É um filme simples, prático e com um roteiro até infantil.
Notoriamente possui poucos recursos para produção.
O que salva o filme, de verdade, é a atuação brilhante de Tom Hanks. Talvez esse tenha sido um dos primeiros grandes papéis de sua carreira. A cena dele tocando "Chopsticks" e "Love & Soul" em um teclado gigante, contracenando com Robert Loggia é algo memorável e único na sétima arte.
Grande ironia do destino. Na verdade, por pior que possa parecer a infância e a adolescência, essa é a época de ouro, de todos nós. Ainda mais se tivermos pais com a sensibilidade suficiente para lembrarem e entenderem o quanto os jovens precisam de apoio e incentivo. Sério. Coisas brilhantes acontecem quando um jovem é estimulado.
Muita gente valoriza a bagagem e a experiência, como se as pessoas realmente melhorassem com cada lição que a vida dá. Mas, na verdade, "Quero Ser Grande" mostra que um coração descarregado de preconceitos e manias pode mostrar mais e melhor todo o potencial humano.
Pena que o argumento desse brilhante filme já esteja superado: Se fosse rodado hoje em dia, Josh e Billy não precisariam esperar seis semanas para receber um relatório de onde estaria o parque de diversões, dono da máquina Zoltar. Hoje em dia, uma ida rápida à internet, talvez acessando o site do próprio parque, e os meninos já saberiam onde se encontra a tal máquina.
Aliás, pode até ser que o parque não tenha site, o Google não ache nenhuma referência sobre a próxima parada do parque e nem haja uma página do departamento que pode dar a informação. Mas, no guichê do departamento, a moça não diria que demoraria seis semanas. Em minutos ela consultaria e já daria a resposta.
Hoje em dia, "Quero Ser Grande" é infantil e até meio bobo. Mas, para quem sente saudades sinceras dos brilhantes filmes dos anos oitenta, é uma pérola que não pode deixar de ser assistida - ou sonhada - a cada vez que passa.
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