Somos curiosos.
E o problema é que ninguém sabe.
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A voz não se cala.
Então, corremos para os outros. Primeiro, óbvio, a família. Pessoas que confiamos mais. Amigos. Conhecidos. Professores, colegas, chefes e patrões. Alguém tem que saber a resposta para a maldita dúvida!
Quando ninguém sabe, corremos para os livros. Algum estranho, talvez até mesmo já morto, saiba a maldita resposta para essa pergunta que não nos deixa em paz!

É uma droga justamente porque notamos que, na verdade, ninguém sabe a resposta verdadeira. Mesmo porque, se soubessem a resposta verdadeira, não haveria tantas versões e opiniões a respeito do mesmo assunto! Todos aceitariam a resposta verdadeira e, assim, obteríamos a paz para a pergunta retumbante.
Mas aí é que todos nós pecamos, sabe? Em vez de notarmos que onde há divergência é porque não há conclusão, tornamo-nos partidários de uma vertente de respostas para a pergunta. Passamos a acreditar que aquela resposta que nos satisfez é a resposta definitiva e sequer notamos que outras pessoas não a tomam como absoluta! E o pior de tudo: ficamos tão cegos por causa da quietude da voz inconveniente, que não notamos que a voz dos outros já faz questionamentos sobre a nossa ideia. Questionamentos, esses, que provavelmente faremos a nós mesmos em um futuro próximo.

E o mais interessante é que, depois que o último defensor da ideia morre, ela morre junto com ele.
Quase como uma doença, que encontra o seu fim trágico junto com a morte de seu portador.
E é nisso que eu ando sendo curioso, ultimamente.
Esse é o problema que eu não sei resolver sozinho...
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