terça-feira, 20 de março de 2012

Sabor de Infância!

Estudei o primeiro grau inteiro em colégio público.

Uma das coisas que me lembro dessa época era que os jovens eram mais fortes, do que os de hoje.

Explico.
Vi amigos com dores terríveis. De gemerem em sala de aula. Quase desmaiarem. Estômago, fígado, barriga...
Meninas com dores de cólicas e outros problemas de meninas... quase tendo um ataque ao meu lado.

Mas todos nós aguentávamos. Firmes. Impávidos. Nenhuma reclamação para os professores.

Porquê?

Porque, caso chegássemos a dizer que estávamos com dor - QUALQUER DOR - a professora nos mandava para a cozinha.

E o único remédio que existia, para qualquer coisa, era o Chá de Boldo.

Sinceramente, eu senti dor uma única vez, na escola. Queria ir pra casa. Mas aguentei. Era só lembrar que me dariam Chá de Boldo, que a dor nem parecia tão forte, assim. Era suportável, até. Na verdade, lembrando do gosto do Chá de Boldo, a dor nem era nada... Dor? Que dor? Era só manha! Hehehe! Nem tô sentindo nada!


Isso acontecia com todos.

O Chá de Boldo curava, só com a nossa lembrança do gosto daquele líquido entre o translúcido e o verde fraco.

Ontem, das 11:20 até as 16:30, eu senti tonturas, dores e até vertigens, no trabalho. Pena que só lembrei do Chá de Boldo quase no final do dia!

Sei lá o que deu em mim. Só sei que estava mal. Pensei no Chá de Boldo e, em pouco tempo, melhorei!

Agora, estou decidido: Vou comprar duas mudinhas e mantê-las. Uma em casa, outra no trabalho. Garantia de que qualquer dor que eu venha a ter seja curada, só com o poder da lembrança do gosto horrível do chá de Boldo!



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