quinta-feira, 19 de abril de 2012

Acabou a mamata!

Eu sempre achei, em sua essência, que o Seguro Desemprego fosse uma coisa muito boa.

Afinal de contas, a segurança financeira familiar é algo importante. E os cidadãos E trabalhadores brasileiros pagam muito imposto. Algo deve ser revertido para que, em momentos de necessidade, cada pessoa possa ter um amparo.

Esse é o intuito do Seguro Desemprego: caso o trabalhador venha a ser demitido, recebe por alguns meses um salário, de acordo com o tempo trabalhado e valor que recebia de salário. Quanto mais tempo trabalhava, mais parcelas de Seguro desemprego recebe. Quanto maior o salário, maior a contribuição, justo que receba parcelas maiores do Seguro Desemprego.

O problema é que brasileiro é raça triste. Êta povinho para descobrir como "se dar bem". Acabam trabalhando seis meses em um lugar, forçam sua demissão para, então, passar três meses com o seguro desemprego. Quando vai acabando o seguro, pegam outro trabalho, para ficarem mais seis meses, reiniciando o ciclo. Isso, é claro, sem falar daqueles que são "demitidos", para ganharem o seguro e o salário.

E vou contar que muitos dos que fazem isso, não precisariam.

Bem, esses dias estão para acabar.

O Governo publicou na última terça-feira, 17 de abril, um decreto onde condiciona o recebimento do seguro-desemprego à matricula em um curso de qualificação profissional, nos casos em que o benefício é solicitado pela terceira vez, em dez anos.
Embora ainda necessite de regulamentação mais específica, o texto base indica que o curso precisa ser aprovado pelo MEC, terá carga horária mínima de 160 horas e será concedido através do Bolsa-Formação Trabalhador, do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tecnológico e Emprego).
Se não houver um curso de formação profissional compatível com o perfil do trabalhador no município ou região metropolitana onde vive, o Seguro Desemprego não será suspenso.

Novamente, uma medida legal para solucionar a esperteza brasileira. Assim, quem recebe o Seguro Desemprego irá se qualificar de graça, aumentando suas chances de obter e se manter em um novo emprego. Não só isso: as pessoas terão compromisso, responsabilidade. Os hábitos serão rastreados.

Só fica o medo da esperteza brasileira superar mais essa medida legal. Esses cursos podem acabar se tornando sumidouros de dinheiro público. Mas isso já é outra história...

Eu aprovo. Educação técnica melhora o nível da mão de obra, que rende mais e recebe mais por isso.

Um ciclo onde todos ganham e todos vão para frente.



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