Gosto da humildade da ciência. O que não se sabe, estuda-se. É assim que sabemos a cada dia mais sobre o nosso mundo, nosso universo e sobre nós mesmos. E, mesmo com maravilhas tecnológicas (que, há pouco tempo atrás eram tidas como devaneios, sonhos ou mágica) comprovando, todos os dias, a validade dos conceitos descobertos, cientistas continuam céticos e se auto-revisando, constantemente.
Nada é certo, nada é perene. Tudo é motivo de pergunta, o tempo inteiro. Teses, projetos, experimentos, comprovações e dogmas.
Uma das teorias mais bonitas e antigas que temos, hoje, é a da Seleção Natural. Faz mais de 100 anos que ela existe. São dezenas de décadas em que vários cientistas tentam desbancar, confrontar e desvalidar essa teoria, sem sucesso. A cada nova tentativa falha de desacreditar a Seleção Natural, a teoria se torna mais forte. Mais precisa. Mais consolidada.
Aliás, a Seleção Natural é uma das teorias mais consolidadas da ciência.
Apenas fanáticos religiosos atacam-na (sem sequer compreendê-la) porque essa teoria mostra como os seres vivos chegaram nas formas e variedade que existem, hoje.
O problema que noto, entretanto, é que a Seleção Natural foi descrita para o mundo Natural. Como o próprio nome diz.
Só que o ser humano não está mais no mundo Natural. Criamos nossas cidades e, a cada avanço da medicina, estamos nos afastando mais definitivamente das leis naturais.
Nossa evolução não é mais ditada pela Seleção Natural.
Porém, ao contrário do que muitos dizem, não estamos em uma Seleção Artificial, também.
Por Seleção Artificial subentende-se que um fator externo ditaria as decisões sobre a evolução. E não é isso que acontece.
Mudaram as circunstâncias, as regras, as leis que definem quem vive e quem morre. Mas o ponto de corte não é algo que nós controlamos, ainda.
Abstrato demais, né?
Vamos a um exemplo do porquê não estamos mais sob Seleção Natural.
Não estamos mais em florestas ou cavernas. Não temos que brigar com Ursos, Leões, Tigres e outros predadores. Não precisamos mais seguir manadas para caçar nosso alimento. Não precisamos mais nos mudar, para ficarmos próximos à fontes de frutas, legumes, peixes, etc...
Antigamente, somente os inteligentes e fortes conseguiam caçar, coletar, plantar, pescar, sobreviver à predadores naturais e, obviamente, perpetuar seus genes.
Vamos a um exemplo do porquê estamos em uma nova "Seleção Natural".
Ataques de predadores ainda acontecem. Mas nossas cidades nos dão uma proteção jamais sonhada, contra Ursos, Leões, Tigres e outros predadores. Nossa capacidade de domesticar animais e fazer germinar plantas transformaram a caça e coleta em negócios altamente produtivos e lucrativos. O excesso de produção faz com que as riquezas sejam geradas. Essas riquezas são taxadas, para que Governos tentem garantir uma vida digna, a todos. Então, mesmo os fracos e burros, que certamente morreriam em uma floresta, conseguem viver, hoje. Perpetuam seus genes
Exemplo melhor da nova seleção?
Acidentes de trânsito.
Primeiramente, carros são seguros e a esmagadora maioria das pessoas dirige muito bem. Menos no Brasil. Porque brasileiro não sabe dirigir.
Quando uma pessoa dirige mal, acaba por se envolver em acidentes. E acidentes fatais. Claro que, infelizmente, essa pessoa que causa o acidente pode acabar levando outras pessoas, junto. Mas, geralmente, quem é imprudente no trânsito, tem mais chances de morrer e, assim, a Nova Seleção age sobre ela.
O mesmo se dá para pessoas que cometem crimes. Acabam ficando muito tempo em cadeias. Retirada do convívio social, acaba por não perpetuar seus genes. Ou, pelo menos, deveria.
Não sei precisar, ao todo, as leis dessa Nova Seleção. Mas ela está transformando as pessoas do nosso mundo.
Mas, talvez, o mais crítico ponto seja o fator de decisão de parceiro, das mulheres. Porque elas escolhem o parceiro. E, em sua juventude, acabam escolhendo, sempre, os piores da espécie. Elas dão prioridade, geralmente, aos cafajestes. Escolhem seu homem pelo carro que possui, por como ele consegue ser "o maioral", sobre os outros. Ou, simplesmente, porque é bonito. Não escolhem, desde cedo, o homem que realmente irá fazer a diferença no mundo. Que irá tratá-las bem. Que possui, realmente, as ferramentas necessárias para enfrentar o novo mundo.
As mulheres que continuam escolhendo seus homens como se estivéssemos no tempo das cavernas, ainda, estão criando uma defasagem na nossa evolução. Porque, em vez de notarem que as regras mudaram e as características necessárias para enfrentar esse novo mundo são outras, elas continuam perpetuando genes de trogloditas. Gastam os melhores anos de suas vidas com imbecis. Têm chusmas de filhos com idiotas. E, depois que passa algum tempo, notam que o homem que escolheram na adolescência é um fracassado. Só então, olham para o que é mais apto. Lá pelos seus 30 anos, notam que o guri que rejeitaram é que é, na verdade, um homem ideal.
E esses homens ideais são raros. Tão raros que podem escolher entre a infinidade de mulheres que, insatisfeitas com seus relacionamentos mal escolhidos, atacam-no. Hoje, são esses homens raros quem decidem onde, quando e com quem vão perpetuar seus genes.
Uma inversão profunda dos papéis. Nada Artificial. Nada Natural.
Acredito que esse tema deva ser melhor estudado. Por alguém que entenda bem do assunto, não por mim, um reles filósofo.
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