Os gametas masculinos são abundantes. Os gametas femininos, raros. Homens produzem milhões de gametas em um único dia. Mulheres nascem com algumas centenas, que vão amadurecendo conforme ela envelhece.
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No mesmo prazo de nove meses, pense - deixando a moral e bons costumes de lado - em quantos filhos um homem pode ter. Lembre-se dos milhões de gametas. Um homem saudável pode engravidar mais de uma mulher por dia, se tiver a oportunidade. Em nove meses, são, pelo menos, 270 dias. Multiplicados por dois, podemos chegar a 540 gestações! Algumas dessas podem ser de gêmeos, ainda. E o nosso promíscuo exemplo ainda é irresponsável: depois dos nove meses, não cuida de nenhum filho. Está pronto para mais nove meses de orgias.
Notaram porque a mulher deve ser seletiva? Porque ela - instintivamente - procura pelo melhor parceiro?
Os mecanismos evolutivos, entretanto, não poderiam acontecer sem uma certa ironia...
As mulheres passaram a procurar somente por homens que as auxiliassem a cuidar da criança. Esses homens são mais sensíveis. Assim, elas fizeram a primeira "seleção natural": não tiveram filhos dos mais brutos.
Os homens mais sensíveis e mais inteligentes tiveram mais sucesso em passar seus genes, acelerando o processo de racionalização da nossa espécie. Sim, homem moderno: se você se acha muito valentão, saiba que você é um florzinha perto dos homens das cavernas.
O problema nessa história, é a entrada da propriedade privada na história toda. Mulheres querem estabilidade. E, antigamente, para poder manter suas posses,os homens precisavam ser fortes o suficiente para espantar adversários.
Nossa seleção deixou de ser natural a partir daí. Com o advento do dinheiro, só piorou. Mesmo porque, nem sempre quem tem mais dinheiro é a melhor pessoa. Aliás, a chance de ladrões e trambiqueiros terem mais dinheiro do que gente honesta, correta e inteligente, é até maior.
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Aí é que mora o porquê do alto preço dos carros, no Brasil.
Somos um povo sem parâmetros. Sem desafios. Não temos a cultura do conhecimento. Da inteligência. Da real criatividade, aquela aplicada às ciências e tecnologia. Não temos um único instituto ou faculdade de ponta, que lança maravilhas todos os anos para o mundo.
O que temos porque aqui são "celebridades" de televisão, cinema e música. "Esportistas" da bola. "Profissionais" da política. Gente que recebe muita atenção e dinheiro em relação aos serviços que prestam às pessoas comuns.
Claro que o ideal seria o "ser" antes do "ter". Mas estamos em um ambiente de sub-desenvolvimento, onde que é importante é relegado a um segundo plano e o insignificante é super-estimado. Aqui, "aparentar ter" é até mais importante do que o "ter".
E, em um país continental, "planejado" para o transporte automotivo, o símbolo máximo da aparência são os carros. Aqui, o cidadão não tem o que comer em casa. Sua casa é um barraco alugado. O próprio carro pode ser um Chevete 89, dividido em 60 prestações de mil reais. Mas... mesmo assim... O bobalhão coloca um som estridente e mal regulado, o braço para fora da janela e bota banca de gostosão.
E, pior, as menininhas se derretem pela "sonzera" funk que o idiota colocou na rua. Fazem filas para dar pro cara.
Porque os carros, no Brasil, são caros? Porque cada um de nós (homens e mulheres) fazemos dele um membro da família. Os carros, aqui, são a extensão da masculinidade de cada homem. E são os parâmetros de sucesso que as mulheres medem em seus pretendentes.
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Assim como existem exceções nas mulheres. Geralmente as mulheres mais inteligentes procuram por outros fatores em um homem que não o modelo e ano do carro que ele tem. Ou as que já são bem sucedidas o suficiente para ter o próprio carro e não ligar tanto para esse quesito, claro...
Quando vamos ter carros a preços reais? Primeiramente, quando o Brasil notar que o transporte por automóveis (carros, ônibus e caminhões) é caro e ineficiente para um país de dimensões continentais. Precisamos de trens, hidrovias e transporte aéreo de qualidade, rapidamente.
Em cidades, metros, taxis, coletivos e planejamento urbano urgente!
Então, passaremos a ver os carros como em muitos países civilizados. Um amigo meu que mora no Canadá me conta que lá é comum o cidadão comprar um carro só para uma demanda. Uma viagem, um trabalho, um evento, etc... Passada a demanda, o cidadão vende o carro, para não ficar com o dinheiro parado e desvalorizando.
Esse pensamento só mostra o que é um carro, na verdade: uma despesa! Sim, você pode achar que sem o seu carro você não vive. Mas está enganado: carros são buracos negros de dinheiro. Um membro da família, nos quesitos "tomar tempo" e "queimar grana".
Mas, né? No final das contas o cara que o carro para "pegar mulher" e a guria quer um namorado com carro para "se achar para as amigas"...
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