sexta-feira, 11 de maio de 2012

Objetivo dos Bancos

Eu gosto de pensar no intuito. No âmago. Na essência das coisas.

Porque "se as coisa não tem um objetivo, elas ficam sem um objetivo, e nós temos que objetificar as coisas..."



Fiquei, hoje, por vários minutos, pensando qual é a razão de ser de um banco. Para que existem as instituíções financeiras.

Falando sério, nossos recursos são limitados. Muita gente, para pouco sustento. Cada grama de recurso empregada deve ter uma finalidade coletiva muito bem traçada. Não se trata de socialismo ou comunismo. Se trata de administração correta das coisas.

E as instituíções financeiras têm que sofrer essa avaliação, também.

Inicialmente me ocorreu que um banco é bom, pois serve para guardar nosso dinheiro. Cada banco garante que o dinheiro que colocarmos nele voltará para nossa mão, quando precisarmos. E os bancos cobram por essa comodidade. Mas fico imaginando o porquê de alguém pagar por essa comodidade. Só posso imaginar a falta de educação, cultura e segurança pública. Infelizmente, a humanindade, salvo raras e lindas excessões, não é evoluída o suficiente, ainda, para lidar bem com a ganância e a inveja. Por isso, elegemos governos: para tentar fazer o pacto social funcionar, através de educação, cultura e segurança. E, como a regra geral é o Estado falhar miseravelmente neste quesito, cada um cuida do seu dinheiro da melhor forma possível.

Depois, pensei que o banco é algo ruim. Porque, se os pontos citados no parágrafo anterior forem sanados, o banco é só uma indústria parasita. Simplesmente porque te cobram para que tu deixe o teu dinheiro com eles. Eles utilizam o seu dinheiro para efetuar empréstimos e investimentos em outros negócios, que pagam juros para o banco. Esses juros não são repassados para você. Esses juros ficam com o banco. Ou seja, o resultado do seu esforço pessoal é entregue para outras pessoas ganharem dinheiro. Não gosto da ideia de outras pessoas trabalhando com o resultado do meu trabalho.
Mas só piora: Além de você pagar para ser "fornecedor" do "produto" do banco, tem que pagar taxas altíssimas, quando se coloca como "cliente" dos "produtos" do mesmo banco. Que, quase sempre, te condiciona a ser um grande "fornecedor", para poder ser um grande "cliente". Hora bolas, me diga para que alguém que tem muito dinheiro vai querer muitos empréstimos? E o quão injusto é alguém que tem um futuro promissor não poder contar com os "produtos" mais sofisticados de um banco, só porque não realizou, ainda, seus lucros?

Aqui, cheguei no que queria. O pensamento ideal. O que busco, em tudo o que penso. A razão básica de um banco existir seria a melhor distribuição de capital entre as pessoas. Quem tem muito dinheiro sobrando vira "fornecedor" de "produto" para o banco. Esse dinheiro deveria ser empregado em linhas de crédito  especiais, para que jovens talentos pudessem despontar, crescer. Tornarem-se, eles próprios, "forncedores" de "produto" para os bancos.


Mas, a prática é outra. Quanto mais dinheiro você tem, mais o banco está disposto a ter você como cliente. Quanto menos dinheiro você tem, mais você escuta que você é "economicamente inviável".

Nessa selva de interesses escusos, um banco é algo que você, enquanto puder, não deve usar. Aliás, quanto mais próximo do salário mínimo você estiver, utilize menos o banco. Somente para sacar seu soldo já está bom. Quem conseguir um salário um pouco melhor, não caia em cartões e linhas de crédito. Praticar austeridade nas suas finanças pessoais sempre vai te fazer economizar dinheiro. E cada centavo poupado é um centavo ganho. Sempre, mas sempre que possível, tente se tornar fornecedor do banco. Coloque seu dinheiro em linhas de investimento. Nem que seja uma poupança. Nem que seja um fundo de renda fixa. Um título de previdência privada. Ou, até, investimento em ações.


Persevere, resista para não se tornar escravo de instituições cuja falta não altera em nada a sua vida.

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