Basicamente, hoje todos são livres, amigos. Historicamente houve muita injustiça, com a escravidão. Mas isso era um costume da época. Costume que já foi revisto e reprovado há muito tempo. Tanto que temos muitos exemplos de negros extremamente bem sucedidos em todo Brasil.
Como fui voto vencido, tentei imaginar um ponto bom nessa história. Imaginei que, se os negros conseguiram aguentar a grave injustiça da escravidão por tanto tempo, não seria uma injustiça pequena das cotas que destruiria a sociedade atual. Embora um erro não se concerte com outro, melhor tentar ver algo de bom.
Eu sempre achei que, ao invés de colocar cotas para uma raça, deveríamos colocar cotas para setores econômicos. Crianças pobres têm menos chances de estudarem em faculdades públicas do que crianças ricas. Todos sabem: as crianças pobres ou começam a trabalhar mais cedo, estudam em colégios públicos ou vêm de famílias sem cultura dos estudos. Enquanto as crianças ricas tem acesso à escolas particulares, tardes livres para estudar, aulas particulares ou família que preza o estudo.
Acaba sendo lógico que as pessoas que têm dinheiro se preparam melhor. E, assim, conseguem vagas em faculdades públicas. Essas faculdades públicas acabam tendo renome pela qualidade da preparação dos seus alunos. Um círculo vicioso.
O que faltava, aqui, era uma cota para essas crianças que estudaram em colégio público durante toda a vida, por pura falta de opção. Um mecanismo que fizesse com que as pessoas que realmente precisam das cotas as aproveitasse. Independentemente de serem Negros, Pardos, Indígenas, Brancos, Homens, Mulheres, Homossexuais, Heterossexuais e afins.
Então, ontem, a presidente Dilma sancionou a cota de 50% nas faculdades, sendo que, destas, 25% seriam somente para estudantes cuja família tenha renda de até um salário mínimo e meio:
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2012/08/dilma-sanciona-cota-de-50-nas-universidades-publicas.html
Há uma luz no fim do túnel. E não é um trem na contramão.
Agora, temos que nos preocupar com o ensino básico. Capacitar melhor as crianças, para que elas cheguem à faculdade aptas a participarem das grandes discussões da humanidade, em posição de contribuição para o conhecimento humano universal.
Mas isso é história para um outro texto...
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