque sequer usarão as escolas para doutrinar seus próprios filhos.
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