terça-feira, 13 de março de 2012

Colcha de Retalhos

Eu tenho 52 músicas, minhas, próprias e que foi eu quem fez.

Todas essas 52 músicas são parte da minha vida. Cada uma delas conta um pouco de mim, do que eu sinto, do que eu preciso. Todas foram escritas entre meus 19 e 21 anos.

Mas tem uma frase, de uma música, que me deixa particularmente feliz, em ter conseguido escrevê-la.

A quadrinha dela é assim:

Trecho de "Colcha de Retalhos"

Deu para entender qual é a frase que eu mais gosto, né? Que bom.

Eu sempre achei que as pessoas devem "Sim's" ao mundo. Porque é a partir do "Sim" que as coisas acontecem. Claro que um "Não" pode mudar toda uma vida. Mas o "Sim" geralmente significa abrir as portas, deixar as coisas acontecerem, se jogar de cabeça no vazio do céu!

O "Sim" liberta. O "Sim" proporciona.

E, talvez por causa de toda essa aventura, o "Sim" é tão temido, e tão raro...

Eu já havia visto "Yes, Man", antes. Mas, confesso, não lembrava do filme.
No sábado, encontrei o DVD em promoção e, por curiosidade, mesmo, trouxe ele para minha DVDoteca.

Bem, o filme é velho e vocês conhecem a estória.
Carl é um cara que está em depressão, dois anos depois de sua separação continua fechado para vida, que é uma sequência de "Não's".
Mas, ao ir em uma palestra de auto-ajuda charlatã, ele promete "ao Universo" que diria "Sim" para todas as oportunidades que aparecessem.
Assim, conhece uma garota maravilhosa, é promovido, aprende várias coisas, conhece muitas outras... 
Até que, em um fim bem previsível, nota que os excessos não são legais e que ele deve é encontrar o meio-termo em sua vida.

Bem.

O filme se esforça para mostrar que há um lado ruim em decidir sempre pelo novo, pelo sim. Mas, na vida real, esse lado obscuro não existe. Nossa vida é um nada. 100 anos são muito pouco para tudo o que podemos fazer. E ficar dizendo "Não" para cada oportunidade que aparece à sua frente é quase uma blasfêmia. Contra você mesmo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário