Deixa eu ver se entendi direitinho.
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Para os poupadores, é uma coisa maravilhosa! Garantia de que cada centavo guardado é um centavo permanentemente ganho. (Tá certo, menos na limpa - necessária - que o Collor fez.)
Para os bancos é um recurso fantástico! Como não possui um rendimento muito alto, é uma forma eficaz de arrecadar dinheiro, com o qual pode trabalhar, emprestar à juros maiores, aplicar em ações e outros negócios.
O problema, agora, é que as taxas de juros de todos esses outros produtos que os bancos oferecem, a partir do dinheiro depositado, está caindo. Aliás, está chegando no limite extremo: quase que a taxa de juros dos empréstimos está se igualando à da correção da poupança.
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Literalmente, cada banco pega dinheiro emprestado dos poupadores, pagando a correção da poupança, para emprestar, novamente, para investidores que precisam de capital, a juros maiores.
Para que os bancos possam baratear seu produto, é necessário que consiga negociar o valor da sua matéria-prima. Assim, pagando menos aos poupadores, cada banco pode cobrar menos pelo empréstimo que faz aos investidores.
Parece justo, parece um bom negócio. E, pelo mundo a fora, é. Só que, aqui, no brasil, não é.
Explico.
Não sabemos calcular o valor de um empréstimo. Aliás, a maior parte do Brasil "não gosta" de matemática. A maior parte do Brasil nem sabe somar corretamente. Quiçá calcular juros compostos...
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Sim, brasileiro não sabe, sequer, comprar. Nossos financiamentos são calculados pela parcela. Se ela cabe no orçamento, nos lançamos em 36 prestações que transformam o objeto que vale mil reais em dois mil reais.
Dizer, então, que brasileiro não sabe pegar dinheiro emprestado para abrir negócios, é mais fácil, ainda. Nenhum brasileiro faz isso. Pegar algum capital, calcular os juros, montar um negócio e saber a quanto deve vender os produtos para pagar o empréstimo. Nop. Os que conseguem fazer algo parecido com isso, faz por sorte. A ínfima parcela exceção (que comprova a regra) geralmente se transforma em banqueiro... ou agiota, mesmo. Já que a diferença entre os dois é uma permissão do governo para emprestar a juros...
Que a poupança atrapalha o barateamento das linhas de crédito e precisava ser domada, é indiscutível. Mas, antes de dar tanto acesso ao crédito, para a população, talvez fosse melhor se preocupar em dar mais acesso à educação, mesmo. Só assim poderíamos aproveitar completamente esse infinito de possibilidades que está se abrindo à nossa frente.
Muito bom! Daqui a pouco, vai estar escrevendo crônicas numa coluna de jornal.
ResponderExcluir:)