No Texas, um homem (cujo nome foi preservado) bateu até a morte no estuprador da sua filha de cinco anos:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/americano-que-bateu-ate-matar-em-estuprador-de-filha-nao-e-indiciado.html

Então o pai espancou o estuprador até a morte.
Quando voltou a si, o pai ainda ligou para a emergência, solicitando auxílio para o estuprador.
A polícia do Texas não irá prender o pai e a justiça declarou que o caso está encerrado.
Minha primeira reação a isso foi pensar algo como: "Claro, é no Texas... O cara branco contra o mexicano, até parece que eles iriam processar o pai..."

E quer saber amigo? Não é fácil.
Não acredito em fazer justiça com as próprias mãos. Não acredito em pena capital. Não acredito sequer que um homem, sozinho, possa tomar decisões sobre a vida de qualquer outro.
Mas, ali, no lugar do pai da menina, vendo a filha inocente chorando e gritando por socorro... Vendo um desgraçado (que provavelmente até o momento era de certa confiança para a família) cometendo um ato tão vil, baixo e imoral...
Olha, eu não posso cobrar desse pai a plena capacidade de raciocínio ou sequer de sanidade mental. Porque, naquele momento, eu tenho certeza que não faria nenhuma ação diferente das que o pai fez. Sim, estou deixando registrado que, se pegasse um estuprador atacando minha família, tenho certeza que acabaria surrando o desgraçado até que a dor nos meus punhos me forçasse a parar de bater no infeliz.
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Ver acontecendo certamente me transformaria em um irracional.
Duvido até que meu cérebro conseguisse processar alguma coisa que não fosse "morra". Talvez "sangue".
Não consigo mais mentir. Não tenho mais a capacidade de ser hipócrita. Eu, no lugar desse pai, certamente acabaria mandando esse diabo para sete palmos abaixo do chão.
Por isso eu não só absolvo o pai, como compreendo a decisão da polícia e da justiça do Texas. O trauma que a menina terá para o resto da vida já é pena suficiente para toda a família. Somado ao horror que o pai presenciou e a ação que ele cometeu, valem mais do que qualquer prisão perpétua que pudesse ter sido aplicada. Quem sabe até a pena de morte fosse melhor para esse pai, para não ter que lembrar mais dessa sequência de atos hediondos.
No fim, acho que nem a mãe do mexicano estuprador acharia justo que algo fosse feito pela justiça, quanto a morte de seu filho.
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