segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aborto (Sim, Novamente)

Começarei deixando claro que eu sou ateu.
Em minha opinião, acreditar em amigos imaginários super-poderosos deve ser motivo de vergonha. E quem professa seu "amor" a estes seres em alto e bom som já deveria ser alvo de cuidados médicos. Quem fala em público merece uma cela acolchoada, para não causar danos aos outros. E, é claro, quando mais de uma pessoa se reúnem para falar (seriamente) de seus amigos imaginários super-poderosos, a alucinação chega ao nível coletivo e pode ser considerada até uma epidemia. Caso de saúde pública, mesmo.

O Super Homem um dia vai nos salvar desse tipo de povo. Vocês podem acreditar. (hehe)

Mas existe uma opinião que essas pessoas atribuem aos seus amigos imaginários super-poderosos, que eu pactuo. Quer dizer, as nossas conclusões são iguais, muito embora nossos argumentos sejam muito diferentes.
Os argumentos destes crentes são baseados em suas alucinações e são facilmente refutados.
Os meus argumentos são calçados em lógica cartesiana, em filosofia e em coerência básica.

Assim como esses retardados crentes, eu sou contra o aborto.

Primeiramente, eu sou uma pessoa ordeira. E pessoas ordeiras seguem as regras instituídas. E, quando uma ocasião não possui regra específica, utilizamos a mais próxima possível, para solucionarmos a situação. Depois, lutamos para criar a regra para o caso.

Sendo uma pessoa que obedece às leis, eu sigo, inclusive, a ordem de importância das leis. A lei da minha casa respeita à do meu condomínio, que não contradiz as leis do município, que agem em uníssono com as do estado, que obedecem às do país... Que devem obedecer às leis da Organização das Nações Unidas (às quais o Brasil é membro).

Assim, sendo, lá na Declaração Universal de Direitos Humanos existe um artigo, onde está escrito que "todo ser humano tem direito à vida".
Básico, né? Os bons entendedores já entenderam TODO o meu argumento anti-aborto, só com o trecho entre aspas.

Mas existem pessoas que defendem a prática do aborto, que insistem em contra-argumentar. Do alto do seu gozo do direito à vida, estes seres humanos querem provar por "a + b" que existe, sim, uma base moral/filosófica/científica, para liberação da prática do aborto.


O argumento pró-aborto que mais faz sentido para mim, é o que aponta que mulheres morrem fazendo abortos à margem da lei. Isso porque, enquanto prática fora da lei, somente clínicas altamente suspeitas promovem o procedimento do aborto. Ou as mulheres fazem em casa, mesmo.
Mas, depois de estudar e pensar um pouco sobre o assunto, notamos as falácias desse argumento que apela para o emocional, utilizando-se da estatística.
Primeiro que o aborto não é algo natural. Vá no dicionário e você encontra o termo "interromper" como principal sinônimo de "aborto". "Interromper" e "abortar" significam, em primeiro caso, acabar um processo antes do seu final. Ora pois, se o natural é que os processos tenham início, meio e fim, antecipar o final do processo é retirá-lo de sua normalidade.
Se tudo correr bem durante uma gestação, o natural é que a mulher não aborte. Inclusive, o próprio corpo da mulher não está preparado para essa interrupção. Ao forçar algo que não é natural, a mulher correrá riscos.
Ok, existem os casos (também não naturais) em que a mãe corre risco de vida por causa da gravidez. Nesse caso, calcula-se o custo. A mãe já é um adulto formado. Talvez, com a nossa medicina atual, ela possa vir a ter outros filhos. Nesse caso a gravidez pode ser encarada como uma disfunção que está matando a mãe. Esse é o único caso que eu deixaria para a mulher/família decidirem.

E vamos deixar claro que não queremos que as mulheres morram fazendo aborto. Como seres humanos, as mulheres também têm o seu direito à vida, tal qual o feto. Mas, nos casos deste argumento, elas só morrem porque FAZEM O ABORTO! Se não o fizessem, não morreriam. A pergunta-chave é: porque fazem o aborto, então?


Bem, existem argumentos de "falta de condição financeira".
Então podemos partir do pressuposto que pode-se matar um filho, caso não se tenha dinheiro para sustentá-lo? Posso estender esse conceito para crianças já nascidas? Se o pai e a mãe perdem o emprego, podem sair matando os seus filhos? Tudo ok?
E, já que o direito à vida precede (obviamente e infinitamente) o direito à propriedade, se podemos matar por "falta de condições financeiras", furtar e roubar fica liberado doravante, né? Se eu não tiver dinheiro, tomo de quem o tenha e está tudo ok! Qual mulher que aborta por "falta de condições financeiras" poderá apontar o dedo para mim, que só furtei?


Tá, existe argumento de "deformidade/má formação em geral".
Se você utiliza esse argumento, peço que leia sobre eugenia. Agora mesmo. Pare de ler o meu texto e pesquise "eugenia" no google. Se, mesmo depois de ler, concordares com a eugenia e seguir usando esse argumento, saiba que você está do lado de Hitler. E eu sou seu inimigo declarado. Sério.
Todos somos iguais, não importam as nossas características. Não importa se nascemos diferentes para o bem ("loirinho de olho azul", inteligente, forte, alto e bonito) ou para o mal (sem algum membro, um órgão, com alguma doença ou anencéfalo, por exemplo). Quando removemos a equidade entre as pessoas, toda a civilidade que construímos (a tanto custo) enquanto humanidade, cai por terra. Holocausto, escravidão, "intocáveis", etc... Todos estes absurdos tornam-se legitimados.


Tem um argumento muito bonitinho que pseudo-cientistas usam: "morula não é um ser humano, logo, não tem direitos".
Inclusive, usam o termo "amontoado de células", de modo pejorativo, para se referirem ao ser humano em formação.
Vou explicar como esse argumento está errado, utilizando-me da matemática. Se você não sabe, a matemática aceita qualquer premissa. Você pode provar qualquer ideia, matematicamente. Você pode desenvolver toda uma equação, gerar uma fórmula e resolvê-la, sem cometer erro de cálculo algum. Se a sua premissa inicial está errada, seu resultado está errado.
Quer ver como a premissa da "morula não é um ser humano" está errada?
Imagine que você comprou todos os ingredientes para fazer um bolo de chocolate. Você misturou esses ingredientes. Esperou o fermento agir sobre a massa, untou e enfarinhou a forma, despejou a massa na forma e colocou a forma no forno. Digamos que você só tem como abrir o forno e ver o que está lá dentro quando o bolo está pronto. E, quando isso acontece, o que sai do forno é um... bolo de chocolate!
Entenda a noção de continuidade básica: o número "1" precede o número "2", que é seguido pelo número "3". A essa continuidade, damos o nome de PROCESSO. E, em um processo, o material que entra sofre alterações em relação ao material que sai. Mas, por definição, o material é sempre o mesmo. Coisas podem ser adicionadas ou descartadas do material inicial. Mas o material em processo é considerado sempre o mesmo.

Se você não pensa assim, saiba que todos os átomos do seu corpo são substituídos em um período de tempo (acho que são cerca de dez anos...). Logo, você não é a mesma pessoa que era dez anos atrás? Você é um ser humano diferente? Claro que não. Você é você mesmo, desde o momento que foi concebido até agora. E será o mesmo até morrer. Seu corpo muda. Suas ideias mudam. Mas você não deixa de "ser você".

Portanto, se você tem seres humanos no início do processo (fazendo sexo), juntando células sexuais humanas (espermatozoide e óvulo) para gerar um zigoto, o zigoto se prende à parede do útero, há o processo de gestação (em que são adicionados nutrientes para o feto se desenvolver) e, no final, nasce um bebê de ser humano, em que parte do processo esse "material" (o ser humano) deixou de ser um ser humano para se tornar um "amontoado de células"?
O "amontoado de células" é só mais uma parte do processo de formação de um ser humano. Essas células de ser humano, originárias de células sexuais de seres humanos, que resultarão em um ser humano bebê, são, em resumo, só mais uma etapa da vida do ser humano.
Aliás, eu queria MUITO compreender a lógica empregada pelos ativistas pró-abortos para desconsiderarem como ser humano este estágio da formação de todos nós. Se a biologia (por exemplo) considera todas as fases dos insetos como sendo o próprio animal (da lagarta à borboleta, por exemplo), PORQUE "DEABOS" ALGUÉM PODE ACHAR QUE A MORULA NÃO É UM SER HUMANO?
Nesse ponto eu não sei qual argumento é mais retardado: o dos religiosos contra o aborto porque "Deus não quer" ou dos ativistas pró-aborto que desconsideram um dos estágios de formação do ser humano, como ser humano...

Desde que o espermatozoide encontrou o óvulo e zigoto resultante da união dos dois se fixou no útero, há um ser humano em formação. Não há um coelho, ali. Não há areia de praia. Não há pedra, bola de neve, de algodão, "vontade de Deus" ou vômito de unicórnio, ali. Assim como o nosso bolo de chocolate não virou um bolo de laranja, uma pizza, um pão, uma lasanha, carne assada, pedaço de madeira ou qualquer outra coisa, enquanto esteve no forno. O nosso bolo de chocolate entrou no forno como bolo de chocolate, manteve-se um bolo de chocolate enquanto foi assado e, no final, resultou em um bolo de chocolate. O ser humano começou quando o óvulo fecundado se prendeu à parede do útero, se desenvolveu durante as diversas etapas e, no final, resultou em um bebê.

Não há mistérios.


Mas há quem use o argumento de que "até os três meses não há problemas em abortar, pois o feto não possui sistema nervoso".
Esse é um argumento dos pró-aborto que até usa-se de certa lógica: se o Estado laico solicita auxílio da medicina para declarar uma pessoa oficialmente morta, a medicina também deve ser utilizada para declarar quando a pessoa está viva.
Quanto à morte, a medicina verifica as funções cerebrais superiores. Coração pode estar batendo, rins funcionando, pulmões à toda prova... Mas, se as funções superiores do cérebro cessaram, a morte cerebral é declarada e o indivíduo é considerado morto. Mesmo ali, vivo, esse indivíduo perde os direitos adquiridos enquanto ser humano.
Bem... agora, enquanto ao nascimento, se seguirmos o mesmo parâmetro, nasce o argumento que indiquei em negrito, parágrafos acima. Uma pessoa só está viva quando as funções superiores do cérebro são "ativadas".

Só que nem os médicos conseguem entrar em um consenso sobre o momento em que o cérebro do ser humano nasce!
O órgão e um sistema nervoso reconhecível como de um ser humano se formam ali perto dos três meses.
Mas, não é porque só reconhecemos o sistema nervoso como tal, que não existiam células nervosas antes disso, no feto. Essas células já têm consciência? Porque, quer queira, quer não, são células nervosas humanas... Ninguém sabe.
E, mesmo que estas células nervosas estejam plenamente formadas já aos três meses, você se lembra desse período de sua vida? Você já era um ser humano cônscio de si, naquele momento? Praticava as suas faculdades cerebrais superiores? Amigo, eu não lembro de estar vivo até uns quatro ou cinco anos de vida... Sabemos, inclusive, que os cérebros dos recém nascidos continuam se desenvolvendo após o parto... Aliás, se formos questionar a fundo mesmo, só depois dos 25 anos de idade (em média) o cérebro do ser humano está plenamente desenvolvido...

Resumindo: como você, leigo, consegue condenar à morte uma pessoa por um critério que sequer os especialistas não conseguem entrar em um consenso? Não estou nem falando de 100% dos médicos concordando com o momento em que o cérebro nasce mas, sim, da falta de conhecimento sobre o mais complexo dos nossos órgãos.
Vamos deixar bem claro: eu, mais leigo que você, consigo relacionar aqueles pontos, ali. E sou um cético, apaixonado pela ciência.

A certeza de saber o momento exato em que o cérebro nasce, hoje, não difere em nada da certeza da "existência de Deus" ou do momento em que "a alma entra no corpo".

Uma pergunta em forma de dito popular para quem pensa assim: "O que os olhos não vêem, o coração não sente?"
É essa a base de pensamento? Mesmo??? Então porque a barriga da mulher (me recuso a chamar mulheres que abortam de "mães") não cresceu, e vocês acham que o feto não sentirá nada, moralmente está tudo bem em abreviar a vida do ser humano em formação, impedindo seu desenvolvimento? É isso?
Então, se o balizador para não processar assassinos é "o que os olhos não vêem, o coração não sente", tudo bem se eu matar alguém sem família, longe dos olhos de todo mundo? Um mendigo, por exemplo?
Bem, se vocês acreditam nisso, provavelmente também defendem a eutanásia, né? Porque, tal qual os fetos, supomos que as pessoas em coma não sentem nada... Pra que respeitar o direito à vida de outro ser humano? Matem todos, agora!

Sério, o que vem depois disso? "Até XX momento o feto não tem alma"? Como a consciência de outra pessoa - algo extremamente complicado de ser medido - pode ser o fato determinante de sua vida ou morte?


Aí, vêm as vítimas (e familiares de vítimas) de estupro, dizer que elas têm o direito de abortar.
O argumento que eu mais gosto é o de avaliar o "custo emocional" da mulher...
Vamos pensar por um segundo?
1a - A família e o Estado não educaram corretamente o homem. Geraram um marginal.
E/ou.
1b - A saúde pública e a assistência social não identificaram o maníaco psicopata, a tempo de tratá-lo.
2a - O Estado não proveu a segurança, para evitar que a mulher fosse vítima de violência.
2b - Mesmo vítima de violência, há muitos casos de mulheres que NÃO DENUNCIAM agressores. Coisa que eu NÃO COMPREENDO porque ocorre. O amor (ou idiotice) deve ser mais forte do que a dor ou do que o "custo emocional", mesmo.
3 - O marginal/maníaco psicopata estupra e engravida a vítima.

Qual a solução?
Aparentemente óbvia para todos vocês: ABORTAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM SER HUMANO!

Mas, se você pensar por um instante, os culpados são o Estado (na figura de educadores, policiais, assistentes sociais, médico, etc...), o marginal/psicopata e (em último caso, por atitudes irracionalmente passivas) até a mulher!
E as soluções tomadas são prender o homem e matar o feto!
Para a sociedade, aparentemente o "custo emocional" da mulher pesa mais do que TODA UMA NOVA VIDA!

Mas peraí... O que diabos o feto fez para merecer o julgamento - sem defesa e sem juri - efetuada apenas pela consciência dessa mulher? E, caso seja condenado, porque o feto merece essa execução sumária? Será que sou só eu quem nota que a mulher está envolvida demais para tomar essa decisão capital? É óbvio que a mulher transferirá todo o ódio, vergonha, revolta, ira e todos os sentimentos ruins que sente pelo estuprador, para a criança.
Só como comparação, a Suzane Richthofen e os Nardoni tiveram direito à defesa, juri e suas sentenças foram bem mais brandas do que a morte...

Desculpem falar o que parece que ninguém quer ouvir, mas isso é uma insensatez sem tamanho! Uma falta total de coerência. Literalmente é a lei do "olho por olho"? Nesse caso, "olho do feto pelo olho da mãe, que o estuprador furou"...

Eu acredito que a mulher estuprada (assim como qualquer outra) tem o direito de entregar a criança para ser adotada. Afinal de contas, milhares de casais querem adotar. Repassar esse ônus para o Estado deixaria tudo mais justo.


Mas aí entra outro argumento feminino muito engraçado: "o corpo é meu, eu tenho direito de fazer o que quiser com ele!"
Boa. Concordo. Mulher, o SEU corpo é SEU. E você tem o direito de fazer o que quiser com o SEU corpo.
Agora, não venha cagar regras em corpo alheio. Se a lei de "propriedade de corpo" vale para ti, vale para o feto, também. Espera ele nascer e, então, pergunta pra ele se ele quer ser abortado. Ou melhor, se coloque no lugar dele e responda você mesmo a pergunta: você gostaria que sua mãe tivesse te abortado?
Como eu estou falando com pessoas que pesam a razão, geralmente ateus, vamos direto ao ponto: Você acha correto privar outro ser humano da sua única existência?

Toda mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo. Como, por exemplo, o direito de usar quantos métodos contraceptivos forem necessários para não engravidar (neste caso, inclusive de estupradores)! Não tem acesso (mentirosa, o SUS dá de graça, sua preguiçosa)? Toda mulher tem o direito de fechar a porra das pernas e não foder! Simples, não é?

Fodeu? Foi bom, né? Gozou gostoso com o ficante/namorado/amante/maridão? Que ótimo!
Agora, se engravidou, aguente as consequências. O ser humano em desenvolvimento dentro de você tem o seu próprio corpo. E qualquer ação contra o corpo dele faz com que você perca a razão em reivindicar direito sobre o seu próprio corpo.
Entendam, mulheres: o seu corpo foi desenvolvido pela evolução para gestar outros seres humanos. E é isso que ele faz. Não se trata de machismo, é só a lei da natureza! Não quer engravidar nunca? Esterilize-se!
O que você exige para você mesmo, deve garantir para o próximo. Princípio do pacto social, sabe?

É psicopata o pensamento de "fodo mesmo, se engravidar eu tiro!" E colabora com isso um Estado que não pune esse tipo de caso com todo o rigor da lei.
Sério, eu tenho medo de mulheres que pensam assim. Qual será o próximo passo de uma pessoa dessas? Assassinar alguém na rua por qualquer motivo banal?

E, por fim, brincando de "argumento estúpido por argumento estúpido", eu pergunto: e se o feto abortado for uma menina? A mãe-feminista-pró-aborto, com a filosofia "eu faço o que quiser com o meu corpo", não estará tirando o direito de sua filhA (companheira feminista) em fazer seus próprios futuros abortos?


Aí, aparecem mulheres (essas geralmente feministas) dizendo que eu, por ser homem e não ter útero, não deveria "me meter" nesse assunto.
Hum... Entendi, feminista-ignorante. Você fez seu feto sozinha. Nenhum homem "se meteu" nos "seus assuntos". O filho que você carrega no ventre é só teu "e ninguém mais tem a ver com isso", né? No mínimo foi "A" espírito-santo quem te fecundou. Ou deve ter sido alguma mitose revolucionária que aconteceu contigo.
Claro que não... Foram preciso duas pessoas para fazer o filho. O mínimo de decência e vergonha na cara determina que essas duas pessoas discutam sobre o tal aborto. A opinião do homem corresponde a "pelo menos e no máximo" 50% da opinião final.

E, quando eu exteriorizo a minha opinião, estou revelando exatamente "o que eu faria se", em cada caso. Se minha namorada fosse estuprada, hoje, agora mesmo, eu ficaria revoltado. Iria culpar ao marginal/psicopata e ao Estado, certamente. Iria exigir que a justiça fosse feita. Mas jamais diria para ela abortar o feto. A criança não tem culpa. Conversaríamos muito. Provavelmente, iria deixar a criança em algum orfanato, se não tratasse de encontrar uma família adotiva enquanto minha namorada estivesse grávida.
Se a minha namorada tivesse engravidado de mim e não nos sentíssemos prontos para ter a criança, provavelmente a adoção seria o destino, também.
Mas, na verdade, acredito que iríamos aguentar a situação no peito, mesmo, caso a gravidez não fosse desejada. Afinal de contas, a "culpa" não é da criança.


Mas aí vem outro argumento pró-aborto muito bom: "os métodos contraceptivos não funcionam 100% das vezes!"
Eu estranho esse argumento.
Primeiro porque, para defenderem o aborto de anencéfalos, as pessoas pró-aborto dizem que a medicina é 100% eficiente. A medicina é precisa em descobrir os casos. Aliás, para defenderem a legalização do aborto, essas mesmas pessoas dizem que os hospitais, medicamentos, procedimento e médicos são completamente seguros.
Agora... Quando o assunto é métodos contraceptivos... Ah! Aí a medicina não funciona! Os métodos contraceptivos podem falhar! "Pílulas de farinha", "camisinhas furadas" e quaisquer outras merdas que os irresponsáveis pensem em alegar são válidas!

Os métodos contraceptivos funcionam muito bem, obrigado. As mulheres devem ir ao ginecologista, para que o médico receite o comprimido com a dosagem de hormônio adequada. As escolas têm aulas onde abordam o sexo. A TV mostra como usar camisinhas a cada carnaval. O já SUS oferece, inclusive, injeções semestrais de anticoncepcionais femininos. Camisinhas são ofertadas em metro, em postos de saúde. E sempre há o DIU, o Diafragma e outros métodos...
Isso sem falarmos dos avanços das pesquisas da "pílula masculina". Tenho certeza que, assim que essa pílula for liberada comercialmente, o SUS passará a fornecê-la gratuitamente.

Vejam bem que, em nenhum momento, eu disse que o aborto e os métodos contraceptivos são 100% seguros. Ambos podem falhar. Só que a probabilidade de um procedimento cirúrgico ter complicações é muito maior do que o de um procedimento farmacológico (pílulas) ou mecânico (camisinha, DIU).

Não confia em um único método contraceptivo? Use dois. Três. Pílula + DIU + Camisinha. E, quando a pílula masculina for lançada, faça seu namorado tomá-la, também. Façam só sexo oral ou anal. Não fodam. Só não sejam incoerentes, dizendo que a medicina é perfeita e graciosa na hora de matar o feto, enquanto sempre falha miseravelmente na hora de evitar o filho.

E, por falar em coerência, eu provoco, também, as feministas. Elas brigam pela "igualdade no mercado de trabalho entre os sexos". Briga que eu acho justíssima, aliás. Eu acredito que exista diferenças entre as habilidades das pessoas e que nem sempre estamos alocados no trabalho aonde nosso esforço renda mais. Mas a remuneração do indivíduo deve se dar pela qualidade e rendimento do trabalho apresentado. Independente de sexo. Se duas pessoas de sexos diferentes apresentam a mesma qualidade e rendimento no mesmo trabalho, nada mais justo do que garantir o mesmo espaço e a mesma remuneração. O mercado deveria se auto-regular sempre pelo resultado individual, não pelo sexo, cor, credo, etc...
Só que, dois dos argumentos machistas para reduzir o espaço no mercado de trabalho e a remuneração da mulher, são de que a mulher passa por crises na menstruação e que elas podem engravidar. Bem, não serei hipócrita em dizer que isso não acontece. Certamente trabalhar com dor, preocupação ou gestando deve diminuir a produtividade da trabalhadora. Se uma merda de dor de dente me prejudicou por alguns meses (sim tenho medo de dentista, e daí?), as mulheres que agonizam com cólicas menstruais não devem passar por estes dias com o rendimento inabalado. A CLT ainda prevê uma licença remunerada para as mães infinitamente desproporcional à oferecida aos pais.
Qual o contra-argumento das feministas a estes pontos? Justamente que OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS SÃO 100% EFICAZES!
Mas olha só! Para trabalharem, elas concordam comigo e dizem que os métodos contraceptivos permitem, SIM!!!, que elas determinem quando ficarão grávidas! Não só isso, festejam os medicamentos que impedem a menstruação, dizendo que eles são completamente seguros e eficientes! Ponto em que eu concordo plenamente.
Agora... Para defenderem o seu direito ao assassinato aborto, os mesmos métodos contraceptivos não funcionam???

Coerência meninas. Exercício de lógica, por favor. Ou parem de usar esse argumento lá na hora de reivindicar equidade no mercado de trabalho (o que contraria as evidências apresentadas de eficiência da pílula X aumento na participação feminina na força laboral) ou desistam de usar o contrário do argumento para defenderem seu direito ao assassinato aborto.


Bem, tem gente que me aparece com os "pseudo-argumentos": "Engolir porra é canibalismo?", "Então, pra ti, a masturbação é assassinato?" ou "Em caso de aborto espontâneo, aconteceu um assassinato doloso ou culposo?"

Bem, aparentemente essas afirmações são ridículas. Frases de ataque ao interlocutor, para tentar desviar o assunto de discussões perdidas ou - até mesmo - fazer a outra parte perder a razão.

Sim, engolir porra é canibalismo. Não dos "milhões de meios-fetos" mas, sim, o cônjuge (pode ser um casal gay...) comendo parte do homem. Literalmente.

Já a segunda afirmação eu até trato mais como brincadeira do que como algo a ser levado a sério.
Mesmo porque, enquanto a sua célula reprodutiva não encontrou a do seu parceiro, ela é SUA célula. Faz parte do SEU corpo. Essa célula só passa a ser uma terceira pessoa quando encontra o gameta do seu parceiro. Até este momento, se a mulher menstrua, o homem tem uma polução noturna ou só goza fora da vagina, é problema de cada um. Você jogar fora os seus gametas é tão assassinato quanto você cortar o próprio cabelo, suas unhas ou arrancar um dente, por exemplo.

Agora, a terceira afirmação até tem um ponto em que eu imputo seriedade. Importante frisar que sou eu quem levo a sério o argumento. Isso porque quem o utiliza geralmente o faz com ironia.

Abortos espontâneos podem ocorrer por defeitos genéticos no feto, defeitos no aparelho reprodutor da mãe, problemas diretos na gestação ou por acidentes.
É importante salientar que defeitos genéticos e problemas que ocorrem na gestação são anomalias médicas. Estes casos não devem ser tratados pelo sistema legal mas, sim, como casos médicos. Inclusive, beirando a totalidade desses casos, as mães, pais e médicos fazem até o impossível para manter a gestação e salvar a vida do feto. Já ouvi relatos de mulheres que passaram semanas deitadas ou dias com os pés para cima, literalmente. Um aborto espontâneo que ocorra por motivos puramente biológicos é uma tragédia, não um assassinato.
Geralmente eu rebato a ironia utilizada na pergunta quanto a estes casos, dizendo que, se o problema que origina o aborto espontâneo é no feto, o caso é um suicídio... Caso o problema seja na mãe, é um assassinato doloso.

Agora... há o primeiro ponto em que eu levo com seriedade este argumento. Caso a mãe já tenha um histórico de abortos espontâneos por problemas em seu corpo, continue tentando ter filhos e se prove que ela não tentou todos os recursos para manter a gestação... Bem... Acredito que você concorda comigo que há um pouco de psicopatia nesta mulher, não acha?
Alguém que esteja na quinta gravidez, sabendo que suas quatro tentativas anteriores falharam e, mesmo assim, não toma todas as providências para tentar manter a atual... Olha, no mínimo já está esperando que o "aborto espontâneo" ocorra...

Eu tenho medo de conviver com uma pessoa que age desta forma...

E também há o caso dos acidentes. Na maioria, os acidentes são só acidentes, mesmo. Mas, em alguns casos, os acidentes não são acidentes. São "acidentes", se é que você me entende...
Quedas, acidentes de trânsito, fortes batidas no ventre... Há muitas formas de "acidentes" que, durante a gestação, podem causar um aborto espontâneo. Aliás, é justamente por este motivo que grávidas têm os direitos adquiridos de não passarem por roletas em ônibus, não esperarem em filas e não andarem de avião (por exemplo)...
Cada acidente deve ser averiguado com toda a cautela possível, para que possamos diferenciar as fatalidades dos "acidentes". Se é que você me entende...
Em caso comprovado da intencionalidade no "acidente", eu pergunto: o que diferencia matar o ser humano em formação, do caso da menina Isabela? Lembra da menininha que foi jogada da janela pelo próprio pai? Se o aborto for liberado, os pais podem matar seus filhos enquanto eles não saíram do útero, mas não podem matar suas crianças depois disso? Onde está a coerência?

Faz muito tempo que abandonamos o pátrio-poder. Tipo assim, lá na antiguidade... Roma Antiga, sabe? Lá naquela época (em que jogar escravos para serem comidos por leões em arenas era entretenimento de domingo à tarde...) é que os pais tinham direito de vida e de morte sobre seus filhos. Lá, tanto tempo atrás, é que um pai podia matar o próprio filho, não importasse o que ele tinha feito. Fazia muito sentido que a criança esperasse ansiosamente pelos 18 anos ou quisesse casar cedo, naquela época, hehe!

Hoje em dia, em qualquer Estado sério, a criança tem seus direitos assegurados. Procure por "ECA" no google... Os pais podem perder a guarda e até serem presos, caso não tratem o infante de acordo com as leis que o protegem.

Eu acho uma tremenda incoerência que o momento em que alguém irrompe de uma vagina ou em que o sistema nervoso se forma sejam balizadores do início desses direitos.
Simplesmente porque, se tudo ocorrer normalmente e não interromperem a gestação, o feto formará seu sistema nervoso e nascerá. Ao abortar o processo de formação, estamos impedindo que a pessoa em formação tenha a sua própria e única vida. No modelo atual de legislação, estamos impedindo que alguém chegue à idade que lhe são conferidos os direitos. O ato de abreviar a vida dessa outra pessoa nos torna assassinos triplamente qualificados:
1 - Aborto usa força desproporcional e meio até cruel. O que um feto pode contra os medicamentos e instrumentos utilizados para matá-lo?
2 - Aborto (geralmente) usa um número maior de pessoas para agredir, do que para se defender. Se legalizarem, provavelmente haverá a mãe, o médico e uma enfermeira. Se não tiver um anestesista e mais enfermeiros, para auxiliar.
3 - Aborto intencional é premeditado. O "plano" quase sempre é infalível e resulta na morte da vítima.


Aí, tentam o argumento que diz que "os países com IDH mais alto liberaram a prática do aborto!".
Por favor, não venha com essa para cima de mim, amigo... Contextualize o fato.
Falando assim, parece que o Índice de Desenvolvimento Humano alto é consequência direta da prática de aborto. Como se as famílias vivessem melhor porque podem matar seus filhos indesejados.

Nada pode ficar mais longe da verdade.

A liberação do aborto nesses países é consequência direta da certeza da responsabilidade dos seus cidadãos. Tendo confiança na capacidade de educação, acompanhamento da saúde mental e na segurança pública, os países com IDH alto liberam a prática do aborto para que os casos extremos, como os casos que já citei (ex: de risco de vida da mãe) não tenham que passar por processos judiciais desnecessários. Lá, a consciência dos adultos faz com que a perda do filho já seja punição suficiente pela vida tomada.
Nós, aqui no Brasil, adoramos tirar os conceitos de contexto...
Acontece direto, por exemplo, com os filósofos alemães. Lá, eles têm a cultura de viver sempre no limite máximo da responsabilidade individual. As pessoas são "frias" e o contato social é "duro". Pessoas não atravessam ruas enquanto o semáforo está aberto para os carros, mesmo que não tenha NENHUM carro na rua...
Então, um alemão qualquer percebe que não é bom ter uma conduta tão rígida, e tenta alertar os outros de que eles são seres humanos, animais propenso a erros. Que é viável serem um pouco mais flexíveis. Escreve uma série de livros dizendo que a ordem é boa, mas que muita ordem aliena. Tenta reconectá-los ao seu lado humano...
Aí, o brasileiro boca-aberta (que já é extremamente flexível no contato social) lê esses livros, concorda e acha que pode "liberar geral" o comportamento por aqui, também...

Para um país como o Brasil conseguir alcançar o nível de comportamento necessário para liberarmos o aborto (eutanásia, armas de fogo, voto facultativo, etc...) falta muito.
Aqui, a liberação do aborto só aumentaria o hedonismo que tanto cultivamos. Mulheres deixaram de lado métodos contraceptivos e passariam a abortar os filhos indesejáveis com mais frequência do que visitam um dentista. Doenças veneras (que já não têm controle) se multiplicariam. E, é claro, com mais mulheres abortando, mais mulheres morreriam. Ou você acha MESMO que um aborto via SUS, em hospital público, trará o mesmo nível de segurança de um aborto efetuado nos "países com IDH alto"? Aqui as pessoas morrem nas filas do SUS, em macas improvisadas como leitos, nos corredores ou até na rua... Exames e procedimentos são marcados com meses de prazo. Muitas pessoas morrem de suas doenças antes mesmo da primeira consulta marcada com o médico... E, quando têm a sorte(?) de serem operados, os pacientes do SUS não estão salvos de erros médicos, infecções hospitalares ou de ter comida injetada nas veias...

Bem, talvez não seja tão ruim permitir o aborto pelo SUS. Até o procedimento ser efetuado, talvez a criança já tenha completado uns três anos de vida... Ou mais...


E, por fim, utilizam a PIADA do George Carlim como argumento: "conservadores só se preocupam com a criança enquanto estão no ventre; depois que as crianças nascem, os conservadores dão de ombros".
Hum...
Esse "argumento" me parece ser do mesmo grupo de pensamento "pra que se preocupar com problema X, enquanto o problema Y acontece?" (tão bem criticado pelo Marcel do Byte que eu Gosto).
Tipo, "pra que lutar pelos direitos dos animais, enquanto crianças morrem de fome?" - Como se o cidadão que é contra a luta pelo direito dos animais fosse alimentar todas as crianças com fome, que pudesse...
O fato dos políticos (não só os políticos, não só os conservadores) não constituírem mecanismos políticos para garantir a alimentação de todas as crianças, não é motivo para liberar o assassinato de fetos. São problemas diferentes. Problemas grandes que uma pessoa só não pode resolver. E, só por serem grandes, já é necessário que sejam solucionados por pessoas diferentes.

Sim, os políticos devem criar mecanismos para garantir perspectivas para as novas gerações. Aliás, o fato de não educar corretamente as pessoas é causa direta da falta de emprego de lógica por parte das pessoas... Inclusive de quem argumenta pró-aborto... Ou seja, não é o fato de poder ou não poder abortar que faz com que nossos políticos não cuidem da população. É a própria falta de educação dos cidadãos - oportunizada pela péssima educação provida pelos políticos - que faz com que nós estejamos discutindo aborto, aqui, em vez de estarmos lutando para que os políticos façam o seu trabalho bem feito.
Ao passo que, se você disser que com o aborto haverão menos pessoas e, com isso, mais recursos para empregar nos que estão vivos, peço que você leia novamente a parte que falo das "dificuldades financeiras"...


Agora, quanto à tal lei que promove a famigerada "bolsa estupro":
Eu sou contra o aborto até em caso de estupro. 
Acredito que deve existir um mecanismo que aumente a educação dos homens, para que não se criem estupradores.
Acredito que deva existir acompanhamento sério e constante de assistentes sociais, nas famílias, para identificarmos casos de psicopatias.
Acredito que os médicos devam ser informados desses casos de psicopatias, para tratarem esses psicopatas.
Acredito até que a segurança pública deva ser mais ostensiva, realizada por policiais bem pagos e equipados. Tal qual ocorre na cidade de Nova Iorque, os policiais deveriam ter o direito de parar e revistar quem quer que eles quisessem, a qualquer momento, sem motivo aparente. Isso coibiria os ataques que a educação, assistência social e a medicina não conseguiram findar.
Acredito que as mulheres deveriam ter mais humanidade em seu pensamento, também.

Esses mecanismos que eu indiquei, com efeitos a médio e longo prazo, seriam eficientes.

Agora, essa MERDA proposta por IDIOTAS FANÁTICOS que está ocupando espaço e tempo de trabalho dos nossos parlamentares?
Sinceramente, a intenção até é nobre, mas a execução é digna de pena. A miséria do pensamento reunido naquelas páginas é tão ridícula que não há como pensar que aquilo esteja realmente acontecendo. Não há nem como colocar esse lixo de proposta de lei na categoria "piada", porque não consegue-se encontrar a menor graça naquilo.
Insisto que partidos e políticos religiosos são inconstitucionais. Essa interferência do pensamento religioso sobre o Estado fere a laicidade da nossa pátria. Nossa liberdade de pensamento está sendo negaceada, sendo substituída por dogmas estúpidos.

Há o modo certo. E há esse modo que estão tentando implementar.
Nada menos do que o correto é aceitável.

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A única coisa que eu entendo sobre as pessoas pró-aborto é que são partidários em causa própria.

Mulheres que querem ter mais direitos do que o Estado.

Pessoas traumatizadas por violência, que são colocadas em posição de decisão sobre a vida e a morte.

Inconsequentes de modo geral, que querem remediar ao invés de prevenir. Preferem ter a escolha de matar outro ser humano, do que a responsabilidade de não fazê-lo.

E ainda tem gente que vêm ME atacar, ironizando que eu sou a ÚNICA pessoa com esse senso de responsabilidade no mundo!

Sério, se esse for o caso, eu desisto de vocês. Trancar-me-ei em casa, para ficar a salvo de sua selvageria.

Porque parece que vocês não entendem... Apesar de sermos sete bilhões de pessoas no mundo e dos grandes centros estarem superpovoados, a vida é rara. E tudo o que é raro é precioso. Ainda mais a vida inteligente. Embora insistamos em nos alienar, nunca saberemos quais contribuições para o pensamento humano foram perdidas, nesses bilhões de abortos que já foram efetuados, na história. E é isso que parece que os defensores do aborto, do uso de armas de fogo e da eutanásia não entendem.

Falta a responsabilidade das pessoas. Falta educação, capacidade de pensar um segundo nas coisas. Planejar famílias. Evitar os filhos, para que não seja preciso matá-los quando ainda estiverem em formação.
Falta um pouquinho mais de compreensão com a vida. Notar que o nosso problema pode ser menor do que o problema dos outros.

A criança que você quer abortar. Não importa o caso, ela não tem culpa sobre as suas decisões ou sobre os seus atos.
E, parece, só eu sou capaz de argumentar em favor dela, sem citar "Deus" no meu discurso.


EDITADO em 24/06/2013:

ISSO é uma pessoa que terá chance de ter a sua vida, apesar da falta de bom senso de seus pais.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=410665

A vida dessa criança está marcada para sempre. A rejeição pode ser um fator preponderante na formação do seu caráter... Mas ela terá direito e a oportunidade de viver a sua vida. Essa criança pode ser mais um "vácuo" em colunas de obituário de jornais, no futuro. Mas esse bebê também pode ser o descobridor de algum método para melhorar a vida de todos nós, em alguma área.

Enquanto ISSO é uma pessoa que não teve chances de viver a sua vida:
http://www.meuaborto.com.br/

Naquele vidro está um ser humano que não pôde se desenvolver. Uma vida inteira, com chances iguais de ser um peso-morto para nossa sociedade, ou de ser o descobridor da cura para alguma doença.

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