domingo, 19 de fevereiro de 2012

Último Metro Cúbico

Relato durante a minha estada na prainha.

Depois que voltar para Novo Hamburgo, escreverei mais. Muito mais.

Dei um breve passeio, ontem, pela cidade. Balneário gaivota parece um MMORPG. Um que eu não jogo faz tempo. Mas que a conta continua lá. O personagem continua lá. E, quando eu abri o jogo, para ver como está, depois de três anos, ele continua o mesmo.

Parece que eu dei "pause" no jogo e, agora que estou aqui novamente, dei o "start" e as coisas continuaram como sempre.

Mas isso só com as pessoas.

Considerável foi a diminuição de pessoas (e da qualidade delas) nessa cidade.

Mas as memórias incrustadas nessa cidade me abalam muito. Para onde eu olhe, há algo o que lembrar. Para onde eu vá, uma memória vem à tona. Passear pelas ruas dessa cidade é como uma montanha russa emocional, para mim. Cada canto dela tem um significado, sua própria música.

Algumas reformas me marcaram. Alguns locais foram "atualizados". Claro que continuam sendo os mesmos lugares que fizeram a minha memória.

A casa da minha vó foi reformada e eu descobri que tenho menos de um metro cúbico de coisas minhas, nessa casa. Coisas que me fazem lembrar dos piores e melhores momentos da minha vida.

Revirei os meus papéis, deste mísero metro cúbico. Ler algumas coisas destas faz-me arrepender de ter vindo. Ler outras, faz-me agradecer os dias que me deram no serviço, para poder vir pra cá.

Outro dia me peguei pensando o que pedir, caso tivesse direito a um pedido. Tipo gênio da lâmpada, sabe?

Eu pediria para voltar aos meus 13 anos, sabendo de tudo o que eu sei, hoje e com a lista completa dos números sorteados da Mega-Sena. Hehe.

Porque, quando as lembranças inundam a cabeça de alguém, como está acontecendo hoje, só um retorno ao momento exato pode acalmar a saudade do tempo bom que, infelizmente, não volta...



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