segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sofativismo

Bem, eu trabalho o dia inteiro. Por favor, me desculpem por ser anormal e não conseguir ter todo o dia livre, para poder incitar passeatas, manifestações e revoltas. Bem que eu gostaria mas, infelizmente, preciso trabalhar, para sustentar a minha vida.

Talvez se alguém quiser me patrocinar para que eu passe a frequentar fóruns, câmaras, prefeituras e toda sorte de instituições que tocam a vida da população, eu possa fazer mais do que estou fazendo, hoje.

Mas, como a vida "não tá fácil pra ninguém", e eu me incluo nessa situação de "ninguém", preciso trabalhar. E trabalhar consome a melhor parte do meu dia. Minha manhã, em que minha cabeça está vazia de problemas e eu rendo mais. E Minha tarde, onde a concentração não é tão efetiva, mas eu me esforço para efetuar o melhor trabalho possível. Até acho legal o resultado do meu trabalho. No momento, estou auxiliando no processo de organização da empresa onde trabalho. Muita responsabilidade. Um trabalho onde a única opção que temos é "dar certo". Não, nenhuma alternativa. E, mesmo assim, vamos conseguir!

Mas eu não sou só trabalhador. Eu transcendo esta posição quando chego em casa. Banho, janta e estou pronto para a segunda jornada do dia: A de Blogueiro.

Muitos me perguntam o porquê de eu não falar de futebol, não colocar memes engraçados a toda hora e, principalmente, porque eu falo tanto de coisas sérias. Isso é simples: o Brasil precisa de coisas sérias. E, como parece que ninguém faz, eu tento abordar as coisas sérias aqui. Na esperança de influenciar àlguém que possa fazer alguma coisa.

Mas algumas coisas eu posso fazer.

Na quinta-feira passada, eu encontrei essa fantástica notícia, no site da Globo:

http://g1.globo.com/sao-paulo/parceiro-sp/noticia/2012/04/contra-barulho-prefeitura-de-osasco-aplica-multa-em-carros-tunados.html

Basicamente, Osasco regulamentou os sons automotivos. Os motoristas que, porventura, estiverem fora do permitido em lei, são multados. Estão discutindo, ainda, a manutenção de um local reservado, onde os donos de carros com sons automotivos podem destruir os seus carros e tímpanos se reunir e escutarem seus potentes sistemas de som.

Eu não achei a lei só boa. Ela é fenomenal! Essencial para qualquer cidade brasileira! Arrisco em dizer que essa lei deveria estar descrita no Código de Trânsito! Válida para todo território nacional.

Pensei, eu, com meus botões: "o que posso fazer de efetivo com esta brilhante notícia?"

Como moro em Novo Hamburgo, minha primeira reação foi acessar esse site, aqui:

http://portal.camaranh.rs.gov.br/vereadores/ordem-alfabetica/index_html

Clicando, vereador por vereador (menos os do PMDB por que eu não gosto de gente que vive "em cima do muro"), eu encontrei os endereços dos twitter's, blogs, sites e e-mails de todos. Canal aberto, chegou a hora do "Sofativismo" começar. Vamos nós, virtualmente, lutar pelo que acreditamos!


Enviei e-mails e passei a seguir os blogs e sites dos vereadores. Passei um bom tempo lendo as postagens deles.

Depois, fui para o Twitter:


Está lá! Mandei para cada vereador que pensei que pudesse gostar e se engajar com o projeto de lei para regulamentar o som automotivo. Porém, nesse momento, confesso que o preconceito para com os políticos brasileiros tomou conta de mim. Depois das várias mensagens enviadas, em vez da sensação de "dever cumprido", uma decepção me abateu. Pensei algo como "putz... pra que eu fiz tudo isso, mesmo? Devo ter perdido o meu tempo..."

Bem. Imaginem qual foi a minha surpresa, na sexta-feira pela manhã, quando essa seqüência de twitts foi enviada:



Eu, sinceramente, não sei se o vereador Leonardo Hoff vai, realmente, apresentar o projeto de lei. Tão pouco não sei se, caso o faça, os demais vereadores vão aceitar o projeto. Muito menos sei se outros vereadores vão querer, também levar a diante esse projeto, apresentando eles mesmos.

Só digo que, se o Leonardo Hoff realmente apresentar o projeto, só por isso ele já tem não só o meu voto, como ele será a indicação para todos que conheço, no que ele se candidatar. Por que políticos em mandato devem ser exatamente assim: pessoas que ouvem a população e procuram as melhores soluções para resolver os problemas do dia-a-dia.

Problemas, estes, que a população não pode resolver sozinha. Justamente porque todos estamos trabalhando para sustentar-nos, nossas famílias e a economia, como um todo, e não temos tempo para arregaçarmos as mangas e trabalharmos pelos problemas do coletivo.






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